29 JANEIRO 2011
Há 75 anos em Portugal
O inspirador Cardijn ainda se reveria nesta JOC,
cada vez mais refém da Hierarquia católica?!
A pergunta do título faz todo o sentido. Não pretende ser uma acusação. Nem uma denúncia. Pretende ser uma interpelação e um alerta. A JOC faz 75 anos. E vai celebrar o evento. Temos ainda destas coisas. Destas doenças. Destas limitações. Destes mimetismos. Todos celebram as bodas de prata disto e daquilo. As bodas de ouro. As bodas de diamante. Porque haveria a JOC, em Portugal, de ser excepção? Porque haveria de ser diferente? E, com o Horror a ser Excepção, a ser Diferente, lá corre a JOC a elaborar um programa e, com ele, celebrar os seus 75 anos de existência. E lá se vai tudo por água abaixo. Somos mais do mesmo. E, para mais do mesmo, é melhor não ser. Desaparecer. Porque, quando o sal perde a força de salgar, é lançado fora, para ser pisado pelos homens, adverte a própria Sabedoria, chamada Jesus. O Diferente. A Excepção. Por isso, depressa Crucificado pela Hierarquia - Poder sagrado - do seu tempo e país.
A Abertura das celebrações é já este domingo, 30 de Janeiro. E o programa não podia ser mais eloquente, mais expressivo. Negativamente eloquente, expressivo. Revela bem quanto a JOC é, hoje, refém da Hierarquia católica. Desistiu de ser Igreja de Jesus. Prefere ser refém da Hierarquia da Igreja Católica Romana. Vejam: A abrir o dia, a primeira palavra é de um Bispo-Poder eclesiástico. Assim mesmo, como está escrito. Um bispo-poder Eclesiástico. O Bispo D. Joaquim Mendes. Só o Poder é que se autodesigna assim, de D., nunca um Ser Humano que se preze! Ora, o Bispo em causa está lá a abrir as comemorações dos 75 anos da JOC em Portugal, porque é o Presidente da Comissão Episcopal do Laicado e da Família. Ele, que deixou de ser “leigo”, quando se tornou clérigo e, agora, clérigo no topo da carreira de clérigo, abre a sessão da JOC! Querem contradição maior?! É o Poder Eclesiástico a falar aos seus Súbditos, os “leigos”, elas e eles, da JOC, refém da Hierarquia católica! Um vómito, em Igreja, a de Jesus.
Mas as coisas não se ficam por aqui. No final do dia de Abertura das comemorações, aparece outro Bispo-Hierarquia, e este um peso-pesado, porque é o cardeal de Lisboa, D. José Policarpo. Para mais, a presidir a uma missa de encerramento, mais uma das milhares e milhares de missas que ele já presidiu como cardeal, e todas sem quaisquer frutos que se vejam, nem sequer nele próprio, porque, como se vê, nunca desistiu de ser Poder para passar ser Bispo da Igreja, simplesmente, sem templo nem altar, sem aqueles luxos e aquelas vaidades constantinianas e imperiais. O Ritual será cumprido a rigor e, com isso, a JOC revela que, aos 75 anos, em lugar de plenamente autónoma, está de novo refém da Hierarquia, como no princípio, quando nasceu. Quem não recorda as "peregrinações" a Fátima, encabeçadas pela JOC e demais Acção Católica? Uma vergonha. Uma desgraça. Mais um pouco, e a JOC ainda regressará às "peregrinações" a Fátima, o Embuste Maior da Hierarquia católica da primeira metade do Século XX.
Ah! E entre o Bispo-Poder de abertura do dia, e o Cardeal-Poder da missa de encerramento, ainda há uma conferência doutoral. Não. Não é a JOC-Igreja a ter voz e vez e os Bispos-Poder a escutar e a converter-se em Igreja, a de Jesus. Nada disso. É o Doutor – exactamente assim, como está escrito, com as letras todas! – Guilherme D’Oliveira Martins. E qual o tema? “Abel Varzim – Memória viva”. É o despudor total. Ao Padre-Presbítero da Igreja, enquanto visível e interveniente da História, desgraçaram-no, perseguiram-no, denegriram o seu nome. E ele acabou os seus dias de visibilidade histórica, a criar galinhas, para sobreviver. E, agora, os mesmos, ou os sucessores dos mesmos, vêm dizer loas sobre ele. Hipócritas, que se fartam! E a JOC, aos 75 anos, engole tudo isto. Sem a mínima Rebelião. Muito pelo contrário. Agradecida. Envaidecida. São assim os reféns do Poder. E os do Poder Episcopal-Eclesiástico, ainda mais. Ai Cardijn, Cardijn, o que fizeram da tua Intuição-Inspiração! E que saudades da JOC dos anos sessenta e setenta do Século XX. Sim que saudades da LOC-JOC! Isto que agora se diz JOC, assim, é Juventude? Juventude Operária? Juventude Operária Católica? Haja modos!
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Padres do Sul, reunidos de 24 a 27 de Janeiro, em Tavira
A MONTANHA PARIU UM RATO!
Tal e qual. A montanha pariu um rato. Os Padres do Sul do País encontraram-se durante três dias em Tavira (por erro, em notícia comentada anteriormente, JF havia dito, Évora). Pouco conversaram. Ou nada. Só nos intervalos das sessões. Pouco se escutaram uns aos outros. Ou nada. Só nos intervalos das sessões. E nas sessões, foram bombardeados com discursos, um dos quais o do economista católico, João Carreira das Neves, que, descaradamente, ensina que fora do Capitalismo não há Salvação, como se Deus fosse o Dinheiro, o Poder Financeiro. Pura Idolatria, com cátedra residente na Universidade Católica de Lisboa! Só pode! Que para isso existe a Universidade Católica Portuguesa. Para promover o Dinheiro como Deus.
Três dias. Em nenhum deles, os Padres do Sul do País, escutaram Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria. Só escutaram os Sabedores /Doutores. Da Sabedoria que é Jesus, fogem os Padres párocos a sete pés. Querem, a toda a força, ser SACERDOTES, como podem suportar Jesus, assassinado pelos Sacerdotes do seu tempo e país? Os Sacerdotes odeiam Jesus. EStejam atentas, atentos às suas práticas e às suas prédicas moralistas, e verão. Porque se os padres párocos acolhem Jesus nas suas vidas, têm de deixar de ser Sacerdotes, Funcionários do Religioso, por sinal, o que há de mais perverso à face da Terra. Ninguém dá conta. Pois não. E como hjaveria de dar, se eles se fazem passar por Sacerdotes de Deus?! Mas... de que Deus? Eis a questão!
Durante três dias, nenhuma autocrítica. Nenhuma Revisão de vida Presbiteral. Três dias, só a consumirem palavras e mais palavras. E a pensarem nos seus “fiéis” ou seus súbditos. Sim, porque onde há Poder paroquial, há Súbditos. E Pagantes, para que o Poder paroquial se afirme e oprima. Nenhuma autocrítica. Os Sacerdotes são assim. Institucionalmente, santos. Os Ritos que fazem produzem efeito ex opera operatum, entenda-se, independentemente do Funcionário que o faz. Portanto, automaticamente. Se eles são santos, não carecem de CONVERSÃO. Existem para converter os outros. Nunca se convertem. Pregam aos outros. Nunca a si próprios. Eles não são como os outros. Eles são institucionalmente santos. Sagrados. Sacerdotes.
Foram três dias de Hipocrisia. De Farisaísmo. De Recreio Sacerdotal. De muito mau gosto, por sinal. Uma Estopada. E, no final, os Padres do Sul elaboraram um Comunicado para Agência Ecclesia, a dos Bispos-Poder, divulgar. E que dizem de substantivo? Nada. Literalmente, nada. Apreciem este naco: “Alguns dos problemas da actual situação em Portugal têm a ver com esta ‘imposição do ter’, em aspectos tão próximos como ‘a educação formatada’, a ‘teleonomia do sábado’ e a finalidade material da vida’”. Nenhuma autocrítica. Nenhum Olhar para dentro de si mesmos. Os Sacerdotes não têm dentro. São Funcionários. Só têm fora. O Poder, de sua natureza Perverso, não tem dentro. Desconhece a Espiritualidade. E, se perceber a presença da Ruah Maiêutica, a mesma de Jesus, em algum não-sacerdote, correm logo a denegri-lo, seja mulher, seja homem. Ou as pessoas aceitam ser seus Súbditos (assim mesmo, no masculino), ou são inimigos a combater, a denegrir, a excluir. Ao mesmo tempo que advertem o seu “rebanho”, Cuidado com aquela, com aquele! E o “rebanho”, formatado por eles, diz, Ámen. Infalivelmente.
Conclusão. Depois de três dias, sem nunca terem escutado Jesus, os Padres do Sul do país saíram destas Jornadas piores do que quando as iniciaram. Muito mais Fariseus. Muito mais Clérigos. Muito mais Sacerdotes. Muito mais sagrados. Por isso, muito menos Seres Humanos. Cada vez mais nos antípodas de Jesus, assassinado em Abril do ano 30, por iniciativa dos Sacerdotes do Templo do seu país. Não suportam Deus Criador, o de Jesus, que não gosta de Religião, nem de missas, nem de leis castradoras, nem de ritos, nem de rezas, nem de pai-nossos-e-avé-marias. Por isso, pobres populações que aceitam, sustentam e enriquecem tais Funcionários. Em lugar delas próprias, serem Igreja, a de Jesus! Sem Sacerdotes. Sem Intermediários.
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Edição n.º 7
27 JANEIRO 2011
As mentiras de João César das Neves, católico-Economista
“NÃO HÁ CAPITALISMO SELVAGEM”
O conhecido economista católico, João César das Neves, foi um dos intervenientes nas jornadas de actualização do clero da Província Eclesiástica do sul (dioceses de Évora, Beja e Algarve), que encerram hoje, em Évora. A sua intervenção, condensada pela Agência Ecclesia, é um chorrilho de inverdades, pior, de mentiras. “Não há capitalismo selvagem”, garante, dogmático. E acrescenta: “O capitalismo é de todos os sistemas o que precisa mais de leis. Não há nenhum mercado mais regulado do mundo do que o financeiro.”
Querem mais?! Vêem como “eles” sabem praticar a Mentira e anunciá-la aos Pobres e aos Povos? O Capitalismo que, como Sistema, é intrinsecamente Perverso, sai assim completamente branqueado e absolvido, depois de passar pelo alambique do Cristianismo, tanto o católico romano, como o protestante. Um pouco mais de Astúcia e de Cinismo, e “eles” vêm anunciar aos Pobres e aos Povos, que Fora do Capitalismo não há Salvação. E, depois, empolgados com tantos aplausos por parte dos Senhores do Dinheiro e do Mercado Financeiro Global, dão ainda mais um passo e proclamam, descarados, o pleno do seu Evangelho Financeiro. A saber: O Dinheiro é Deus. E Deus é o Dinheiro! Em flagrante contradição com o Evangelho de Jesus que, desassombrada e lucidamente, proclama, entre meados do ano 28 e Abril do ano 30, na Galileia e em Jerusalém, “Não podeis servir a Deus Criador e ao Dinheiro”. Não há um terceira via: Ou Deus Criador de Filhas, Filhos, à sua imagem e semelhança, ou o Dinheiro, criador de Escravos de Luxo, uma minoria, e de Escravos de Lixo, a esmagadora maioria. Ou, dito em palavras antropológicas-teológicas, criador de Crucificadores e Carrascos Institucionais, uma minoria, e de Povos Crucificados, a quase totalidade dos Povos da Terra, neste Século XXI. Quem disser o contrário, é mentiroso. A Realidade está aí bem a nu. Nunca esteve aí tão bem à vista, como hoje. E é, neste hoje, que o católico economista e Professor da UCP, em Lisboa, pratica e anuncia esta Mentira.
As mentiras de João César das Neves foram ditas aos clérigos sacerdotes em funções nas Dioceses do Sul. E a Agência Ecclesia não informa que algum dos presentes nas Jornadas se levantou e polemizou com o Economista. E como haviam de o fazer, se esse, é o evangelho do Cristianismo que eles próprios praticam e, depois, anunciam aos Pobres e aos Povos? Não polemizaram. Os clérigos sacerdotes ouviram o Professor da UCP e aplaudiram no final, eufóricos.
Querem um teste infalível? Retirem ao Cristianismo católico romano e ao protestante, o Dinheiro, e verão que, em poucos meses, anos, não haverá clérigos nem pastores de Igrejas. O Dinheiro, o Senhor Dinheiro, é o Deus do Cristianismo. O Inimigo de Jesus e do Deus Criador, o de Jesus. O Deus que nunca ninguém viu. E que se nos dá a conhecer exclusivamente em Jesus, nas suas Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas e nos seus Duelos Teológicos Desarmados. Por causa das quais, dos quais, o mataram na Cruz do Império, em Abril do ano 30. E, depois, em lugar de reconhecerem o inaudito Crime, e, convertidos a Jesus e ao seu Projecto Político Maiêutico, passarem a Prossegui-lo / Realizá-lo na História, foram a correr inventar-criar o Judeo-Cristianismo que, com o tempo, se autonomizou do Judaísmo e deu o Cristianismo que hoje conhecemos. O Perverso Institucional, cuja cúpula-mor, é o Papa de Roma, Infalível e Inamovível até à morte, e a sua Cúria Cardinalícia. E só o Cristianismo das Igrejas Religiões, não Jesus, é que pratica e anuncia o evangelho, perverso evangelho, que o Prof João César das Neves, cristão católico romano, foi ontem apresentar aos clérigos Sacerdotes das Dioceses do Sul. Para que eles, por sua vez, o anunciem aos Pobres e aos Povos das suas paróquias.
Ou os Pobres e os Povos fogem dos ambientes e dos locais institucionais dos gestores do Cristianismo católico romano e protestante, ou nunca chegam a sair da Mentira e da Alienação. Passam a vida a correr para os templos e os santuários e para os cultos anestesiadores que lá se fazem, pagam dízimos e missas, casamentos e baptizados e cada vez estão mais mentalmente cegos, tolhidos, surdos, mudos, capachos, subservientes. Experimentem, em vez disso, reunir-se, com simplicidade, ao redor duma Mesa Compartilhada, dois ou três, em nome de Jesus, e verão como a sua Ruah ou Espírito Maiêutico os faz Crescer de dentro para fora em Ser, em Liberdade e em Autonomia. Sem mais necessidade de intermediários, de Sacerdotes, de Pastores de igreja. Porque eles próprios, esses dois ou três, são Igreja, a de Jesus! Nos antípodas do Cristianismo do Economista João César das Neves. E dos clérigos sacerdotes que o aplaudem.
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Edição n.º 6
25 JANEIRO 2011
O Deus de José Mourinho
Sabemos, finalmente, qual é o segredo do Sucesso de José Mourinho, classificado recentemente pela UEFA dos Milhões, como o melhor treinador de Futebol [dos Milhões] do Mundo. É que, antes de cada jogo de Futebol, José Mourinho lê 3 ou 4 páginas da Bíblia. E, assim reconfortado, entra, confiante, no Estádio de Futebol dos Milhões! Adverte quem o escuta ou lê que não se trata de um talismã. Mas, se ele tem necessidade de dizer que não é um talismã, é porque é de facto um talismã. Só que ao Homem n.º 1 de Sucesso no Futebol dos Milhões, ficaria mal admitir que deita mão a talismãs. Um Homem de Sucesso como ele, no Futebol dos Milhões, não recorre a talismãs. Recorre à Bíblia judeo-cristã. E a leitura, antes de cada jojgo, de 3 ou 4 páginas da Bíblia judeo-cristã garante Sucesso Futebolístico ao Homem de Sucesso no Futebol dos Milhões.
Todos os outros treinadores de Futebol dos Milhões do Mundo já sabem. Querem ter Sucesso Futebolístico, adquiram uma Bíblia e, antes de cada jogo, leiam 3 ou 4 páginas das muitas páginas com que ela se tece. Já começaram a fazer isso e não resulta?! Ora, não resulta porque Vocês não nasceram para ser Homens de Sucesso, como o José Mourinho nasceu. Leiam esta sua confissão feita no âmbito de um Projecto Editorial sobre figuras empreendedoras em Portugal, organizado por várias Universidades, incluída a Católica, e pasmem: “Eu digo sempre: Ele [Deus], lá em cima, apontou para mim e disse, Tu vais ser um dos talentosos naquela área. E assim foi!”.
Tal e qual. É assim o Deus de José Mourinho. Uma espécie de aprendiz de José Mourinho que determina, lá do alto do seu Poder, Tu, José Mourinho, vais ser um dos talentosos de Portugal. Já os milhões e milhões de portugueses que não perdem pitada de tudo o que tu digas e de tudo o que tu faças, muito menos, perdem pitada de um jogo de Futebol dos Milhões onde tu entres como o treinador de uma das equipas, Eu, Deus, digo: Vós ides ser Medíocres e treinadores-de-bancada ou de-café, toda a vida. Porque para haver uns quantos Talentosos, muito poucos, tem de haver milhões e milhões de Medíocres.
Os promotores do Projecto Editorial exultaram com as declarações de fé em Deus de José Mourinho. Particularmente, os da Universidade Católica Portuguesa. Fica, mais uma vez, comprovado que Deus não é um Falhado, um Esmagado, uma Vítima, um Pobre, um Explorado, um Roubado, um Maldito, um Crucificado, um Ninguém. Deus é como José Mourinho, o Talentoso, o melhor treinador de Futebol dos Milhões do Mundo. Não é como esse Jesus, o Camponês-artesão de Nazaré, Crucificado em Abril do ano 30.
Está, pois, encontrada a receita, para levar os dos Milhões e os muitos que sonham integrar o núcleo dos dos Milhões, à fé religiosa. Afinal, a fé religiosa garante Sucesso, no universo dos Milhões. Ricos de todo o Mundo, uni-vos! Deus, o do José Mourinho, está convosco. Lá do alto, olhou para Vós e ditou a sua decisão: Vós sois do pequeno número dos Talentosos, em cada país. Explorai à vontade. Roubai à vontade. Acumulai Dinheiro e mais Dinheiro à vontade. Insultai tudo e todos à vontade. Inchai de Orgulho à vontade. Humilhai as Maiorias da Humanidade à vontade. Manipulai-as à vontade. Porque, com esse vosso comportamento, Eu, vosso Deus, sou glorificado!
E os chefes graúdos das Igrejas cristãs, que isto, ouvem e lêem, dizem: Ámen! Glória ao Deus Dinheiro nas alturas e Pobreza e Humilhação a rodos aqui na Terra aos homens e às mulheres que se deixam anestesiar com o ópio da Religião e o ópio do Futebol dos Milhões.
Assim vai o Mundo. O Mundo do Senhor Dinheiro. O Mundo de José Mourinho. E do Deus que José Mourinho, o Talentoso no Futebol dos Milhões, criou à sua imagem e semelhança, tal como, antes dele, fizeram os Sacerdotes das Religiões e dos Templos-empresas que rendem muitos Milhões e dão cobertura a todos os Crimes, a começar pelo da “lavagem de Dinheiro Sujo”! Quando é que os Povos das nações Acordam e se libertam deste Pesadelo?!
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Encerra hoje a Semana de Unidade das Igrejas
Quanto mais as Igrejas rezam juntas, mais divididas estão!
Encerra hoje a Semana de Oração pela Unidade das Igrejas. Mas antes, decorreu em Lisboa, na igreja da paróquia de Campo Grande, a que preside o conhecido Padre (também Monsenhor?!) Feytor Pinto, uma Vigília Ecuménica de Oração. A Vigília destinou-se especialmente a jovens. Mesmo que o templo enchesse, seria sempre um número insignificante. Os jovens, na sua esmagadora maioria, não vão neste tipo de coisas. E, com isso, só dão provas de avisados. Porque há mais de 100 anos que se promovem estas Semanas de Oração pela Unidade das Igrejas e as Igrejas encontram-se cada vez mais divididas entre si. O muito rezar causa, afinal, muita Divisão!
A Vigília contou com a presença de chefes de várias Igrejas cristãs de Lisboa. O pároco presidiu. Obviamente. Todos os chefes se apresentaram com os seus trajes de gala litúrgica. Nada de confusões. Eles são os chefes das Igrejas. Os que detêm o Poder. E o Dinheiro. E os Segredos de como é que o Negócio Religioso prospera, sobretudo, em tempos de grandes dificuldades das populações. Por isso, vestem diferente. E ficam sempre lá no topo da pirâmide religiosa. Onde já se viu uma Religião sem Sacerdotes, sem Pastores, sem Pirâmide? E sem Dinheiro? Então as Religiões não são empresas de produção de Dinheiro, sem necessidade de produzirem qualquer riqueza? Não são empresas religiosas, exclusivamente Financeiras? E isentas de Impostos ao Estado? Por isso, são Religiões!...
Alguns dos chefes de Igreja presentes usaram da palavra. Cautelosa, para não ferir as susceptibilidades dos outros, das outras Igrejas. A Vigília teve uma surpresa. Entre os chefes lá em cima, estava uma única Mulher. Uma Pastora de Igreja. Uma Mulher entre os chefes religiosos machos. Só podia ser Pastora de uma Igreja cristã não-católica romana. Porque na Católica-romana, as Mulheres só são chamadas a fazer limpeza, a zelar altares, a lavar e passar a ferro as toalhas de altar, a dar catequese a criancinhas e, se forem adolescentes bem parecidas, a servir como acólitas (= criadas de Altar), onde preside o Clérigo-sem-mulher. É da Lei canónica. E a Lei canónica anula o Evangelho.
Num flagrante desmentido do que, a dado passo da sua intervenção, afirmou, hipocritamente, a Pastora Eva Michel, da Igreja Metodista: “Nós pregamos o mesmo Evangelho, acreditamos no mesmo Deus, e este é um momento que nos ajuda a crescer na fé e a reafirmar estes laços que têm crescido entre nós”. O mesmo Evangelho, Pastora Eva Michel? Como assim? Mas então que Evangelho é esse? E, sobretudo, que Deus é esse que discrimina as Mulheres católicas romanas e, mesmo que as não discrimine, como a sua Igreja Metodista, depois só “fala” pela boca dos chefes, dos Pastores, dos agentes históricos do Poder Religioso, mulheres ou homens, tanto faz? Eis. E, depois, com actos destes, ainda querem a unidade das Igrejas? Nem Unidade. Nem Igreja(s). Só Empresas Religiosas Financeiras, denominadas “Igrejas cristãs”. Os factos estão aí. Só Cegos que não queiram ver é que não vêem!
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Edição n.º 5
24 JANEIRO 2011
Presidenciais 2011, em Portugal
A Vitória da Mediocridade e do Poder Financeiro
Confirma-se. Os 4 candidatos + 1 deram, de bandeja, a Presidência da República Portuguesa à Mediocridade e ao Poder Financeiro, representados, uma e outro, pelo Ex-Professor de economia e finanças e ex-Primeiro-Ministro de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, o sr. Silva, no histriónico dizer do ditador da Madeira, Alberto João Jardim; ou, o Cavaco, simplesmente, no generalizado dizer das portuguesas, dos portugueses.
Num universo de 9.629.630 portugueses inscritos para votar, bem mais de metade, exactamente, 5.139.726, optaram por não votar. E dos 4.489.904 que votaram, 139.159 votaram em branco e 86.543 votaram nulo. E dos que votaram válido, 46, 9 por cento votaram nalgum dos 4 candidatos + 1. Recusaram dar o seu voto à Mediocridade e ao Poder Financeiro, que é Cavaco Silva no Palácio de Belém. Quer isto dizer que apenas uma minoria muito insignificante de portuguesas, portugueses, votou Cavaco Silva. Se o aclamado vencedor das eleições presidenciais 2011 tivesse um pingo de Dignidade Política, recusaria permanecer, por mais 5 anos, no lugar. Porém, se o Professor Aníbal Cavaco Silva tivesse um pingo de Dignidade Política, nunca teria querido ser um dos rostos do Poder Político e do Poder Financeiro, muito menos, o seu rosto n.º 1, em Portugal.
Mas porque será que a esmagadora maioria das portuguesas, dos portugueses acaba de optar por não votar nestas Eleições Presidenciais 2011? Só os próprios sabem porque fazem esta Opção Política. Mas do que ninguém pode duvidar é que todos o fazem, por não se reverem em nenhum dos 6 candidatos. Nem se reverem neste Sistema de Poder, para cúmulo, ardilosamente, chamado DEMOCRACIA, quando é, efectivamente, a Ditadura Democrática mais Hedionda, a do Poder Financeiro Global. Sob a qual, os Povos são literalmente Nada. Povos sem voz. Sem vez. Sem Protagonismo histórico e político. Povos meros votantes. Com uma única possibilidade: a de escolherem os seus próprios Carrascos de turno, os mais visíveis e obedientes ao Poder Financeiro, porque, aos verdadeiros Carrascos, os Povos das nações nunca os vêem, nunca os conhecem. Eles são a Treva. A Obscuridade. E é na Treva, na Obscuridade que se movimentam. E nunca se submetem a sufrágio eleitoral algum, ainda que concordem com todos os actos eleitorais e até os exijam, para melhor permanecerem escondidos dos Povos.
Dos 4 candidatos + 1, Manuel Alegre, ex-Poeta, é o mais Humilhado. Até a Poesia, ele Humilhou, ao obrigá-la a entrar na luta pelo Poder. Onde já se viu? A Poesia – o anti-Poder! – entrar na luta pelo Poder! Teremos, inclusive, de rever se Manuel Alegre é efectivamente ex-Poeta. Ou se, pelo contrário, nunca o chegou a ser. Como pode ter sido Poeta, quem, como ele, revela, desde há muitos anos, ter estômago para se meter, viver metido, na luta pelo Poder?! Respondam as Sábias, os Sábios. Não as Sabedoras, os Sabedores.
Já dos outros 4 candidatos + 1 que deram, de bandeja, e logo à primeira volta a Presidência da República Portuguesa à Mediocridade e ao Poder Financeiro, o ex-AMI é, sem dúvida, o mais Fanfarrão e o mais Arrogante. Garantia, perante as câmaras de tv, que iria disputar a segunda volta com Cavaco e chegou, até, ao desplante de desafiar o ex-Poeta a dizer se o apoiaria. Nada disto se concretizou. Ficou, inclusive, atrás do ex-Poeta. Mas só porque, inesperadamente, recolheu 14,1 por cento dos votos, apareceu, radiante, na noite da contagem dos votos, perante as câmaras de televisão. E, quando, finalmente, alguns dos “apoiantes” o deixam falar, ele disparata em todas as direcções. Afinal, a sua Derrota não é derrota. É a vitória da Cidadania! Haja modos, dr. Fernando Nobre! E não se fica por aqui. A partir de agora – diz, impante – a Cidadania (um palavrão vazio que, pelos vistos, nem ele sabe o que significa!) tem um rosto. E um dono. Qual? Exactamente, o dr. Fernando Nobre!
Pobre País que tais filhos pariu! Felizmente, nenhuma Mulher entrou nesta contenda eleitoral. Nenhuma se meteu na luta pelo Poder de Presidente da República. São bem mais Sábias, as Mulheres. Elas lidam com a Vida, desde o embrião. A vida de cada novo ser que vem a este Mundo cresce no seu ventre, bebe o primeiro leite dos seus peitos. O Poder, intrinsecamente Perverso, não gosta das Mulheres. E o Poder Sagrado, Sacerdotal, muito menos. Odeia ostensivamente as Mulheres. Tem-nas, como Menores. Como Tentação. Como Pecadoras. Porque o Poder não é filho de Mulher. Nenhuma Mulher pariu o Poder. O Poder é gerado exclusivamente pelos Machos. Até nas duas conhecidas genealogias de Jesus, a de Mateus e de Lucas, são os Machos que geram outros Machos!!!
Dos restantes candidatos, Francisco Lopes, do PCP, com 7,14 por cento de votos, já sonha com o lugar de Secretário-geral do “Partido dos Trabalhadores”. Na noite da Derrota mais do que anunciada, o actual Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, esconde-o quanto pode. Lê o seu discurso, no ambão da sede do Partido, e coloca Francisco Lopes atrás dele. Entre os demais. Não ao seu lado. Pensamos que é por distracção? Ingénuos que somos. Tudo, no PCP, como em qualquer outra estrutura de Poder, é pensado ao milímetro. Com esta sua postura, Jerónimo de Sousa quer deixar bem claro a Francisco Lopes e aos “seus”, que o Chefe ainda é ele. O Papa laico do PCP, ainda é ele. Ele, e só ele diz o que o Partido tem para dizer. Todos os mais filiados no Partido são paisagem. Número. Pouco mais que meros Pagantes das quotas.
Até o histriónico José Manuel Coelho, com 4,5 por cento dos votos, fala em vitória. O ditador da Madeira que se cuide. Tem, a partir de agora, na “sua” Região Autónoma, um rival. Hábil no denunciar. Mas, como todos os histriónicos, sem tem Nada de Substantivo dentro. Só por isso, os histriónicos são aplaudidos pelas mesmas Massas que enchem os estádios de Futebol, o dos Milhões e garantem audiências às telenovelas e (des)governam as suas vidinhas com um subsídio e outro subsídio, uma esmola e outra esmola. José Manuel Coelho é apenas histriónico. E, se, um dia, chegar ao Poder na Maadeira, é tão Ditador como o actual histriónico, Alberto João Jardim.
De todos os candidatos, Defensor Moura, no último lugar, com apenas 1,5 por cento dos votos, é o único que, na noite de contagem dos votos, mostra Dignidade Política. Não cometeu o Pecado da Hipocrisia Política, que o seu camarada do PS, o ex-Poeta Manuel Alegre, cometeu. Diz alto e bom som, perante as câmaras, que não felicitou o candidato da Mediocridade e do Poder Financeiro, pela sua vitória eleitoral, logo à primeira volta. Vinte valores, por esta Dignidade Política. E outros 20 valores, se, depois desta dolorosa experiência, o cidadão Defensor Moura desistir, de vez, de ser um dos rostos do Poder Político. Em vez disso, ousar ser um Ser Humano, simplesmente. Entre os Últimos. E com os Últimos. Entre as Vítimas. E com as Vítimas.
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Edição n.º 4
21 JANEIRO 2011
Os 4 candidatos + 1 “ajudaram” Cavaco
a ser reeleito domingo 23 e logo à 1.ª volta
É verdade. Nunca uma campanha eleitoral para as Presidenciais foi tão rasca como a desta vez. Os 6 candidatos que se auto-apresentaram às eleições – mas que presunção! – com o declarado ou simulado apoio de partidos políticos ou sem ele, são o que há de politicamente mais desgraçado no nosso país. Podem ser muito ilustrados. Eruditos, até, num ou noutro caso. Mas todos politicamente desgraçados. Nem sequer descobriram ainda a substantiva diferença entre Política e Poder Político, entre Política Praticada e Luta pelo Poder Político. Uns analfabetos em Política Praticada. Ainda que, pelo menos, alguns, muito sabedores no que respeita à Luta pelo Poder Político. Melhor seria, por isso, que tivessem ido de férias para o estrangeiro. Em vez de nos massacrarem todos estes dias com as suas Banalidades, as suas Cassetes, os seus Slogans, as suas Inverdades, as suas Infantilidades. Teria sido bem melhor para eles, para as suas famílias e para as populações.
Os grandes media deliram com espectáculos destes, de tão degradantes. Vejam que, até, destacam vários profissionais seus, para acompanharem cada candidato e gravarem os seus Devaneios, as suas Irritações, as suas Vaidadezinhas, as suas Invejas, os seus Ódios de estimação, as suas Hipocrisias, as suas Contradições, as suas Frases Repetidas até à exaustão, as suas Piadas-sem-Humor.
E Poder Financeiro, que tem o próprio Estado como seu refém, como reage? Rejubila, evidentemente!. Esfrega as mãos, de satisfação. Os 4 candidatos + 1 “ajudaram” e de que maneira, o Cavaco da sua total confiança, a passear-se pelo país, a exibir a sua primeira-dama, pelos vistos, pobrezinha, com uma reforma de 800 €. E ele passeou. Comeu, bebeu, abriu os braços à maneira do Papa de Roma, e disse Nada. Porque as palavras que ele diz, sempre dizem Nada. Coisa nenhuma. É assim, desde que Cavaco se fez profissional do Poder Político. Para cúmulo, nunca assumido! No final da Campanha, o homem que não sabe quantos Cantos tem “Os Lusíadas”, e, por isso, é o homem da total confiança do Poder Financeiro, sai ainda mais branco, mais puro, mais impoluto, perante as populações, criminosamente, mantidas por toda a vida de olhos da mente fechados. E é reeleito, já este domingo, 23 de Janeiro de 2011.
Mesmo que Cavaco tivesse ido de férias, estes dias, e tivesse deixado a Campanha só para os outros, seria reeleito à mesma. Porventura, ainda com maior número de votos. Com a preciosa “ajuda” dos 4 + 1, em especial do ex-poeta Manuel Alegre e do ex-AMI, Fernando Nobre. Viram a Arrogância de um e de outro, relativamente aos outros parceiros? Viram a fome e a sede de Poder de um e de outro? Deu-lhes para boa. Passarem de Poeta e de Médico a Poder Político. O disparate de ambos é tão grande, como se a Oliveira que nos dá o seu precioso azeite, passasse a ser Espinheiro, para nos dar os seus espinhos e abrolhos. Desculpem. Mas Isto é um País? Isto é a Europa? Haja modos! Em verdade, em verdade lhes digo: Ou apostamos tudo nos Povos, para que eles Cresçam de dentro para fora em Liberdade, Maioridade e Autonomia, ou acabamos todos completamente Comidos pelos Lobos, que são os três Poderes da nossa Descriação Humana! O mais feroz dos quais é, sem dúvida, o Poder Financeiro que este domingo 23 reelege o seu Cavaco como presidente da república. Pobre Povo que tais Intelectuais tem no seu seio!...
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Edição n.º 3
19 JANEIRO 2011
Movimento Internacional Nós Somos Igreja critica beatificação de João Paulo II
"FOI UM PAPA DE GRANDES CONTRADIÇÕES"
O Movimento Internacional Nós Somos Igreja acaba de tomar posição crítica sobre a anunciada beatificação, dia 1 de Maio de 2011, do papa João Paulo II, a quem rotula de “um papa de grandes contradições”. “A sua tragédia – sublinha o Documento – reside na discrepância entre o seu compromisso em reformar e dialogar com o mundo e o seu retorno ao autoritarismo dentro da igreja.”
Prossegue: “Foi a sua tendência para o autoritarismo espiritual que contribuiu para a maior tragédia do seu mandato enquanto papa: o abuso sexual de milhares de crianças no mundo inteiro. Ao ter mais consideração pela hierarquia eclesiástica do que pelas necessidades das pessoas, João Paulo II ajudou a criar um ambiente tóxico, no qual se permitiu que padres abusassem sexualmente de crianças, muitas vezes repetidamente, enquanto o seu comportamento criminoso era mantido em segredo, preservando a imagem pública de imaculada liderança.”
E dá dois exemplos concretos: 1, “Talvez um dos mais expressivos sinais disto tenha sido a forte relação de João Paulo II com a Legião de Cristo e o seu fundador Marcial Maciel. Maciel foi acusado de sérios abusos de mulheres e jovens, durante décadas, muitos dos quais se perpetuaram, devido, em parte, à norma interna de 1983 que João Paulo II aprovou para a ordem religiosa de Maciel, e que requeria secretismo, assim como proibia críticas ao seu fundador.” 2, “Foi a mesma necessidade de controlo hierárquico de João Paulo II que conduziu a um controlo apertado do pensamento teológico, com marcado impacto na vida das pessoas. A sua tentativa de desacreditar a teologia da libertação deixou milhares de pessoas a trabalhar pela libertação, sem o pleno suporte teológico e eclesial que mereciam, enquanto sofriam o jugo de regimes políticos brutais.”
A concluir, diz o ainda o Documento: “O autoritarismo espiritual era também visível na tentativa de João Paulo II em suprimir o discurso de igualdade de género, o que, entre outras coisas, privou o mundo Católico dos dons que as mulheres teriam trazido à liderança eclesial. O seu posicionamento contra lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT) torna-o cúmplice das igrejas locais e governos que continuam a negar a igualdade civil e moral das pessoas LGBT. Por outro lado, as suas repetidas reprovações do uso do preservativo complicaram a escolha moral de milhões de pessoas no mundo inteiro, que tentam prevenir a propagação do HIV/SIDA e promover a saúde sexual.”
ND
Mas será que os cardeais da Cúria Romana, alguma vez, se dão ao trabalho de tomar conhecimento do que se diz ou deixa de dizer da Igreja que, no dizer eclesiástico, é, em absoluto, apenas o papa, já que os demais só o são por reconhecimento dele?! Ainda há saída para um modelo de Igreja assim? Não temos de ousar, quanto antes, sermos Igreja de Jesus, a dos dois ou três, elas e eles em radical igualdade, unidos e reunidos em seu Nome? Porque carga de água é que tem de ser em nome do Papa-chefe-de-estado-do-Vaticano?! O que nos diz a Ruah, ou o Espírito Maiêutico de Jesus? Meditemos!
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Edição n.º 2
17 JANEIRO 2011
Fábrica do Vaticano produz mais
um Beato, e este de peso: O PAPA JOÃO PAULO II
A fábrica do Vaticano S. A. (por favor, não confundamos nunca o Estado-do-Vaticano e a sua Cúria Romana com a Igreja, muito menos, com Jesus, o filho de Maria!) acaba de produzir mais um Beato. Desta vez, é um Beato de peso: - O próprio Papa João Paulo II. Ainda há poucos anos PASSOU à sua definitiva condição de Invisibilidade, e já será beatificado, dia 1 de Maio de 2011. Em Roma. Pelo próprio Papa Bento XVI, que, durante anos e anos "mandou" nele e, na sombra, preparou o caminho para a sua própria eleição papal, logo após a sede romana ser declarada vazia. Como se vê, os papas também morrem. São monarcas absolutos e infalíveis que morrem. Como também morrem os poderosos do Mundo Político. E, até, os poderosos do Mundo Financeiro. Só não se percebe é porque são todos tão dementes-dementes, que insistem em ser poderosos, monarcas absolutos e infalíveis. Descriam-se e descriam o Mundo e os Povos. São, na História e no Mundo, os antípodas de Deus Criador que trabalha para criar filhas, filhos à sua imagem e semelhança (somos livres de dizer sim ou de dizer não a Deus Criador. Quando lhe dizemos não, então, em vez de filhas co-Criadoras, filhos co-Criadores, tornamo-nos, para nosso mal e para mal dos Povos e do Mundo, descriadoras, descriadores, nos antípodas de Deus Criador!).
Do alto do seu Poder monárquico absoluto e da sua Infalibilidade, o Papa Bento XVI acaba de reconhecer como "milagre", sempre indispensável para alguém da Igreja Católica Romana passar a Beato e, depois, a santo, a "cura" da doença de Parkinson, da freira francesa, Marie Simon Pierre, da Congregação das Irmazinhas das Maternidades Católicas. A "cura" deu-se em 2005, pouco depois do papa João Paulo II ter passado à definitiva condição de Invisibilidade histórica. No pensar-dizer Infantil dos chefes maiores da Igreja Católica, mal Woytila chega ao céu (escrevi Woytila, não Papa João Paulo II, porque após a Morte, já não há mais Papas, nem poderosos, nem infalíveis!), começa logo a meter cunhas ao Deus-dos-Papas e da Hierarquia-da-Igreja-Católica-Romana. E a sua primeira cunha resulta de imediato. A "cura" da freira francesa foi logo conseguida. Pena que as cunhas que o Papa João Paulo II metia ao Deus-dos-Papas, antes de morrer - todas as orações de petição que fez e tantas foram! - não tivessem resultado. Ele próprio que sofria da doença de Parkinson, teria sido beneficiado. Mas, assim, também não teria podido exibir, como exibiu, urbi et orbi, durante os últimos anos do seu Pontificado, o espectáculo do seu Sofrimento e do seu Apego ao Báculo e à Mitra do Poder papal.
A "cura" aí está. O "milagre" acaba de ser reconhecido por sua Santidade, o Papa Bento XVI, o único ser à face de Terra com Poder de reconhecer como "milagre" a "cura" de doentes de Parkinson, ou outras que certos médicos sem escrúpulos se apressam a dizer que esta ou aquela cura clínica não tem explicação clínica. Insultam-se a si próprios. E insultam o Nome de Deus Criador. Mas, com todos estes processos manifestamente fraudulentos, que só gente crédula, da credulidade mais rasca, é que pode aceitar, a fábrica do Vaticano lá conseguiu produzir mais um Beato e, desta vez, de peso. O Papa que, enquanto Cardeal Ratzinger, pôs e dispôs do seu predecessor como muito bem quis, agora que lhe sucedeu no Trono Papal, declara, do alto da sua Infalibilidade que o Papa João Paulo II é beato.
Doentes de Parkinson de todo o Mundo! Mandai à fava a Medicina e os seus profissionais. Mandai à fava os tratamentos que estais a fazer. Se quereis ver-vos livres da doença, passai a recorrer ao Beato Papa João Paulo II. Aprendei com esta freira francesa, da Congregação das Maternidades Católicas! Fazei novenas ao novo Beato. Que ele, se antes de o ser oficialmente, já curou esta freira, mais depressa vos curará a vós, a partir de agora que já é oficialmente Beato. O pior é se o Beato Papa João Paulo II só atende os pedidos de doentes mulheres. E de mulheres freiras, sujeitas aos castradores Votos perpétuos de Pobreza, de Obediência e de Castidade!...
Ai, Igreja Católica Romana, por que caminhos tu andas! Nunca conheceste outros, desde que foste fundada pelo imperador-papa Constantino. Será que ainda conseguirás arrepiar caminho e converter-te a Jesus, o filho de Maria, esse mesmo que o Império de Constantino crucificou na sua Cruz?! Infelizmente, com actos como este de, no Século XXI, continuares, como se ainda vivêssemos na Idade Média, a fabricar beatos e santos e a reconhecer como "milagres", os êxitos da Medicina, dás sinais de que és totalmente inconvertível a Jesus e ao Evangelho ou Boa Notícia de Deus Criador que ele é entre nós e connosco. Chorai, Povos, chorai!
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Ainda as Presidenciais da nossa prolongada Menoridade
4 CANDIDATOS +1 CONTRA O 6.º CANDIDATO VÃO ELEGÊ-LO LOGO À PRIMEIRA!
A campanha eleitoral para presidente da república prossegue. A caminho das urnas. Uma campanha sem um pingo de inteligência e de respeito pela inteligência das pessoas e das populações. A fome e a sede de Poder Político tornam dementes os que se deixam "apanhar" por elas. E quem entra nestes "jogos de Poder", é porque já se deixou "apanhar" por elas. Sejam alegretes tristes, sejam comunistas-de-cassete, nenhuma Prática, sejam médicos de bem-fazer, não de Fazer-o-Bem, sejam profs de economia neo-liberal, sejam outra coisa qualquer. Todos são mais do mesmo. Esta apagada e vil tristeza que se vê.
Ideias, nenhumas. Insultos, muitos. Debate, nenhum. Almoços e jantares, muitos. É um tal fartar, vilanagem! O Estado é o maior sorvedouro de Riqueza. É o maior Ladrão. É o maior Corrupto. Está à vista de toda a gente. Os Governantes, governam-se. E aos seus apaniguados. É um Desastre. Por trás de todo este Desastre, está, matreiro e hábil, igualmente, assassino, o Poder Financeiro Global.
Os Estados das nações já eram. Hoje, são meros agentes históricos do Poder Financeiro. Deixemo-nos de ingenuidades. Abramos os olhos da nossaq Mente Cordial. Se ainda os temos. Se calhar, já no-los roubaram de vez. Por isso, somos Cegos de nascença. E, como Cegos, alinhamos neste Desastre. Confortados, já não com os sacramentos da santa madre igreja, mas com os Futebóis dos Milhões e as Novelas da nossa Imbecilidade. Sempre a ver como havemos de enriquecer-sem-produzirmos-nenhuma-riqueza!
O próximo domingo, 23, é de dia de Votar. Dizem eles. Nós, as suas inúmeras Vítimas, que dizemos? E, se fizéssemos deste acto de votar, um nacional Protesto? Se, em vez da "cruzinha" no boletim de voto, lavrássemos sobre ele o nosso mais veemente Protesto? Um Protesto do género: Poder, nunca mais! É hora de nós, os Povos, sermos senhores dos seus próprios destinos! Pode parecer uma Utopia. Não será, se trabalharmos, desde já e sem descanso, para tornar realidade, ou Topia, esta Utopia. Uma coisa é garantida: Ou nós, os Povos, somos senhores dos nossos próprios destinos, ou, entregue aos Poderes e seus agentes históricos, o Planeta Implodirá. Mais cedo, do que tarde. Não mudemos e veremos!
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Edição n.º 1
2011 JANEIRO 15
As Presidenciais da nossa prolongada Menoridade
Elas estão aí. As Presidenciais. E as outras eleições. Ciclicamente. Até quando? Parecem coisa boa. São? Parecem Democracia. São? Parecem inevitáveis. São? Quando é que nos decidimos a Cuidar maieuticamente umas das outras, uns dos outros, e nos ajudamos maieuticamente a Crescer de dentro para fora em Liberdade, Maioridade e Autonomia, até sermos capazes de viver sem intermediários, sem sacerdotes, sem párocos, sem bispos residenciais, sem pastores-de-igreja, sem anciãos das testemunhas de jeová, sem presidentes-de-república, sem ministros, o primeiro e os outros, sem deputados, sem empresários, sem polícias, sem militares, até sem médicos, numa palavra, sem Poder e agentes históricos do Poder, essa Perversa Trindade, sob a qual se esconde o único Poder verdadeiro, o Poder do Dinheiro, ou o Poder Financeiro, hoje Global?
Presidenciais? Porque insistem em manter-nos toda a vida em estado de Menoridade? Porque se investe tanto e se ocupa um tão elevado número de pessoas, só para que os Povos permaneçam em estado de Menoridade, uma geração após outra? Ele são Igrejas, ele são Religiões, ele são Famílias, ele são Escolas, ele são Universidades, ele são grandes e menos grandes media, ele são Tribunais, ele são Parlamentos, ele são Leis, ele são Esquadras de Polícia, ele são Quartéis, ele são Hospitais, ele são Governos, ele são Empresas e uma infinidade de outros institucionaizitos, qual deles o mais autoritário e o mais presunçoso.
Em semelhante Floresta, onde cabem os Seres Humanos e os Povos? Não. Não falo de Coisas, de Mercadorias, de Objectos. Falo de Pessoas, de Seres Humanos, de Povos, de Sujeitos, de Protagonistas. Onde estão as Pessoas? Onde estão os Seres Humanos? Onde estão os Povos? Onde estão os Sujeitos? Onde estão os Protagonistas?
Nestas Presidenciais 2011, os protagonistas reduzem-se a 5 + 1, este assumidamente histriónico. E mesmo os cinco, são meros Figurantes. Dos Partidos Políticos que os apoiam? Nem isso! Em última instância, são meros Figurantes do Poder do Dinheiro, ou o Poder Financeiro. Não houvesse o Poder do Dinheiro ou o Poder Financeiro e não haveria Presidenciais, nem outros Institucionais. Sabem porquê? Porque haveria Seres Humanos e Povos a Cuidarmos maieuticamente uns dos outros e a Crescermos, de dentro para fora, em Liberdade, em Maioridade e em Autonomia. E, lá, onde houver Seres Humanos e Povos assim, não há lugar para o Poder do Dinheiro, o Poder Financeiro.
Ou os Seres Humanos e os Povos, ou o Poder do Dinheiro, o Poder Financeiro. Desde que há Animais Racionais, temos sido sistematicamente levados e, até, formatados para escolhermos sempre o Poder do Dinheiro, do Poder Financeiro, em detrimento dos Seres Humanos e dos Povos. Ou, pior ainda, contra os Seres Humanos e os Povos. Para esse peditório, não contem comigo!
Candidatos a Presenças Humanas Maiêuticas em Reciprocidade, precisam-se. Em toda a parte. Candidatos a Poder ou a agentes do Poder? Não, Obrigado! Quando é que chegamos a este mínimo do Humano?! Quem mais está disposto a avançar por esta Via Maiêutica?!
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Quem assassinou o Futuro do jovem Renato Seabra?!
É a vida de um jovem de Cantanhede que está em jogo. Alguém o aliciou a fazer escolhas objectivamente erradas, que ele tomou como correctas e acertadas. Há já, pelo caminho, um assassinato de um homem de 65 anos de idade. E quem o cometeu? A brutalidade dos factos do dia-a-dia diz que foi o Renato. Mas será assim? Quem arrastou Renato para este desfecho? No princípio, o Renato não era, não é assim. Quem o fez chegar aqui? Pode valer tudo nos concursos televisivos? Até aliciar jovens que, de repente, "viram" assassinos? Curiosamente, desses Concursos televisivos ninguém fala. Será que vão prosseguir, impunemente, mesmo depois deste desfecho num dos jovens aliciados por eles? A Sociedade que consente e, até, promove tais coisas, é uma Sociedade sapiente, ou demente? Para onde estamos a levar as novas gerações? O Abismo é a Saída?
No bíblico Livro do Êxodo, fala da saída dos Escravos, no antigo Egipto dos faraós. SAÍRAM da Opressão para a Liberdade. Não estamos a tratar as novas gerações exactamente às avessas? A arrastá-las da sua incipiente idade adulta, para novas formas de Escravatura, por sinal, muito mais refinadas? Mesmo que Renato Seabra venha a ser considerado inimputável pelo Tribunal de Nova Iorque, como vai ser o resto da sua vida na História, a partir de agora? Quem lhe assassinou tão precocemente o Futuro? As tvs e os responsáveis dos Programas que elas promovem estão de todo isentas de culpa?! Vão prosseguir por este caminho de Descriação dos jovens? Em nome das audiências? Isto é, em nome do LUCRO, sem olhar a meios? Meditemos!
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Ainda a Lei do Celibato dos Padres
e a existência de mosteiros e conventos de frades e de freiras
Institucionalmente, nunca no-lo dizem. Nunca no-lo disseram. Nunca no-lo dirão. Mas a Lei Eclesiástica do Celibato dos Padres, de carácter obrigatório apenas na Igreja Católica Ocidental, é intrinsecamente Perversa, por isso, Imoral. Peca, não quem a não acatar, no seu viver presbiteral em Igreja, mas quem a respeitar, sem convicção, isto é, quem se mantiver célibe, por toda a vida, não em consequência de uma opção consciente e livre, renovada cada dia e por amor do Reino /Reinado de Deus Criador, a desenvolver na História, mas apenas porque há uma Lei eclesiástica que assim o determina, como condição sine qua non, para os Padres /Presbíteros e os Bispos da Igreja Católica Ocidental, poderem exercer o ministério presbiteral e episcopal. Mais concretamente, para terem garantido um Ofício Canónico, de nomeação episcopal, para os presbíteros, e de nomeação papal, para os Bispos residenciais, ao qual anda obrigatoriamente ligado o respectivo Benefício Canónico. Em concreto, a sustentação / enriquecimento do nomeado.
Nunca entendi porque os chamados "Padres Casados" renunciam, muitas vezes, sem convicção e contra a sua mais profunda aspiração, ao exercício do respectivo ministério presbiteral. A Cúria Romana exige-lhes essa renúncia, eu sei. Mas então a Cúria Romana pode alguma vez substituir a Consciência de cada Presbítero? E suspender, para mais com carácter definitivo, o Sacramento da Ordem? A Acção do Espírito Santo, o de Jesus, que não sabe nada de Cúrias Romanas, nem Diocesanas, tem de obedecer e de sujeitar-se ao Código de Direito Canónico? E como é que a Cúria Romana (não confundir com a Igreja-Povo-de-Deus!) que é tão renitente em manter a validade do Sacramento do Matrimónio, mesmo que algum dos cônjuges, ou mesmo ambos lhe tenham posto termo e iniciado uma nova Relação Matrimonial, e é tão lesta em suspender o Sacramento da Ordem. no caso de um presbítero ou bispo se casar?! Afinal, em que ficamos? Vale mais, em Igreja, o Código de Direito Canónico, do que a Consciência de cada ser humano e do que o Acção do Espírito Santo?
E que dizer da existência de mosteiros e conventos de frades e de freiras e do VOTO DE CASTIDADE PERPÁTUA que cada freira, cada frade tem de fazer, sob pena de EXCLUSÃO? Neste caso, o Voto de Castidade é ainda mais radical do que a Lei do Celibato Eclesiástico. Porque esta, em última instância, proíbe apenas a realização do Matrimónio, por parte dos padres, ao passo que o Voto de Castidade exige de quem o faz a abstenção total e para sempre do exercício da sexualidade genital. E tudo, em nome de Deus e para maior glória de Deus. Um Deus com tudo de rei Salomão, com o seu harém de virgens, elas e eles. dentro de conventos e de mosteiros. Haja modos, senhores da Cúria Romana. Então desconhecem que o Monaquismo não tem nenhuma base no Evangelho de Deus Criador, nosso Abba-Mãe, praticado e anunciado por Jesus?! Como pode Deus Criador sentir-se honrado por mulheres e homens auto-castrados, enclausuradas, enclausurados em mosteiros e conventos, quando o próprio relato mítico da Criação, lhe atribui este Mandamento Primeiro a toda a Humanidade, "Crescei, multiplicai-vos e povoai a Terra!"? Pode a auto-castração dar glória a Deus Criador de filhas e de filhos em estado de Liberdade, Maioridade e Autonomia?
Eis porque não resisto a divulgar aqui uma anedota que, desde há dias, tem passado pelo email de muitas pessoas. Duma anedota se trata. Mas como ela se apresenta carregada de SABEDORIA, a de Jesus que nos quer plenamente realizados, cheios de Afectos e de Causas, longe, muito longe, dos Moralismos e do Maniqueísmos da Cúria Romana. Leiam-na e sorriam, ou soltem uma sonora gargalhada. Eis:
Castidade, ou Caridade-Amor?
A diferença entre o original e a cópia
Um jovem noviço chegou ao mosteiro e deram-lhe a tarefa de ajudar os outros monges a transcrever os antigos cânones e regras da Igreja. Ele ficou surpreendido ao ver que os monges faziam o seu trabalho a partir de cópias e não dos manuscritos originais.
Foi falar com o abade e explicou que, se alguém cometesse um erro na primeira cópia, esse erro propagar-se-ia em todas as cópias posteriores. O abade respondeu-lhe que há séculos copiavam da cópia anterior, mas que achava bem relevante a observação do noviço.
Na manhã seguinte, o abade desceu até as profundezas da caverna na cave do mosteiro, onde eram conservados os manuscritos e pergaminhos originais, que não eram manuseados há muitos séculos. Passou-se a manhã, a tarde e depois a noite, sem que o abade desse sinais de vida.
Preocupado, o jovem noviço decidiu descer e ver o que tinha acontecido. Encontrou o abade completamente descontrolado, com as vestes rasgadas, a bater com a cabeça ensanguentada nos veneráveis muros do mosteiro. Espantado, o jovem monge perguntou: - Abade, o que aconteceu?
- Aaaaaaaahhhhhhhhhh!!! CARIDADE...CARIDADE!!! Eram votos de "CARIDADE" que tínhamos de fazer. E não de "CASTIDADE"!!!
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A Hipocrisia da Unidade das Igrejas
Em Janeiro de cada ano, também neste de 2011, decorre, de 18 a 25, a Semana de Oração pela Unidade das Igrejas. Uma Hipocrisia de todo o tamanho. Já alguma vez, participaram numa das iniciativas realizadas durante a Semana? Se ainda não, sugiro que o façam este ano, na Oração de encerramento da Semana, marcada para as 21h30 na Igreja Anglicana de Sl James (Largo da Maternidade Júlio Dinis, no Porto. Terão oportunidade ver o espectáculo, como eu, já por várias vezes, vi, na minha profissão de jornalista. Os chefes de proa de cada Igreja que se integra na iniciativa, apresentam-se vestidos a rigor. Não como circulam por aí. Mas como sempre se veste, quando se assumem como actores do espectáculo litúrgico. As palavras que proferem, na ocasião, são o mais anódinas e meticulosamente escolhidas, para não ferirem a susceptibilidade dos demais. Rezam a Deus. Não sei a qual. Porque Deus Criador, o de Jesus, nem sequer quer Igrejas. Quer, sim, pessoas e povos em estado de Liberdade, de Maioridade, de Autonomia, sem mais necessidades de Pastores ou Sacerdotes. Pessoas e povos, sujeitos dos seus próprios destinos. São poucos, muito poucos, os "fiéis" das diversas Igrejas que alinham naquela farsa. E os que alinham são meros espectadores. Mas que querem? Para o ano, em Janeiro de 2012, de 18 a 25, lá haverá mais uma Semana de Unidade das Igrejas. A Unidade, é que nunca há. Porque nem os chefes de proa das Igrejas a querem. Que seria dos seus títulos, dos seus lugares de proa, dos seus privilégios, dos seus benefícios, das suas vaidadezinhas, Como está V. Reverência, V. Excelência Reverendíssima, Senhor Bispo do Porto, V. Eminência, senhor Cardeal Patriarca de Lisboa. Sim, o que seria de tudo isso, se houvesse a Unidade das Igrejas? E se acabassem estas Igrejas e houvesse apenas aqueles dois-ou-três de que fala Jesus, reunidos em seu nome, em redor de Mesas Compartilhadas?!
25 FEVEREIRO 2011
Depois de Kadafi, qual o Ditador à maneira democrática que se segue? Não! Não Exultemos com o que nos é dado ver estes dias. Choremos!
Agora, é a vez da Líbia de Kadafi. A Líbia do Petróleo. Sem o qual, nem a Europa – União Europeia – nem o Império USA podem manter o nível de vida que têm, nem o acelarado ritmo de Acumulação e de Concentração do Lucro que os torna Arrogantes, Ditatoriais, Cruéis, Exploradores dos Povos, Assassinos. Mil vezes, um milhão de vezes, piores do que Kadafi.
O ditador líbio é Perverso. É Cruel. É Faraónico. É Assassino. Está aí à vista desarmada. Mas à beira dos Estados Unidos da Europa e dos Estados Unidos da América do Norte, Kadafi é pouco mais do que um tigre de papel. Tanto assim que, recentemente, na Cimeira da Nato, em Lisboa, o ditador líbio veio a Lisboa com a sua Corte e os seus Camelos e o seu harém e foi recebido como mandam as regras protocolares entre os Estados. E ninguém lhe chamou Ditador. Pelo contrário. E, também, recentemente, o ainda primeiro-ministro de Portugal, cada vez mais cínico e histriónico– um Vómito-que-ri para as câmaras das tvs que não lhe largam o pé! - andou pela capital da Líbia, a passear-se e a negociar com Kadafi. E, à chegada, deu-lhe beijinhos na cara, como mandam as boas regras kadafianas.
Aos Ditadores africanos ou latinoamericanos ou asiáticos, quando bons alunos dos Estados Unidos da Europa e dos Estados Unidos da América do Norte, os chefes de Estado e de Governo dos países ocidentais, hão-de os beijar, abraçar. Para, depois, quando eles menos esperarem e aos Estados desta banda do Mundo for conveniente, os mandarem apunhalar pelas costas. Numa sofisticada e actualizada versão do beijo de Judas, um dos Doze, que, em Abril do ano 30, fez história, ao beijar Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria. Mas, então, por razões políticas diametralmente opostas às que movem hoje os Estados do Ocidente, de raízes cristãs, em relação a Kadafi e aos outros pequenos Ditadores à maneira antiga.
Beija-o, trai-o, entrega-o aos Sumos-Sacerdotes, em nome dos Doze, porque Jesus recusa, liminarmente, ser o Poder, o Cristo, o Ditador. Em vez do Poder Político, é a Política Praticada. Em vez do Império do Deus-Dinheiro, é o Projecto Político Maiêutico de Deus Criador de todos os Povos por igual. Em vez do Poder Financeiro, é o auto-Expropriado, num Planeta todo ele também Expropriado, a única maneira dele ser de todos os Povos por igual. Em vez da Fé Religiosa, é a Fé Política Maiêutica que nos faz ser Sujeitos e Protagonistas na História. Em vez da Idolatria-Ideologia, é a Verdade Praticada que nos faz Livres, à medida que também a Praticamos, apesar dos inevitáveis Riscos. Em vez do Animal Racional-mor, é o Ser Humano pleno e integral, a Fragilidade Desarmada e Maiêutica. Os Doze, com o Pedro à frente e o Judas, na cauda, todos candidatos aos melhores lugares do Poder, não lhe perdoam e fazem-lhe o que fazem!
Depois da Tunísia e do Egipto, chega, agora, a vez da Líbia, de Kadafi. A do Petróleo. Mas, antes da Tunísia, do Egipto e, agora, da Líbia, já havia sido o Iraque, de Saddam, e do Petróleo (já nos esquecemos?! Até parece). Só que, agora, com uma diferença bem mais refinada, nos processos utilizados. No Iraque, o demencial Bush do Império USA, ainda age à bruta. Á Império, ao modo antigo. Em lugar de infiltrar no Iraque os seus homens-de-mão, a convocar as populações iraquianas para as Praças da capital, a exigirem que o Ditador se vá embora, e, assim, dar lugar à Democracia, ele próprio faz avançar os seus Exércitos de Salvação da Democracia Mundial sobre a capital do Iraque, até encurralar o Ditador, velho aliado seu, mas, por aqueles dias, o Inimigo número 1 do Império USA e do Ocidente de raízes cristãs. E com o demencial Bush, a avançar, os chefes dos Estados Unidos da Europa, vão a correr, com Exércitos seus, juntar-se aos Exércitos do Império USA. Não fosse acontecer, virem a ficar amanhã sem o Petróleo do Iraque.
A Cimeira dos Açores, com o então primeiro-ministro de Portugal e, algum tempo depois, democraticamente escolhido para presidir (nesta altura, já vai no seu segundo mandato!) aos destinos dos Estados Unidos da Europa, foi o local escolhido para ser tomada em conjunto a Grande Decisão de Invadir o Iraque. Ou o Ditador, velho aliado, se rendia, ou seria linchado. Não se rendeu. Foi linchado. E o seu nome riscado da História dita Civilizada e Democrática.
Os Povos das nações e os seus Intelectuais horrorizam-se hipocritamente com tamanha Carnificina, realizada em nome da Defesa da Democracia. E os Ditadores Democratas tomaram em devida conta esses Horrores dos Povos das nações e dos seus Intelectuais. E, hoje, com Obama, o doce Obama, o Nobel da Paz Obama, a presidente do Império USA, os processos, para se alcançar os mesmos fins da Guerra do Iraque, são outros. O Império USA, em vez de invadir com os seus Exércitos por terra, mar e ar, envia agitadores que recorrem às novas tecnologias e às redes sociais de comunicação na net. E são as próprias populações, juntamente, com os infiltrados mercenários do Império USA, que invadem e ocupam, dia e noite, as Praças da capital, onde reside o Ditador que ainda não aprendeu a ser Ditador Democrático, como o doce Obama, o Nobel da Paz Obama, e, sobretudo, como Sua Santidade, o Papa de Roma. E, por isso, insiste nos velhos modelos de Ditador. De resto, é apenas este “pecadito” que os Ditadores democráticos do Ocidente lhe não perdoam e, por isso, exigem o seu Derrube, através dos Gritos das Massas Populares em polvorosa. Estão-se nas tintas para o caso, se o País do Ditador ao modo antigo, não tiver Petróleo. Mas o da Líbia tem. E por isso não lhe perdoam o “pecadito”.
Derrubado o Ditador ao modo antigo, colocarão lá outro, ao seu modo. E o Petróleo da Líbia continua a estar garantido. Assim como continuam garantidos os Lucros do Ocidente sempre a subir, a subir, a subir. São assim as Ditadoras Democráticas dos Estados Unidos da Europa e dos Estados Unidos da América do Norte. Por trás delas e dos seus chefes, eleitos por voto popular, estão os Exércitos Armados até aos dentes, as Bombas Nucleares, os porta-aviões, os submarinos, os embaixadores, as bases militares, a Nato, as potentes câmaras de videovigilância, os segredos de Estado. E está, sobretudo, a Ideologia, sempre alicerçada na Idolatria. Sem as quais, o Poder, todo o Poder, criação dos Animais Racionais, de sua natureza, intrinsecamente Perverso e Hipócrita, cairia da noite para o dia, sem sequer deixar rasto!
Kadafi já se foi, embora ainda continue a resistir, à boa maneira dos Ditadores de antigamente. Envelheceu tanto, que não vê que, Hoje, segunda Década do Século XXI, os Ditadores não podem ser mais assim. Têm de se apresentar vestidos com o manto ideológico da Democracia e / ou da Idolatria. Com ele, já podem continuar a Roubar, Matar e Destruir à vontade, que ainda são Aplaudidos pelas populações que os elegem. Têm de vestir de Padrinho, o da Máfia mais Perversa que é o Estado, em cada nação. Se o fizer, será até abençoado pelo Padrinho-mor do Mundo, o do geograficamente pequeno Estado do Vaticano. E Laureado com o Nobel da Paz. E, depois de Kadafi derrubado ou assassinado, qual o Ditador à maneira antiga que se segue?!
Não! Não Exultemos com o que nos é dado ver, estes dias. Choremos. Porque a grande questão que permanece escondida e nunca formulada pelos intelectuais da nossa Desgraça e do nosso Obscurantismo, é esta: Quando é que os Povos do Mundo desistem, duma vez por todas, de continuar a ser Animais Racionais e se dispõem a Crescer de dentro para fora, em Ser, em Liberdade, em Maioridade e em Autonomia, até se Assumem na História como Seres Humanos, em Reciprocidade Maiêutica, Sororais-fraternos, num Planeta, finalmente, Expropriado, sem lugar para nenhum dos três Poderes, todos intrinsecamente Perversos, Ditatoriais, Assassinos dos Povos?! Porque, ou avançamos decididamente para esta Meta, ou acabamos como Abortos! Comidos pelos Ditadores Democráticos. Para cúmulo, eleitos por nós!
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Mourinho, o Rei da Selva dos Animais Racionais Não digo que sou o melhor do Mundo. O que eu digo é: Ninguém é melhor do que eu!
E o Arrogante diz, Eu não digo que sou o melhor. O que eu digo é que ninguém é melhor do que eu. E acrescenta, Quero dizer-vos, em primeira mão, eu também sou Millenium! O nosso trabalho é a nossa paixão! O vídeo publicitário abre com um ronco musical, a fazer lembrar a Selva. E o rosto do que a UEFA dos Milhões apresenta ao Mundo como o seu melhor treinador de futebol, em 2010, aparece com aquele ar de Kadafi, o do Petróleo da Líbia, carrancudo, barba em tamanho visível, mas pouco, que lhe dá aquele ar de fera, não de Ser Humano. E o tom da voz? É um grunhido de Leão, o rei da Selva Animal. Os dizeres em itálico são os que abrem este Texto. Eis o Mourinho do Futebol dos Milhões, em retrato de corpo inteiro.
Em poucos segundos, Envenena a mente de quem lhe der ouvidos, despojado de consciência crítica. De resto, a Publicidade só surte efeito, quando é visionada-escutada por animais racionais, que o são, porque neles ainda não Irrompeu a Consciência Autocrítica, primeiro, e, depois, a Consciência Crítica. Deixariam de ser animais racionais e seriam Seres Humanos.
Mourinho, o do Futebol dos Milhões, é o Rei da Selva Global que é o Mercado Financeiro Global. O Rei dos animais racionais. Nele, ainda não Irrompeu a Consciência Autocrítica e Crítica. Porque, se já tivesse Irrompido, nunca Mourinho-Ser-Humano se prestaria ao baixo papel de se afirmar, com orgulho, Eu também sou Millenium! A Fera Mourinho. Arrogante, Mourinho?! Que ideia! Não o reduzamos a tão pouco. Ele, o Mourinho é o Millenium! É o Banco. Não tem conta no Banco. É o Banco! Não é animal racional. É o Rei dos animais racionais. O antípoda do Ser Humano. O antípoda de Jesus. Orgulhosamente!
Ai dos filhos do Mourinho, escrevi no meu Livro Póstumo, Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação, o tal que o Mercado Excluiu e colocou, de imediato, fora do Mercado. A afirmação continua a chocar amigas minhas, amigos meus. Mas não choca a UEFA dos Milhões. Tanto assim que, no ano seguinte (o Livro foi editado em Outubro de 2009), proclama urbi et orbi Mourinho, o melhor treinador de Futebol dos milhões do Mundo.
E que é dos filhos de Mourinho? Mas, então, o melhor treinador de Futebol dos Milhões do Mundo tem filhos? Como assim? Efectivamente, os registos de nascimento deles garantem que tem. O BI deles, também. Os testes de ADN, se forem efectuados, igualmente. Mas Mourinho tem filhos? Ou tem Milhões e Milhões e Milhões, não de filhos, obviamente, mas de euros e de dólares, que ele continua aí a Acumular e a Concentrar mais e mais e mais, num ritmo alucinante? Que escrevo? Não deveria escrever que Mourinho tem milhões e milhões e milhões de euros e de dólares. Escrever assim, é diminuir-te, Mourinho! Tu não tens milhões e milhões e milhões de euros e de dólares. Tu és o próprio Euro, o próprio Dólar! Como és o Banco Millenium! Não és o melhor do Mundo. Qual quê?! Não me insultem, reages, ofendido. Eu não sou o melhor do Mundo. O que eu digo é outra coisa bem distinta. O que eu digo é, Ninguém é melhor do que eu! Arrogante, eu? Não me insultem, voltas a reagir. Não me diminuam assim, insistes. Arrogante, eu? Não. Eu não sou Arrogante. Eu sou a Arrogância. Ninguém é mais Arrogante do que eu. Eu sou o Rei dos animais racionais. Ouviram? O Rei. E Rei monárquico absoluto, o que significa, sem rivais! Para isso, trabalho com paixão. O Papa de Roma, em todo o seu esplendor, nem aos meus calcanhares chega. Para mais naquela idade! Que percebe o Papa de Futebol dos Milhões? Dos Milhões, o Vaticano percebe. Ou o Vaticano, do qual ele o Papa é o chefe de Estado, não fosse a maior Máfia do Planeta. Eu, e apenas eu, sou o Rei da Selva dos animais racionais. Milhões de vezes mais Perversa do que a selva dos animais não-racionais. Eu sou o Alfa e Ómega! Eu sou Deus! Eu sou Mourinho!
Ai dos filhos de Mourinho. Ai da mulher de Mourinho. Até os supostos afectos trocados com eles e com ela só sabem a euros e a dólares, a Millenium, a banco dos milhões. A pele do Mourinho é de animal racional. Não de Ser Humano. É a pele do euro e do dólar. Ai dos filhos de Mourinho. Ai da mulher de Mourinho. Ou fogem do Rei da selva dos animais racionais, ou ele come-os. Pior do que isso: Converte-os em euros, dólares, Millenium, banco dos milhões. Como ele já é. Com orgulho.
Ou eles e ela actualizam, neste Século XXI, o comportamento de Francisco, o de Assis, que, no Século XII, se fez Pobre com os Pobres por opção, e deixou o pai atolado nos milhões em que se havia transformado, e fez-se Ser Humano, ou mantêm-se com ele e acabam iguais a ele, e, depois, piores do que ele. Porque o Dinheiro Acumulado e Concentrado sempre tem o pérfido condão de transformar em Dinheiro quem Acumula e Concentra Dinheiro! Desgraçado País, Desgraçada Sociedade Mundial que pariu um filho assim, como Mourinho, o Rei da Selva dos Animais Racionais. Antípoda do Ser Humano pleno e integral. De seu nome histórico, Jesus, o filho de Maria. Não do Poder. Sacerdotal-Religioso. Político Armado. Económico-Financeiro!
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Diáconos Permanentes. À temática em estudo, as Jornadas Teológicas no Porto disseram Nada!
Os matutinos não disseram nada, pelo menos, de forma que se visse. E não foi por má vontade. Nem por miopia jornalística. Apenas porque, por estes recentes dias, houve de facto umas Jornadas de Teologia, promovidas pela Faculdade de Teologia UCP, do Porto, que debateram a temática, “Diaconia da Igreja e Diaconado Permanente”, mas não houve, lá, nada digno de Notícia! E sem Notícias Substantivas, para divulgar, os matutinos do país optam por encher várias páginas dedicadas ao Futebol dos Milhões. Porque, no tempo do Mercado Financeiro Global, os golos e os escândalos sexuais e outros mais perversos, protagonizados pela marca CR7 vendem muito mais que umas Jornadas de Teologia, passadas a ouvir discursos de supostos peritos sobre os Diáconos Permanentes na Igreja Católica Romana. Rasca, por rasca, os matutinos do País optam pelos golos da marca CR7 e pelas suas acrobacias sexuais e outras, bem mais nefastas. O rasca futebolístico vende que se farta. E o Mercado Financeiro Engorda. Um dia após outro. Engorda tanto, que, um dia destes, ainda Come vivos, os Povos! E os Povos Comidos por ele aplaudem! Ele faz isso, porque o Mercado Financeiro Global é a mais Perversa anti-Eucarista sobre a Terra. Em vez de Proclamar ao Mundo e aos Povos, Tomai e Comei, Tudo é Vosso; Tomai e Bebei, Tudo é Vosso! Proclama, Vinde todos a mim para Eu vou Comer a todos, Vivos. E os Povos vão. Como aquela frágil ave, depois de hipnotizada pela Víbora. Ainda mexemos, corremos e, até, enchemos Praças a Gritar, Fora os Ditadores!, mas nunca ousamos sair de dentro do Grande Mercado Financeiro Global. De modo que até os Gritos das multidões nas Praças contribuem para o Mercado Financeiro Global medrar mais e mais.
Ora, as Jornadas de Teologia no Porto, à temática em reflexão e em debate, disseram Nada! Perdão. Disseram muitas conferências. Inúmeras frases e palavras. Mas, sobre a temática, propriamente dita, disseram nada. Ou, dito de outra maneira: Disseram muito, mesmo muito, mas mais do Mesmo. Por isso, Nada.
O problema, porém, é ainda mais fundo e tem de ser explicitado aqui. Assim: Mas da Igreja cristã católica romana sai, alguma vez, alguma coisa que se aproveite? Concretamente, Pão-Doutrina que nos alimente no Humano? O próprio corpo de Cristo que as missas ritualizadas vendem, é alimento do Humano? Depois de comerem aquela hóstia, as pessoas não regressam a suas casas um pouco menos Humanas, do que quando saíram de casa, rumo às missas ritualizadas? Para que queremos os olhos, se nem este Medonho Escândalo vemos? Quem entre nós, se for honesto, pode alguma vez garantir que aquele corpo de Cristo das missas ritualizadas e vendidas pelos Sacerdotes celebrantes, é Jesus, o Camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria? Quem, se for honesto, pode garantir que é a sua mesma Ruah ou Sopro Maiêutico que, onde PASSAR e se mantiver historicamente Actuante, faz Falar os Mudos, Ouvir os Surdos, Andar os Paralíticos, Levantar os Mortos, Integrar os Excluídos, numa palavra, faz Implodir o Mercado Financeiro Global? Há, para aí muitos Teólogos e algumas Teólogas (elas são ainda muito poucas, como a dizer que a Teologia é coisa de Macho!) que dizem que sim e, até, ensinam Isso nas Universidades Católicas ou outras de outras Igrejas-Religiões cristãs. Mas de que Deus é que eles e elas são Teólogos? Do que se nos dá definitivamente a conhecer em Jesus, o filho de Maria, e no seu Projecto Político Maiêutico, antípoda do Império, também do Império Eclesiástico? Mas como pode ser o Deus Criador que se nos dá a conhecer em Jesus, se as pessoas que comem esse corpo de Cristo das missas ritualizadas, são também as mesmas que, depois, juntamente com as pessoas Ateias, são Comidas pelo Mercado Financeiro Global, em lugar de o fazerem Implodir?!
As Jornadas de Teologia sobre Diáconos Permanentes na Igreja, fecharam com uma extensa Comunicação, em 4 pontos, do Bispo da Diocese do Porto. E como é do Bispo da Diocese do Porto, o respectivo Semanário, VP-Voz Portucalense, fiel ao seu dono ou gestor-mor, faz dela a manchete na edição do dia 23 de Fevereiro 2011. Nada a apontar contra. Mas, apenas se a Comunicação episcopal tivesse Substância. Fosse, não apenas uma Comunicação mais, mas, sobretudo, uma Contribuição, e Contribuição Substantiva, sobre a temática das Jornadas. Mas não. Também a Comunicação Episcopal, muito erudita, sem dúvida, à temática das Jornadas, disse Nada. Entenda-se, disse mais do mesmo!
E é pena. Porque os leigos, casados ou não, que já aceitaram deixar de o ser, ao serem ordenados Diáconos Permanentes, merecem mais. Assim, continuam sem saber “o que” são. Sobretudo, “quem” são. E, por isso, infelizes deles, que lá vão passar o resto dos seus dias (quase todos são ordenados Diáconos Permanentes, quando já são avós de netos!) a fazer de criados ou de ajudantes dos Sacerdotes-Párocos, e naquelas Rotinas Eclesiásticas todas, que fazem Vomitar até mesmo os mais habituados a elas.
Para começar, o Bispo Manuel Clemente, se fosse Bispo da Igreja do Porto, deveria dizer-se, fecundamente, Indignado, por só poder haver, e só haver, de facto, Diáconos Permanentes, Homens. Nenhuma Mulher! Nem sequer as Mulheres dos Diáconos Casados. Eles são escolhidos e ordenados. E elas ficam Excluídas. Francamente, não sei como há homens casados que, neste Século XXI, ainda conseguem ter estômago para aceitar semelhante Agressão às Mulheres, a começar pelas suas próprias esposas. Então não diz a Palavra com Ruah, Não separe o Poder, no caso, o Eclesiástico, o que o Amor Une?! Desculpem, mas nem consigo continuar a escrever. Perante semelhante Enormidade contra a Igualdade entre Mulheres e Homens, que nem os intervenientes nas Jornadas, nem o Bispo Manuel Clemente, para mais, Prémio Pessoa 2010, denunciaram, é impossível escrever, neste mesmo Texto, algo de Substantivo sobre “o que” são os Diáconos Permanentes e, sobretudo, “quem” são. O Bloqueio à Ruah de Jesus é total. E sem a Ruah de Jesus, resta apenas o Império Eclesiástico. Patriarcal. Ditatorial. Misógino. Monárquico. Pedro. Papa. Choremos!
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Chama-se Pio e é o novo Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. Choremos!
Chama-se Pio. Pio Gonçalo Alves de Sousa, de seu nome completo. É da Arquidiocese de Braga. Tem 65 anos de idade. Nunca teve actividade presbiteral entre as populações e com elas. Nunca exerceu o arriscado ministério presbiteral de Evangellizar os Pobres e os Povos. Sempre tem sido Doutor, Professor universitário e exerceu cargos de gestão nessas áreas. Pois bem, inopinadamente, foi nomeado dia 18 de Fevereiro de 2011, Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. E já tem data e local marcados para a respectiva Ordenação Episcopal. Data, 10 de Abril de 2011. Local, Santuário do Sameiro!
De Padre Pio da Arquidiocese de Braga, salta para Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. De Doutor e Professor e gestor universitário, sobe (ou desce?!) a Bispo. E isso, minhas senhoras, meus senhores, é o que conta, no universo clerical-eclesiástico. Passar a ter o seu nome precedido de D. No caso, D. Pio. Soa a beato, ainda antes de ser beatificado. Mas é o que a Igreja católica Romana conseguiu arranjar, para Bispo Auxiliar da Diocese do Porto. De resto, ele fará o que o Bispo titular e residencial lhe disser para fazer. O Costume. Mais do mesmo! E mesmo isso, bem pouco, vai ser complicado, depois de sempre ter vivido noutro universo totalmente diferente. E aos 65 anos de idade. A da Reforma, no mundo do trabalho, na sociedade civil.
Mas o Papa escolheu, está escolhido. O Papa nomeou, está nomeado. Habemus Episcopum! Auxiliar da Diocese do Porto. Certamente, para render o Bispo Auxiliar, João Miranda, que já pediu a resignação, devido a ter completado 75 anos de idade. Com 75 anos de idade, poderia ser eleito Papa. Ratzinger, aí está a gritar o facto, mais do que a possibilidade. Mas já não pode continuar a ser Bispo Auxiliar do Porto. Que querem? Leis Canónicas que a Multinacional católica romana, sedeada em Roma, a dos Césares Augustos do Império Romano, tece. E que não são para o comum dos mortais entender. Apenas acatar. Obedecer. Coisa mais Parva!
O novo Bispo, agora, ex-Cónego da Sé de Braga, já endereçou uma saudação à Diocese do Porto, logo que foi sabedor da nomeação oficial. E, sem querer, faz uma revelação incrível, de orgulho e de vaidade carreiristas, finalmente conseguidas, quando a idade de 65 anos já lhe dizia que teria de morrer sem atingir o topo da carreira eclesiástica, iniciada com a ordenação de Presbítero, que ele prefere dizer Sacerdote! Diz: “Não obstante os muitos e aliciantes projectos que tinha à minha frente nos trabalhos que me tinham sido confiados, decidi, diante de Deus [que Deus, Bispo Pio?!] dizer que sim, pela mesma razão pela qual tive que recomeçar em outras tantas ocasiões, ao logo da vida”. Fala em “muitos e aliciantes projectos que tinha”. Pois bem, atira tudo ao contentor do lixo, só para poder dizer, Enfim, Episcopus! Enfim, Bispo!
Confirma-se, mais uma vez, que pode haver e há (ainda bem!) crise de vocações para Padre / Presbítero. Mas não há crise de vocações para Bispo. Chega secretamente o contacto a um padre, juntamente com o convite, e o contactado-convidado atira tudo às ortigas e apressa-se a responder, Sim, aceito!
Eis a Multinacional Eclesiástica católica no seu pior! Fabrica Bispos-Poder, Bispos-Privilégio. Podem ser, depois, os mais Deprimidos dos animais racionais, mas lá estão, o D. antes do nome, o anel no dedo, a cruz peitoral de pedras preciosas, o báculo na mão, a mitra na cabeça, para compensar. E também o primeiro lugar, garantido, lá onde quer que ele chegar, quando se trata de andar a passear de paróquia em paróquia, a dizer Nada e a fazer Nada! Choremos!
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Edição n.º 16
22 FEVEREIRO 2011
Sessão de Poesia de Choque de Fevereiro 2011
O Livro da Sabedoria foi o mais Fecundo Poema de Choque
O LIVRO DA SABEDORIA esteve em grande destaque na Sessão de Poesia de Choque da terceira quinta-feira de Fevereiro 2011 (dia 17 à noite), realizada, como todos os meses, no Clube Literário do Porto. Esteve o Livro. E estive eu, na minha qualidade de sua principal Parteira. Digo bem, Parteira. Mais, muito mais do que Autor. Porque, sempre que o Escuto (mais do que lido, O LIVRO DA SABEDORIA tem de ser Escutado), eu próprio me sinto profundamente Interpelado. Não sou eu que escrevo O Livro Da Sabedoria, é O Livro da Sabedoria que me escreve a mim. E me faz, todos os dias.
Os Promotores da Sessão, A. Pedro Ribeiro e Luís B., dedicaram toda a primeira parte ao Livro. Mas ele não coube nessa primeira hora e, de certo modo, acabou por encher a Sessão toda. Porque, até os Poemas ditos na Sessão, pareciam “tocados” pelo Sopro Maiêutico que atravessa todos os versículos dos 50 Capítulos do Livro. Nunca um Livro, com 370 páginas, “mexe” tanto e tão profundamente com as pessoas. Ninguém que o Escute, consegue ficar indiferente. Ou igual. O Sopro Maiêutico que atravessa todo o Livro faz Abalar-Acordar, em quem o Escuta, a Raiz do Ser único e irrepetível que é cada Mulher, cada Homem. E, pela primeira vez na vida, Somos Nós. Não o que o Mercado e o seu Sopro Envenenado e Letal querem que sejamos.
Os dois Promotores da Sessão disseram, Emocionados e Empolgados, alguns Versículos do Livro. Como outros tantos Poemas. Porque O Livro da Sabedoria é um Poema, desde a Capa à Contracapa. Um Poema que nos Desassossega. Desinstala. Desperta. Levanta. Inopinadamente, vemo-nos Meninas, Meninos. Recém-nascidas, Recém-nascidos. Fragilidade Humana. Presença Desarmada. Antípodas do Saber que é Poder Armado e Financeiro. Também Sacerdotal-Religioso. Por isso, Seres Humanos. Perseguidos pelo Saber. Denegridos pelos seus agentes históricos. E sem lugar nas prateleiras do Mercado.
Já alguém viu exemplares d’O Livro da Sabedoria, nas prateleiras do Mercado? Implodiriam, se o Acolhessem. A Incompatibilidade é total, entre a Sabedoria e o Mercado. Como entre a Sabedoria e o Saber ao serviço do Mercado. Só a Sabedoria É. O Saber nunca É. O Saber Mata a Sabedoria. Como a Treva Odeia a Luz, assim o Saber em relação à Sabedoria. O Saber Odeia a Luz. Quem esteve na Sessão de Poesia de Choque pôde fazer a Experiência. Até o que, porventura, ainda há em nós de Saber entrou logo em Guerra Aberta com O Livro da Sabedoria. Atirou-se à Sabedoria. Mas a Sabedoria é tanto mais Fecunda, quanto mais Rejeitada, Odiada, Crucificada. O Saber é o Espinheiro. A Sabedoria, a Oliveira. O Século XXI, o do Mercado Financeiro Global, é o Espinheiro. E ao Espinheiro que produz espinhos e abrolhos, só o Derrubamos com a fecundidade da Oliveira. Ao Saber, só o Destronamos com a Sabedoria. Ao Poder Armado, só o Implodimos com a Fragilidade Humana Desarmada e Maiêutica. O Mercado não entende. O Saber não entende. Porque é Estéril, pior, Assassino.
O Livro da Sabedoria Encheu a Sessão de Poesia de Choque. Libertou a Palavra em cada uma, cada um. O Tempo foi curto, para tanta Palavra nunca antes Dita. Era já hora e meia da Madrugada, quando nos alertam que o Clube Literário tem horário de fechar. E o horário já estava muito para lá do que devia. Ficou nas pessoas fome de mais. Haveremos de arranjar maneira de nos Alimentarmos. Cada qual que Invente. A Sabedoria faz-nos Criadoras, Criadores. Quando a Comemos, sempre nos Superámos. Somos Inteiros. Porque a Sabedoria Despoja-nos de Tudo o que é Banal. Faz-nos Ser Inteiros.
No Facebook, já andam fotos e Comentários sobre a Sessão em que O Livro da Sabedoria foi o Poema de Choque Maior. Subversivo. Fecundo. Conspirativo. Muitas Noites assim e o Mercado ficará sem Chão. Sem servidores, elas e eles. E sem servidores, elas e eles, o Mercado Implode. Porque, em seu lugar, Levantam-se os Seres Humanos, em toda a sua Originalidade. E em toda a sua Fragilidade. Em toda a sua Maiêutica.
Em toda a Sessão, estive presente e Activo como um menino. Surpreendido com o que me era dado ver e ouvir. O Presbítero que sou foi bem o que sempre há-de ser: Parteira, para que cada uma das pessoas junto dele, Seja. E, nesta Sessão, todas, Somos. O Presbítero da Igreja é o antípoda do Sacerdote das Religiões. É menino entre as pessoas e com elas. E elas São. Enquanto ele se Extasia, perante tanta Originalidade, tanta Beleza, tanta Ternura, tanta Verdade, tanta Liberdade, tanta Autenticidade. Perante semelhante Eucaristia. O Eclesiástico e o Religioso não entendem. Estão aí, para Matar a Sabedoria. Primeiro, Matam o Presbítero. Reduzem-no a Sacerdote. A Funcionário. A Homem de Ritos. Um Comerciante. Já o Presbítero que não se transmuta em Sacerdote faz Implodir o Templo e o Altar. E vive entre os demais e com eles. Em tudo igual a eles, excepto na Idolatria. Porque ao Saber, ao Poder, o Presbítero sempre diz, NÃO TE SERVIREI. E não serve. Nem que o Saber, o Poder o Mate na sua Cruz, a do Século XXI. Bem mais refinada que a do Império, em Abril do ano 30, em Jerusalém.
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Madeira, um ano depois
A Tragédia continua, mas sem os holofotes de há um ano
Um ano depois das chuvas torrenciais que deixaram a Madeira em estado de sítio, semeada de cadáveres humanos e quase sem chão firme para as populações que sobreviveram à Tragédia poderem lá continuar a viver, as zonas turísticas estão a regressar à “normalidade”. Mas as outras, escondidas aos olhos dos turistas, mantêm-se na Desolação e no Vazio. Melhor sorte teve aquela imagem de pau que dá pelo nome de nossa senhora de qualquer coisa, que foi achada inteira, depois da Tragédia, e teve honras de andor e de bispo na sua entronização num santuário, onde permanece à adoração dos Incautos, sobretudo, das Incautas, sempre mais dadas a estas coisas do Obscurantismo e do Medo dos deuses machos que se fazem representar nos seus maridos-donos-e-senhores e nos clérigos católicos que as usam como zeladoras de altar, e elas gostam. Sempre é um reconhecimento e uma compensação! Ainda que também uma Vergonha!
O Canal 1 da RTP fez (algum)a diferença. E no dia do aniversário transmitiu directamente da Madeira o Jornal da Tarde, conduzido pela Equipa de jornalistas do Porto. A diferença pecou, e muito, pelo tom de show que foi dado à Tragédia, exactamente, como há um ano, quando todas as tvs, quais abutres, caíram sobre a Tragédia e tentaram vendê-la, até à Náusea, a troco de audiências e de Publicidade, sempre Obscenas, quando se misturam com Notícias elaboradas por Jornalistas com Carteira Profissional.
No meio d e todo aquele “tom” de show, quem esteve atento e com olhos de ver e ouvidos de ouvir, conseguiu ver e ouvir, por trás do show, a Tragédia que se mantém, Silenciada, um ano depois. As Vítimas pé-descalço não vendem, nem garantem audiências, a não ser quando o são ao vivo e em directo, em plena Tragédia. Depois dos caudais dos rios voltarem ao seu leito e os Ventos ciclónicos deixarem de lançar Pedregulhos como bombas sobre as povoações, as Vítimas continuam lá, Desoladas, mas Silenciadas. Não há microfone de tv ou de rádio que dê relevo ao seu Sofrer. Cai sobre a Tragédia o manto do Silêncio Imposto pelo Poder que paga aos jornalistas. E as Vítimas desaparecem como por magia. O que as tvs mostram e destacam são as zonas turísticas, as zonas que dão muito dinheiro a ganhar aos senhores do Dinheiro. Que para isso há zonas turísticas, publicitadas aos quatro ventos, em todo o mundo, onde há populações com poder de compra para viajar e passear.
O Governo Regional tem o seu palácio em segurança. O Parlamento Regional, também. A Diocese do Funchal, nem se fala, que o Bispo Carrilho não faz por menos e quer tudo nos trinques, a condizer com o seu status de Bispo Residencial. E a imagem de pau de nossa senhora de qualquer coisa também lá está, enfeitada e zelada, no seu santuário, com fiéis que podem não ter para comer, mas têm de ter para oferecer à imagem de pau, exaltada pelo Bispo Sacerdote do Paganismo em que as populações da Madeira continuam mergulhadas, ou não vivessem sob a ditadura do “kadafi” ou do “mubarak” lá do sítio. E ditadura com ditadura se alimenta. E com ópio religioso se adormece e anestesia. Bispo e ditador, ditador e bispo, cada qual em seu palácio, querem casamento politicamente mais eficaz?!
Depois de um ano já passado sobre ela, a Tragédia da Madeira deveria ter sido Tsunami Popular Desarmado. Mas como, se o bispo do Funchal e os párocos multiplicaram, neste dia de aniversário, as missas nos altares e com elas anestesiaram as Populações Silenciadas à força? Sofrei, sofrei pela conversão dos pecadores, dizem os Sacerdotes, numa reprodução e prolongamento da catequese assassina da senhora de fátima. E que seja tudo em desconto dos nossos pecados, repetem as Populações Amordaçadas e Tolhidas. Tudo, sob a batuta do bispo Carrilho e dos párocos Sacerdotes da Religião católica, e sem um pingo de Presbíteros da Igreja. É assim a Madeira, um ano depois da Tragédia!...
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São 13, oriundos das Dioceses de Viana, Braga, Porto, Vila Real e Lamego. Padres já trocam as Missas pelo Futebol? Ou o Torneio Europeu de Futsal para o Clero católico tem, escondido, um objectivo Perverso?
Não! Não Os padres não estão a trocar as missas pelo Futebol. Os 13 padres católicos portugueses que participam no V Torneio Europeu de Futsal para padres da Igreja Católica Romana, não estão a trocar as missas pelo Futebol. Nem os 13 padres portugueses, nem os outros muitos padres católicos que integram as restantes equipas que, entre os dias 21 e 24 de Fevereiro 2011, disputam o V Torneio de Futsal para padres, na Polónia. Nem seria mau, se o fizessem. Mas não é o caso. Os padres mais novos não estão a trocar as missas pelo Futebol. Estão a misturar as missas com o Futebol. Tanto assim, que V Torneio Europeu de Futsal começa com uma missa. E entre os vários jogos em disputa, há sempre mais missas. A revelar, à saciedade, que Missas e Futebol, é tudo a mesma coisa. Tudo dá glória ao Deus dos Sacerdotes, um Deus-Ídolo que come a Dignidade, até dos próprios Sacerdotes que o servem. Sem tirar nem pôr. Por isso, os padres fazem-se chamar Sacerdotes. Recusam ser Presbíteros da Igreja. Não poderiam ser Comerciantes de Deus, iguais aos comerciantes do Dinheiro. Porque Presbíteros e Comerciantes são uma Contradição. Já Sacerdotes e Comerciantes são Sinónimos. Não Antónimos!
A mistura de missas com Futebol diz bem, quanto a Igreja católica Romana anda nos antípodas de Jesus. Porque o V Torneio Europeu de Futsal não é a mesma coisa que Prática de Desporto, sempre bem-vinda e de promover entre os seres humanos, sem discriminação. O V Torneio Europeu de Futsal não é sinónimo de Prática Desportiva. Tem tudo a a ver com Competição desportiva. Soa a iniciativa paralela à Liga Europeia de Futebol, o dos Milhões. Inspira-se nela. Tem muito, ou tudo, de Montra Publicitária. Pretende mostrar que ser “Sacerdote” católico, refém do Bispo Residencial e da Cúria Romana, não é coisa triste, enfadonha, moralista, clausura. É um viver alegre. O Torneio Europeu de Futsal visa, em última instância, fazer passar para a malta mais nova da Europa, a imagem de que vale a pena ser “Sacerdote”. De que é bom ser “Sacerdote”. Pretende “pescar” gente nova, apenas Rapazes, obviamente, já que as Raparigas estão proibidas de aceder ao “Sacerdócio”, coisa de machos e de machos celibatários à força, que, para isso, existe a Lei do Celibato Obrigatório para os que decidam ser “Sacerdotes”.
Este objectivo de tentar atrair jovens machos para o “Sacerdócio” dá ao Torneio Europeu de Futsal para o Clero católico, uma dimensão de Perversidade. E põe a nu o que há de Perverso no Agir Pastoral da Igreja Católica Romana. Os jovens padres das dioceses de Viana do Castelo, Vila Real, Lamego, Braga e Porto prostituem-se ao serviço do Institucional que os ordenou Presbíteros, mas, no decurso do mesmo Ritual, logo os transmuta em “Sacerdotes”, fazedores de ritos, sempre os mesmos, de missas, sempre as mesmas. Comerciantes do Religioso, gestores de empresas especializadas em venda de ritos religiosos, que são hoje as Paróquias católicas Tirem-lhes o Dinheiro e vejam o que resta. Nada!
Em lugar de caírem na real e denunciarem que “o rei vai nu”, os 13 Padres portugueses ainda se prestam a Publicitar a Perversão que cometeram com eles. Em lugar de a denunciarem. Como se ser vendedores de missas, caísse no âmbito do Ministério Presbiteral. Não cai. Embora já possa cair no âmbito do Sacerdócio. Porque o Sacerdócio tem tudo de Paganismo Religioso. Ao passo que o Ministério Presbiteral tem tudo de Jesus e da sua arriscada Missão na História, de Evangelizar os Pobres e os Povos.
O “capitão” da equipa portuguesa bem pode repetir aos microfones das rádios e tvs que o Torneio Europeu de Futsal vem dizer aos jovens que ser “Sacerdote” não é coisa triste, chata, monótona, moralista, castradora. Os jovens europeus já não se deixam convencer. Quando o “Sacerdócio” católico é coisa só de homens, não de mulheres e de homens, e coisa só de homens que estão proibidos, para sempre, de “fazer uma só carne” com uma mulher concreta, sob pena de terem de ficar desempregados e serem ostracizados pelos colegas e pela hierarquia, também ela, só de homens e de homens sem mulher, tem de ser mesmo um viver triste, chato, moralista, misógino, próprio de eunucos que o Poder Eclesiástico, criminosamente, faz tais. E tudo porquê? Porque o “Deus dos Sacerdotes” é macho, é Poder, é Patriarcal. Não gosta de Afectos. Nem pode com Mulheres que, quando acolhidas, Humanizam o Mundo. E fazem Implodir o Poder, também o Poder Sacerdotal. Celibatário. Patriarcal. Autoritário. Descriador do Humano.
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Edição n.º 15
19 FEVEREIRO 2011
747 mil Desempregados e 860 mil euros de Lucros por dia. Ao contrário dos Partidos do Poder Político e dos grandes Sindicatos, o Poder Financeiro Global não faz greves nem manifs de 1 milhão
Há um pequeno País na Europa que já soma 747 mil Desempregados (“números reais”, divulgados pelo JN de 17 Fevereiro 2011), mais os outros todos que não entram nos “números reais”. E, nesse País, só a empresa GALP, a do gás e dos combustíveis para veículos a motor, ganha 860 mil euros, por dia. No mesmíssimo País que soma já 747 mil Desempregados (números reais). E o País que comete semelhante Obscenidade é Portugal. Cujo Governo anda numa roda-viva, a tentar vender Dívida aos grandes Bancos e outros Fabricadores de Pobreza e de Pobres em massa e Desemprego e Desempregados cada vez em maior número. E não pensemos que “Isto” é sazonal. É Estrutural.
O Sistema Financeiro Global é assim: Gerador de Pobreza e de Pobres em massa. E de Desemprego e de Desempregados cada vez em maior número. Ou o Decapitamos, ou acabamos Engolidos e Triturados por ele. Numa Operação Silenciosa. Porque o Poder Financeiro Global não grita nas Praças. Não faz Marchas de Protesto. Não junta 1 milhão na capital de cada país. Não faz Greve. Nada disso. Disso e de outras coisas mais, todas estéreis, fazem os Partidos Políticos do Poder e os Dirigentes dos grandes Sindicatos. E o Povo, convocado por sms, Facebook, ou pelas Centrais Sindicais, mais uma do que a outra, refém do Partido que está no Governo, lá vai, como para uma romaria, sem nunca se perguntar, Mas quem é que está por trás desta nova maneira de convocar Manifs?
O Poder Financeiro Global Trabalha dia e noite. Mesmo quando dormimos. Nós dormimos. Mas ele nunca dorme. Só Trabalha. É o Descriador do Humano e do Mundo e não pode parar nunca. Propôs-se uma ciclópica Tarefa. E Trabalha ininterruptamente para a levar a cabo. Para isto o Poder Financeiro Global nasceu e está na História e no Mundo, melhor, no Universo: Para Roubar, Matar, Destruir. Se nós, os Povos, não Decapitamos o Poder Financeiro Global, acabamos todos Roubados, Assassinados, Destruídos por ele. Em cada hora que passa, um pedaço mais. Porque nem um minuto, o Poder Financeiro Global está sem trabalhar. Até Descriar em definitivo os seres humanos.
Mas, então, é de todo inútil concentrar 1 milhão na Avenida da Liberdade, em Lisboa, a capital do País? Para o Poder Financeiro Global, é. Mais do que inútil, é prejudicial, para esse 1 milhão e para o País. Porque o Poder Financeiro Global sai sempre a ganhar, também com iniciativas dessas. Por quanto ficam as deslocações do Norte e do Sul do País, até Lisboa? Se forem os Sindicatos a convocar, quem se desloca, geralmente, vai de graça. Outros pagam as deslocações. No caso, os Sindicatos que as organizam e promovem. E quem sai a ganhar? O Poder Financeiro Global. É mais Dinheiro que entra.
Num Sistema Financeiro, como o dos Mercados, os Mercados Lucram sempre. Até com as manifs contra ele. Pensamos que lhe fazemos mossa? Ao Poder Financeiro, nenhuma. Ele é Insensível. Não tem entranhas. É o Poder Financeiro Global, e está tudo dito. O Poder não tem alma. Não tem coração. Não tem entranhas. Embora os grandes media digam que os Mercados ficam nervosos, reagem mal, cercam os Governos dos Países, é tudo Mentira. E o uso destes verbos não é inocente. Com eles, enganam os Povos. Se mossa pode causar 1 milhão de pessoas em Lisboa, numa manif, só ao Governo do País. Mas, também aqui, uma mossa absolutamente ineficaz. Menos ainda do que uma constipação!
Ou nós, os Povos, Decapitamos o Poder Financeiro Global, ou o Poder Financeiro Global Decapita-nos a nós. É o grande Duelo que nós, os Povos do Mundo, temos de travar. Sem Medo. Com muita Inteligência. Com a nossa imensa Fragilidade, como arma. Mas não pensemos que este Duelo se faz em Lisboa e em todas as outras capitais do Mundo. Não se faz. Aí fazem-se manifs com muitos gritos, muitos slogans, com muitos encontrões, com muitos insultos, com muito histerismo. No final, regressamos a casa, Exaustos. Sem nenhuns resultados. Pelo contrário, ainda mais Roubados. Até a Dignidade nos Roubam. Porque os infiltrados Agitadores do Poder Político do costume fazem-nos Gritar palavras de ordem. A ver se, nas próximas eleições que o Poder Financeiro Global ciclicamente promove e, até, financia, os Partidos envolvidos têm mais votos, mais lugares, mais Poder. Somos Utilizados e não damos por nada. Mas os que nos Utilizam, sabem bem o que fazem.
Mas, se não é com manifs de 1 milhão de pessoas nas capitais do Mundo, que se trava o grande Duelo que há-de Decapitar o Poder Financeiro Global, então como é? Em verdade, em verdade vos digo: Ou vencemos esse Duelo na nossa própria Mente, ou sairemos sempre a perder, em tudo o mais que promovermos. É na nossa Mente que temos de travar este grande Duelo. É na nossa Mente que temos de Decapitar o Poder Financeiro Global que está lá instalado e nos faz pensar e organizar a nossa vida aos gostos dele. Quem de nós já percebeu que, enquanto não Decapitarmos o Poder Financeiro Global na nossa Mente, tudo o que fazemos, pensamos, projectamos, dizemos, desejamos é o Poder Financeiro Global que nos leva a fazer, pensar, projectar, dizer, desejar?
E como se faz para Decapitar o Poder financeiro na nossa Mente? Como?! Só há uma maneira eficaz: Tomarmos a Decisão, irreversível, de sermos pobres, por opção, e por toda a vida. E, em coerência com esta decisão e com esta opção, educarmos as filhas, os filhos para que também sejam e vivam pobres por opção. Por toda a vida. Deste modo, e só deste modo, os Mercados vão todos à falência. Porque, finalmente, nós, os Povos do Planeta, decidimos passar de Animais Racionais a Seres Humanos. Primeiro, na Mente e no Coração. E, depois ou em simultâneo, na Sociedade, feita à nossa imagem e semelhança.
Num Planeta onde todos nós, os Povos das nações, formos Pobres por opção, e por toda a vida, não há lugar para o Poder Financeiro Global. Nunca mais! Quem se atreve a ser-viver assim?! Saibamos que quem nos indicar outra via, que não passe por esta, é Mentiroso. Só pode estar, e está, ao serviço do Poder Financeiro Global. Pelos frutos se conhece a árvore. Também os Povos das nações. Pelos frutos que produz.
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O Bispo do Porto convocou e os Artistas foram ao beija-anel ao Paço Episcopal Se com a Arte me enganas, então onde está a Arte? Onde está o Artista?!
Para já, é pré-namoro. O namoro e o casamento virão, mais tarde. Ou não. Depois de um tempo de namoro, pode acontecer a Separação. Porventura, até, o Divórcio-com-Ódio de ambas as partes, antes ainda de ter chegado a haver casamento. A linguagem aqui utilizada é, obviamente, simbólica, como, de resto, convém, para se falar do primeiro encontro entre o Bispo do Porto, Manuel Clemente, Prémio Pessoa 2010, e alguns dos Artistas nados e residentes no Porto. O encontro aconteceu na tarde do dia 16 de Fevereiro. No Paço Episcopal, mais recentemente, chamado de Casa Episcopal. Mudam-se as palavras. Mas a realidade mantém-se a mesma. Até nisto, anda Mentira. Eclesiástica, no caso. O Institucional, todo o Institucional, também o Eclesiástico, tem um enorme Poder de transubstanciar a realidade. Provavelmente, chamará Arte, a este Poder de transubstanciar a realidade. Sem se aperceber que, com esse seu proceder, Mata a Arte. Porque a Arte ou é a capacidade de fazer vir à luz a Verdade, ou é a mais Perversa das acções dos seres humanos.
Se com a Arte me enganas, então onde está a Arte? Onde está o Artista?! O Artista Suicida-se, sempre que, com a sua Arte, nos engana. É por isso que há Prémio Nobel da Literatura. Porque o Escritor laureado com o Nobel é aquele que, em cada ano, mais Engana e Entretém os Povos, com a sua Arte de criar enredos, de narrar, de escrever, de falar. Pega na Realidade e transubstancia-a. Até o Hediondo é narrado com Arte. E deixa de ser Hediondo, para ser Arte! Um bom Romance. Laureado pelo Nobel da Literatura! Percebemos a marosca?! Provavelmente, não. Porque já nascemos Enganados. E queremos morrer Enganados. A Realidade, enquanto tal, mete-nos Medo. E aplaudimos a Arte que transubstancia a Realidade. Que o mesmo é dizer, que nos dá gato por lebre!
Para já, este foi o primeiro encontro entre o Bispo do Porto e os Artistas do Porto. Rezam as crónicas eclesiásticas que, à convocatória do Bispo, responderam com a sua presença física, a sua Civilidade e as suas boas maneiras, algumas dezenas de Artistas. Será que, depois deste primeiro encontro, eles e elas saíram mais Artistas, isto é, mais Humanos do que quando entraram no Paço Episcopal? Não terão saído, todos, um pouco menos Artistas, um pouco menos Humanos? E um bom pedaço mais Hipócritas? Porque a Hipocrisia Institucional chama Hipocrisia e gera Hipocrisia. Estranham esta língua? Mas então a Diplomacia não é sinónimo de Hipocrisia? A Diplomacia não é um exclusivo do Poder? E o Poder, todo o Poder, também o Episcopal-Eclesiástico (ser Bispo da Igreja é outra coisa!) não é Mentiroso, Hipócrita, numa palavra, Diplomata?
Temos o péssimo hábito de nunca reflectirmos, antes de dizermos SIM ou NÃO, a uma convocatória que, inopinadamente, nos chega das bandas do Poder. No caso em concreto, do Bispo do Porto, o rosto maior do Poder Eclesiástico no território que dá pelo nome de Diocese do Porto (Não. Não confundamos com Igreja do Porto, por favor!). A convocatória vem do Poder, e do Poder Religioso-Eclesiástico?! A tendência imediata, da generalidade das pessoas, incluídas as da Arte, os Artistas, é logo dizer, SIM. Quando, se se reflectisse durante algum tempo, a resposta teria sido NÃO! Porque ao Poder, o Artista tem de dizer sempre NÃO! Não te servirei! Nem sequer mediante um simulado acto de Cortesia, de Civilidade.
No passado, os Bispos, gestores do território-Diocese, foram, alguns deles, Mecenas dos Artistas. E este Passado ainda anda alojado no Inconsciente dos Artistas. E, se anda, pode causar muitos estragos. A menos que o Artista, perante Convocatórias como a do Bispo do Porto, fique logo de pé atrás e se dê a si mesmo um Tempo para reflectir. Se o Artista agir assim, responderá NÃO à convocatória. Ou, então, responde SIM, mas com o propósito de ir lá estragar a Cerimónia. Porque vai como um menino, uma menina que não sabe o que é a Diplomacia. Vai, escuta o Poder e, em lugar de bater palmas, Toma a Palavra (não pede a Palavra, Toma a Palavra) e diz o que o Poder não espera ouvir. Porque está habituado à Hipocrisia, à Diplomacia. Não assim, o Artista que trabalha para que a Verdade venha sempre ao de cima, à luz, e que nos faz Livres. Coisa que o Poder, também o Eclesiástico, não suporta. Porque a Verdade que nos faz Livres, Derruba o Poder. Porque é Desarmada. Porque é antípoda do Poder que nos faz Servos, Escravos, Súbditos.
Deste primeiro encontro do Bispo do Porto com os Artistas, fica este registo, dito pelo próprio Bispo: “Fomos conversando e surgiu a necessidade de, de vez em quando, conversarmos sobre esta relação entre a arte e a religião, o simbolismo que precisamos de aprofundar e reencontrar, com grande repercussão social em termos de sentimentos e aspirações comuns”. Um registo de todo inadequado para os Artistas. Porque associar a Arte com a Religião é regressar à Idade Média, quando os Bispos-donos-ou-gestores do território Diocese, se davam ao luxo de ser Mecenas dos Artistas que, assim, ficavam reduzidos a Artistas do Poder. A Perversão da Arte. E a Morte do Artista. Mas Religião, não Arte, é o que o Bispo do Porto faz e promove. E dizer Religião é dizer Mentira, Encenação, Vazio, Esterilidade, Ritos, Rituais, Cerimónias, Coisas Faz-de-Conta. Portanto, nos antípodas da Arte. E dos Artistas que nunca se vendem!
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Edição n.º 14
15 FEVEREIRO 2011
Avança Moção de Censura ao Governo. O princípio do fim do Bloco de Esquerda e os demais partidos-máfias?
De repente, o Bloco de Esquerda (BE) tira da cartola, não um coelho para atirar à cara do presidente do conselho de ministros e chefe de Governo ainda em exercício, a ver se o faz calar de uma vez por todas e o põe a governar e a fazer governar os outros ministros, a cujo conselho semanalmente preside, mas sim uma moção de censura ao Governo!!! Se a intenção é, simplesmente, apanhar de surpresa os deputados dos diversos grupos parlamentares da Assembleia da República, inclusive, os do próprio BE, a jogada é de mestre. Já se a intenção é derrubar o Governo da nossa vergonha, como país, a jogada é um tiro, e que tiro!, nos próprios pés. Mais, no próprio BE. E, simultaneamente, neste tipo de partidos-máfias do Poder Político. Será que, depois desta jogada, ainda há BE por muito mais tempo? E partidos políticos-máfias, estes e outros como estes que venham a formar-se?
O PCP, sob o disfarce de CDU, viu-se, de repente, ultrapassado pelo seu mais próximo e seu inimigo número um, na disputa de votos entre o eleitorado das mesmas áreas. E sem iniciativa parlamentar. Por isso, a saída à PCP, para esta ultrapassagem bloquista, passará pela apresentação, no mesmo dia, de uma moção de censura própria. Votar, sem mais, a moção do BE, é dar ar de infantilidade, na condução da sua própria máfia partidária, que todos os partidos políticos no Poder são, de direita ou de esquerda, tanto faz. Sem tirar nem pôr. Basta ver que a última e infalível palavra dentro de cada partido é sempre a do papa-secretário-geral, ou do papa-presidente do Partido, seja o impagável Paulo Portas, seja o melífluo Pedro P Coelho, para já não falar do de todo politicamente intolerável, José Sócrates. Os inscritos nos diversos partidos são apenas isso: inscritos. Depois que o Partido passa a ter cadeiras no Parlamento, tudo no Partido está em função da manutenção do número de cadeiras. E o objectivo maior é aumentar o número de cadeiras no mesmo Parlamento e nos outros Parlamentozinhos do País. Quanto maior for o número de cadeiras conquistadas, em cada acto eleitoral para decidir a quem elas são atribuídas, mais dos inscritos no partido têm cadeira garantida.
No BE, algumas das cadeiras conquistadas nas últimas eleições para o Parlamento, são ocupadas rotativamente. Para dar oportunidade a mais inscritos. Mesmo sem aumentar o número de cadeiras, aumenta o número de inscritos que têm oportunidade de se sentar, por um tempo, nalguma das atribuídas ao BE. Agora, com a moção de censura ao Governo, o número de cadeiras atribuídas ao BE no Parlamento, deve diminuir drasticamente. A precipitação no terreno do Poder Político (são máfias partidárias contra máfias partidárias, com o País a assistir!) paga-se caro. E esta precipitação do chefe bloquista pode muito bem ser o princípio do fim. Do chefe que a tirou da cartola, com aquele ar de adolescente que acaba de "pregar uma partida" ao adulto. E do próprio Bloco.
As populações estão mais que fartas do primeiro-ministro e do seu Governo. É por de mais manifesto. Não são precisas moções de censura no Parlamento para mostrar todo o asco e todo o desprezo das populações contra este Governo e suas decisões espoliadoras e assassinas do Futuro das gerações mais jovens. As populações têm de suportar o chefe do Governo a toda a hora. Em todos os telejornais. E quem sintoniza canais por cabo ou satélite, o massacre diário é ainda muito maior. Ele está em tudo quanto é inauguração, lançamento de primeira pedra, congresso, escolas, venda de "magalhães", entrega de diplomas das novas oportunidades. E não dá sinais de querer "largar o osso", tão cedo. Já está a trabalhar para ser reeleito por unanimidade para secretário-geral do seu partido-máfia e ganhar as próximas eleições e, assim, prosseguir como presidente do conselho de ministros e chefe do Governo. Como se vê todos os dias, ele tem opinião sobre tudo e sobre nada. Percebe de tudo e mais alguma coisa. Até de engenharia. E de assinar projectos de construção civil. Mas onde ele leva a camisola amarela na Europa no Mundo, é na arte de Mentir e na arte de transubstanciar o Negativo em Positivo, o Desastre em Sucesso, o Desemprego em Novas Oportunidades, a Fome em Sopas-para-pobres, a Dívida do Estado em produto de venda nos Mercados Financeiros. Os milhões e milhões que ele não dá a ganhar à Banca! No seu mentiroso dizer de chefe de Governo, somos um [desgraçado] exemplo para o resto do Mundo.
As populações estão fartas deste Governo e de outros que possam vir depois deste. Mas também estão fartas destes Partidos Políticos, todos Máfias do Poder Político que se Odeiam e Degladiam. Pelam-se todos por mais cadeiras no(s) Parlamento(s). E, como não podem obtê-las sem o voto das populações, empanturram-nas de almoços e jantares, durante as campanhas eleitorais. E, depois de mais cadeiras conquistadas, cravam-nas de Desemprego e de Impostos, um ano após outro. O deles está sempre garantido, antes do final do mês. E, junto com a cadeira no Parlamento, há outras regalias que o comum dos demais cidadãos nunca tem, porque são exclusivas de quem já tem uma cadeira no Parlamento. A cadeira, além do salário que nunca se atrasa, garante uma mão cheia de outras regalias de fazer crescer a água na boca a grande parte das populações que ainda tem trabalho por conta de outrem e sobrevive com o salário mínimo, nem sempre pago a horas.
A moção de censura ao Governo do BE está, por isso, totalmente fora de propósito, por de todo inútil e, sobretudo, prejudicial. Não só não faz cair o Governo que nos desgoverna, e que nos envergonha, como País, no resto da Europa e no Mundo, como ainda lhe dá mais Arrogância. Ao mesmo tempo, dá-lhe de bandeja mil razões para o presidente do conselho de ministros se vitimizar, perante as populações. E elas, rapidamente, passam de zangadas com o Governo, à posição de pena do Governo. E, quando houver eleições, os seus votos fogem do BE para o partido do Governo, ou para outros chefes de partidos-máfias iguais ao actual chefe de Governo. Iguais, sim. Porque piores do que o actual chefe de Governo é impossível.
O actual chefe de Governo é o número um em tudo o que desgraça para as populações. Nunca o Poder Financeiro nos Roubou tanto, como nestes anos do actual chefe do Governo. E as populações sabem-no. Dizem-no em todo o lado. Pelo que a moção de censura do BE é contra o próprio BE, não contra o Governo. Com esta moção, está dado mais um passo para o Abismo. Decididamente, a atracção pelo Abismo é já irresistível. O Governo e os Partidos-Máfias que têm cadeiras no Parlamento são o que há de mais rasca e de mais venal no País. Pior, é impossível. À direita ou à esquerda, não há diferença. Sim, os discursos são diferentes. Mas a Avidez pelo Poder Político e pelos Privilégios é a mesma.
Manifestamente, dentro do Poder, de todo o Poder, também do Religioso, não há seres humanos. Há mercenários. Não há ética. Há Hipocrisia. Não há Verdade. Há Malabarismo. O Poder e os seus homens de mão não são a Solução. São o Problema. Ou nos batemos por uma Sociedade de Cidadãs, Cidadãos desenvolvidos e cultos de dentro para fora, até sermos, todas, todos, Sujeitos dos próprios destinos e dos destinos do País, ou acabamos comidos pelas Máfias, as grandes e as menos grandes, entre as quais, se incluem estes Partidos-Máfias do Poder Político. Os Privilégios deles são o Desemprego de muitos. As Regalias deles são as miseráveis reformas de milhares, milhões de portugueses. Vem, Revolução Desarmada. Poder ao fundo, Povos ao comando do Mundo!
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Alerta! Os vírus já atacam as nossas mentes na Internet e no Facebook. Os católicos não vão às Missa aos domingos? Vão as Missas aos católicos!
Missas ao domingo, na internet, já havia, há anos. No último domingo, 13, a Missa celebrada na igreja paroquial de Travassô, diocese de Aveiro, foi pela primeira vez em Portugal difundida através da rede Facebook. O pároco, Padre Júlio Granjeia, é especialista na manipulação das novas tecnologias e acaba de dar mais este passo. Para que as suas Missas "apanhem" na net e na rede Face, até as mentes das pessoas que já estão fartas de missas, sempre a mesma lenga-lenga. E, por isso, fogem de ir a elas à igreja paroquial da sua área de residência ou outra.
A inovação só é notícia, pelo ridículo a que se expõe o pároco que entra por aí. Das Comidas Clandestinas de Jesus, também por causa das quais, Jesus é feito preso político e assassinado na Cruz do Império, passou-se a estas Missas ritualizadas nos templos e, agora, também na internet e no Face. É preciso descaramento. Vale tudo até tirar olhos. As populações não vão às missas, porque já as não suportam mais, e fogem delas?! Então, o pároco de Travassô faz as suas missas ir às populações. Você está descontraidamente a usar a rede Face e, de repente, dá com uma missa a persegui-lo. Obviamente, pode clicar e sair. Mas, vem a curiosidade e Você fica mais uns momentos a dar atenção. A ver o efeito que dá. Fica logo com o dia estragado. Porque as missas-do-Cristo têm esse condão: estragam o dia das pessoas que as frequentam. Porque lhe estragam a mente.
Aquilo é um Moralismo Imoral. Do princípio ao fim. Os doentes, nos hospitais e em suas casas, ou em Lares de idosos geridos por frades e freiras ou por leigas, leigos paraclérigos, são "obrigados" a ver e a ouvir a missa pela televisão. Pela internet, ainda não. Missas pela internet é mais para gente nova e de idade madura. O Veneno misseiro procura todos os meios para alcançar as mentes das pessoas e envenená-las. Nem sempre, ou quase nunca, as populações estão imunizadas aos vírus que as missas transmitem. Mas está visto que começa a ser preciso ter isto em atenção, que, se o exemplo do pároco de Travassô "pega", os vírus das missas dos párocos e dos bispos podem atacar-nos na internet e no Face. Há que estar alerta. Digamos NÃO ao vírus. Digamos NÃO às missas.
Se há, nas pessoas, fome de Pão outro, e há, de certeza, saibam que não é com estas missas Envenenadas do mítico Cristo que a saciam. Destas missas só vem Veneno que paralisa as Mentes das pessoas. Aliena-lhes a Consciência. Branqueia a Injustiça. E leva as pessoas a praticar a Idolatria. Resistam, pois, às missas. E essa vossa fome de Pão outro, tentem satisfazê-la, no decurso de Comidas comPartilhadas, nas quais, para lá da Comida, haja, simultaneamente Palavra comPartilhada. A dos comensais. A do viver dos Povos. E a Palavra outra que só se Escuta no Silêncio Recíproco. A Palavra cheia de Ruah, de Espírito Maiêutico, Jesus, ele próprio! Comidas assim, tornam mais Humanas as pessoas que as Partilham. E mais Comprometidas com as Dores e os Anseios das Populações. Não há missa. Há Eucaristia que nos despoja do acessório e nos disponibiliza para os demais. Se o fizerem, logo verão que nasce a vontade de voltarem a encontrar-se umas com as outras em novas Comidas Partilhadas, até chegarem às Comidas Politicamente Conspirativas, as mesmas de Jesus, Hoje. Longe da Internet. E do Facebook. Só em ambientes de Clandestinidade / Intimidade! Experimentem e depois testemunhem, sobretudo mediante Posturas outras que passam, inevitavelmente a assumir na vida de todos os dias e na História. No Prosseguimento actualizado das mesmas Posturas de Jesus.
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Edição n.º 13
12 FEVEREIRO 2011
Cadáver de Augusta, 96 anos, insepulto em casa, há 9 anos, é vendido pelo Fisco, juntamente com a casa, por a dona, já falecida, não ter pago dívida de 1500 euros!
Mas às pessoas idosas, Senhores, por que lhes dais tanto Abandono?!
É notícia em todos os diários portugueses de 10 de Fevereiro. Em tipo de letra miudinho. Num canto da 1.ª página. Porque, neste dia, o destaque da primeira página vai todo para o português Ronaldo e o argentino Messi, os dois craques da Bola, a dos Milhões. De que espécie somos? Já nem Animais Racionais, somos? Nem sequer Animais? Que alimento nos damos a comer todos os dias? Pão, ou Veneno? Queremo-nos Humanos, ou Bestas? Queremo-nos com Afectos, ou com milhões e milhões de Euros nos Bancos? Queremo-nos Seres Humanos em relação maiêutica, ou meras Mercadorias que nos deixamos comprar e usar pelo que paga mais por nós?
Augusta, 96 anos. Rinchoa. Portugal. Sozinha. Tem família. Tem vizinhos, muitos. Milhares deles. Mas que adianta? Morre sozinha na própria casa. Abandonada. Nem depois de uma vizinha sua dar pela falta dela e bater a todas as portas institucionais, para que seja feita uma inspecção, o País se deixa inquietar. Uma idosa de 96 anos? Sozinha na própria casa? Que interesse / valor financeiro tem para o Mercado? Pode estar morta lá dentro, diz a Vizinha E Você acha? Acho, diz, determinada. Mas o País não acha. Se estivesse morta, vocês, os vizinhos, não poderiam aguentar o mau cheiro. Vá, desapareça e deixe-me continuar a ver o Ronaldo, o dos milhões. Mas que rapaz mais endiabrado. Olha-me só aquelas pernas. Como correm. Olha-me só aquele corpo. Quanto vale no Mercado? Não. Ele não é um ser humano, nascido de Mulher. Pode lá ser?! É um craque da Bola dos Milhões. É uma Marca registada no Mercado. C7. Exactamente. Todos os dias está à venda. E quando não anda atrás da Bola dos Milhões, anda atrás das jovens fêmeas que se vendem por Dinheiro, como ele. Que se prostituem como ele. Que alugam, até, o próprio útero, para que C7 possa ter um filho-sem-mãe. Exactamente, como ele, C7. Não tem mãe. Só tem pai. O Dinheiro. O Dinheiro gerou o C7!!!
Augusta, 96 anos. Vive sozinha na própria casa. Na Rinchoa. No País Portugal 2011. E morre. Sem ruído. O cão que lhe faz companhia morre com ela. Sem um ladrar. De que adianta um cão ladrar? O País Portugal é surdo. Não ouve ninguém. Como há-de ouvir Augusta, 96 anos, se já nem os cães, o País ouve? O País só tem ouvidos para o tilintar dos Euros e dos Dólares. Quantos milhões tens? Só esses? Vales pouco. Só os míseros 250 euros de reforma? O Mercado não está interessado em ti. Podes morrer para aí. O País-Mercado nem dá por isso. Então Você não sabe que acabaram os seres humanos? Só há Mercadorias. Meta isso na sua cabeça, Mulher! Só há Mercadorias. Se fores uma Mercadoria valiosa, como o Ronaldo, ou como aquela Acompanhante de luxo, capa de revista semanal, tens o País a teus pés. Não és uma Mercadoria valiosa? Então, nem familiares, tens por perto. Vives só. Morres só. E, até, o Cão que te acompanha, morre contigo.
Mas Augusta, 96 anos, é proprietária da casa onde vive e morre, sem o País dar nada. Nem mesmo depois de ser reiteradamente alertado por uma vizinha de Augusta. Morre, e nem avisa sequer o Fisco Portugal do seu próprio óbito. E o Fisco Portugal vende-lhe a casa. Sem nunca se deslocar lá. Quem compra, fá-lo também sem antes ir ver a casa. Basta-lhe saber qual a Rua. O andar. O n.º da porta. E só quando quem compra vai, finalmente, entrar e passar a utilizar a casa, é que depara com o cadáver de Augusta, 9 anos, insepulto! Na própria casa de Augusta. Que já não é dela. É do Fisco. Que logo a vende. O Mercado não conhece Pessoas. Só Mercadorias. Dinheiro. Até os cadáveres ficam insepultos. Numa casa penhorada pelo Fisco. A menos que cheirem mal e estraguem as outras Mercadorias por perto. Então, sim, soa o alarme. E as tvs correm todas para o local como abutres! A coisa vende! Garante audiências. O telejornal à noite abre com o cadáver de Augusta. Mas só, no final, já depois das fofocas todas dos profissionais do Poder Político e do Poder Financeiro, e da Bola dos Milhões, é que adianta os macabros pormenores. E como, no caso, de Augusta, 96 anos, há uma casa vendida pelo Fisco Portugal, quando já só o cadáver dela se encontra, insepulto há 9 anos lá dentro, é que, finalmente, aparece um sobrinho. Certamente, a reclamar a revisão do processo de venda. Porque Augusta, 96 anos, que vive sozinha e morre sozinha, afinal, tem herdeiros. Abutres! É o País que somos! Saibam, entretanto, que isto ainda é apenas o Começo! Pois é. Porque o Mercado Global é mesmo Assassino. E Assassino compulsivo. Deixemo-lo, como até aqui, à solta, e veremos do que ele é capaz. Continuemos, ingenuamente, a vender-lhe as filhas, os filhos. Ele, depois de comer as mães, os pais, come as filhas, os filhos, que as mães, os pais lhe venderam. E, por último, come os próprios banqueiros! Com milhões de Lucros mensais. Viva a marca C7! Longa vida ao Mercado Global! Seres Humanos, nunca mais! Para quê?!
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Mais 43 Mulheres Assassinadas em Portugal, só em 2010. Estão a fazer-nos Assassinos e nem assim mudamos de rumo?
Ai das que estão grávidas! E das filhas, dos filhos que vão nascer em 2011!
A notícia faz manchete no PÚBLICO. Em mais nenhum diário. Nem em nenhum telejornal dos 4 canais abertos. O País parece não dar por nada. São 43 Mulheres Assassinadas, no decurso de um único ano. E o País não pára? Nem mesmo as Mulheres do País param? O matutino lisboeta, coloca os nomes das 43 Mulheres Assassinadas, como manchete da edição de segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011. Sensibilidade da Directora! E o País não pára? Nem mesmo as Mulheres do País param? Para onde vamos, com tamanha Insensibilidade? Para mais Humanos? Ou para mais Monstros?
Estão a fazer-nos Assassinos e nem assim mudamos de rumo? O presidente Aníbal, reeleito por menos de um quarto das eleitoras, dos eleitores, está a deixar-se comer pelo Ódio contra a esmagadora maioria dos portugueses, elas e eles, que o não querem naquele lugar. Deveria recusar manter-se em exercício, com tão reduzido número de votos, mas o Ódio e o Rancor que o mantêm activo, estão a comê-lo por dentro. Do Homem de Boliqueime, já então, notoriamente, mesquinho, frio, calculista, pouco resta. O Poder Devora os que se lhe dedicam. Não os seus Corpos, por sinal, excepcionalmente cuidados pelos melhores especialistas do País. Ou eles não fossem servidores de luxo do Poder. Devora-lhes a Alma, a Identidade. Para cúmulo, o presidente Aníbal é formado em Economia neo-liberal, a mais Obscena dentro Capitalismo. E é ex-professor da Universidade Católica, a mais pró-capitalista das Universidades do País. Sem o Sistema de Economia ultraliberal, a do presidente Aníbal, não haveria o Mercado Global que hoje se tem como o único Amo, Senhor, do Planeta. E é.
Pois bem, o presidente Aníbal parece nem ter reparado na manchete do PÚBLICO. Ou, se reparou, terá pensado com os seus botões, não com os seus muitos Assessores. Apenas com os seus botões: 43 Mulheres Assassinadas? Coisa de pouca monta. Se fossem 43 presidentes de república ou de governo da Europa. Mas não. São 43 Mulheres Portuguesas, e todas sem cargos de Poder! E Mulheres, há muitas. Que aprendam a ser Mulheres como a minha esposa. Mera Acompanhante de Presidente, Coleccionadora de Presépios que gosta de Expor em cada natal de calendário. Mulheres do povo, com Pensamento próprio? Com querer próprio? Com Autonomia dos próprios maridos? Está na letra da Constituição, que deve ser assim, mas é só para estrangeiros verem. E, depois destes medíocres pensares cristãos, o presidente Aníbal, sacristão do Papa Bento XVI, chama um dos seus Servos, perdão, Assessores e ordena que lhe sirvam um chã. Nunca mais pensa no assunto. Até porque já não está em campanha eleitoral. Nem nunca mais estará. O seu tempo de fazer campanhas eleitorais chegou ao fim. Só se for uma campanha para ser eleito presidente do Clube de Futebol de Boliqueime. Mas nem isso. Todo o seu tempo será para os seus netos. Pois.
Do José, primeiro-ministro (assim mesmo, com minúsculas!), 43 Mulheres Assassinadas num só ano, com ele a primeiro-ministro, é um bom resultado. Os namorados e os maridos portugueses estão a colaborar com a sua política de contenção de Despesas e de Assassínio do Povo Português. Afinal, são menos 43 bocas a sustentar. São menos 43 que nunca mais precisam de recorrer ao apoio social do Estado. Pena, ter sido um número tão baixo. Com mais três zeros, à frente, teria sido mesmo muito bom: 43 mil Mulheres Assassinadas, num só ano. Já viram? Batíamos o recorde dos Estados Unidos, o Império! Somos os maiores em tudo o que tem a ver com Corrupção Institucional, com Mentira Institucional, com Iliteracia Institucional. Se fossem 43 mil Mulheres Assassinadas em Portugal num só ano, éramos mesmo os maiores do Mundo. Nem Berlusconi, presidente (Itália, a do Papado, é um país, ou uma soma de Máfias?!), teria conseguido semelhantes resultados.
Já, no Parlamento em Lisboa, há alguma inquietação à Esquerda, mas apenas para eleitoras verem. Nada mais do que isso. E da parte da Hierarquia católica? Mais 43 Mulheres Assassinadas no País, no ano 2010? Eram todas católicas? Ai não?! Que pena! Fossem todas católicas e haveria mais Missas pelas suas almas, para os párocos celebrar e, assim, ganhar bom dinheiro. Dinheiro sujo, já se sabe. Mas Dinheiro! Isto, reflectem com os seus botões, alguns hierarcas, dos pouquinhos que lêem o PÚBLICO. E os mais (in)sensíveis rezam pelas 43 Mulheres Assassinadas, um pai-nosso e uma ave-maria. Amen! E mudam de página. Até porque são Mulheres, não Homens. E as Mulheres são as Tentadoras dos Homens. Criaturas imperfeitas, porque cedo rompem o seu hímen, numa relação sexual e lá se vai a sua integridade física. Ficam para sempre com esse Defeito. Não são como a virgem-maria que nós, Celibatários à força da Lei Canónica, cultuamos e damos a cultuar às populações. Porque essa, nem hímen tem. Tão pouco tem corpo. É um Mito com muitas imagens e muitos nomes, cujo culto nos grandes santuários nos dá muito Dinheiro Sujo a ganhar. E não é que as populações, ingénuas, continuam a pensar que o Mito, inventado por nós e nos dá tanto dinheiro a ganhar, é mesmo uma Deusa, Mãe de Deus? E que até manda em Deus?! Amen!
E o País? Como reage o País à manchete do PÚBLICO? Ora, reage como sempre. Encolhe os ombros e põe-se, de imediato a discutir Futebol e Sexo. Para mais, a manchete do PÚBLICO é da edição de segunda-feira. E já se sabe, à segunda-feira, este País que lê 3 diários desportivos em papel (é obra, não é? Até nisso, somos os maiores da Europa!), só fala do Futebol. O nacional e o espanhol. E o inglês. E mais algum outro onde alinhem craques portugueses do dito.
Conclusão: O Poder Financeiro pode prosseguir no seu Perverso propósito de descriar os Povos do Mundo, que, pelo menos, da parte de Portugal, não há a mais pequena Resistência. Nem sequer das bandas da Esquerda Institucional, também ela Financiada pelo Poder Financeiro Global. Confirma-se, pois, o já aqui dito: Primeiro o Abismo. Só depois, nos Levantaremos (?!), novos, do Desastre. É o que se pode dizer do País 2011. Ai das Mulheres que estão grávidas! E das filhas, dos filhos que vão dar à luz em 2011! Que Futuro?
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Aprender a Rezar ao Deus do Mercado. E outras coisas mais
“Aprender a Rezar na Era da Técnica”. Tal e qual. Com as maiúsculas onde as vemos! O Colóquio para debater o tema acaba de ser anunciado. É ainda durante este mês. Em Lisboa. E, entre os coloquiantes, conta-se um de peso, Sacerdote católico e Professor Catedrático da Universidade Católica de Lisboa. O Colóquio promete. Os grandes Ricos não podem faltar. Os grandes Pobres não podem sequer aproximar-se do local. Se são pobres, já não existem para o Mercado. Não precisam de Aprender a rezar na Era da Técnica.
A Cúria Romana anda exuberante. Até a tortura da Confissão auricular ao Sacerdote Clérigo tem de se adaptar às novas tecnologias. A adaptação já está em marcha. Para já, o prévio “exame de consciência”. Porque, pelos vistos, na Era da Técnica, ainda há exame de consciência e Confissão de Pecados. Todos os dias. Ou, pelo menos, uma vez por semana. Ouvidos sacerdotais / clericais para ouvirem os pecados do costume é que já está a ser difícil encontrar. A Cúria Romana terá de providenciar. E instituir sacerdotes / clérigos tecnológicos. Vai ser um sucesso no Mercado! É só esperar para ver.
Os tempos são do Mercado. Como tal, tem de se Rezar ao modo do Mercado. E como o Deus do Mercado gosta. Ele só entende a linguagem do Mercado. O Rezar do Mercado. A confissão do Mercado. E só atende os pedidos que visem reforçar mais e mais o Mercado. O tríplice Pecado do Mundo – Roubar, Matar, Destruir – não consta do formulário do exame de consciência, vendido pelo Mercado. Para o Mercado, Roubar, Matar, Destruir é o seu grande imperativo ético. Ou os grandes Ricos do Mercado não sejam todos abençoados por Deus. O Deus-do-Mercado. É dos grandes Ricos, Padrinhos de grandes Máfias como Fátima S.A, por exemplo, ou o Vaticano S. A., que o Deus-Dinheiro mais gosta. Beatifica. Canoniza. Não está já anunciada para Maio, a beatificação do Papa mais viajado da História do Cristianismo, o que veio da Polónia? O seu Culto público irá render muitos Milhões ao Vaticano S. A. Nem imaginam quantos milhares de milhões!!! Para isso, o beatificam. E canonizam em menos de três tempos.
E tu, aí, és pobre por imposição do Mercado? Então, és um grande Pecador. Um Falhado, aos olhos do Mercado. Não só não dás Lucro, como ainda dás despesa. Se deixares de ser pobre por imposição do Mercado, para te fazeres Rico cada vez mais rico, és abençoado pelo Deus do Mercado. E apontado como um Exemplo de Sucesso! De contrário, não existes!
O quê?! És Pobre por Opção, quando poderias ser rico e dos grandes? Então, já nem sequer és Pecador. És o próprio Pecado. Tens, por isso, de ser abatido. Porque, se o teu Exemplo “pega”, que será do Mercado? Se insistes em manter-te assim pelo resto da tua vida na História, tens de ser abatido. Crucificado. Já o fizemos a um tal Jesus, o de Nazaré. Em seu lugar, impusemos o mítico Cristo, o Messias Vencedor do Deus (do) Mercado, Pai de Mentira, Ladrão e Assassino. Põe os olhos no Papado, seu Parvo!!! Pobre por Opção, no Mundo do Mercado?! Onde já se viu coisa mais Escandalosa? Ou desistes, ou és abatido. Como? Muito simples. Nunca mais pronunciaremos o teu Nome. Palavra do Deus do Mercado!
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Edição n.º 12
8 FEVEREIRO 2011
Lancinante Confissão do Bispo do Porto. Só 7 novos padres em quatro anos contra 5 falecidos em apenas 3 semanas de Janeiro 2011!
“Quanto à relativa novidade da situação pastoral, constatamos imediatamente a diminuição do número de presbíteros incardinados e a múltipla nomeação dos existentes, para mais paróquias a seu cargo. [Desde 2007 ordenei apenas sete novos padres para a Diocese e só em três semanas do mês passado faleceram cinco…]. Esta situação ainda se agravará mais nos próximos tempos.” A lancinante confissão é do Bispo do Porto, Manuel Clemente. Fê-la, na abertura dos trabalhos da Sessão do novo Conselho Presbiteral da Diocese, no passado dia 1 de Fevereiro.
O Conselho chama-se Presbiteral. Porque já vem de há dezenas de anos. De contrário, chamar-se-ia Sacerdotal. O próprio Bispo do Porto, Manuel Clemente, nestes tempos de silenciamento, por parte da Cúria Romana, do Concílio Vaticano II, prefere falar de Sacerdotes e de Sacerdócio, e não de Presbíteros e de Presbiterado. Os Sacerdotes na Igreja católica também têm marca conciliar. Mas do Concílio de Trento (século XVI)! Atentemos bem nos números confessados pelo Bispo do Porto: Desde 2007, quando o Papa Bento XVI fez de Manuel Clemente, o Bispo do Porto, até Fevereiro de 2011, apenas sete novos padres para a Diocese. E, em apenas 3 semanas do mês de Janeiro de 2011, cinco falecidos, duma assentada. E o pior, alerta, veladamente, o Bispo, é o que estará para vir, nos próximos tempos. Porque, afinal, os padres também morrem como os outros seres humanos!
Os jovens e outros homens (as jovens e mulheres não são tidas nem achadas, nesta matéria, porque a Cúria Romana, constituída por Cardeais celibatários, não admite sequer a hipótese de haver mulheres ordenadas de Presbítero. Só zeladoras de altar. Ou, se mais novinhas, acólitas de altar. A Cúria Romana decide assim e está decidido. Os Bispos, súbditos da Cúria, ou aceitam as regras canónicas impostas, à revelia do Espírito Santo, ou têm de ficar sem Diocese. Por sinal, nem seria mau. Pelo contrário. Seria bom. Fecundo. Mas eles ainda pensam que ficar sem a “sua” diocese é ficar fora da Igreja. Confundem Igreja com a Empresa Eclesiástica, S.A.da qual são Funcionários de proa. E é duro para quem fez tudo para chegar à proa, ter de sair dela, sem ser por opção. Apenas por imposição de outro mais poderoso! Porque o sonho clerical é subir ainda mais um degrau na proa. Nunca ser Bispo na base!
“Mas parece óbvio – sublinha ainda o Bispo do Porto, na mesma Comunicação – que não nos podemos dispensar de despertar e acompanhar vocações nas nossas próprias comunidades paroquiais, onde é ainda escasso o número dos que se decidem pelo sacerdócio, designadamente entre os milhares que todos os anos são confirmados…” É uma outra constatação da lancinante confissão do Bispo do Porto. E, como se vê, aqui, já o Bispo recorre ao substantivo “Sacerdócio”. Ora, é óbvio que, em tempos de Secularidade, como os actuais, são cada vez menos os jovens e outros homens entre os 30 e os 40 anos de idade, que estão disponíveis para serem “pessoas sagradas”, quando a Secularidade veio para ficar e acabar de vez com o conceito de Sagrado, aplicado em exclusivo a um núcleo de seres humanos. Ou todos os seres humanos, somos sagrados, ou nenhum deles é. E, se diz que é, é mentiroso. Nem os milhares de Crismados escolhem ser padres! Pudera! Mas o Crisma que os Bispos diocesanos administram em série, produz algum efeito humano e eclesial? Faz, alguma vez, nascer militantes ao serviço do Projecto Político Maiêutico de Deus Criador? O mais que faz, é beatas, beatos de sacristia. E, para isso, não contem com os jovens do Século XXI. Felizmente, que assim é!
A Diocese do Porto tem-se multiplicado, devido aos sucessivos apelos do respectivo Bispo, em orações e mais orações a pedir a Deus que dê mais Sacerdotes à Igreja. Está visto que Deus não vai nesse tipo de rezas. E, se vai, é um Ídolo que aliena quem passa a vida a prestar-lhe culto nos altares! E, depois, para cúmulo, ainda se pensa “mais” que os outros seres humanos. Como se os altares fizessem HUMANOS os que os servem e vivem deles. Porventura, até enriquecem com eles! Está bem à vista de toda a gente, que não fazem. Até porque aos que os servem, começa logo por lhes exigir Exclusividade Profissional e Renúncia, por toda a vida, a constituir família, que é o que quer dizer “Celibato dos padres”.
Fossem todos os homens existentes, padres católicos, e não haveria famílias com capacidade de gerar filhos nem filhas. Numa única geração, deixaria de haver homens e mulheres! Mas é este Absurdo que a Cúria Romana quer, se houvesse quem lhe desse ouvidos. Felizmente, há cada vez menos seres humanos, a dar-lhe ouvidos. Por isso, os párocos estão, e bem, em vias de extinção. E os mosteiros e conventos, também! Deus Criador, o de Jesus, só pode alegrar-se com semelhante desfecho! Porque Ele não gosta de Religiões, nem de Sacerdotes, nem de Intermediários. Nem de mosteiros e conventos. Vive no mais íntimo de cada ser humano, a potenciá-lo de dentro para fora. Para que todos Sejamos senhores dos próprios destinos, sem necessidade de Intermediários, logo convertidos em Padrinhos de Máfias, umas maiores, outras nem por isso. Mas Máfias, todas.
Quando é que os Bispos do Século XXI abrem os olhos e se convertem em Bispos da Igreja, a de Jesus, sem Código de Direito Canónico e outras horrendas tradições eclesiásticas do género?!
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Vem do Seminário Cristo-Rei, em Vila Nova de Gaia. Um Convite deveras curioso, pelo que revela de mau gosto!
O Convite vem do “Seminário Cristo-Rei”, sedeado em Vila Nova de Gaia. Só esta designação institucional já se apresenta carregada de mau gosto. Remete-nos para os tempos das Monarquias, isto é, os tempos em que apenas uma família detinha o Poder Político sobre os Povos de cada nação. No topo da pirâmide, estava, obviamente, o Clero com o poder de sagrar e de excomungar os reis. Impor e depor os reis. Ora, é esta instituição, Seminário Cristo-Rei, que escolheu também a temática para reflexão, “A Mulher na Igreja: das Origens aos Desafios”. Para o desenvolver, convidou um homem que enche a manhã do dia 19 com o subtema, “A Mulher nas Origens da Igreja: os primeiros quatro séculos” e, para a tarde, quatro Mulheres para o segundo subtema, “A mulher na Igreja actual: Reflexão e Desafios”.
Parece oportuno e inovador. Mas só parece. Primeiro, porque fala de Mulher, em singular, não de Mulheres, no plural. O que é típico do Clero que não lida com Mulheres concretas, de carne e osso. Não conhece Mulheres concretas de carne e osso (por Lei eclesiástica, não deve “conhecer”, sob pena de pecado mortal!). Por isso, o Convite diz Mulher no singular, um mero Conceito, um Objecto decorativo, uma Coisa animada que, para cúmulo, pode transformar-se em “ocasião” de pecado para os clérigos obrigados ao Celibato eclesiástico. Depois, Mulher na Igreja. Subentende-se, Igreja Católica, o Institucional mais misógino que há, inclusive neste nosso Século XXI.
Semelhante Convite só pode redundar numa completa Decepção. O próprio Local Institucional onde o Encontro decorrerá, nunca pôde, desde que funciona como seminário, receber dentro dele jovens raparigas, só jovens rapazes. Porque as jovens raparigas sempre foram proibidas de frequentar o Seminário, inventado no Concílio de Trento. Para lá de não querer Presbíteros, só Sacerdotes, o Concílio de Trento tão pouco quer Mulheres. Durante séculos, nem sequer para a função de cozinheiras! La dentro, tinham de ser todos machos! (No meu tempo de Seminário, ainda foi esta situação que fui lá encontrar!!!).
Mas há mais mau gosto. Entre a manhã e a tarde, há o Almoço. Sobre ele, o Convite apenas diz: “Intervalo para almoço”. O que leva a pensar que não faz parte do Encontro propriamente dito. Como se o Acto Humano de Comer fosse em tudo igual ao dos animais! Falta saber se são as Mulheres que vão servir à mesa. E se há mesa comum, para as pessoas que responderem ao Convite com a sua presença física.
Uma coisa, porém, é garantida. O almoço, mesmo que de conjunto, não tem nenhuma dimensão EUCARÍSTICA. Não tem nada a ver com as Comidas de Jesus, o de Nazaré da Galileia. Tão pouco, com a Última Comida de Jesus, antes da Traição dos Doze! Nem sequer tem nada a ver com o rito da Missa, que a Igreja Clerical católica compulsivamente realiza! Nem que, para tanto, tenha de obrigar os seus Funcionários Párocos a correr de uma paróquia para outra. Sem um minuto sequer para pensar em todos os disparates que andam a fazer e que andam a dizer, nesta missa, depois naquela e depois em mais aquela.
Este pormenor é garantido, porque o Convite que divulga o Programa do dia, assim como escreve, “12,30 h, intervalo para almoço”, também escreve, a concluir, “19h, Eucaristia”. Não se deixem encandear com a bela palavra EUCARISTIA. Porque trata-se de um mero Rito, milhões e milhares de milhões de vezes repetido. Com o qual, o Clero mantém as Populações que o frequentam em estado de Menoridade, a vida toda! Será que ainda não demos por isso?! Cegos, que somos!
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Edição n.º 11
5 FEVEREIRO 2011
Hoje, 16 horas, em Lisboa, NUNO TEOTÓNIO PEREIRA, com a sua Estatura de Homem Inteiro, Sábio, Solidário e Fraterno, “eclipsa” por completo, enquanto lá permanecer dentro, o Auditório situado na Rua Camilo Castelo Branco, n.º 4 (ao Marquês)
Diz o Grupo de Amigas, Amigos que promove o Evento que o Arquitecto NUNO TEOTÓNIO PEREIRA é homenageado hoje, a partir das 16 horas, em Lisboa. Nuno Teotónio Pereira (há quem se “descuide” e, com a pressa que os formalismos, todos hipócritas, impõem aos que se lhes submetem, se limite a escrever apenas NTP, uma sigla entre milhões e milhões de outras siglas, com as quais se matam as pessoas, as Mulheres e os Homens, cujo viver histórico faz delas, deles, Paradigmas do HUMANO, por isso, presenças fortemente incómodas, de tão politicamente Conspirativas e fecundamente Subversivas). Para Nuno Teotónio Pereira, querido Amigo e Companheiro de Trincheira, sempre que a Liberdade e a Dignidade dos Povos, também do nosso, são atiradas à Sarjeta Institucional que se tem na conta de Dono e Senhor dos Povos, seus Contribuintes à força, a referida “Homenagem” deve representar um profundo Constrangimento. Porventura, o maior Constrangimento da sua vida de Militante de Causas, de Confrontos Desarmados com os agentes dos Poderes, de Resistência activa ao Intolerável Institucionalizado. E também de Gostos e de Artes com a marca do HUMANO, do SÓBRIO, numa palavra, do ESSENCIAL.
Conheço pessoalmente Nuno Teotónio Pereira, desde o início da década de setenta do Século XX. Na altura, sou o pároco, melhor, o anti-pároco de Macieira da Lixa. Já então e sempre, como um menino que ridiculariza o Poder que o Bispo-Senhor da Diocese do Porto pretende que eu seja, em lugar de ser, simplesmente, Presbítero da Igreja do Porto, por isso, o mais Maiêutico entre os Humanos, nunca o seu Patrão, o seu Amo, o seu Pastor, o seu Messias.
A Pide ou DGS (aqui a sigla justifica-se e ainda é excessiva!), cedo dá pela minha Presença Maiêutica, nenhum Poder, e segue de perto os meus passos, até que, noves meses depois, me entrega e mãos um Mandado de Captura e coloca-me a “residir” em Caxias. Durante cerca de 7 meses. Absolvido no Tribunal Plenário do Porto, regresso à paróquia de Macieira da Lixa. Apenas por horas. O Bispo da Diocese “obriga-me” a ir viver para Madrid, até que a Sentença do Plenário do Porto transite em julgado. São dolorosos quatro meses de exílio. Por sinal, muito fecundos, para mim, pois ajudam-me a perceber ainda melhor o que há de Perverso nos meandros eclesiásticos, também e sobretudo, na sua relação com os outros dois Poderes, o Político e o Económico-Financeiro.
A sentença do Supremo de Lisboa confirma a absolvição e eu regresso, de imediato à paróquia. O Bispo da Diocese aceita, mas visivelmente contrariado. Pretende que eu vá frequentar uma Universidade estrangeira, e esqueça o Povo-pé-descalço! Ao que eu, obviamente, digo, NÃO! Sei bem, já naquela Hora, que o preço a pagar pelo meu NÃO! é elevado, muito elevado. Que o Poder, pior se Sagrado, não perdoa a quem o contraria. O meu viver em Igreja, de então até hoje, diz exaustivamente qual é o preço que pago! Para Vergonha do Poder! Pois bem, é, nesse período de densa Treva Institucional e de Palavra Amordaçada, que, um dia, inopinadamente, NUNO TEOTÓNIO PEREIRA me bate à porta da residência paroquial, transformada por mim em espaço Cultural e semi-Clandestino, dentro da qual acontecem, pelo menos, uma noite por semana, encontros conspirativos com jovens da freguesia, elas e eles. Nuno Teotónio Pereira quase não fala. Olha-me nos olhos e apresenta-me, sorridente, o seu cartão pessoal de visita, como identificação. Abrem-se de imediato os meus braços para ele. E abre-se a casa toda, já que ela, comigo lá a morar, tem o tamanho do meu coração de Presbítero-menino, companheiro e irmão universal.
A Conversa é Clandestina. E em surdina. Fico a saber que não estou só na Trincheira. Apesar de viver e actuar numa aldeia, até então desconhecida, e a cerca de 400 kms de Lisboa. Alegro-me sobremaneira. E a Fraternidade sela para sempre as nossas vidas militantes. Pela primeira vez, oiço falar de uma tal Comissão de Apoio aos Presos Políticos. A Ditadura sem disfarces de Democracia tem destas coisas fecundas: Gera Militância. Gera Fraternidade. Gera Generosidades sem conta nem medida. Já a Ditadura disfarçada de Democracia Parlamentar que hoje temos de suportar (até quando?!) gera o que, desde 25 de Novembro de 1975, nos é dado ver, cada dia um pedaço mais: – Esta apagada e vil tristeza que nos devora a Alma e os Afectos.
Nunca mais nos desligamos, embora os encontros ao vivo sejam muito escassos. E nem a “Homenagem” hoje me leva a cair nos braços de Nuno Teotónio Pereira. E sei que, para ele, a minha ausência física na Sessão, é a mais fecunda Presença que lhe enche a Alma Afectiva. Não quero juntar ao seu, o meu Constrangimento. Daí a minha Ausência física, certamente, a mais fecunda Presença que enche o Coração Militante de Nuno Teotónio Pereira. Homenagens? Nem promovê-las, nem recebê-las. Assim penso. E ajo. Porque os Povos do que carecem, não é de Homenagens às, aos que se lhe dão. É de Mulheres, Homens que Prossigam essas Vidas Humanas-Pão Partido que se dá a Comer, Vinho Derramado que se dá a Beber pela vida dos Povos. Para que eles sejam Povos a Crescer em Liberdade, em Maioridade e em Autonomia, até Derrubarem definitivamente os três Poderes que, desde o início, os dominam, exploram, matam. Mesmo quando, matreiramente, se fazem vestir de “Benfeitores”.
Eis-me aqui, na Trincheira, meu querido Amigo e Companheiro, NUNO TEOTÓNIO PEREIRA!. Precisamente em Macieira da Lixa, onde Tu, pela vez primeira, me encontras e eu Te encontro. Para sempre! Bendito NUNO TEOTÓNIO PEREIRA!
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Ainda a Semana do Consagrado. Monges do “se me dão” e do “se me permite”
Pode parecer bizarro. Pior. Humilhante. Mas, pelos vistos., há na Abadia de Singeverga, em Santo Tirso, 36 homens religiosos que, em 2011, Terceiro Milénio, se orgulham de continuar a ser monges do “se me dão” e do “se me permite”. As expressões são de um deles, muito conhecido nos ambientes eclesiásticos, especialmente no Norte do país, de seu nome, Geraldo Coelho Dias. São monges beneditinos, só porque, na Europa do Século VI, há um tal Bento de Núrsia que resolve escrever uma Regra, composta por um Prólogo e 73 capítulos. A Regra ganha notoriedade e são muitos os homens (há também mulheres, não juntas com os homens – que horror! – mas em mosteiros exclusivamente de mulheres) que a tomam por regra de vida. São chamados Beneditinos.
A Regra de São Bento (sim, porque o autor da Regra veio a ser canonizado pela Igreja de Roma!) resume-se a duas palavras latinas, ligadas por um et, ou e, em português. Assim: Ora et labora = reza e trabalha. Rezar, rezam os monges beneditinos. E muito. Várias vezes ao dia, se empre às mesmas horas, dirigem-se todos com os seus hábitos à capela do mosteiro e recitam Salmos da Bíblia Hebraica. Em certas horas, cantam-nos. Interrompem o que estão a fazer e vão rezar, salmodiar. Como os Muçulmanos. E Também ler, ou ouvir ler outros Textos bíblicos. E isto, por toda a sua vida na história!
Para orar e trabalhar, mais orar do que trabalhar, já que são monges do “se me dão” e do “se me permite”, têm de fazer (só eles, não a Abadia!) os tradicionais votos de pobreza, de obediência ao Superior e de castidade perfeita. De contrário, são seres humanos como os demais e Deus, o Deus do frades e das freiras, sentir-se-á defraudado, porque não tem multidões de mulheres e de homens que vivem exclusivamente para Ele, para o louvar. E que seria de nós, os Povos da Terra, se nos faltassem homens e mulheres assim, a viver exclusivamente para Deus, para o louvar? Se calhar, Deus, amuado, fazia das dele contra os Povos. Assim, não. Entretanto, os povos, agradecidos aos monges que rezam na vez deles, deverão correr aos mosteiros e levar-lhes oferendas, deixar-lhes heranças, porventura, branquear dinheiro sujo, encomendar-lhes missas pagas adiantadamente, para que eles possam continuar a Rezar e a Salmodiar a Deus.
Esta praxe vem já do Século VI. Os Beneditinos (e as Beneditinas) sabem tudo sobre Bento de Núrsia, melhor, São Bento. De Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria, e da sua Revolução Antropológica-Teológica, saberão pouco, ou nada. Porque o que sabem é de Jesus-Cristo, o Mito que nos esconde Jesus e a sua Revolução. Porque, se conhecessem Jesus, o filho de Maria, Crucificado em Abril do ano 30, por decisão dos religiosos Sacerdotes, saberiam que Deus Criador não gosta de frades nem de freiras, de votos de pobreza, de obediência a um Superior e de castidade. Gosta de mulheres e de homens que Cresçam de dentro para fora em Sabedoria e Afectos, Cuidem uns dos outros e da Terra. Sem Superioras, Superiores, a quem juram obediência. E que, para Comerem, cada dia, têm de ter autorização do Abade, da Abadessa. “É o Superior – diz Geraldo Coelho Dias, monge da Abadia de Singeverga – que nos dá licença de ter as coisas”. Não. Não são do Século VI, estas palavras. São de um Homem, com elevada formação universitária, do Século XXI, ano 2011! Que mais dizer?!
A concluir, fica a seguir uma boa parte do Prólogo da Regra de São Bento, que os Beneditinos de Singeverga têm como sua. E que os dispensa de Escutar-Seguir-Prosseguir Jesus e a sua Ruah, a mesma de Deus Criador. Atentem nas frases e vejam se há nestas palavras um pingo da Boa Notícia de Deus, o de Jesus! Eis (sublinhados JF):
Escuta, filho, os preceitos de mestre, e inclina o ouvido do teu coração; recebe de boa vontade e executa eficazmente o conselho de um bom pai para que voltes, pelo labor de obediência, àquele de quem te afastaste pela desídia da desobediência. A ti, pois, se dirige agora a minha palavra, quem quer que sejas que, renunciando às próprias vontades, empunhas as gloriosas e poderosíssimas armas da obediência para militar sob o Cristo Senhor, verdadeiro Rei. Antes de tudo, quando encetares algo de bom, pede-lhe com oração muito insistente que seja por ele plenamente realizado, a fim de que nunca venha a entristecer-se, por causa das nossas más acções, aquele que já se dignou contar-nos no número de seus filhos. Assim, pois, devemos obedece-lo em todo o tempo, usando de seus dons a nós concedidos, para que não só não venha jamais, como pai irado, a deserdar seus filhos, nem tenha também, qual Senhor temível, irritado com nossas más acções, de entregar-nos à pena eterna como péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.
(…) Como, pois, irmãos, interrogássemos o Senhor a respeito de quem mora em sua tenda, ouvimos em resposta, qual a condição para lá habitar: a nós compete cumprir com a obrigação do morador! Portanto, é preciso preparar nossos corações e nossos corpos para militar na santa obediência dos preceitos; e em tudo aquilo que a nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemos ao Senhor que ordene à sua graça que nos preste auxílio. E se, fugindo das penas do inferno, queremos chegar à vida eterna, enquanto é tempo e ainda estamos neste corpo e é possível realizar todas estas coisas no decorrer desta vida de luz, cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite para sempre.
Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. Nesta instituição esperamos nada estabelecer de áspero ou de pesado. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa, ditada por motivo de equidade, para emenda dos vícios ou conservação da caridade, não fujas logo, tomado de pavor, do caminho da salvação, que nunca se abre senão por estreito início. Mas, com o progresso da vida monástica e da fé, dilata-se o coração e com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de Deus. De modo que não nos separando jamais do seu magistério e perseverando no mosteiro, sob a sua doutrina, até a morte, participemos, pela paciência, dos sofrimentos do Cristo a fim de também merecermos ser co-herdeiros de seu reino. Amém.
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Edição n.º 10
3 FEVEREIRO 2011
50 anos depois de ela ter começado, parece haver, agora, generalizado consenso! Afinal, a Guerra Colonial, que o Estado Português e a Hierarquia Eclesiástica católica sempre negaram, existiu mesmo!
Afinal, a Guerra Colonial que destroçou por dentro várias gerações de jovens portugueses, obrigados a ir fazê-la em três Países de África – Angola, Moçambique e Guiné-Bissau – contra os respectivos Povos, nossos irmãos, e que foi sistematicamente NEGADA pelo Governo ditatorial de Salazar e pela Hierarquia Eclesiástica católica, encabeçada então pelo cardeal Cerejeira, de má memória, porque com práticas e pensares notoriamente nos antípodas das práticas e dos pensares de Jesus, sempre existiu! Ainda hoje, muitas das suas vítimas andam a arrastar-se por aí. Destroçadas na Alma. Nos Afectos. Algumas delas, também amputadas nos seus corpos. Os muitos milhares de Mortos em combate, de ambos os lados, ainda Clamam. E Clamarão. Embora, como País que somos, continuemos, duma maneira geral, a fazer de conta. E a assobiar para o ar. O que é tão Perverso quanto a própria Guerra Colonial. Porque não é com posturas evasivas e anestesiantes que se curam as feridas abertas da Alma, menos ainda, o esfacelar dos Afectos.
Carregamos, como País e como Igreja católica Institucional, este Pecado Mortal. Mortal, repito. Porque Mata. Não apenas o Corpo. Mata também e sobretudo a Alma. E os Afectos. E sem a Alma e sem os Afectos, ainda somos Povo, País?
As vítimas que ostentam os Estigmas da Guerra Colonial são sistematicamente Escondidas. Dá-se-lhes umas condecorações militares e uns trocados, como subsídio, para que se Calem. E para que se Escondam. E elas Calam-se. E Escondem-se. Até a Palavra, lhes Roubam. Por isso, as inúmeras vítimas-que-fizeram-outras-inúmeras-vítimas permanecem Caladas. Morrem, uma a uma, sem chegarem a Falar. O Silêncio generalizado é o pior que um Povo, um País, pode fazer, em situações destas. Porque somos essencialmente Palavra. Projecto. Afectos. Relação. Quando nos Roubam a Palavra e nos Matam os Afectos, o que resta do Povo, do País?
Conheci, de perto e por dentro, a Guerra Colonial. Aos 30 anos de idade e apenas 5 anos de Presbítero da Igreja do Porto, fui convocado pelo Comando das Forças Armadas para Capelão Militar. Por indicação, sem eu ter sido previamente avisado do facto, do Bispo-Administrador Apostólico da Diocese do Porto, por sinal, mais Administrador da Diocese do Porto, do que Bispo da Igreja do Porto. E um notório Incondicional do Regime ditatorial de Salazar-Hierarquia Eclesiástica católica, uma aliança sem fissuras, como é timbre do Cristianismo e da Cristandade, na sua relação com os outros Poderes. Um Poder, como o Cristianismo, onde chega e permanece, procura sempre aliança com os outros Poderes, já existentes no mesmo chão. Ao contrário de Jesus, que os denuncia a todos, como os Inimigos maiores dos seres humanos e dos Povos.
Nem mesmo o “Caso do Bispo do Porto”, tão badalado, ainda hoje, por certos “historiadores” e certos jornalistas, representa relevante Excepção à Regra. Mais do que Excepção, é outra maneira de manter a mesma aliança sem fissuras. Dizem que sofreu 10 anos de Exílio. Direi, antes, 10 anos de Ausência física do País e da Diocese territorial. Com bom ordenado mensal garantido pela Diocese do Porto, da qual continuou, de resto, a ser o seu Bispo titular. Pormenorizadamente a par de tudo o que nela se passava, durante essa sua Ausência física, uma espécie de longas férias que o Bispo do Porto terá aproveitado para aprofundar mais e mais a Filosofia e a Teologia do Cristianismo. O que não é o mesmo que Crescer em Sabedoria!
O Bispo do Porto teria sido Excepção à Regra, e Excepção de Excelência, se, em lugar de optar pela Ausência física no estrangeiro, tivesse optado por, em coerência com o seu Ministério de Bispo da Igreja do Porto, passar a fronteira, mesmo que, por via disso, acabasse de imediato preso pela Pide. Preso pela Pide, em Caxias, ou noutra Prisão de presos políticos, teria sido Excepção. Já, Ausente 10 anos do País e do território da Diocese, da qual continuava a ser o seu Bispo titular, foi apenas uma outra maneira de manter a aliança sem fissuras. O Poder ditatorial de Salazar foi hábil e soube mexer as pedras de xadrez, no tabuleiro dos Poderes. De modo que não só a aliança Regime ditatorial-Hierarquia Eclesiástica católica se manteve sem fissuras, como saiu mais reforçada. Um Bispo ausente do País não é um Bispo Dissidente com o Regime ditatorial do País. Pelo contrário. É um Bispo complacente com o status quo. Já um Bispo Preso pela Pide, no seu próprio País, seria um Bispo Dissidente. Assim, com o Bispo Ausente, a Concordata pôde prosseguir, reforçada. E o cardeal Cerejeira terá rejubilado, na sua Matreirice de Raposa Episcopal e Cardinalícia.
Vivi durante 4 meses, a Guerra Colonial. Vi ao vivo as Dores e as Humilhações dos Povos Colonizados. Escutei os seus Clamores. E não fiz de conta. Não disse, como tantos colegas meus então disseram, A responsabilidade não é nossa, é de quem nos enviou para cá. Mentira. A responsabilidade é de quem está-na-situação e vê-escuta a Realidade. O que não for assim, é Traição. E Traição foi o que cometeu a esmagadora maioria dos padres capelães militares, nos três ramos das Forças Armadas, durante os 16 longos anos da Guerra Colonial. Alguns, fizeram um bom pé-de-meia para o futuro. À custa das Dores e das Humilhações dos Povos de África. Praticamente, todos levaram a respectiva Comissão ao fim. Houve, inclusive, quem bisasse e trinasse. E, até, quem, depois da Comissão cumprida, aceitou passar a integrar os quadros do Serviço de Capelões. Uma Ignomínia sem nome, à luz de Jesus, do Evangelho Jesus. E tudo, obviamente, à mistura com missas e rezas. Nos antípodas de Jesus. Mas bem na linha do mítico Cristo, o Poder dos Poderes! Sagrado, ainda por cima.
Porque vi as Dores e escutei os Clamores dos Povos de África e da própria África, agi e falei em consequência. Denunciei abertamente a Guerra Colonial, como o Crime Maior, o Pecado Maior, nas Homilias da Celebração semanal que, desse modo, deixou de ser um rito mais, para ser arriscada Profecia. Preguei a Paz. Desarmada. Quis que as armas fossem substituídas por instrumentos no amanho das terras. Em trabalho digno e justamente remunerado. E que o fruto da produção do Arroz da Guiné, em vez de passar os mares, Roubado ao abrigo da Lei, e vir parar às mãos de uma Família-Máfia de Lisboa, fosse parte do Pão dos Povos africanos que o produziam. Não me deram ouvidos. Melhor. Deram. Não para Mudarem de Práticas Políticas e Económicas, mas para me incriminarem como Subversivo. Depressa, fui Expulso. Sem que, antes, me fosse instaurado qualquer processo militar.
O Bispo castrense, em Lisboa, unha-e-carne com o Regime e com a Guerra Colonial, que classificava de Cruzada do Ocidente contra o Comunismo e o Ateísmo Internacionais, abençoou o Crime. Provavelmente, até terá celebrado uma missa em acção-de-graças, uma praxe em que são reincidentes os Eclesiásticos católicos, na condição de clérigos. Um Vómito, diariamente repetido em milhões de templos paroquiais e catedrais. Sem que os Povos Envenenados por esses ritos, se Levantem. Pelo contrário. Ainda correm a comer e a beber do Vómito! E, depois de tudo, o Bispo Castrense, escreveu uma carta ao Bispo-Administrador Apostólico da Diocese do Porto, a ditar a sua sentença de Poder Episcopal Castrense, Aí vai de volta o Padre Mário. Na minha opinião, é um Padre Irrecuperável. Nunca algum Eclesiástico disse tão bem de mim, como Presbítero da Igreja do Porto!
Nestes 50 anos sobre o Começo da Guerra Colonial, vão ser ditas e escritas muitas palavras. Todas politicamente correctas. Todas a tentar branquear o Hediondo Crime. Os Poderes não têm emenda. E os cérebros dos Animais Racionais que os servem, também não. Cabe ao Povo, ao País, estar de Prevenção. De sentinela. Cabe às vítimas directas da Guerra Colonial, Levantar-se e Falar. Finalmente! Porque, se perdem esta Oportunidade, o que será do Povo, do País?! Os três Poderes sairão, no final das “comemorações”, ainda mais reforçados. E o Povo, o País, sairá de rastos. Humilhado! Que para isso, de resto, costumam servir as “comemorações”. As oficiais. E as outras. Que se Levante, pois, a Dignidade Humana. A Dignidade do Povo, do País! E haverá Futuro outro. Em vez de mais do mesmo! Para mais do mesmo, já basta assim!
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Semana do Consagrado, uma criação de João Paulo II que prossegue com Bento XVI. «Que mal empregada ela é…». Ela, é Maria Lúcia, freira
“Que mal empregada ela é”. O jovem que faz esta afirmação, pretendia namorar a jovem Maria Lúcia. Declarou-se-lhe, na véspera dela ingressar no Colégio de freiras, de onde saiu freira também. A jovem, então de 15 anos, já tinha ouvido falar de São Francisco de Assis. E quis ser como ele, em feminino. Provavelmente, não teria ainda ouvido falar de Jesus. Apenas de Jesus-Cristo! Por isso, não quis ser como Jesus. Quis ser como São Francisco de Assis. Pensam que tanto faz? Como se enganam. Como nos enganam! É curioso que Maria Lúcia nomeie Francisco de Assis, e não Clara de Assis, a filha-discípula preferida de Francisco de Assis. E, sem olhar para trás, entrou no Colégio e acabou Freira da Congregação Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora. Vejam só. Já havia e há a Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria. E estas outras, para se distinguirem daquelas, dizem-se Franciscanas Missionárias – até aqui é igual às outras! – de Nossa Senhora! Portanto, da mítica Deusa! Muitas Congregações, muitas Madres Superioras. Pois bem, é para dar realce a coisas deste jaez, que o Papa João Paulo II criou a Semana do Consagrado. Maria Lúcia, em boa verdade, não deveria sentir-se incluída na Semana. Se a Semana é do “Consagrado, tem a ver com os frades. Não tem a ver com as freiras. Mas as freiras nem se darão conta da diferença. E não perdem pitada do que, de iniciativas Banais, vier a “fazer” a Semana do Consagrado.
Maria Lúcia é formada em Canto e Música, para além de ser profissionalizada. Mas há já quase 30 anos – confessa, ingénua, à Agência Ecclesia – que se vê obrigada, por voto de Obediência à Superiora, e manifestamente contra a sua própria realização pessoal e contra a sua própria Consciência, a realizar outras coisas sem som nem tom. Concretamente, pedagogia do ensino, obediência e administração de casas!!! Revela, também, que gostaria de escrever um livro sobre o crescimento humano desde o nascimento até aos 18 anos (o que terá ela de relevante a dizer sobre o tema, se ela própria foi impedida de Crescer como Mulher, apenas pôde crescer como freira!?). Mas, a pobre Coitada ainda não sabe se vai poder realizar esta sua aspiração. Porque só a realizará, se a Superiora que manda nela, em nome do voto de Obediência, a autorizar a escrever!!! (Pasme-se! E tudo isto, no Século XXI!).
“Que mal empregada é ela é”, afirmou o jovem que pretendia começar a namorar com ela, tinha Maria Lúcia 15 anos. Nunca umas palavras saíram tão certeiras. Mas Maria Lúcia, de tão Subjugada e de tão Alienada que vive, nem sequer se dá conta. Para cúmulo da sua total Descriação, como Mulher, ainda se orgulha de ser freira, que nunca mais pôde realizar a sua formatura em Piano e Canto. Porque a Superiora das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora - mas que Perversão! - trocou-lhe as voltas. Há 30 anos! Um Pecado de bradar aos céus. Será que as que se dizem consagradas, os que se dizem consagrados, não vêem? Que cegas, cegos são! Em nome do voto de Obediência. Uma Perversão contra a qual se Levanta Jesus. O Evangelho vivo, ou Boa Notícia Viva de Deus Criador Abba-Mãe de filhas, filhos em estado de Liberdade e Maioridade, não filhas freiras, filhos frades, em estado de Menoridade e de Submissão. De resto, uma criação típica do Paganismo Religioso e dos seus respectivos deuses e deusas, todas, todos sádicos e cruéis. Querem mais?!
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Edição n.º 9
1 FEVEREIRO 2011
Egipto. O Ditador democrático está prestes a ser aclamado pelos Povos
Egipto. Impossível pronunciar o nome deste País do Norte de África, e não viajar para trás no Tempo, até ao Egipto dos Faraós e das pirâmides. Como nesse remoto então, já com mais de três mil anos, o Egipto Século XXI está também em dores de parto. Os Povos que o constituem sonham com a Libertação para a Liberdade. São escravos no seu próprio Chão. Por novos Faraós, travestidos de chefes-de-estado. Libertaram-se do Medo e Ocupam as principais Praças e Avenidas da capital. Desobedecem à Lei que impõe o Recolher Obrigatório. Não querem o Poder. Querem a Liberdade. Como os antigos escravos hebreus e outros-com-eles. Querem a Justiça Praticada. Querem uma Economia outra, que os alimente de dentro para fora, como seres humanos, não mais como bestas de carga. Querem tornar-se Sujeitos das suas próprias vidas e Protagonistas da História. A sua e a dos demais Povos de África, o Continente que nos serviu de berço a todos os Povos da Terra.
Será que chegarão a conhecer a Liberdade? E a Justiça Praticada? E a Economia outra? Para já, o objectivo imediato é derrubar a Ditadura e o Ditador. O Império de turno está atento. A Liberdade é um conceito belo, mas, se Praticada pelos Povos, é constante Ameaça ao Império de turno. A Justiça Praticada pelos Povos é uma possibilidade histórica, mas, vier a concretizar-se, quem, depois, tem mão nos seres humanos que constituem esses Povos? A Economia outra é um Poema histórico dos mais belos, mas os Povos que Comem desse Pão outro nunca mais suportarão os Tiranos, os Ditadores, por mais democratas que eles se digam e institucionalmente sejam. Há Poder democrático? O Poder não é todo Ditadura? Ditadura democrática, mas Ditadura! Ou ainda há quem se deixe iludir com conceitos bonitos, mas todos repletos de Demagogia e de Hipocrisia?! Infelizmente, há. E haverá.
Os Povos que constituem o Egipto não querem o Poder. Querem a Liberdade. Mas, entre os Povos que constituem o Egipto, como entre os Povos de todos os países do Mundo, há sempre novos candidatos a Ditadores, agora, democráticos. E, enquanto os Povos do Egipto Ocupam as Praças e as Avenidas e desobedecem à Lei do Recolher Obrigatório, eles movimentam-se na Sombra. Cozinham secretos Acordos entre si. Conseguem consensos. Concretamente, quem será o novo chefe-presidente e quem ocupará todos os outros lugares de decisão, no País.
Quando, finalmente, as dores tiverem fim, com a hora e a realização do parto, os Povos que constituem o Egipto e não querem o Poder, querem a Liberdade, recolhem a suas casas, satisfeitos. O Ditador de turno foi derrubado. Celebram, festiva e ruidosamente. Horas e horas. Dias seguidos. E, quando Acordarem, na semana seguinte, o Egipto já tem outro Ditador, agora, democrático. E os Povos vão, satisfeitos, às urnas, dar-lhe o seu voto. Porque os Ditadores só desaparecem, quando desaparecer definitivamente o Poder. Mas o Poder jamais aceitará ser definitivamente derrubado, para dar a voz e a vez aos Povos. Porque o Poder é Hábil, Mentiroso e Assassino, mesmo quando veste de Democracia, para, assim vestido, prosseguir, com mão de ferro, ao comando dos Povos. Com o voto dos Povos, que recusam viver habitualmente em Deserto e, para cúmulo, ainda confundem Liberdade com Permissão de fazerem tudo o que lhes der na real gana. Depois da Festa dos Cravos, vem o Pesadelo. Como gritantemente podemos dizer hoje aos Povos que constituem o Egipto, nós, os Povos que constituímos Portugal! O dramático é que os Povos parecem não ter emenda. Não querem o Poder, e fazem bem. Mas também não querem ser Povos que Crescem sem cessar de dentro para fora, até se tornarem Povos autónomos, e fazem mal. Muito mal. E esta postura dos Povos é, até, o seu Pecado Capital maior!
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Há “fúria” nas hostes, depois da minha prestação na TVI
A convite da TVI, concretamente, do Programa, Você na TV, conduzido por Manuel Luís Goucha, pude testemunhar o meu actual viver de Presbítero da Igreja do Porto, longe dos templos e dos altares. Com maior incidência, nas largas avenidas da Internet e do Youtube. Nos Livros que continuam a ser editados e no Jornal Fraternizar, agora, apenas online.
Dois repórteres de fina qualidade profissional, vieram previamente viver comigo algumas horas de um dia normal de actividade. Perguntaram e gravaram o que entenderam. E, depois de tudo, elaboraram um curto Documentário. Com que abriu a Conversa em directo, no estúdio.
O Documentário e a Conversa que se lhe seguiu desencadearam “fúria” nas hostes dos Súbditos do Poder Religioso e Eclesiástico. Bom sinal. O Sal, quando é sal com força de salgar, faz saltar de fúria e de ódio, a Corrupção e a Mentira Institucional. Os agentes da Corrupção e da Mentira Institucional não perdoam. E incitam as respectivas hostes contra a Mensagem e, sobretudo, contra o mensageiro. O costume. Já foi assim com os profetas bíblicos, quase todos assassinados. E todos denegridos. João Baptista ficou sem cabeça, por ordem do chefe de estado, Herodes. E Jesus que se Levanta, depois de João ter sido preso, é assassinado na Cruz do Império Romano, em Abril do ano 30.
A “fúria” das hostes resulta, sobretudo, de uma afirmação que eu fiz: – Não sei como as Mulheres conseguem continuar a frequentar a igreja-templo, quando, lá dentro, encontram sistematicamente a presidir às missas, um macho que, para cúmulo, está proibido de casar pelo Código de Direito Canónico, aprovado e imposto pelo papa-chefe-de-estado do Vaticano. Sem que, alguma vez, elas, as Mulheres, tenham voz e vez.
A minha referência ao “macho” que preside refere-se tanto ao Sacerdote celibatário por imposição da Lei Eclesiástica, como ao Poder Eclesiástico em si que o pároco é, por delegação do Bispo da Diocese. Quando, pelo Sacramento da Ordem, quem o recebe é simplesmente Presbítero da Igreja, para anunciar o Evangelho de Deus aos Pobres e aos Povos. Não é Sacerdote, nem Poder Eclesiástico. Pelo que, quando desiste de ser Presbítero e veste de Sacerdote e de Poder, é macho-Poder. E as Mulheres, como suportam semelhante desaforo? E continuam a frequentar tais lugares e tais cultos?
Da “fúria” das hostes, destaco uma em concreto, pelo que tem de significante. Numa das noites depois da minha prestação na TVI, tocou o telemóvel que uso. Atendi. Era um grupo de Mulheres, residentes em Amarante, a 10 kms de Macieira da Lixa, onde resido há 7 anos. Não vieram ao meu encontro, como seria desejável. Optaram pelo telefone, para não darem a cara. Uma delas, em nome das demais, disse do Escândalo de todas. Escutei e esclareci. Diz-me a porta-voz do grupo: Nós vamos à missa, para ouvir a Palavra de Deus, não para ver o Padre! Reagi: E acham que há Palavra de Deus, lá, onde preside um macho que está proibido de casar e é o rosto do Poder Eclesiástico, naquela função? De que Deus é então essa palavra proferida por um macho assim?! Não sabe – sublinhei – que Deus Criador não precisa de intermediários para se fazer Escutar pelas suas filhas, pelos seus filhos? A porta-voz ficou embaraçada e sem resposta. Porventura, ainda mais Escandalizada, já não comigo, mas com o macho-que-preside-às-missas, ao constatar que, afinal, há um Deus que, para se comunicar com as Mulheres, recorre sistematicamente a machos que estão impedidos por Lei Eclesiástica de casar.
Se calhar, este grupo de Mulheres de Amarante vai reflectir sobre as minhas palavras. E, quem sabe, se as Mulheres que o constituem, nunca mais põem os pés na igreja-templo, onde todas elas estão proibidas de ter voz e vez. Apenas podem ser zeladoras de altar e fazer a limpeza da igreja-templo. Afinal, a inicial raiva contra o mensageiro ainda vai acabar por se virar contra o macho que se faz passar por representante de Deus. Porque semelhante Deus só pode ser um Ídolo que Submete e Humilha quem lhe presta culto! Pensemos todas, todos nisto. Mudar, é preciso. Imperioso. Urgente!
Terça-feira, 29 de Março 2011
Há um Portugal, ou vários? E é mesmo necessário, o Portugal-Estado que nos crava com impostos e nos impede de Crescer de dentro para fora?!
Enquanto os sócios do SCP andam aos encontrões e aos insultos uns aos outros, por causa dos resultados eleitorais da SAD-Máfia, e os do Vitória de Guimarães ficam fora de si, só porque o seu Clube está apurado para disputar a Taça de Portugal, em Futebol (!!!), o mais alto magistrado da nação convoca para esta próxima quinta-feira, 31 de Março, a reunião do Conselho de Estado, o último passo institucional, antes de, do alto do seu Poder, dissolver o Parlamento e convocar eleições gerais antecipadas.
Não sei se somos um só Portugal, ou se há vários Portugal. À luz dos factos, parece legítimo falar-se de vários Portugal. Há o Portugal do Futebol dos Milhões, que vive muito bem e passa a vida de bebedeira em bebedeira, de insulto em insulto, de agressão verbal e não só em agressão verbal e não só, de jogo de futebol em jogo de futebol, alimentado, há anos e anos, por 3 (três!) matutinos desportivos, mesmo em época de defeso futebolístico. Há o Portugal duma Geração P-Precária (ou Geração-Puta?), que faz Manifs de 300 mil pessoas à rasca, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, para as quais se deslocam no pó-pó que os papás lhes deram, dormem no Hotel de 5 estrelas, que não fazem ideia do que é uma Manif e que gritam, eufóricos, em tudo quanto é Manif, A Luta é alegria, Pá! Há o Portugal dos Partidos Políticos, qual deles o mais esfomeado do Poder Político, que, juntamente com o Futebol dos milhões, enchem páginas e páginas dos jornais, abrem muitas noites os telejornais e alimentam acalorados debates televisivos. Há o Portugal dos Belmiro’s de Azevedo e dos Amorin’s, dos Grandes SuperMercados e do Grande Poder Financeiro que nunca esteve tão bem e se recomenda. Há o Portugal dos Pobrezinhos e dos Analfabetos Estruturais que não querem sair da sua Degradante condição e, até, tiram proveito dela, porque acabam por ser os Profissionais encartados dos Subsídios do Estado, dos Rendimentos Mínimos duma Reinserção Social que nunca acontece, eternos Clientes das Sopas-dos-Pobres, sem os quais os Bancos Alimentares Contra a Fome, as IPSSs e as Misericórdias iam à falência e deixavam no desemprego milhões de funcionários. Há, finalmente (ou é o primeiro de todos?), o Portugal do Estado Português, povoado de estéreis e frustrados Espinheiros, com aspecto de homens, que parece ter nascido só para irritar os outros Portugal, que nos devora a carne e os ossos, com os seus Impostos e nos Massacra com as suas Campanhas Eleitorais, com a sua Publicidade, a sua Ideologia e a sua Idolatria. Dos vários Portugal, parece ser o único que está sempre à beira da falência. Mas, certamente, é tudo Mentira, porque, entretanto, é o Portugal que mais gasta, que mais viaja em primeira classe, que mais tempo tem para discursar, discursar, discursar, que mais se banqueteia, que mais nos fala “de cima da burra”, que é mais cobiçado pelos chefes dos Partidos Políticos, todos Espinheiros que só produzem espinhos e abrolhos, incapazes de fecundidade e de frutos de vida, como as Oliveiras e as Macieiras.
Como, ao que parece, este é o único Portugal que está sempre em risco de falência, e tanto mais, quanto mais Impostos crava às Populações, nomeadamente, às que ainda trabalham e produzem Riqueza que nunca chega a ser de todos, só do Estado, dos Belmiro’s de Azevedo, dos Amorin’s e quejandos, porque é que nós, Portuguesas, Portugueses, não acabamos com ele, de vez? Porque havemos de continuar a alimentar semelhante Besta que, depois, ainda nos “fala do cimo da Burra”, como se fôssemos seus vassalos, seus súbditos, seus escravos? O Estado é mesmo necessário para os Povos? Os Povos precisam mesmo do Estado? Somos assim tão Menores que precisamos de Tutor? Porque não prendemos o Estado e o deixamos morrer à fome? Vamos continuar, de geração em geração, a alimentar um Monstro que quanto mais come, mais se multiplica e, depois, nos cerca como um polvo por todos os lados e nos asfixia? Os Povos precisam mesmo de um Estado? Porque não crescemos de dentro para fora em Humano e dispensamos este Monstro que nos devora dia e noite?! É sugerir o Impossível? Ou é o Ovo-de-Colombo?!
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Ditador Kadafi Nato rende o Império USA na Massacrante Guerra do Ocidente Cristão contra os Muçulmanos e pela posse do Petróleo Líbio, enquanto o Papa Bento XVI, que não pode com os Muçulmanos, reza ao Deus dos Cristãos e apela hipocritamente ao diálogo!!!
Prosseguem os ataques do Ocidente Cristão contra o ditador Kadafi. O Império USA cede o lugar de comando da Guerra à Nato. A mudança é meramente cosmética. Como se alguma vez pudesse haver substantiva diferença entre a Nato e o Império USA. Não há. As designações são distintas. Os meios bélicos são os mesmos. Não é a Nato que inclui o Império USA. É o Império Usa que inclui a Nato. A Nato não passa de um aliado e de um braço mais, do Império USA. Só Ingénuos políticos é que não dão por isso. Alguma vez, o Império USA admitiria rivais armados no Ocidente Cristão? O Papa de Roma, alguma vez, aceitaria que a Nato fosse rival do Império USA? Não abençoa os aviões e as bombas, os porta-aviões e os submarinos da Nato e do Império USA? Não reza ao seu Deus Todo-Poderoso pelo êxito dos bombardeamentos sobre a Líbia do ditador Kadafi? Não está empenhado em enfraquecer e derrotar os Muçulmanos, o seu Deus Alá e o Alcorão? Não tem os Muçulmanos na conta de Inimigos do Ocidente Cristão e da Bíblia? Os seus antecessores, Papas como ele, não organizaram as Cruzadas para avançarem sobre Jerusalém, a fim de resgatarem os “Lugares Santos”, das mãos dos Muçulmanos? O rei português, Afonso Henriques, o primeiro, e a sua dinastia afonsina não combateu, nestas terras, os Mouros, ou Muçulmanos, com a ajuda dos Cruzados abençoados pelo Papa de turno?
Os bombardeamentos da Nato (e do Império USA, a coberto da Nato) ocorrem preferencialmente durante a noite. Porque a Treva que é o Poder Financeiro e que tem no Império USA o seu defensor, vê melhor e trabalha melhor de Noite. Não suporta a Luz. A Luz faz desaparecer a Treva. E, por isso, ele, como Treva que é, Odeia a Luz. E Mata a Luz. Ora, o Ocidente Cristão tem-se na conta de ser a Luz. Porque também confunde a Luz com a Treva. O Ocidente é a Treva. Mas tem-se na conta de que é a Luz. Por isso, vê no ditador Kadafi da Líbia um Inimigo da Democracia e tem de o derrubar. Para dar de bandeja a Democracia ao Povo Líbio!
Os Rebeldes líbios acreditam nesta falácia, nesta Mentira. E aplaudem os bombardeamentos do Ocidente Cristão, agora, conduzidos pela Nato. Já, antes, aplaudem os bombardeamentos conduzidos pelo Império USA. O que os Rebeldes líbios querem é o Poder de Kadafi. Um Poder que, à partida, aceita ser mais dócil, do que o Poder do ditador Kadafi, aos interesses do Império USA, que são também os interesses da Nato, do Ocidente Cristão e do seu Papa de Roma. Em troca da Democracia tutelada que o Império USA, a Nato e o Ocidente Cristão garantem aos Rebeldes líbios contra o ditador Kadafi, os Rebeldes líbios garantem ao Império USA, à Nato e ao Ocidente Cristão o Petróleo líbio a baixo custo que estes precisam, mais do que de pão. E assim se faz uma Guerra Abençoada pelo Ocidente Cristão, Mentiroso e Assassino. A Idolatria, no seu pior! Será que não vemos e, por isso, calamos e, até, aplaudimos?! Cruéis e Cínicos, que somos!
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Catarina, filha de ex-banqueiro. Casamento na Igreja da Madre de Deus e boda nupcial no Convento do Beato. Um espectáculo de Santidade!...
Catarina, a filha do ex-banqueiro, Paulo Teixeira Pinto, toda de branco e comprido vestido de noiva, a arrastar-se pelo chão, acaba de ser levada, este fim de semana, pelo próprio pai, de fraque vestido, ao altar da Igreja Madre de Deus, em Lisboa. A festa e o banquete nupciais decorrem no Convento do Beato, também em Lisboa. Tudo, ao que se vê, muito cristão católico, como tanto convém a filha de ex-banqueiro, o dos muitos Milhões, senhor de uma reforma vitalícia de muitos outros Milhões mais. Que para isto existe o Cristianismo, na sua versão católica romana e nas múltiplas versões protestantes. Para dar cobertura a farsas deste tamanho e a indispensáveis branqueamentos, os mais diversos, não apenas do dinheiro sujo, mas também do dinheiro sujo.
As Máfias dificilmente sobreviveriam, sem o Cristianismo, na sua versão católica romana e nas múltiplas versões protestantes. A começar pela Máfia que dá pelo nome de Cúria Romana e Estado do Vaticano, cujo chefe maior, embora sexualmente homem, por imposição do Código de Direito Canónico, sempre se apresenta, aonde quer que vá, de branco vestido, como uma noiva em masculino. Provavelmente, o Deus das Máfias do Mundo não suporta as cores do arco-íris e tem um fraquinho pelo Branco ou pelo preto. Às vezes, nalguns dos seus muitos funcionários do meio da pirâmide, veste também de cinzento, que não é nem preto, nem branco, mas assim-assim. Muitas das freiras que se têm na conta de esposas de Jesus-Cristo, o do Cristianismo, vestem de cinzento, ou de preto, ou de branco. Já nos frades, há os que vestem de branco, como os dominicanos (coisa mais patusca!) e os que vestem de preto-preto, como os jesuítas, eternos viúvos, nem eles sabem de quem. Mas há outros frades que nem de preto nem de branco. Para se distinguirem dos dominicanos e dos jesuítas, vestem de castanho e dão pelo nome de franciscanos / capuchinhos.
Nunca os Cónegos Regrantes de S. João Evangelista que fundaram o Convento do Beato, no Século XV, e o ocuparam nesse Século e seguintes, alguma vez sonharam que, no Século XXI, mais propriamente, em Março de 2011, o seu Convento do Beato haveria de acolher nos seus claustros e refeitório uma noiva, filha de um banqueiro, enquanto ela cresceu, e ex-banqueiro de muitos Milhões, quando ela, acabadinha de casar na Igreja Madre de Deus, decide ir lá banquetear-se e festejar com os seus muitos convidados de luxo, elas e eles. Nunca os Cónegos Regrantes sonharam. E como eles teriam gostado de que estas coisas ocorressem, quando eles lá rezavam o Oficio divino e suportavam cilícios e jejuns, sobretudo, nos prolongados dias de Quaresma, como são estes dias em que acaba de ocorrer este banquete nupcial e esta festa de casamento para banqueiros, ex-banqueiros e amigos de banqueiros e de ex-banqueiros.
Mudam-se os tempos, muda-se o Cristianismo. A Quaresma já não é mais o que é, quando a Idade Média domina por inteiro a mente das Populações. E os Clérigos celibatários e pantagruélicos são os senhores do Reino e os Carrascos dos Povos, com as suas Catequeses aterradoras, cheias de castigos e de penas no inferno eterno, ou no purgatório. Hoje, a Quaresma já pouco mais é do que um conceito vazio. Porque o Cristo do Cristianismo já quase não é mais o Mito que sempre foi, desde a sua fundação por Pedro-e-Tiago, depois do ano 30, em Jerusalém. Hoje, o Cristianismo é o Dinheiro, melhor, o Poder Financeiro Global. E o Estado do Vaticano e a sua Cúria Romana que o digam, já com várias Canonizações de santos, na agenda deste ano 2011, um dos quais, Papa, nascido na Polónia! E que o digam, igualmente, os seus grandes Santuários “marianos”, verdadeiras Máfias, como a Empresa portuguesa, Nossa Senhora de Fátima S. A., na Diocese de Leiria-Fátima!
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Príncipe Carlos e Camilla em Portugal. E a República Portuguesa entra na dança e oferece um banquete no Palácio de Queluz, longe dos Plebeus
Era uma vez um príncipe de Gales e uma duquesa da Cornualha, de 65 anos e de 66 anos, respectivamente, chamados Carlos e Camilla. O conto respeita a Suas Altezas Reais, do Reino Unido, ou, dito em linguagem mais prosaica, Inglaterra. Só por ser de Suas Altezas Reais, o nome do príncipe Carlos é escrito em primeiro lugar e não em segundo, como é de uso e costume entre os Plebeus, em que a prioridade é dada às Mulheres. Não que os Plebeus sejam menos do que Suas Altezas Reais. Pelo contrário. Mas os Plebeus ainda não deram pela marosca. Ainda pensam ou imaginam que Suas Altezas Reais são de outro sangue, Azul, se diz, e de outro reino, do Céu, se diz. Mas os Plebeus vivem enganados. Porque, sem os Plebeus, nem sequer haveria Suas Altezas Reais, nem Palácios de Queluz onde se banquetear, longe dos Plebeus, nem Mosteiro dos Jerónimos para se visitar, e por onde se inicia a visita de dois dias, de Suas Altezas Reais, à República de Portugal. República, é o que diz a Constituição. Porque, em boa verdade, de um Reino se trata, já que o chefe do Governo e o Presidente da República se comportam como Suas Altezas Reais e não como Plebeus. Também moram em Palácios e são os únicos que põem e dispõem dos Plebeus.
Mas os próprios Plebeus gostam de ver assim as coisas, porque a sua vida de todos os dias seria um osso ainda mais duro de roer, se não houvesse estórias encantadas de príncipes e de princesas, de duques e de duquesas. E quando um príncipe, como Carlos, o de Gales e uma duquesa, como Camilla, a da Cornualha, vêm, num passeio de dois dias a Portugal, os Plebeus Portugueses evadem-se da sua dura realidade e vivem dois dias nas nuvens, a imaginar-se príncipes e duquesas. Como se Carlos e Camilla não fossem em tudo iguais aos Plebeus, excepto numa coisa. E que coisa?
Aqui é preciso Sabedoria para se dar pela marosca. É que, enquanto os Plebeus trabalham e o seu dia-a-dia é sempre um osso muito duro de roer, Suas Altezas Reais transmutam os frequentes Passeios, em visitas de trabalho, os comeres, em banquetes e as casas onde vivem, em palácios. São mágicos, estes príncipes e estas duquesas. Por isso, têm Acumulada e Concentrada, nas suas mãos, a Riqueza que, por justiça, é de todos, a começar pelos Plebeus. São Suas Altezas Reais, mas estéreis, flores de estufa, objectos decorativos, enfeites, para Plebeus admirarem, nunca imitarem.
Fossem os Países constituídos por reis e rainhas, príncipes e princesas, duques e duquesas, e já estariam despovoados. Sem os Plebeus, a vida humana extingue-se em duas ou três gerações sobre a Terra. Porque só com o trabalho dos Plebeus e com o osso muito duro de roer que é o seu dia-a-dia, é que é possível haver vida humana sobre a Terra. Uma vida que os Plebeus têm de mudar radicalmente, para que em vez de a Terra ser um reino de príncipes e de duquesas, de um lado, e de Plebeus, do outro lado, passe a ser um Reino de Seres Humanos iguais, onde acabar com a existência de ricos e de pobres é o primeiro Imperativo ético! Ah! Já me esquecia de Perguntar: Mas o que se pretende esconder com esta visita de dois dias de Suas Altezas Reais do Reino Unido? A Guerra do Ocidente Cristão contra os Muçulmanos, e pela conquista do Petróleo? Não está o Reino Unido com os seus aviões militares a despejar bombas sobre a Líbia do ditador(zito), Kadafi?!
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Edição n.º 25
Sexta-feira, 25 de Março 2011
E AGORA, PORTUGAL? Ai do Povo Português se não vê a tempo! Cai o Governo, mas mantêm-se o José Sócrates e todos os outros chefes dos Partidos Políticos, com assento na Assembleia da República, os mesmos que têm arrastado e continuarão a ARRASTAR o País para os Grilhões do Poder Financeiro, o inferno global do Século XXI
Nenhuma Surpresa de última hora. O Poder Político, qual demónio, acaba de arrastar com ele todos os chefes dos Partidos Políticos, com assento na Assembleia da República. Nem o PCP, de Jerónimo, Metalúrgico-de-fato-e-gravata-e-pose-de-Executivo, nem o BE, de Francisco Louçã, Prof universitário, que faz do Parlamento, a sua primeira Cátedra e, sempre que o primeiro-ministro fala, exibe, impreterivelmente, aquele seu cínico sorriso que politicamente o suicida (não há um camarada dele que o aconselhe a ter uma outra postura nos debates?!), são capazes de reconhecer que eles próprios, juntamente com os restantes chefes dos Partidos Políticos, são parte do Problema, em que está mergulhado o País, nunca parte da Solução.
Falta-lhes Maturidade Humana. Falta-lhes Inteligência Cordial. Falta-lhes Humildade. Falta-lhes Verdade. O Poder que já são e têm, e as indisfarçáveis ambições de mais e mais Poder do que aquele que já são e têm, cega-os por completo. Tanto quanto cega o Paulo Portas do PP-CDS (mas então não é que este campeão do Chico-Espertismo dos chefes de Partidos Políticos, já deixa entender, nas entrelinhas, que, nas próximas eleições, há possibilidades de ser ele o mais votado e, por isso, ser indigitado como o próximo primeiro-ministro do País?!), ou o demagogicamente contido Passos Coelho, do PSD.
O Poder Político nunca é parte da Solução. É sempre parte do Problema. Em Portugal. E em qualquer outro País da Europa e do Mundo. Onde há Poder Político, não há Política Praticada. Onde há Poder Político, há Mentira e Assassínio Institucionalizados. Não há Gratuidade, Fragilidade Humana Desarmada, muito menos, Maiêutica. E só a Fragilidade Humana Desarmada e Maiêutica é via de Saúde / Salvação de um País e do Mundo. Nunca os chefes dos Partidos Políticas, alguma vez, o reconhecerão. Está-lhes vedado aos seus esfomeados olhos de mais Poder e de mais Domínio.
Enquanto o Palácio de São Bento estiver de pé e a funcionar, como sede do Parlamento e do Governo de Portugal, o País nunca chegará a usufruir de Saúde / Salvação. Porque a única via que conduz à Saúde / Salvação de um País, Portugal ou outro qualquer país do Mundo, é a Política Praticada. Ora, um Partido Político – seria como pedir ao Lobo Esfaimado que proteja e defenda o Frágil Cordeiro! – jamais conseguirá ser Política Praticada. Sempre será Poder Político, Hoje, todo ele, o Executor-mor dos projectos e das ambições do Poder Económico-Financeiro, ou o Mercado Global. O Poder Político, partidário, ou governativo, é a Mão Esquerda do Poder Financeiro, hoje, o Mercado Global. Tanto faz dizer-se de Direita ou de Esquerda, é sempre a Mão Esquerda do Poder Financeiro. Tal como o Poder Sacerdotal-Religioso é a sua Mão Direita. São três Poderes distintos, mas um só verdadeiro: – o Poder Financeiro ou o Mercado Global.
É óbvio que nenhuma Universidade do Mundo, Confessional ou Laica, alguma vez, dirá estas coisas às novas gerações que as frequentam. Todas são criação do Poder Financeiro e financiadas por ele. Para o servirem, e aos seus interesses. Cabe-lhes formatar a mente e a consciência de cada nova geração que vem ao Mundo, para que haja total unanimidade entre os chamados Intelectuais, todos obrigatoriamente Intelectuais não-orgânicos, a menos que, primeiro, Renunciem a ter Cátedra cativa nalguma delas. Coisa mais difícil de suceder, do que um camelo passar pelo buraco duma agulha! De modo que, após concluírem a sua formação académica universitária, as novas gerações passem a integrar algum dos três Poderes.
Dos três, o que, hoje, está aí mais à mão de semear, é, sem dúvida, o Poder Sacerdotal-Religioso. É tão Obsoleto e tão Inútil, que as novas gerações já nem para ele conseguem olhar, quanto mais, integrar! Já o Poder Político continua ainda bastante Sedutor e Tentador. Porque dá a sensação às novas gerações, de que lhes abre a porta de acesso ao Poder Financeiro. Mas é pura Ilusão! Nunca as novas gerações passarão de Funcionários Prostituídos do Poder Financeiro. Aliás, o Poder Financeiro, é, hoje, praticamente, inacessível às novas gerações, reduzidas que ficam a ser seus Funcionários Prostituídos, a vida inteira. Porque o Poder Financeiro é ferozmente Monárquico. Quer dizer, não pode ser mais do que um, que é o que significa ser ferozmente Monárquico! Durante Séculos, o Poder que hoje é Financeiro, foi sobretudo, Económico. E, nessa fase histórica, estava repartido por várias mãos. Desde que chegou ao patamar do Financeiro – o Século XXI é o primeiro na História! – é só um. A sua Bíblia proclama ao Mundo: Escutai, Povos todos da Terra: O Dinheiro é o Vosso único Deus! Não tereis outros deuses além do Dinheiro. Só ao Dinheiro adorareis e obedecereis. Só ao Dinheiro recorrereis. Eis a Idolatria, como nunca antes se conheceu na História dos Povos!
Ou o Povo Português vê tudo isto a tempo, e age politicamente, em coerência, ou continua a ir às eleições escolher os seus Opressores e os seus Carrascos, cobradores de impostos. Sem nunca se aperceber que, de cada uma delas, sai cada vez mais Roubado, Assassinado, Destruído. Todos os Messias são falsos. A começar pelo que, há quase dois mil anos, dá pelo nome de Cristo! Ou os Povos Crescem de dentro para fora e conseguem chegar ao patamar da Fragilidade Humana Desarmada e Maiêutica, e são Povos Humanos, Livres, Autónomos e Sujeitos dos seus próprios destinos e dos destinos do Planeta, ou acabam cada vez mais Roubados, Assassinados, Destruídos. Juntamente com o Planeta! Acordemos! E deixemos de ser Populações Ingénuas que acabam sempre a fazer o jogo do Poder Financeiro Global. Deixemos de continuar a confiar os nossos destinos a Messias Salvadores. Cresçamos, de dentro para fora, e Assumamo-nos como Sujeitos das nossas próprias vidas e da vida do Planeta!
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Sporting Clube de Portugal, Governo do Estado de Portugal e Modelo-e-Continente. 5 cães a um osso, perdão, 5 candidatos a Presidente, só 1 Vencedor, o Mercado
Amanhã, há eleições no SCP-SAD. São 5 cães a um osso, perdão, 5 candidatos a uma SAD, milhões e milhões de euros em jogo, promessas-sem-conta, por parte de cada um. O que tiver mais milhões para investir deverá ser o Vencedor. E o que vencer nunca sai depenado, no final. Investe 10 mil milhões de euros, terá, no final do(s) mandato(s) mais de 100 mil milhões de lucro. Dentro de semanas (ou meses?!), há eleições para Presidente do Governo de Portugal SAD. Há, pelo menos, 5 cães a um osso, perdão, 5 candidatos a Primeiro-Ministro, ou a chefe do Governo – PP (Paulo Portas), PC (Passos Coelho), JS (José Sócrates), JS (Jerónimo de Sousa) e FL (Francisco Louçã). Nenhum destes 5 candidatos avança sozinho. Tem com ele um Partido Político que o apoia pela frente e o apunhala pelas costas. Respectivamente, PP-CDS, PSD-PPD, PS, CDU e BE. Haverá ainda outros cães ao mesmo osso, perdão, outros candidatos ao mesmo cargo de proa, mas sem hipóteses de lá chegarem. O objectivo destes é ter tempos de antena, à borla. E tentar baralhar o jogo de galos, dos outros. Longe de toda esta refrega, está, há semanas, a matraquear-nos a cabeça, em tudo quanto é meio de comunicação social, a dupla Modelo-Continente, cuja Publicidade nos mete no coração. Mas, como toda a Publicidade, também a dos Partidos Políticos, é tudo Mentira o que diz. Porque a dupla Modelo-Continente, agora 1 só Mercado, nem sequer tem coração. É um poço sem fundo, de Desejos e de Ambições: O desejo maior é liderar o Mercado. A ambição maior é arrecadar milhares e milhares de milhões de euros por semana, por mês, por ano. Para o conseguir, precisa do Futebol dos Milhões das respectivas SADs e do Governo de cada país, onde tem Sucursais suas abertas e a funcionar (é uma Multinacional, não esqueçamos). Precisa também de Fátima SA, e da sua Perversa Deusa, dia e noite servida por grandes Sacerdotes.
No final, há apenas um único Vencedor que parece que não está na corrida, mas é o único que verdadeiramente está na corrida. Esse único Vencedor é o Mercado! Não parece estar na corrida, porque está a correr nas corridas dos outros. E se há um único Vencedor – o Mercado! – também há um único Perdedor: Portugal. O Povo Português que, nos próximos anos, senão nas próximas gerações, vai passar fome de cão, morrer antes de tempo, conhecer o Inferno, não o mítico inferno dos Sacerdotes das Religiões, mas o Inferno histórico, real, criado e alimentado pelo Mercado. Porque o Mercado, para ser o único Vencedor, só pode estar rodeado de Perdedores. O Paraíso do Mercado é sempre o Inferno dos Povos.
Preparemo-nos para o pior. Mas sem desesperar. O desespero leva a dar um tiro na própria cabeça. A Esperança, pelo contrário, leva a dar um tiro no Mercado. Estamos postos perante uma alternativa. E temos que decidir-nos. Ou o Mercado, ou os Povos. Ninguém pode servir o Mercado e os Povos. Quem disser que sim, é Mentiroso. Ou o Mercado, ou os Povos. As SADs do Futebol dos Milhões, o Poder Político dos Partidos Políticos, o Poder Sacerdotal das múltiplas FÁTIMAs S.A., a dupla Modelo-Continente, servem o Mercado. Mas dizem todos os dias que servem os Povos. Mentem todos os dias. Só os Povos podem escolher os Povos. Mas, para tanto, têm de Decapitar o Mercado. Primeiro, na sua própria Mente-Consciência.
Atrevamo-nos, pois, a Crescer de dentro para fora, como pessoas e como Povo de Povos. E o Dia-que-vem será nosso, dos Povos. Não será do Mercado. A Fragilidade Humana Desarmada e Maiêutica é a única que pode e tem de Decapitar o Mercado. Deixemos os Partidos Políticos comer-se uns aos outros. As SADs de Futebol e os seus Estádios às moscas. Os santuários das múltiplas FÁTIMAs S.A. sem acólitas, acólitos, sem beatas, beatos. Decapitemos o Mercado na nossa própria Mente e o Dia-que-vem será Humano. E, nele, Somos Povo de Povos!
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Cáritas Portuguesa, mobiliza jovens, elas e eles, para grande PEDITÓRIO, durante 3 dias, nas Ruas do País. E não é que os jovens, elas e eles, se prestam à Ignomínia, que é um Peditório para os Pobrezinhos?!
Este título, só por si, é um Escândalo, para muitos olhos e ouvidos. Mas muito mais Escândalo é o Peditório, durante 3 dias, nas Ruas do País. Realizado por jovens, elas e eles. Todos reféns da Ideologia-e-da-Idolatria do Poder Financeiro. O Poder Financeiro, primeiro, fabrica-produz os Pobres e a Pobreza em massa. E, depois, despe as suas reais vestes de Ladrão e de Assassino Institucional e põe a máscara (em grego, prosopôn = pessoa) de Padrinho e de Benfeitor. Os jovens, elas e eles, naturalmente generosos, nesta fase das suas vidas, mas já ideológica-e-idolatricamente, formatados, sem disso terem a mínima consciência, prestam-se a esta Ignomínia e dão-lhe corpo. Nos seus próprios corpos!!! No final dos 3 dias, ainda exibirão, perante as câmaras das tvs que os “apanharem”, aquele sorriso de felicidade pateta, inconfundível em todos os Ingénuos! A Ignomínia atinge, então, o paroxismo!
A iniciativa do Peditório, nas Ruas do País, é da Cáritas. E o que é a Cáritas Portuguesa?, deveriam perguntar-se os jovens, quando abordados e aliciados a darem o seu contributo neste Peditório Público. Pois bem. Saibam que a própria Cáritas Portuguesa se define como “uma instituição oficial da Conferência Episcopal, para a promoção e dinamização da acção social da Igreja. Visa a assistência e também a promoção, o desenvolvimento e a transformação social. Luta por uma sociedade mais justa, com a participação dos que são atingidos por qualquer forma de exclusão ou emergência, sem olhar a crenças, culturas, etnias ou origem.”.
O Discurso, prenhe de Ideologia-e-de-Idolatria, bem disfarçada, sob frases sonantes, cai bem a um qualquer desprevenido ouvido e a uma qualquer escuta superficial e distraída. Porém, se for escutado sem os disfarces com que a Ideologia-e-a-Idolatria o enfeita e o apresenta, revela que a Cáritas Portuguesa é uma Empresa oficial (esqueçam o conceito ideológico-idolátrico, “instituição”) da Conferência Episcopal. Nem sequer é da Igreja Católica, no seu todo. Apenas da Conferência Episcopal. Uma empresa oficial de todos os Bispos titulares e eméritos da Igreja Católica em Portugal. Por isso, de Suas Excelências Reverendíssimas, os senhores D. Fulano de tal, da Diocese do Porto, do Patriarcado de Lisboa, da Arquidiocese de Braga, da Diocese de Leiria-Fátima, e por aí adiante. Todos, monarcas (quase) absolutos da Igreja Católica em Portugal. E “quase”, porquê? Porque, acima de cada um deles, está o Bispo de Roma e Papa, o Monarca absoluto da Igreja-Estado do Vaticano, sem dúvida, o mais poderoso, o mais rico e o mais temido do Mundo! Com um Exército de Funcionários, clérigos e leigos, frades e freiras, apetrechados com a arma da Ideologia-e-da-Idolatria Religiosa. Uma arma que não mata os corpos dos Povos, mas “apanha-lhes” por completo as suas Mentes e as suas Consciências. E, depois, faz dos Povos gato-sapato, entenda-se, tudo o que lhe aprouver. Até a “sagrada” Pedofilia, com as crianças e adolescentes que, no seu discurso oficial, o Institucional Católico Romano diz proteger e defender!
Conhecem, certamente, aquela solene Advertência de Jesus, o da Missão ao serviço, não da Igreja cristã-católica, nem da Cáritas, mas do Reino / Reinado de Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos por igual, “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a Mente / Consciência (= Alma). Vou dizer-vos o que haveis de temer. Temei, sim, Aquilo que pode Matar a Mente / Consciência!” E o que é Aquilo que pode fazer o que nem os Exércitos mais ferozes podem fazer? É precisamente a Ideologia-e-a-Idolatria. A Ideologia-e-a-Idolatria do Poder Financeiro; e a Ideologia-e-a-Idolatria do Poder Religioso-Eclesiástico. Esta última, ainda mais Perigosa do que aquela. Só porque o Religioso-Eclesiástico remete explícita e definitivamente, para Deus, o dos Sacerdotes, por isso, consegue apresentar-se ainda mais “convincente” às Populações.
E tal é a Ideologia-e-a-Idolatria da Conferência Episcopal e, consequentemente, da Cáritas Portuguesa, uma Empresa-de-bem-fazer, entenda-se, de bem-domesticar as Populações mais Roubadas e Assassinadas pelo Poder Financeiro Global! Se Empresa da Conferência Episcopal, então os Bispos que “fazem” a Conferência Episcopal são os seus Empresários ou Patrões. E que Empresários ou Patrões, eles são, com Catedral, com Altar e Cátedra e muitos Funcionários celibatários ao seu serviço em tudo quanto é cidade e aldeia!!!
Perguntarão as pessoas: Mas onde está a Ignomínia, neste Peditório Público, promovido pela Empresa Caritas da Conferência Episcopal? Muito simples de responder, se em nós já tiver despertado a Consciência Crítica, onde, antes, só havia Consciência Ingénua. E muito difícil de responder, se a Consciência Crítica ainda não tiver despertado em nós e, em nós, ainda permanecer a Consciência Ingénua. Eis a resposta da Consciência Crítica. A iniciativa da Caritas Portuguesa é uma Ignomínia, porque ela nunca põe os jovens, elas e eles, a perguntar a cada pessoa que abordarem na Rua, Porque é que há Pobres e Pobreza em Massa, em Portugal e no Mundo? E: O Quê-Quem faz os Pobres e a Pobreza em Massa em Portugal e no Mundo?! Ora, tem de ser sempre por aí que havemos de começar, quando queremos Amar os Pobres e Libertá-los da Pobreza Imposta e Imerecida e Estrutural que padecem. Mandar para as Ruas do País, exércitos de jovens, elas e eles, qual deles, o mais Ingénuo, para um Peditório Público, é uma Ignomínia que contribuirá para manter nas Populações a ideia de que a existência de Pobres e de Pobreza em massa em Portugal e no Mundo, é uma coisa natural, inevitável, senão mesmo da vontade de Deus! Ao mesmo tempo que põe o próprio Institucional que fabrica-produz os Pobres e a Pobreza em massa, a fazer-se passar por Benfeitor e Padrinho. E tudo isto, sem que, entretanto, tenha sido minimamente beliscada toda a Riqueza Acumulada e Concentrada da Igreja Católica Romana e da sua Conferência Episcopal, em Portugal. Basta pensarmos na Diocese de Leiria-Fátima, com a sua Basílica de 80 milhões de Euros. E tudo o mais que se sabe e, sobretudo, que nunca chegaremos a saber que se faz a coberto da perversa "Capelinha das Aparições". A menos que os Pobres deixem de ser Pobres de Consciência Ingénua e passem a ser Pobres de Consciência Crítica! Porque então, com eles como Sujeitos na História e da História, a Verdade que nos faz Livres deixa de estar Cativa nesta Perversa Ordem Mundial do Poder Financeiro que os fabrica-produz. Impunemente!
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E o Impensável Segundo Assassinato do Bispo Romero, de San Salvador, acaba de suceder. Obama, o Presidente do Império USA, cujos caças bombardeiros despejam, nestes mesmos dias, bombas sobre o Povo da Líbia, atreveu-se a pisar, sem antes ter Renunciado ao cargo que faz dele um Assassino Institucional, o Chão onde está sepultado o Cadáver do Arcebispo Assassinado, a mando desse mesmo Império
No seu périplo pela América Latina, o quintal traseiro do Império USA, o Presidente Obama, depois de ter declarado, a partir do Brasil, o início da Invasão, por mar e ar, da Líbia, no Continente africano, desceu a El Salvador, onde os seus antecessores no cargo deram provas bastantes de serem Ladrões e Assassinos dos Povos que ousem enveredar por caminhos distintos dos caminhos que o Império USA quer impor em todo o Planeta.
Quando deixa a Casa Branca, para se fazer ao Mundo, lá, onde quer que chega, o Presidente do Império USA sente-se sempre em casa. Por isso é que é o Império USA. Em El Salvador, Obama fez questão de visitar o túmulo onde, em Março de 1980, foi depositado o cadáver do Bispo Óscar Romero, depois de brutalmente Assassinado por um militar salvadorenho mercenário do Império USA. E não é que, à sua chegada, teve a recebê-lo, até o actual Arcebispo de San Salvador?
Num raio de mais de um centena de metros, a partir do Túmulo, nenhum Pé-Descalço Salvadorenho. A Segurança do chefe do Império USA assim exige e assim se cumpre. Só este Facto já é uma Agressão ao Bispo Mártir do seu Povo-Pé-Descalço. Mas que querem? Tudo o que o chefe do Império USA exigir, é Lei. E é acatada e obedecida, ou os actuais Bispos de El Salvador terão o mesmo fim do Bispo Óscar Romero, em 1980. Que o Império USA não perdoa. Nem pede Perdão. As Vítimas ainda são as culpadas, porque se atreveram a certos comportamentos que o Império USA proíbe. E quem não acata as Ordens do Império USA é réu de Morte! E tem de ser Assassinado.
Chega a ser Obsceno ver o chefe do Império USA, Obama, pisar o Chão de El Salvador. E ter a Acolhê-lo, à sua chegada, o arcebispo de San Salvador. Manifestamente, o actual Arcebispo não está a Prosseguir o caminho aberto pelo seu antecessor, o Arcebispo Óscar Romero, que, antes de ser Assassinado, primeiro, viu ser-lhe dinamitada a Rádio da Diocese. Para que a sua Palavra Conspirativa – Jesus é a Palavra Conspirativa Desarmada e Maiêutica de Deus Criador Abba-Mãe de todos os Povos, não apenas do Povo Norte-Americano! – não pudesse ser Escutada-Mastigada pelo seu Povo Empobrecido, Roubado e Assassinado pelo Império USA e seus mercenários salvadorenhos!
Nunca o chefe do Império USA, ao tempo do Arcebispo Romero, alguma vez se atreveu a semelhante Profanação, consumada, agora, pelo chefe Obama, do mesmo Império USA. O Império USA é o mesmo. Só mudou o chefe. Mas o que faz o Império USA ser o Império USA, não é o seu chefe de turno. O contrário é que é verdadeiro: O império USA é que faz o chefe de turno. E já fez o chefe Obama. Por isso, ele, sem antes Renunciar para sempre ao cargo, e passar a viver entre as Vítimas do Império USA e com elas, pôde ir de visita ao Túmulo do Arcebispo, que o seu Império Assassinou ou mandou Assassinar.
O Impensável acaba de suceder, perante os nossos olhos. E a Dor é tão grande, como Dor sentida, no dia 24 de Março de 1980, quando o Arcebispo Romero é Assassinado a tiro, precisamente, enquanto celebrava a Eucaristia, na capelinha do Hospital gerido por umas pobres Freiras que não tinham onde cair mortas! Este é, pois, o Segundo Assassinato do Arcebispo de San Salvador, Óscar Romero. Com a bênção do Institucional Católico da capital de El Salvador! Porém, com tanto Sangue Derramado, aonde vai parar o chefe do Império USA, Obama, de seu nome?!
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Edição n.º 24
Terça.feira, 22 de Março 2011
O País, a saque! O impagável PP (leia-se, Paulo Portas, ou Partido Popular, tanto faz) e os outros como ele, ou ainda piores do que ele
O Impagável Paulo Portas do PP/CDS anda eufórico. Teve Congresso e até os seus velhos rivais o fizeram chorar, emocionado, quando lhe disseram que ele é mais competente primeiro-ministro de Portugal, se o Povo votar em massa no PP. Lágrimas de Hipocrisia, para repórter ver e divulgar! Já cheira a Poder, e todas as Rivalidades dos “camaradas” (com perdão, para os PPs!) são suspensas, na esperança de algum dos “tachos” lhes vir a ser atribuído. Depois do PEC 1, PEC 2, PEC 3, PEC 4, do PS-PSD, Paulo Portas (PP, como o nome do Partido!) já tem uma certeza: vem aí o PEC 5, do PP sozinho, ou, no mínimo, do PP, em coligação com o PSD. A menos que os Votantes (se ainda houver quem vá votar em eleições, para além dos dirigentes dos respectivos Partidos Políticos) continuem a preferir um PEC 5 do PS, em maioria absoluta. Que, para isso, o Secretário-geral do PS já se diz determinado a ir à luta eleitoral e, como se sabe, para este português do Século XXI que ninguém sabe bem o que é e que percurso tem sido o seu, vale tudo, até tirar olhos e faltar à Verdade conhecida por tal!
O País está a saque. Totalmente nas mãos dos Agiotas Financeiros, os do Mercado Global e respectivas Agências. Como não temos mais nada para vender, vendemos Dívida. Sucessivos pacotes de Dívida Pública. Até que chegue a Lisboa, e para ficar por muitos anos, o FMI. Até meter os dirigentes dos Partidos Políticos, da Esquerda à Direita, nos eixos, porventura, a pão e água, tal e qual como eles já estão a fazer com as Populações do País, cada vez mais desesperadamente agarradas às nossas senhoras todas e aos santos e santas de todos os nomes, advogados de acusação de causas perdidas, para que, garças a eles, as causas se tornem definitivamente perdidas. Que para isso servem as santas e os santos, pedaços de madeira ou de barro. Os mais caros, são de metal. Mas de ouro não serão, porque, se fossem, até o chefe do PS, em aliança com o do PP, já tinha ido gamá-los a todos. Até para deixar a chorar num canto escuro o chefe do PSD que, depois de ter começado por aceitar dançar o tango com o chefe do PS, agora, bate-lhe o pé, porque pensa que são favas contadas, para, amanhã, passar de chefe do PSD a chefe do Governo de Portugal. E, para o chefe do Governo, sempre há-de haver mais do que pão e água! Mesmo que todo o país esteja a pão e água!
Os Mercados deliram com estas cenas, indubitavelmente chocantes, dos chefes dos Partidos Políticos portugueses. O PP, das Feiras e dos Submarinos, já fala, como se fosse o chefe do Governo de Portugal. Até já fez aprovar no Congresso deste passado fim-de-semana uma lei a dizer que, enquanto ele for chefe do Governo português, um outro membro do PP será, interinamente, o chefe do PP. É de gritos! E como os olhos dele, brilham de fel e de vinagre. Também de Luxúria, não a Sexual, por sinal, bem menos Mortal que a Luxúria do Poder Político, apesar dos Clérigos católicos catequizarem em sentido contrário a este que aqui fica escrito. Mas os Clérigos católicos, em questão de Luxúria Sexual, não sabem o que dizem, já que todo o tipo de Luxúria dessa área lhes está vedada! Da Luxúria do Poder Político, estão também todos proibidos de a praticar. O Institucional Católico que os faz Clérigos (deste modo, mata o Presbítero que eles, por Sacramento, são!) quer que eles pratiquem em Exclusivo a Luxúria do Poder Sacerdotal, na condição de Párocos, ou de Bispos Residenciais, ou de Cardeais, ou de Papa de Roma! Das três Luxúrias, a Luxúria do Poder Sacerdotal é, de longe, não só a mais antiga, na História dos Povos, como é também a mais Avassaladora. Quando se apodera de um Homem – as Mulheres, para felicidade delas, estão proibidas de provarem deste Veneno Mortal – faz dele, um Tirano em toda a sua Crueza, tanto mais, quanto mais alto for o cargo para que seja escolhido. O Tirano mais Cruel de todos é o Papa de Roma. Mas os Cardeais da Cúria Romana não lhe ficam nada a atrás, em Crueldade, só que não têm o sádico Prazer da Publicidade, nem o sádico Prazer de ver as Multidões, ululantes, a seus pés, e a gritar, Viva o Papa! Ou, Santo, súbito!, Santo, já.
O PEC 4 já está aí, ainda que não passe no Parlamento. O PEC 5 vem já a caminho. A menos que o presidente Aníbal, feito com o chefe do PS (não esqueçam que o presidente Aníbal é Vingativo e não esquece o que o puto do Passos Coelho lhe fez em tempos!) decida manter o primeiro-ministro José qualquer coisa em funções por tempo indeterminado. A pretexto de que os Mercados assim lho ordenam. A bem do Mercados, obviamente! Não! Não riam! Choremos. Convulsivamente. E comecemos a pensar já desertar das grandes cidades e regressar aos campos que nos podem garantir, pelo menos, pão e caldo. E, com pão e caldo, já não morremos à fome. Nem precisamos de Governo!
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Com o Cúmplice Silêncio do Papa, a fazer de bênção. O Ocidente Cristão já começou a Guerra contra os Muçulmanos. Na Líbia de Kadafi.
E os chefes dos países do Ocidente Cristão, abençoados pelo Silêncio cúmplice do Chefe dos chefes de Estado do Mundo, o Papa Bento XVI, depois da ONU ter aprovado uma resolução que, por proposta dos países Árabes, visa impedir os aviões de ataque do ditador Kadafi, atingir líbios indefesos e não directamente envolvidos na Guerra Civil, avançaram, de imediato, como Abutres, com os seus caças bombardeiros para os céus da Líbia e começaram a despejar bombas em tudo quanto lhes apeteceu. Indiscriminadamente. Embora o chefe do Império USA, prémio Nobel da Paz Armada até aos dentes, diga, uma e outra vez, até a partir do Brasil, onde está de visita, que só são atingidos arsenais militares de Kadafi. É a Guerra, de novo, em todo o seu demencial e Criminoso espectáculo que garante muitos milhões de euros e de dólares às multinacionais de fabrico de armamento sofisticado, todas sedeadas nos países do Ocidente. A Guerra no Iraque de está de volta, mas agora, na Líbia de Kadafi. Por enquanto, ainda só pelo mar e pelo ar, a partir de submarinos e de porta-aviões. Mas, se os líbios armados, aliados do Império do Ocidente e que saudaram os primeiros bombardeamentos ocidentais sobre o seu próprio país (!), se mostrarem incapazes de apanhar vivo o ditador Kadafi, o presidente Obama não hesitará em enviar os seus Exércitos por terra. Tudo em nome da Paz, dessa Paz, de que ele é, de resto, o Prémio Nobel.
Obviamente, não se fala de Petróleo. Mas toda a gente sabe, incluídos os líbios com armas nas mãos aliados do Ocidente contra Kadafi, que sem Petróleo na Líbia, o povo líbio podia ser comido pela ditador Kadafi, transformado em Canibal, que os países do Ocidente não mexeriam um dedo. Nem o Acontecimento seria alguma vez notícia nos media ocidentais. Pelo contrário, os chefes dos países ocidentais eram até capazes de aproveitar e ir de visita à Líbia, provar o paladar da carne humana, um manjar canibal que eles conhecem, mas não assim, tão selvagem. Só servido em bandejas de acompanhantes de luxo!
O Assassino Putin abriu também a boca para dizer que estes bombardeamentos dos países do Ocidente Cristão, remetem-nos para as Cruzadas da Idade Média. Gafe sua! Então, na Idade Média, havia caças bombardeiros de altíssima precisão? Havia porta-aviões? Havia mísseis teleguiados que só excepcionalmente erram o alvo? Mas o Assassino Putin tinha de dizer alguma coisa, para cair em graça, perante os Povos árabes que se não revêem nos líbios que abriram a porta da Líbia ao Império do Ocidente. Porque, quando se tratar de a porta se abrir à sua Rússia, Putin só não fará pior, porque os seus armamentos estão semelhantes aos do tempo das Cruzadas. À excepção do Nuclear, sempre pronto a Assassinar os Povos do Mundo e o próprio Planeta, se o Império do Ocidente se meter com ele, como, agora, se estar a meter com Kadafi. Porque entre o ditador Kadafi e o ditador Putin, venha o diabo e escolha. A diferença substantiva é que o ditador Putin tem o Nuclear e o ditador Kadafi não tem. Só tem o Nuclear das Ameaças verbais. Mas com esse Nuclear, o Império Ocidental pode bem. E, quando entender que, mesmo nesse, o ditador Kadafi está a passar das marcas, vai buscá-lo vivo, em menos de 24 horas, ao esconderijo onde ele se encontra, na ilusão de que o Império do Ocidente não sabe onde. É um ditador de trazer por casa, perdido no seu harém, que só é incomodado, porque tem o azar de ser ditador num pequeno país grande produtor de Petróleo.
Uma coisa fica provada: O Ocidente cristão não pode viver sem Guerra. Roubar, Matar e Destruir é a missão histórica que o Deus dos Sacerdotes e dos Mercados Financeiros lhe confiou. Criou-o assim. É de sua natureza, ser Conquistador. Ladrão. Assassino. Mesmo quando lhe é atribuído o Prémio Nobel da Paz, é apenas deste tipo de Paz que ele é Nobel. A Paz que vem para Conquistar, portanto, para Roubar, Matar e Destruir. Sem deixar pedra sobre pedra. Que contentes devem estar, nestes dias de "Quaresma", os anafados Cardeais da Cúria do Vaticano, ao ver que os próprios Países Árabes abriram a Porta da Guerra do Ocidente contra os Muçulmanos. O Cristianismo Ocidental tem razões para brindar. E cantar Te Deum’s, na Basílica de S. Pedro em Roma. E nas de Paris e de Londres. Também na de Lisboa. Por que não?! Choremos tanto Sangue Derramado! Tantas vidas sacrificadas ao Deus-Ídolo dos Sacerdotes. Os clérigos. E os Laicos.
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Uma Agressão à inteligência das pessoas. Neste último domingo, 20, de Março veio a Missa ter comigo, via RTP 1
Sou Presbítero da Igreja do Porto e não sei há quantos anos, já, não vou à Missa ao domingo. É sempre a mesma peça de teatro, repetida até à Demência, onde tudo é mais do que previsível. O que constitui uma agressão à inteligência das pessoas. E um Insulto às Populações Empobrecidas, mantidas, propositadamente, no Infantil, por toda a vida. Mas este último domingo, 20 de Março, veio a Missa ter comigo. Via RTP 1, o Canal principal do Estado Laico. Uma Missa transmitida em directo, e sem nenhum comentador na igreja-templo duma Paróquia do Patriarcado de Lisboa que, até, terá atrasado o seu habitual horário, para poder estar em directo no Canal público. Nas transmissões dos jogos de Futebol, o dos Milhões, há sempre um ou vários comentadores no Estádio, ou no Estúdio. Mas nesta Missa que veio ter comigo, este domingo 20 de Março, não esteve nenhum comentador. Apenas uma tradutora gestual. Qualquer dos que comenta o Futebol dos Milhões poderia também comentar a Missa dos Milhões. Mas a RTP 1 não deve ter encontrado nenhum disponível. Que profissional de Jornalismo está disposto a fazer esse “frete” à Hierarquia da Igreja católica Romana?! Só mesmo um jornalista com jeito de acólito…
Não! Não fui eu que procurei a Missa da RTP 1. Foi a Missa da RTP 1 que me “apanhou”, quando eu, na cozinha, da casinha onde vivo, ocupado com a confecção do meu Almoço, já para vários dias, liguei aquele Canal. Longe de mim pensar que a RTP1, do Estado Laico, se ocupava com este tipo de programação. Afinal, é um Canal ainda mais rasca do que eu já sabia! Mas, quando liguei e comecei a ouvir um “canto de entrada”, com tudo de velório, para mais num lindo dia de sol primaveril, logo percebi que a Missa de domingo vinha ter comigo. E, mesmo assim, não mudei de Canal. Disse para comigo, Deixa ver como estas coisas andam em 2011! Vi e a Decepção foi total. Se não vivesse já habitado da mesma Fé de Jesus e animado por ela, e ainda fosse um crente da Fé Religiosa, esta Missa ter-me-ia feito Ateu! Felizmente, já há muito que sou Ateu do Deus dos Sacerdotes, acessível à Fé Religiosa, esse mesmo Deus que gosta de Missas e de nossas senhoras de múltiplos nomes, e aguentei, em postura crítica, a Missa do princípio ao fim, enquanto confeccionava o Almoço. Não me tirou o apetite, porque nada daquela pantomina litúrgica mexeu comigo. Para lá de pena das pessoas que ainda “comem” daquele Envenenado pão. E de Vergonha.
O Pároco presidente apresentou-se assessorado por um diácono e um subdiácono. Machos, os três. E, para as tarefas menores, havia um pequeno batalhão de Acólitas e de Acólitos. Um deles, até lançou incenso para a hóstia de farinha de trigo sem fermento. E havia o Coro, com muitas presenças. Elas e eles. Simples fiéis-ouvintes, não deu para ver. A câmara nunca nos deu imagem. Mas, pelo volume das vozes a dizer as respostas do guião, eram poucas mais do que as do coro litúrgico. Já os cantos ditos litúrgicos, dignos de um velório daqueles tristes como são todos os velórios onde meta clérigo católico ou de outra Igreja cristã, são ainda os mesmos de há 20 ou 30 anos!
Tudo muito frio. Tudo sem um pingo de Emoção, do princípio ao fim. Mais parecia uma Missa robotizada. Feita contra-relógio. Porque, às 13 horas, tem de ir para o ar o Jornal da Tarde. E foi. Porque tudo terminou, como o programado, uns segundos antes. Matematicamente cronometrado! Houve as três leituras da Bíblia Judeo-cristã. E houve a homilia. Acreditam que o Pároco e os seus Assessores, conseguiram estar uma hora de Missa, sem nunca se referirem a um único dos múltiplos Acontecimentos dramáticos da nossa Actualidade?! As três leituras são da Bíblia Judeo-Cristã, concluída há quase dois mil anos. E a homilia do Pároco, previamente escrita e lida na hora, limitou-se a comentar os conteúdos constantes nas leituras. Que ele, para cúmulo, leu e interpretou como se as três leituras fossem outras tantas notícias do jornal daquele dia! Uma Monstruosidade hermenêutica de todo o tamanho! Era preciso ver para crer. Nunca pensei que “Isto” andasse tão por baixo, ao nível dos Párocos. Numa qualquer Empresa, este Pároco seria irremediavelmente despedido! E não pensem que ele era um destes Párocos franganotes que surgem, um, dois ou três, em cada ano, no País, formados / formatados na Universidade Católica. Ou que era um desses muitos Párocos vergados pelo peso dos anos e que, até para o próprio, e para as pessoas que ainda têm estômago para frequentar esses locais e esses ritos, é uma Tortura manter em funções. Nada disso. Como homem, o Pároco andará pela casa dos 40 anos. E até cantou partes do ritual, mas tudo como há 500 anos!!!
Foi preciso esperar pelo final da Missa e pela abertura do Jornal da Tarde, para, finalmente, darmos conta de que a Líbia está a ferro e fogo. O nosso País está prestes a ficar sem Governo. E que o Japão está a morrer lentamente com o Nuclear das Centrais do dito que, depois do Tsunami, estão a lançar radiações para a atmosfera que entram pelos poros da pele e pela boca e pelo nariz das populações que o respiram. Três Crimes de lesa-Povos que a Missa católica romana que veio ter comigo, via Canal RTP 1, do Estado Laico, ignorou, apesar de estar a ser transmitida em directo, este domingo, 20 de Março 2011. Ainda se fosse uma gravação, realizada há cem anos, ou há mais de três mil anos, no tempo do lendário Abraão, mas não! Era uma Missa em directo. Duma paróquia do Patriarcado de Lisboa, a capital do País. A referência que faço a Abraão não é casual. É que a Igreja católica romana impõe que, nos milhões de Missas realizadas no que ela chama o 2.º domingo da Quaresma, as pessoas que as frequentam, ouçam ler um pitoresco episódio dessa lendária figura que interessa muito aos Judeus e, pelos vistos, também aos Judeo-Cristãos do Século XXI e ainda aos Judeo-Muçulmanos, também deste mesmo Século.
É de Bradar à Terra. Para que os Povos desertem de vez de todos os templos paroquiais, de todas as catedrais das dioceses e de todas as basílicas dos santuários do Mundo, a começar pela basílica do Papa, em Roma. Aceitam um conselho de irmão presbítero, na mesma Fé de Jesus? Desertem, como eu, desses locais de Alienação e de Idolatria Religiosa. E reúnam-se, dois ou três, na casa de uma, um de Vocês. E, na intimidade, como pessoas adultas, Partilhem as Vossas Vidas e as grandes Questões com que nós, os Povos deste Século XXI, estamos hoje confrontados. E, a propósito dessas grandes questões, Escutem a Ruah, a mesma de Jesus, que está, lá, onde dois ou três se reúnem em nome de Jesus. Não em nome do Papa! Ah! E, depois de Escutarem o que lhes diz a Ruah de Jesus, façam tudo o que Ela lhes disser. Nem que, por via disso, venham a conhecer o Ostracismo, por parte dos Sacerdotes e dos Pastores de Igreja. E vejam o Vosso nome ser Denegrido pelos fanáticos religiosos que financiam as vaidades e os Crimes dos Sacerdotes e dos Pastores, praticados sob o disfarce de Missas e de Cultos!
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O Catraio do estandarte do natal continua ainda dependurado, de muitas janelas das casas católicas, mas os Sacerdotes das Igrejas cristãs já estão a fazer os preparativos para a sua morte na Cruz, a ser consumada dois dias antes da Páscoa de calendário. Tudo, sob a forma de ritual, é claro. Ainda assim, um Crime-sem-Perdão!
As Igrejas cristãs passam os seus dias, até à próxima páscoa de calendário (24 de Abril), à volta da Quaresma e da Paixão do seu mítico Cristo. Os Acontecimentos de que é feita a nossa História em 2011, passam-lhes, por isso, inteiramente ao lado. São Igrejas, caídas na Alienação. E que fazem da Evasão da História e do manter-se na História sempre de “mãos limpas”, a santidade. São Igrejas do mítico Cristo, inimigas da Igreja de Jesus, fermento na Humanidade e da Humanidade. Em última instância, são Igrejas inimigas da Humanidade.
Os párocos e os bispos das dioceses regem-se por um calendário outro, que não o dos Povos das nações. São, por isso, os chefes da Alienação, pelo menos, daquela parcela de Humanidade que ainda se reúne nos seus cultos e escuta as suas palavras cheias de nada. Tudo o que dizem aos seus fiéis e tudo o que fazem com eles é nada. Não tem qualquer interesse para a Humanidade. Por isso, não chega a ser notícia nos órgãos de comunicação social, a não ser os dos próprios Sacerdotes. São uma elite de Poder eclesiástico que se propõe, como Missão, Alienar as Populações sobre as quais continuem a ter influência. Consomem toda a sua vida a entreter as Populações com ritos e cerimónias religiosas, tudo-faz-de-conta.
Historicamente, esses ritos e cerimónias religiosas constituem um gravíssimo “Pecado de Omissão”. Mas é precisamente com este seu gravíssimo Pecado de Omissão que as Igrejas cristãs louvam o seu Deus, que só pode ser, obviamente, o Deus dos Sacerdotes, não o Deus de Jesus. O Deus dos Sacerdotes é o Inimigo n.º 1 de Jesus. E do Deus de Jesus. Aliás – reza a História! – é em honra e por imperativo do Deus dos Sacerdotes que Jesus, o filho de Maria, é Preso, Julgado, Condenado à morte e Executado na Cruz do Império. Por quem? Precisamente, pelos Sacerdotes! Concretamente, os do Templo de Jerusalém. Os mesmos que, agora, nos seus prosseguidores, continuam aí a Matar ritualmente, não Jesus, mas o mítico Cristo que eles, mentirosamente, apresentam como se fosse Jesus.
Ainda, nestes dias de início de primavera, continua a ver-se por aí, em muitas casas de gente católica, nas aldeias, estandartes com a imagem de um Catraio rechonchudo, envolto numa fralda, com que se pretendeu assinalar o natal do mítico Cristo. O estandarte com o Catraio rechonchudo ainda não foi retirado dos beirais de muitas casas católicas. Entretanto, os Párocos e os Bispos das dioceses, que se auto-designam Sacerdotes, já estão a fazer os preparativos para matar esse mesmo Catraio, agora, já adulto. Em pouco mais de três meses, o Catraio do natal já é adulto e será ritualmente Assassinado na Cruz, na chamada Sexta-feira Santa. Mas deixem lá. Porque, pouco mais de 24 horas depois, já estará a ser proclamada ao mundo a sua ressurreição!
Porém – e vejam só o cúmulo do Absurdo Eclesiástico – todos os domingos do ano, os mesmos Sacerdotes Matam / Sacrificam ritualmente em todos os altares do Mundo católico, esse seu mesmo mítico Cristo, no decurso do que eles chamam o “Santo Sacrifício da missa”. E tudo, os Sacerdotes fazem, segundo eles próprios dizem, para “a remissão dos pecados da Humanidade”. E não é que eles próprios vivem convencidos de que, sem este “Santo Sacrifício da Missa”, repetido até ao vómito, em todo o Mundo católico, Deus, o dos Sacerdotes, descarregaria sobre toda a Humanidade a sua fúria divina, por causa dos pecados com que ele é ofendido pelos Povos?!
Neste tempo de Quaresma 2011, os Sacerdotes maiores, que são os Bispos de cada diocese, dizem que é o tempo propício à conversão das pessoas. Mas já disseram precisamente o mesmo, há um ano. E há dois anos. E há três anos. E vão dizer o mesmo em 2012. Quem pode, pois, levar a sério esta gente eclesiástica? Acham Vocês que todos estes Delírios cristãos podem ter algo a ver com Jesus, o filho de Maria? Nem pensar! Então os que assim procedem, são ou não Criminosos, que se vestem de santos? São ou não Mentirosos, que se vestem de verdade? Semelhante comportamento eclesiástico não deveria ser considerado um caso de polícia? Não constitui um Atentado à Humanidade, à sua Inteligência, à sua Dignidade, à sua Sanidade Mental?!
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Edição n.º 23
Sexta-feira, 18 de Março 2011
Vergonhosas e colonialistas palavras, estas. Adivinhe quem as proferiu
"Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar". As palavras, vergonhosas palavras, colonialistas palavras, fascistas palavras, são do presidente Aníbal, simultaneamente Comandante das Forças Armadas do Estado português. Assentam que nem uma luva em Salazar, o do Fascismo, o da Emigração Clandestina-e-a-salto para França, o da Pide, o das Cadeias Políticas, o da Censura, o das Torturas, o do Medo Congénito, de que ainda as populações portuguesas se não libertaram de todo, o da Concordata com o papa infalível, monarca absoluto do Estado do Vaticano, o sacristão do Cardeal Cerejeira, o da Guerra Colonial em três frentes de África, sem dúvida, o mais Hediondo Crime do Estado Português contra o próprio Povo Português e os Jovens portugueses, e contra os Povos africanos e os Jovens africanos, então, em luta pela sua autonomia e independência, depois de quase 500 anos de Colonialismo, o mais Aberrante e Explorador.
Os Jovens portugueses terão prestado atenção a estas palavras presidenciais, as mais Obscenas?! Os Povos de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, são já sabedores destas palavras? Os seus representantes em Lisboa, ainda não deram por elas? Ainda não protestaram? Vão manter as relações diplomáticas com o Estado português, cujo chefe profere estas palavras, precisamente, numa sessão de abertura a lembrar os 50 anos do início da Guerra Colonial, esse Crime ainda sem reparação, tanto junto dos então Jovens dos Povos africanos, como junto dos então Jovens do Povo português que foram obrigados pelo demente Salazar a fazer a Guerra Colonial em três frentes de África, e sobre a qual, ainda hoje, lhes custa falar e quase nunca falam e, quando falam, é para dizerem o pitoresco, nunca os Dramas, as Emboscadas, os Massacres causados em obediência a ordens superiores, os Mortos que tiveram de infligir aos africanos e os Mortos e os Estropiados que tiveram de sofrer e contabilizar por milhares, entre as suas próprias fileiras?
Que País é este que reelege como chefe do Estado, este Aníbal de Boliqueime, depois de o ter suportado durante cinco penosos anos, e, antes disso, mais 10 anos, mais penosos, como primeiro-ministro? Sim, eu sei e já o tenho dito e escrito: Não somos um País. Somos um aglomerado de Humilhados e de Esfarrapados, de Iletrados, de treinadores de Futebol de bancada, de Pedintes, sempre de mão estendida aos Estrangeiros. Mas, ao mesmo tempo, somos os Reis do Chico-Espertismo, crédulos em deusas e deuses, Súbditos dos Clérigos, dos Pastores de Igreja, dos Anciãos das Testemunhas de Jeová, Eternos Pagadores de Promessas, Peregrinos-a-pé-para-Fátima S.A., o Absurdo dos absurdos e a Ignomínia em toda a linha. Circula ainda em nossas veias o envenenado sangue do Rei Conquistador, por isso, Ladrão e Assassino, e nunca nos libertamos do Clero, nem do seu Chefe-Mor, Sua Santidade o Papa, em 1143, Alexandre VI, hoje, em Março de 2011, Bento XVI. Fizeram-nos assim. E assim somos. Compulsivos Consumidores de jogos de futebol nos estádios-catedrais, ou nos canais de tv. E também de Novelas Rascas, cujos enredos nos fazem chorar ou exultar, como se fossem enredos da nossa própria realidade! Não! Não Acuso o Povo Português. Acuso as minorias privilegiadas, o Aníbal de Boliqueime e o José qualquer coisa, à cabeça, que nos têm feito assim, uma geração após outra. São minorias sem perdão! As mesmas que elegem e aplaudem o chefe de Estado, Aníbal. E, se o não aplaudem, pelo menos, mantêm com ele uma relação institucional. E porquê? Porque são como ele. Pelo menos, nos desejos e nas ambições! Ai dos jovens Século XXI que um tal chefe de Estado têm. Desajeitado. E a fazer-lhes incitamentos deste jaez. Choremos!
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Os nossos destinos, nas nossas Mãos, já! Quem defende, deles próprios, os chefes de todos os Partidos Políticos, possessos do demónio Poder, e o amarra?
Não é só Portugal. É toda a Europa. É todo o Mundo. O Planeta Terra avança a passos largos para a Implosão. Não porque ele seja um Planeta-suicida. Não é. O Planeta, por si mesmo, respira Saúde, Pujança de Vida. Tudo nele é Vida e vida em abundância. Ora brisa. Ora tsunami. Mas Vida, sempre! Bela. Às vezes, medonhamente bela! Mas já são suicidas, chefes-suicidas, todos os chefes dos Partidos Políticos de Portugal, da Europa e do Mundo. Todos são possessos do demónio, chamado Poder. São eles os principais agentes históricos da grande desgraça dos Povos. Todos, sem excepção. Da direita à esquerda. Da esquerda à direita! E os que parecem imprescindíveis, são ainda mais perigosos. Porque mais chefes-suicidas. O demónio Poder, depois de se apoderar deles, transforma-os em seus compulsivos agentes históricos. Se os Povos estão esclarecidos e são Povos de olhos da mente abertos, ainda conseguem ter uma certa mão neles. E eles são obrigados a uma certa contenção. Mas se os Povos entregam os seus destinos nas mãos deles e passam os seus dias a ver novelas e jogos de futebol, nos estádios e nas televisões, ou, então, nos cultos religiosos nos templos, em infantis natais, quaresmas, páscoas, novenas, confissões, missas, peregrinações, então, o Planeta Terra é sistematicamente atropelado e, a dado momento, fica à beira da Implosão. É assim, desde que há Animais Racionais no Planeta. Deveriam, como Animais Racionais, RESISTIR à Tentação do Poder. Porque, na Evolução da Vida, os Animais Racionais não são o ponto de chegada. Têm de continuar a Evoluir até se tornarem Seres Humanos, cada vez mais plenos e integrais. Outros, Jesus, se quisermos recorrer à linguagem antropológica-teológica, infelizmente, ainda desconhecida até das Universidades de mais renome internacional. Mas a única linguagem capaz de nos dizer!
É por demais manifesto que não é por aí que, hoje, estão a avançar os Animais Racionais, erradamente, chamados seres humanos. O demónio Poder Sedu-los e eles deixam-se Seduzir. Somos todos, ou quase todos, Animais Racionais possessos do demónio Poder. Mas só uma minoria dos Animais Racionais, por sinal, todos muito activos e plantados em lugares de decisão. Todos chefes disto e daquilo. Também chefes dos Partidos Políticos. Os Animais Racionais mais perigosos, nesta Hora. Porque são todos chefes-suicidas, e podem, a qualquer momento, fazer-se Explodir. E os efeitos dessas sucessivas Explosões são tão desastrosos, como os das Explosões Nucleares. Com uma substantiva diferença, para pior. Das Explosões Nucleares, os Povos já sabem que os efeitos são verdadeiros Holocaustos, em pequena, média ou grande escala, conforme o tamanho da bomba e o número de bombas lançadas, ou de Centrais Nucleares, a Explodir em cadeia em todo o Mundo. Já os efeitos da Explosão dos chefes-suicidas dos Partidos Políticos e de outros Institucionais, os Povos não só não os temem, como são, até, os primeiros a incitá-los a fazerem-se Explodir. Em eleições, ou em Revoluções armadas. Não querem acabar com o demónio Poder, de que estão possessos os chefes dos Partidos Políticos. Querem que os da sua preferência e do seu egoísta interesse corporativo, sejam os chefes dos Governos e dos Estados dos Países da Europa e do Mundo.
Portugal está, nestes dias de início de Primavera, a bater no fundo. As Populações estão completamente nas mãos dos chefes dos Partidos Políticos. E vão, mais um vez, deixar que sejam eles a decidir os seus destinos. Não apostam em si próprias. Teriam de Mudar radicalmente de ser e de viver. E, já não estão para isso. Insistirão no erro de sempre. Não aprendem nada com os erros, seus e das anteriores gerações. O que querem é garantir o salário ao final do mês, ou a reforma, e o resto deixam para lá. Para os chefes dos Partidos Políticos, todos possessos do demónio Poder. O garrote, já há muito que nos aperta a garganta, como Povo. Vem aí mais um forte aperto do garrote. As eleições, antecipadas ou não, sempre fazem isso.
Por isso, ou os Povos tomam os seus destinos nas próprias mãos, ou o garrote aperta-se mais e mais no seu pescoço e todos somos mortos por asfixia. Porque o Poder Político, neste momento, mais não faz do que servir os interesses do Grande Poder Financeiro, o Inimigo n.º 1 dos Povos. E do Planeta. Bem mais Mortal que o Nuclear, do qual ele é, de resto, o criador. Ponderemos, se ainda formos capazes de Ponderar. Deixemos as demenciais quaresmas e os demenciais jejuns e as demenciais Pregações das Igrejas. E os Futebóis dos Milhões. E as absurdas Novelas. E as inúteis e dispendiosas Manifs das Massas nos Rossios do Mundo. Porque a Hora que vivemos é de altíssimo risco. Não podemos continuar a confiar nos chefes dos Partidos Políticos, nem nos Banqueiros, nem nos Padrinhos das Máfias, as Religiosas e as outras. Todos andam possessos do demónio Poder. Mudemos urgentemente de Ser e de Viver. Os nossos destinos, nas nossas mãos, já! – é a palavra de ordem que havemos de realizar, cada dia um pedaço mais. Mais do que gritá-la nas praças das grandes cidades. Metamos mãos a esta Obra. Com determinação. E perseverança. Leve as gerações que levar, não importa. Porque é por aqui o caminho! Comecemos a percorrê-lo. Sem olhar para trás!
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Tarde e a más horas, abre o Ano Judicial, com a “bênção” do Cardeal Patriarca. Muitas doutas e azedas palavras. Muitas Frustrações. Nenhum Assumir de Responsabilidades, por parte dos seus principais agentes. Por isso, ai de quem cair nas mãos d(est)a Justiça!
É assim, todos os anos. Quando quem ainda trabalha já está a ver em que dias do calendário poderão vir a cair as suas férias, a Justiça está ainda a abrir o seu Ano Judicial. Até nisto de abrir o Ano Judicial, a Justiça em Portugal é lenta. Preguiçosa. Arbitrária. Muito acima do Comum Quotidiano. Muito acima do Tempo. Muito fora do Tempo. Divinal. Intocável. A funcionar em Tribunais que agora se dizem Palácios da Justiça. Mas que parecem Catedrais. Basílicas. Espaços Sagrados. Onde o Senhor Doutor Juiz é Soberano. Infalível. Acima de tudo o que é Mesquinho. Nas suas vestes talares que transfiguram o ser humano em Divindade. Intocável. Inacessível. “Vem aí o Juiz”, cicia-se, a medo. Voz baixinha. Ou, então, “Levantem-se!”, grita o Oficial de diligências. O tom é de general. O Oficial que profere a ordem é um peão, mais, da Justiça. Como o Árbitro num jogo de Futebol dos Milhões. Ai de quem ousar falar mais alto do que ele. Ou pôr em dúvida a sua soberana e infalível decisão. Uma vez tomada, é irreversível. Nem que as gravações televisivas do Jogo venham a provar que a sua decisão é errada, a decisão mantém-se. O mesmo nos Tribunais. Pode-se recorrer para uma instância superior. Mas Tribunal, sempre. E, quando chega ao Supremo, a decisão é divina. Infalível. Absoluta.
Talvez, por o universo da Justiça ser assim, tão fora do quotidiano das populações, e tão perto do céu e da eternidade, é que o Ano Judicial abre sempre com a presença e a bênção do Cardeal Patriarca de Lisboa. Que até preside a uma missa ritual, um número imprescindível em toda esta Bobagem Institucional. Em toda esta Encenação. Em toda esta Hipocrisia de altíssimo nível. A missa do cardeal patriarca tem homilia, escrita previamente e dita, na hora, pelo próprio. Por sinal, o seu tempo à frente do Patriarcado está a chegar ao fim e já andam sete cães a atirar-se ao mesmo osso, perdão, sete bispos candidatos ao lugar, prestes a vagar, mas mais uma razão para o Cardeal marcar presença. E brilhar na sua Mediocridade Cardinalícia. Eminentíssima Mediocridade, assim é que é!
Os mais graúdos agentes da Justiça botam discurso. Um rol de Acusações. Nem parecem Juízes. Mais parecem Advogados do Diabo. Contra a Justiça, da qual eles são os rostos principais. São Juízes, mas parecem Réus-a-queixar-se de tudo e de todos. Menos deles. Falam, falam, falam. O que dizem é muito, mas o Resultado do que dizem é zero! É assim todos os anos. E cada novo ano, pior. Têm os seus segundos de televisão. E que bem eles acham que ficam, nas tvs, sob aqueles colares, aquelas parolas condecorações e aquelas indecorosas vestes talares, todas pretas. A cor da Divindade. Da Solenidade. Do Poder! Da Pouca-Vergonha! Porque o Preto mata todas as cores que o Arco-Íris exibe, em dias de grande Borrasca. Medonhos, por vezes. Mas sempre belos. Medonhamente belos! Discursam por discursar. Como quem discursa sozinho. Porque os Juízes são eles. Só eles. Os Réus são sempre os outros. Particularmente, as Populações menos escolarizadas e sem grandes contas bancárias!
Os grandes media ignoram – vejam só, a Ofensa! – a presença do Cardeal Patriarca. Já não há jornalismo como no tempo do Salazar. Então, sim, valia a pena ser o Cardeal Patriarca de Lisboa. Agora, até o Bispo de Leiria-Fátima tem muito mais peso no Vaticano. O peso de todo o ouro e de todo o dinheiro, também o Dinheiro Sujo, que se Acumula nos cofres daquela capelinha da senhora-de-fátima, a da nossa Vergonha! Mas o Cardeal está lá, na Abertura do Ano Judicial. E bota faladura, na missa, um número exclusivo dele: Assim: “A justiça na perspectiva religiosa [o que quererá ele dizer com esta expressão?! Só pode ser fuga da Realidade histórica!] significa o reconhecer a grandeza e a dignidade do homem, como Deus o criou e deseja. É uma vitória sobre o mal, exige a renovação interior do homem, possível com a força de Deus e a sua intervenção na história [Mas que costas largas, tem o Deus do Cardeal!].” Estas palavras soam, obviamente, a pura bobagem bíblico-teológica. Mas são palavras de Cardeal Patriarca. Parecem música celestial, para deleite de anjas, anjos. Porque o Terrenal é demasiado impuro, sujo, para boca cardinalícia. O cardeal atreve-se a pronunciar o nome de Jesus, que os Tribunais do seu país, em Abril do ano 30, condenaram e executaram na Cruz do Império, neste ambiente de Hipocrisia Institucional. Só pode sair Crime. E sai Crime. Só pode sair Traição. E sai Traição. Crime e Traição a Jesus. À Verdade. Aos Factos. Às Populações mais Pobres. Diz: “É por isso que neste ensinamento de Jesus à multidão, a justiça passa pela renovação do coração, onde todas as realidades humanas passam a ser vistas com um novo olhar. Aquela multidão, sedenta de justiça, Jesus não ignora as injustiças concretas que eles sofrem, mas desafia-os a irem mais longe, a desejarem a verdadeira justiça, que supõe a redenção.” Um Horror bíblico-tológico cardinalício, como se vê. Sem que, entretanto, nenhum dos Juízes presentes o julgue, na hora e o condene! E como se ele está com eles contra Jesus, o Subversivo, o Insubmisso, o Dissidente? Ah! E como termina o Cardeal, a sua homilia? Arregalem bem os olhos e abram bem os ouvidos. “A todos os obreiros da justiça, no nosso País, eu digo: se estiverdes entre esses que sofrem, tende coragem, não desanimeis, porque está-vos destinado o Reino dos Céus.” Depois da Morte! Obviamente. Não aqui e agora! Palavra de Cardeal! Choremos, de novo.
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Espiritualidade Jesuânica Faz mais falta à nossa Mente Cordial do que o Pão, mas a verdade é que o 20.º Encontro tarda a Acontecer
Tarda a Acontecer o 20.º Encontro de Espiritualidade Jesuânica. E, no entanto, a Espiritualidade Jesuânica faz mais falta à nossa Mente Cordial do que o Pão que comemos todos os dias e, porventura, até mais do que uma vez por dia. Durante um período de seis anos, o Encontro de Espiritualidade Jesuânica Aconteceu com regularidade, três vezes por ano, em S. Pedro da Cova, numa iniciativa do Director do Jornal Fraternizar. Com o passar dos anos, introduz-se na iniciativa o demónio da Rotina, da Habituação e da Inércia. As pessoas gostam de se encontrar e passar um dia diferente, mas os Ouvidos do Coração endurecem-se e deixam de Escutar. As suas bocas deixam de Anunciar sérias e alegres Decisões de mudar de Ser-Viver-Pensar-Actuar-Falar, na peugada do Ser-Viver-Pensar-Actuar-Falar de Jesus. Apenas falam Banalidades, mais do Mesmo. Por vezes, até assanhadas Resistências à Palavra Maiêutica. E o Presbítero responsável pela condução-animação do Encontro decide pôr termo, não aos Encontros de Espiritualidade Jesuânica, mas àquela Rotina, àquela Habituação, àquela Inércia. E Anuncia, O 20.º Encontro de Espiritualidade Jesuânica será, lá, onde houver quem tenha fome dele e o faça Acontecer. Na sua própria casa, Ou na casa de outra companheira, outro companheiro, porventura com mais espaço. O indispensável para congregar 3, 4, 5, 6 ou 7 pessoas com fome deste Pão, o de Jesus, antítese do Pão do Mercado, quer do Mercado Financeiro, quer do Mercado Religioso-Eclesiástico que as Religiões e as Igrejas cristãs vendem às suas, aos seus clientes ou utentes.
O mês de Março já vai na sua segunda quinzena e, que eu saiba, ainda não há Ninguém a fazer Acontecer o Encontro. Por mim, desde o primeiro momento, disponibilizei-me para estar presente e, porventura, ajudar maieuticamente na Animação. Assim haja vontade por parte das pessoas em que eu esteja. Na altura do anúncio do fim da Rotina de que os Encontros manifestamente já enfermam, há quem reaja com algum desagrado. Com amuos, à mistura. Manifestações reveladoras de pouca Maturidade Humana e de Superficialidade. Porque o que o Anúncio da mudança no modo de realizar os Encontros de Espiritualidade Jesuânica pretende, é tirar o tapete ao demónio da Rotina e da Inércia, incompatíveis com Jesus e o seu modo de ser-viver-pensar-actuar-falar.
Como as pessoas compreenderão, depois de 19 Encontros realizados e animados por mim, é mais do que altura de serem agora as pessoas a fazer Acontecer o 20.º Encontro de Espiritualidade. Por mim, continuo a comer todos os dias deste Pão. E a deixar-me fazer por ele. Porque não há Espiritualidade Jesuânica, se o nosso ser-viver-pensar-actuar-falar não é cada vez mais o mesmo de Jesus. A Espiritualidade Jesuânica não é, como outras, um Acumular de Teorias, de Doutrinas, de Técnicas, de Conhecimentos. É tornarmo-nos progressivamente outros, Jesus, em feminino, masculino. Agora, Século XXI.
Podemos correr e saltar por tudo o que é Espiritualidade cristã ou religiosa. Todas deixam as pessoas que vão por elas cada vez menos Humanas e cada vez mais outra coisa. Todas são Espiritualidades do Mercado, o Financeiro e o Religioso. Espiritualidade que nos faz Ruah viva, Brisa e Tsunami, Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas e Duelos Ideológicos / Teológicos Desarmados, só mesmo a de Jesus. Fora de Jesus, só há Ideologia / Idolatria. Só há Mercado. E para esse tipo de coisas não contem comigo, Presbítero da Igreja do Porto. E Jornalista, já na condição de reformado, felizmente, ainda bem activo.
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Edição n.º 22
Terça-feira, 15 de Março 2011
Papa Bento XVI domestica o Teólogo Ratzinger. Até o título do Livro, Jesus de Nazaré. Da Entrada em Jerusalém até à Ressurreição, engana possíveis leitoras, leitores. Promete-lhes Jesus e, depois, dá-lhes Cristo. Sem o qual, nunca Ratzinger teria sido Cardeal, nem Papa Bento XVI!
Ainda não manuseei o Livro. Conto fazê-lo, logo que o encontre nalguma estante de Supermercado, na secção dos Livros. Porque este é um Livro para o Mercado vender. Em grandes quantidades. É um livro que diz com o Mercado. É, por isso, uma Mercadoria, mais. Sem tirar nem pôr. Os Críticos católicos e protestantes desfazem-se em acríticos e infantis elogios. Lêem-no, ajoelhados diante do Papa, como convém a Livro do chefe de Estado do Vaticano.
Só o título do Livro já é uma Mentira. Nenhum dos (a)críticos o diz. E como o hão-de dizer, se eles não dão por nada? Se comem da mesma panelinha que o Papa parte e reparte? Se, como ele, são financiados pelo mesmo Mercado? Se todos são do mítico Cristo e têm um Medo medonho de Jesus? A Mentira do título está bem à vista. Anuncia Jesus de Nazaré, ser humano de carne e osso. E, dentro, apresenta Cristo, que é um Mito, no caso o Mito messiânico davídico da Bíblia Hebraica. O próprio título já di-lo, mas de forma velada. Quando junta Entrada em Jerusalém e com Ressurreição, duas realidades absolutamente distintas. Uma, histórica: a Entrada em Jerusalém. E outra não-histórica: a Ressurreição. Confundir as duas e abordar as duas de igual modo Mentir. Pelo menos, é incorrer numa Incongruência Intelectual, imperdoável num Teólogo da craveira de Ratzinger, o da década de 50-60 do Século XX. É caso para se dizer que o Papa Bento XVI domestica por completo o Teólogo Ratzinger.
Estamos em presença de um Livro, cujo Autor é simultaneamente Papa em exercício. Ora, um Papa, enquanto tal, nunca escreve, nem publica Livros. O Papa é, por força duma definição dogmática, infalível. Como tal, até uma simples Encíclica, embora não seja, objectivamente, um Dogma de Fé, obriga moralmente as católicas, os católicos. Basta ver os Estragos, sem conta nem medida, que a infeliz Encíclica Humanae Vitae, do Papa Paulo VI sobre a (proibição do uso da) Pílula, causou entre as hostes católicas. Danos irreparáveis, para todo o sempre. Este Livro deveria, por isso, referir, como seu Autor, Ratzinger, Teólogo. Nunca Bento XVI, Papa.
Quem, entre os católicos, se atreve a Criticar e a apontar colossais Erros hermenêuticos e mesmo Teológicos ao Papa Bento XVI, neste seu Livro? Para lá de mim, Presbítero da Igreja do Porto, quem mais tem a Liberdade e a Audácia de o fazer? Os Bispos Residenciais, todos, limitam-se a dizer, Ámen! Se calhar, nem se dão ao trabalho de o ler. E, se se derem a esse trabalho, antes de começarem a ler, já estão a dizer, Ámen!
Perante o Papa, marchar, marchar! Como, outrora, nas fileiras da velha Mocidade Portuguesa do ditador Salazar. Ou o Papa de Roma não seja o chefe de Estado mais poderoso do Mundo. O único que é Monarca Absoluto e Infalível. Quem se atreve a dizer que o Papa está Errado e que mistura num simples título de capa do seu Livro o que não é misturável?! A Ressurreição, se porventura se quiser recorrer a esse conceito, não é nunca do âmbito da História, como já é, concretamente, a Entrada de Jesus em Jerusalém, seis dias antes de ser Assassinado na Cruz. Só mesmo um Papa, como o Papa Bento XVI, se pode dar ao luxo de misturar o que jamais é misturável. Fá-lo com à vontade, precisamente, porque é Papa. E Infalível. Ninguém o pode Contraditar. De contrário, corre o risco de ser Excomungado. E, depois? Que é da cátedra na Universidade? Que é do bom-nome?
Vou aguardar pelo Livro, nos escaparates de uma grande superfície comercial, onde ele tem lugar garantido e de destaque. Aí o irei ler. De borla. O Mercado Financeiro delira com Livros como este. Para mais, de um Papa ainda em funções. As vendas estão garantidas. Porque os compradores das grandes superfícies comerciais não procuram qualidade. Apenas Marcas. E a Marca Papa Bento XVI, S. A. vende que se farta. Porque a mentira, quanto mais poderosa for, mais vende. Só a Verdade que nos faz Livres é que é sistematicamente Perseguida e, finalmente, Crucificada. Por isso, o título do Livro do Papa Bento XVI, para ser verdadeiro, deveria ser: Jesus de Nazaré: Da Entrada em Jerusalém, à Morte na Cruz. Mas, se fosse assim, como de facto é a realidade histórica de Jesus, o filho de Maria, nem o Teólogo Ratzinger poderia ter sido Cardeal, muito menos o cardeal Ratzinger poderia ter sido Papa Bento XVI. Porque só o mítico Cristo, não Jesus de Nazaré, é que possibilita e atribui esses títulos, essas funções, esses Privilégios. Porque é o fruto da Demência dos Animais Racionais, no seu pior!
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A Geração à Rasca que juntou 300 mil em Lisboa não é a verdadeira Geração à Rasca. Porque a verdadeira Geração-à-Rasca é absolutamente incapaz de fazer da Fome Imerecida, do Desemprego Forçado, da Solidão Imposta e das Irreprimíveis Lágrimas Quotidianas, uma Festa, como a que os 300 mil desta Geração à Rasca fizeram no sábado, 13 de Março, em Lisboa
Juntaram 300 mil, em Lisboa. Poderiam ter juntado um milhão, ou dois milhões. Bastava esta Geração à Rasca ter levado com ela o Paulo Portas e todo o seu CDS, o Pedro Passos Coelho e todo o seu PSD, o José Sócrates e todo o seu PS, o Jerónimo de Sousa e todo o seu PCP e o Francisco Louçã e todo o seu Bloco de Esquerda. Afinal, bem vistas as coisas, mais mil ou dois mil euros mensais, para trás ou para a frente, não impediriam de juntar todas essas pessoas às desta Geração à Rasca que se manifestou em festa em Lisboa, numa borracheira de cartazes sonantes e com piada, a lembrar os Gato Fedorento, os dos indecorosos Anúncios ao Meo e quejandos, e nenhum Grito de Dor, nenhuma Lágrima de Fome, nenhum Negrume-Gemido de um Quotidiano-Sem-sentido. Tudo gente-bem, que apenas Reclama mais mil ou dois mil euros, no final de cada mês não é, obviamente, uma Geração à Rasca disposta a fazer Implodir o Mercado! No fundo, o que ela mais almeja é ainda mais Mercado, mais Poder de Compra, dentro do Mercado Financeiro Global.
As Tvs fizeram ampla cobertura do Evento. Sinal inequívoco de que Manifs como a desta Geração à Rasca não só não incomodam o respectivo Dono e Patrão, o Poder Financeiro, como até dizem com ele. Ele sai sempre a ganhar com este tipo de Eventos. Mesmo, quando os milhares de manifestantes vão acirrar os ânimos dos 8+1 Ricos do Mundo, nas suas regulares Cimeiras, por sinal, todas bem badaladas e anunciadas previamente.
Quando os Povos dos Países da União Europeia, Povo português incluído, forem efectivamente Povos à Rasca, em tudo semelhantes aos Povos Empobrecidos e Crucificados de África e da América Latina, que, há mais de 500 anos, nós, Ocidentais, continuamos impunemente a Empobrecer e a Crucificar, então, sim, a Europa e o Ocidente estarão à beira de se Converter, isto é, de MUDAR de Deus. Estarão à beira de Odiar o Deus-Dinheiro que se alimenta de gente. E de Abrir-se a Deus Criador, o de Jesus, absolutamente Incompatível com o Deus-Dinheiro!
Nessa altura, as grandes cidades, com as suas grandes superfícies, ficarão desertas de Povos. Porque os Povos voltarão a descobrir a Terra e, num regresso ao Futuro, voltarão a Cuidar dela, não como Escravos (= todos os que trabalham por conta de outrem!), mas como Seres Humanos Livres e Autónomos, Criadores, simultaneamente, de Bens comestíveis e outros, todos amigos da Vida e do Ambiente, e também de Sororidade / Fraternidade que inclui a Partilha dos Bens Produzidos. Porque, só dentro do Mercado Financeiro Global, é que há Povos à Rasca. Porque o Mercado, quanto mais Financeiro e Global, mais Assassino e Ladrão.
Fixemos, pois, bem, isto: a verdadeira Geração à Rasca não esteve em Lisboa, a manifestar-se. Porque a verdadeira Geração à Rasca não reivindica Salários de muitos milhares de Euros. Nem Trabalho Escravo. Nem Sopas dos Pobres. Nem Bancos Alimentares. A sua Fome maior é a de todo o Ser Humano que Recusa tornar-se Mercadoria do Mercado. É Fome de Ser. De Liberdade. De Criatividade. De Dignidade. De Protagonismo. De Política Praticada. Por todos e cada um dos Seres Humanos. Fora desta Realidade, só há Perdição. E a pior Perdição é a dos mais Ricos do Planeta. Porque são eles os verdadeiros Criminosos. Os verdadeiros Assassinos dos Povos. E do Planeta Terra. Pelos vistos, até os militantes do PCP e do Bloco de Esquerda desconhecem estas Coisas, as mais elementares, à face da Terra! E acabam todos pagos e financiados por eles.
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No Egipto, primeiro, e na Líbia, depois. ACUSO os Intelectuais da Europa e do Ocidente de Cinismo e de Hipocrisia!
Perante a Assassina Indiferença de todos eles. Não posso Calar este Crime. Acuso os intelectuais da Europa e do Ocidente. Já não bastam os Crimes, os Genocídios cometidos, ao longo dos últimos 20 Séculos, pelo Cristianismo. Juntam-se-lhes, agora, os Crimes e os Genocídios cometidos em nome da Democracia Europeia e Ocidental. Perversos, que somos! Hipócritas, que somos. Cínicos, que somos! Mas aos Povos, Senhores, por que lhes dais tantas Dores?!
Do Egipto, do ditador Mubarak, já não se fala. O ditador cedeu o lugar ao Exército. E os intelectuais europeus e ocidentais entendem que a Democracia já funciona no Egipto. Porque o Exército Armado no Poder não é o ditador Mubarak. E até garante que haverá eleições. Preparadas por ele, porque ninguém como os Militares Armados para prepararem eleições… democráticas. Tão ao gosto dos intelectuais europeus e ocidentais.
Da Líbia, do ditador Kadafi, já quase se não fala. Os Levantamentos de Massas nas praças, tão do agrado dos intelectuais europeus e ocidentais e dos Partidos de Esquerda, redundaram em Levantamentos Armados e, consequentemente, em Guerra Civil. E os intelectuais europeus e ocidentais ainda mas festejaram. Mas, agora, que o ditador Kadafi, o do Petróleo, ameaça retaliar com o Petróleo e não só com o Petróleo, os países da Europa e do Ocidente abrandam nos seus comentários e nos seus inflamados discursos a favor dos Levantamentos das Massas Populares. Além disso, o Império já mostra as garras e, se for achado conveniente aos seus interesses, pode muito bem repetir na Líbia do ditador Kadafi o que fez no Iraque do ditador Saddam Hussein, com o público apoio dos Exércitos Armados e democráticos de vários países da Europa, pelo que os intelectuais europeus e financeiros entendem que o fim do ditador Kadafi está por dias e eles já não precisam de falar mais sobre o assunto. A democracia está já a caminho da Líbia, cada dia um pedaço mais destroçada e massacrada pelas bombas do ditador Kadafi, perante a Impotência das Massas Populares que passaram dos Levantamentos nas praças, para os Levantamentos Armados. Certamente, na convicção de que os Estados Europeus e Ocidentais correriam a aliar-se a eles, em lugar de permanecerem aliados ao ditador Kadafi. Esqueceram-se que o Petróleo é a principal Bomba que o ditador Kadafi tem contra os países europeus e ocidentais. E este é um esquecimento imperdoável, quando se pretende derrubar um ditador como Kadafi e implantar a Democracia à europeia. Como pode a Democracia funcionar sem Petróleo?!
É uma dor de alma do tamanho da Líbia e da África, o que está a acontecer na Líbia, estes dias, de Guerra Civil, cada vez ganha pelo ditador Kadafi. Os Cadáveres amontoam-se nas ruas. Crianças. Mulheres. Jovens. Velhos. As lágrimas e o sangue testemunham contra a Hipocrisia dos intelectuais europeus e ocidentais. Perante a Assassina Indiferença de todos eles. Não posso Calar este Crime. Acuso os intelectuais da Europa e do Ocidente. Já não bastam os Crimes, os Genocídios cometidos, ao longo dos últimos 20 Séculos, pelo Cristianismo. Juntam-se-lhes, agora, os Crimes e os Genocídios cometidos em nome da Democracia Europeia e Ocidental. Perversos, que somos! Hipócritas, que somos. Cínicos, que somos! Mas aos Povos, Senhores, por que lhes dais tantas Dores?!
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Japão 2011, muitos anos depois das cidades de Hiroxima e de Nagasáqui. Sismos e Tsunami, à mistura, a outra Bomba Nuclear do Poder Financeiro Global que, depois de nos levar a pele e os ossos, ainda nos Asfixia e Mata. A alguns milhares, num Instante. À esmagadora maioria, em lume brando. Como numa Medonha Ejaculação de Sadismo e de Cinismo!
Depois de tudo, a grande Pergunta é: Como é possível que um País, com tanto desenvolvimento Mental e Científico, depois de ter sofrido na própria carne o Horror do Nuclear, em forma de pequenas Bombas Atómicas, lançadas pelo Império USA sobre duas cidades suas, ainda é capaz de levantar no seu próprio Chão, uma pequena floresta de Centrais Nucleares, quando ele próprio, ainda por cima, sabe que é um País plantado numa região fértil em frequentes Sismos e réplicas?
Já devem ter notado que os grandes media evitam propositadamente esta grande Pergunta. Mas ela Emerge, Lancinante, do Holocausto que acaba de se abater, estes dias, no Japão e que prossegue, cada dia, um pedaço mais, num Horror sem fim à vista. E a grande Pergunta exige Resposta. Não uma qualquer Resposta. Mas a Resposta. Tecida de Verdade, sem nada de Ideologia. Porque, se a Resposta, por Estratégia do Grande Poder Financeiro que domina o Japão e o Planeta, não chegar a ser dada, somos os mais Perversos dos Animais Racionais. Já o evitar formular a grande Pergunta, é Perverso. Recusar dar a Resposta à grande Pergunta fará dos que assim Agirem, os mais Perversos dos Animais Racionais. Réus de um Holocausto sem Perdão. Holocausto de Japoneses, com dimensão de Genocídio. E Holocausto do Chão que é o Japão, com dimensão de Geocídio.
A febre pelo Dinheiro não tem limite. O Japão não é Excepção. É Paradigma! Mesmo que a febre pelo Dinheiro seja de temperatura não muito alta, já faz adoecer irreversivelmente as pessoas onde ela medrar. E sempre Mata, sem apelo nem agravo, se ultrapassa um determinado grau de temperatura. Tanto os seres humanos, como o Planeta Terra. A febre pelo Dinheiro, onde medrar, depressa se torna Medonha. Reproduz-se em progressão geométrica. Até Reduzir a Dinheiro tudo o que Dinheiro come, mesmo quando parece que come pão. Aliás, o próprio pão que comemos deve ser apenas o pão de cada dia. Porque, em maior quantidade, logo apodrece. E faz apodrecer quem o juntar, para além do de cada dia.
O Planeta anda a gemer de Dores. Não são Dores de Parto. São Dores de Agonia. O Poder Financeiro é sadomasoquista. Quantos mais Gemidos de Agonia escuta, mais Prazer sente. Por isso, é pura perda de tempo fazer-lhe Sermões, papais que sejam. Ou Apelos. Pode-se pedir ao Lobo Esfaimado que não coma o cordeiro? À Raposa Esfaimada que não coma a galinha? Ao Poder Financeiro Esfaimado que não coma os Povos? A única coisa que os Povos podem fazer, também o Povo japonês, é Decapitar, na sua própria Mente, o Poder Financeiro. Se o Povo do Japão o fizer, nunca mais a febre pelo Dinheiro ataca o Japão. Todas as Centrais Nucleares são, de imediato, desactivadas. O Nuclear é definitivamente Expulso do Chão nipónico e os Sismos, se Acontecerem, podem transformar-se em outras tantas Danças da Terra, às quais as Populações se associam. Porque até os Sismos e os Tsunamis são belos, se os Povos são Povos-contiuamente-a-crescer-de-dentro-para-fora em Sabedoria e em Sororidade / Fraternidade Universal. Quando assim Acontece, até o que hoje é Perigo de vida, acaba por ser experimentado como uma Força da Natureza mais, que os Povos aproveitam para serem ainda mais Povo de Povos, plena e integralmente Humanos, sem ponta de Ideologia e de Idolatria! O Holocausto do Japão é o que nos está a Gritar. E a Exigir! Escutemos. Correspondamos.
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Nova versão do conto do vigário Envie esta mensagem, ela dará € 10 à Unicef e é gratuita para você...
Recebi este email (ver a seguir), via duas pessoas amigas, que se não conhecem entre si. Achei um Absurdo. Com Perversos fins que desconheço, mas que a Polícia Judiciária poderá descortinar, se não estiver toda já Corrompida pelo Dinheiro! Contactei a Unicef, em Lisboa. E, de lá, chega a confirmação do Absurdo. Aqui divulgo o email em causa, onde até o nome do Tribunal de Contas é referido. De forma abusiva, certamente. A seguir, divulgo o Desmentido da Unicef. Mas… Porque somos assim tão ingénuos e não damos logo pelo conto do vigário?! Estamos mesmo formatados pela Cruz e pela Espada! Acordemos, Irmãs, Irmãos! Eis:
Unicef & MSN Kampanyas Yard?
Acordo de ajuda entre Unicef & MSN
Por favor, antes de deitar fora a comida que tem no seu prato pense nas pessoas que estão morrendo de fome! Em África, existem crianças morrendo de fome. Segundo o acordo firmado entre a UNICEF e o MSN para as crianças falecidas e outras crianças, uma ajuda acaba de começar. Por cada vez que você enviar esta mensagem aos seus contactos/amigos/colegas/familiares, 5 € serão atribuídos à conta da UNICEF. Para as nossas crianças em África e as vítimas do tsunami, queira participar, por favor, neste 'Apelo de Amizade'. Pelo facto de ter recebido este e-mail e o ter reenviado a outra pessoa, já deu 10 Euros a ganhar à Unicef. Por favor, faça viver essas crianças que estão em risco de morrer. Não nos esqueçamos que a cada segundo, uma criança está em risco de morrer de fome. Envie este email a todas as pessoas que conhecer... obrigado.
Tribunal de Contas - Portugal
Av. da Repblica, N65. 1050-159 Lisboa.
O desmentido da Unicef
Através de um doador, recebemos o mesmo e-mail que nos deixou bastante incomodados, pois nada tem a ver com a UNICEF. Lamentamos o abuso por parte de pessoas sem escrúpulos que se servem de imagens terríveis de crianças e usam indevidamente o nome da UNICEF para fins que desconhecemos. Agradecendo o seu alerta, enviamos os melhores cumprimentos.
Carmen Serejo , Assistente da Direcção
Comité Português para a Unicef. Av. Ant. Augusto Aguiar, 56 – 3º Esq. 1069-115 Lisboa Tel: +351 21 317 7500 www.unicef.pt
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Edição n.º 21
Sexta-feira, 11 MARÇO 2011
Presidente da República toma posse em liturgia que, apesar de laica, não deixou de meter Cardeal Patriarca de Lisboa. Aquele Tigre Anibal que ontem discursou perante os Deputados é só de papel. E as suas palavras são apenas isso: palavras. Para cúmulo, carregadas de Rancor. E de um Mar, a perder de vista, de Mediocridades. Um Presidente rasca e à rasca! A nossa Vergonha. E a nossa Humilhação Colectiva
Desde ontem à tarde, Portugal tem pela frente mais 5 anos de presidente Aníbal. Um presidente rasca e à rasca. Dispensem os seus numerosos e sempre escondidos Assessores, e o que restaria?! Nem palavras bem escritas, bem pronunciadas, bem articuladas. Quando muito, números, os da economia e das finanças. E, mesmo esses, números já do século passado. Ou até do século XIX. Nem de Mercado Financeiro Global, o presidente Aníbal entende. À sua Primeira Grande Guerra Mundial, chama-lhe “Crise”. Até nesse universo do Poder Financeiro Global, ele é analfabeto. Um letrado que não entende o que lê. Como, de resto, a esmagadora maioria dos Licenciados, Mestres, Doutores, Engenheiros, Economistas portugueses. São Letrados que não sabem interpretar o que lêem. Mas têm Poder. São o Poder. Têm Privilégios. São os Privilégios. E isso faz toda a diferença. Entre eles e as populações do País, há um Abismo. Um Abismo que os devora. E às populações. Podem as populações derrubar o presidente Aníbal ou o primeiro-ministro José qualquer coisa, que tudo fica igual. Para pior. Enquanto permanecer o Abismo, as populações continuam a ser populações devoradas. Trituradas. Eles, o Poder, os Privilégios, são os seus Trituradores. Os seus Carrascos. Os seus Verdugos. Cínicos!
Repararam no cenário da tomada de posse do presidente Aníbal? O cenário diz tudo sobre o País que (não) somos. No topo, a tribuna do presidente Aníbal, partilhada com o presidente Gama, o do Parlamento. Noutra tribuna, abaixo da tribuna do presidente Aníbal, fica a tribuna do primeiro-ministro José qualquer coisa. E dos seus paus-mandados, rotulados ministros disto e daquilo. Abaixo destas duas tribunas, o hemiciclo com os deputados ouvintes, reduzidos à ínfima espécie, escribas de leis e aprovadores de leis à medida dos interesses do Poder Financeiro. Os mais estéreis dos portugueses, elas e eles. Estéreis que se fazem pagar bem e reformar melhor, ou não fossem eles os fazedores e os aprovadores das leis. O Povo? Só mesmo nas Ruas. Que os palácios não são construídos para o Povo. Só para os Carrascos do Povo. Sempre foi assim. Sempre assim será. Para pior. Enquanto persistirmos em ser Animais Racionais que recusam passar a Seres Humanos. A diferença entre Animais Racionais e Seres Humanos é Substantiva. E só mesmo, mentes cegas é que não dão por ela. Nem mesmo quando, como Hoje, é por demais manifesto que a Selva dos Animais Racionais é milhões de vezes pior que a Selva dos Animais não racionais. Os dos Instintos!
O presidente Aníbal, do alto da sua tribuna, a do topo, Esmaga o primeiro-ministro José qualquer coisa, sentado sob os seus pés. Os dois juntos, qual deles o mais Hipócrita e o mais Cínico, Esmagam os deputados. Os três juntos, Esmagam o Povo, as populações, que, ainda por cima, se dão ao trabalho de, ciclicamente, irem votar neles. É o cúmulo do Cinismo e da Humilhação. Mas os grandes media, que hoje trabalham ininterruptamente, massacram as populações. E elas, Massacradas, acabam por fazer o que os propagandistas dos Poderes dizem para elas fazerem.
À liturgia laica da tomada de posse, nem o Cardeal Patriarca de Lisboa faltou. E foi também ao beija-mão do presidente Aníbal. Concordata em vigor assim obriga. Durante séculos, a hierarquia do Poder, em Portugal, era Clero, Nobreza, Povo. Hoje, é Poder Financeiro, Poder Político Armado, com Bispo Castrense e tudo, e Poder Religioso-Eclesiástico. E o Povo? O Povo deixou de existir. Bem pode encher as Avenidas da capital e as Praças. São Massas Populares. Não são Povo. São Expectadores passivos. Mirones. Figurantes postados nas valetas das ruas, a ver passar os Poderes, os Privilégios, os Fazedores das Leis.
Entretanto, quando, um dia destes, o Mercado Mundial anunciar, urbi et orbi, Atenção, Portugal bateu no fundo, avance, rapidamente e em Poder, o meu FMI para Lisboa, o presidente Aníbal e o primeiro-ministro José qualquer coisa e os deputados do Parlamento ficarão reduzidos a menos do que múmias. Nesse mesmo dia e nos dias que se lhe seguirem, as populações acordam, finalmente, do sono e dos futebóis dos Milhões, tão violento e esmagador é o Pesadelo, chamado FMI. Provavelmente, nem mesmo assim, as populações tomam a única decisão que as dignificará. E que pode ser formulada assim: Não podemos continuar a confiar os nossos destinos a estes Escroques, Tigres de papel, de fato preto, colarinho branco e gravata. Temos de deixar a Preguiça Política e Crescermos, de dentro para fora, para, lá mais para diante, tomarmos os nossos destinos nas nossas próprias mãos. Sem mais Poderes intermédios. Sem mais Abismo, a Devorar-nos. Apenas Reciprocidade Sororal e Maiêutica. Seres Humanos, todos. Não mais Animais Racionais!
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“Geração P”. O P, tanto pode ser de Parva, como de Precária. Mas há alguns Jovens, fartos de salários de 500 €, que decidiram ser Putas-Acompanhantes de luxo, dos múltiplos Executivos dos três Poderes que fabricam a Geração P. Ou, pior ainda, tornaram-se uma Marca de alto custo no Mercado, CR7, por exemplo!
O Portal Sapo chama-lhe “Geração P”. Para os “Deolinda”, o P quer dizer “Parva”. Geração Parva. Integra jovens, elas e eles, que concluem que, para se ser Escravo, não é preciso estudar. E porquê? Ora, porque, no seu Inconsciente, só vale a pena estudar, ser Licenciado, Mestre desta ou daquela especialidade, Doutor, Engenheiro, Professor, Padre, Bispo, se for para ganhar Dinheiro, muito Dinheiro e meter figura, muita figura. Já estudar para Crescer de dentro para fora, em Ser, em Liberdade e em Autonomia, até se deixar o Poder Financeiro a falar sozinho, sem ninguém que aceite servi-lo, não compensa. Porque Ser, Liberdade, Autonomia são dimensões do Ser Humano, sem qualquer cotação nas Bolsas de Valores do Mercado!!! E então, para quê estudar?
Para um núcleo de jovens, com belo corpo, vistosos seios, mentes a abarrotar de Banalidades e Nadas, o P, de Geração P, quer dizer Puta-Acompanhante de luxo, de ambos os sexos, dos múltiplos Executivos dos três Poderes que dominam o Mundo e que, como um só, são os Grandes Fabricantes da Geração P, Precária. Os Executivos dos três Poderes pagam bem e, por vezes, nem o sexo delas ou deles querem, e Afectos, é que nunca. Apenas lhes exigem que os chicoteiem, depois de os amarrarem a uma cama ou mesmo sobre a alcatifa do chão da sala, os agridam reiteradamente com os seus tacões altos e pontiagudos, até eles “se virem”, numa Ejaculação, sem Orgasmo. A Geração P, que integra este núcleo de jovens, acha lá para ela, por sinal, em total sintonia com o Mercado, que no aproveitar é que está o ganho; que enquanto dura vida doçura; vamos a isto que se faz tarde; o que importa é fazer figura no seio da família, entre as amigas, os amigos, roídos de inveja, ao verem-te a conduzir aquele carro de alta cilindrada. Escrúpulos, para quê? Dignidade, para quê?
Há outro núcleo mais reduzido de jovens da Geração P que são peritos em correr-correr muito e depressa, mas atrás duma bola de Futebol, o dos milhões. Porque o Futebol, emquanto Prática Desportiva, não dá milhões de euros a ganhar. Estes jovens treinam-se de dia e de noite, sem dias de folga, apenas umas escapadelas ao hotel, onde já está à espera deles, uma contratada, para fazer o servicinho de ocasião; e ala, que se faz tarde, para o Estádio! Ah! E têm que ter também umas pernas duras e bem torneadas, que façam desmaiar, nas bancadas dos Estádios, as moçoilas mais atrevidas. Têm, igualmente, de ser peritos num certo tipo de mímica que faz desencadear nas mesmas moçoilas, histéricos gritos e gritinhos, durante horas seguidas. Neste caso, os jovens vão ao limite da Degradação, porque até desistem da sua condição de Animal Racional (já nem se pode falar de Ser Humano, aqui!) e convertem-se numa Marca, com alta cotação no Mercado Financeiro, por exemplo, CR7, o P mais global da Geração P, nascido na Madeira, a do Ditador Alberto João, que ninguém quer Derrubar, nem mesmo o presidente Aníbal, ou o primeiro-ministro José qualquer coisa. Porque ele tem a sorte de não se chamar nem Mubarak, nem Kadafi. E, sobretudo, tem a sorte da sua ilha não guardar no seu subsolo abundantes jazigos de Petróleo!...
Obviamente, toda a Geração P, a de 2011, tem por Pai, os Executivos dos três Poderes. Mas a Geração P é tão P, que nem consciência tem disso. E tão pouco, quer ter. Os jovens que se revêem nela, preferem fazer o papel de vítimas. Recusam-se, sistematicamente, a Inventar / Criar um Mundo outro, sem os três Poderes. Porque o mesmo P, de Geração P, se os jovens, elas e eles quiserem, passará a significar, Potencial de Mudança, Potencial de Transformação desta Selva dos Animais Racionais, que é, Hoje, o nosso Mundo, numa Terra sem Amos, sem Padrinhos, sem Máfias, sem Poderes, sem Executivos. Como faz, paradigmaticamente, para todo o sempre, aquele Jovem Camponês de Nazaré, entre meados do ano 28 e Abril do ano 30, no seu pequeno País.
Só que, para a Geração P prosseguir, Hoje e Aqui, este jovem Jesus, tem de passar, como ele, a viver em permanente Deserto. O que significa, Recusar liminarmente a Sedutora e Tentadora via do Mercado. Ao mesmo tempo, ter consciência de que nem só de produtos do Mercado vivem as pessoas. Ser capaz de transformar todo o Saber em Sabedoria. E, finalmente, jamais se deixar Contratar pelos Executivos dos três Poderes, os do topo, os do meio, ou os da base. E como se consegue isso?! Cabe à Geração P, não só formular a Pergunta, mas cabe-lhe também Descobrir-Encontrar-Dar-corpo-histórico as Respostas. Ou os jovens, elas e eles, da Geração P, são capazes de tamanha Criatividade, ou, dentro de alguns anos, já nem Geração P são. Apenas Lesmas. Robots. Funcionários articulados.
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Revista Além-Mar Anúncio em prol dos Missionários Combonianos que, sem querer, diz bem que tipo de Missão o Instituto desenvolve no terreno
A parte interior da contracapa da conhecida e tida como prestigiada Revista Além-Mar, de Março 2011, é toda feita por um Anúncio da própria Editorial e, certamente, do próprio Instituto dos Missionários Combonianos. O Anúncio é encimado por uma foto, a toda a largura da página e ocupa metade da página. A fotografia mostra 20 corpos de meninos africanos, descalços, alguns completamente nus, os pequenos genitais expostos, sob barrigas enormes em corpos quase esqueléticos. Os vinte meninos africanos estão acompanhados por um único europeu, em pose de Padrinho protector, corpo bem nutrido, barba preta bem aparada, uma pequena cruz pendente de um fio ao pescoço. Pela aragem, é um Padre Comboniano, a missionar os habitantes da localidade, a que pertencem estes meninos africanos. Sob a fotografia, sobressai o título a vermelho, em letras bem gordas, Passar os mares. Com o título, uma frase sob ele, A campanha de colaboração missionária «Passar os Mares 2011» está a decorrer até Maio. Depois, mais duas frases. Uma, ao lado esquerdo de quem vê a página, Ajude os missionários que partem em missão em nome do Evangelho e apoie a publicação das revistas Além-Mar e Audácia. Outra, ao lado direito, Convide os seus amigos e familiares a participar nesta campanha. E a concluir, ao fundo, a toda a largura, Peça informações e envie os donativos recolhidos para: (e indica os endereços).
Chamo aqui o Anúncio, não para o divulgar, mas para Partilhar o profundo Constrangimento que este tipo de Publicidade desencadeia em mim, presbítero da Igreja do Porto. A Fotografia vale, pela negativa, mais do que um milhão de palavras. Todas Acusadoras. Todas denunciadoras deste tipo de Missão e de Missionários. Precisamente, porque se diz, no Anúncio, que “os missionários”, no caso, os Combonianos, “partem em missão em nome do Evangelho”. Mas do Evangelho de Deus Criador, o de Jesus – desculpem lá, meus Irmãos Combonianos, a minha frontalidade – não pode ser. Ainda que o Anúncio pretenda convencer-nos de que é. Não é!
Eu sei – e quem não sabe? – que cada Missionário Comboniano, quando deixa tudo e parte, vai interiormente cheio de boas intenções. Mas nunca vai de mãos vazias. A fotografia bem o revela à saciedade. Deveria ir. “Sem bolsa, nem alforge”, ordena Jesus. Mas qual quê? Cá estamos nós, sempre dispostos a “corrigir” Jesus, que ele de Missão, não terá percebido grande coisa. Basta ver como toda ela deu em nada! Até os Doze o traem! Só que o Missionário, quando parte para África ou outra parte do Mundo, transporta com ele, para lá da Ideologia do Cristianismo Ocidental e Católico Romano, “donativos” em dinheiro, constantemente, repostos e aumentados. Para, pouco depois de chegar, começar logo a abrir escolas, centros de enfermagem e de primeiros socorros, capelas e igrejas, algumas vezes, até catedrais. Porque o Bispo Missionário não pode ficar atrás dos Bispos europeus e tem de ter a sua catedral. Por vezes, bem opulenta.
Os meninos africanos da fotografia estão descalços. Inteiramente nus, pelo menos, dois da frente. Os seus pequenos genitais bem à vista, sob as barrigas enormes, da Fome que padecem e da má nutrição que é o seu pão de cada dia. Já o Padre Missionário, da fotografia, europeu de gema, apresenta-se bem nutrido e barbeado a rigor, mão direita protectora pousada sobre o ombro de um dos meninos. “Ajude os missionários que partem em missão em nome do Evangelho”, reza o texto. Mas não! O Evangelho de Deus Criador, que tem Jesus, o filho de Maria, como o Protagonista e o Paradigma, não pode tolerar esta Obscenidade Humana, cometida em seu nome. Um tipo de missão, assim, tem tudo de Benfeitor. A fotografia, seleccionada, apela às pessoas assinantes da Revista que ajudem. Só falta acrescentar, Os Pretinhos, como antigamente sempre se dizia-escrevia. E, de preferência, que ajudem com envio de dinheiro. O Instituto Missionário é o gestor do Dinheiro recebido. Um gestor à boa maneira dos Padrinhos. Com este tipo de Anúncio, o Instituto procura Benfeitores. Outros Padrinhos. Aposta na Caridadezinha. E a verdade é que, depois de anos e anos de Missão, assim, os Povos africanos continuam ainda sem Autonomia. Continuam a precisar de missionários europeus. Combonianos e outros, de outros Institutos Missionários! Continuam de mão estendida. E os meninos africanos continuam meninos nus. Descalços. Barrigas enormes, em corpos quase esqueléticos. Sem futuro-com-Dignidade. Sem capacidade bastante, para dispensarem de vez os Missionários Europeus, sempre tão generosos e santos!!!... Só porque este tipo de Missão não promove a Autonomia dos Povos missionados. Não faz-o-bem. Prefere o-bem-fazer. Com ele, mantém Assistidos. Passem os anos que passarem, continua a ser preciso, “passar os mares”. Continua a ser preciso Dinheiro. Continuam a ser precisos Benfeitores. Continuam a ser precisos Anúncios deste tipo. E é isto Missão, em nome do Evangelho? Mas de que Evangelho? O de Jesus, não se vislumbra aqui. Quando muito o Evangelho do Império Cristão Católico Romano. Mas, então, é um Evangelho contra Jesus e o seu Projecto Político Maiêutico, o mesmo de Deus Criador Abba-Mãe de todos os Povos por igual. Meditemos por momentos, este Anúncio. Em vez de corrermos a Denegrir o Mensageiro. Meditemos. E mudemos de rumo. Mas, antes de mudarmos de rumo, mudemos também de Deus! Ou, então, fechemos os Institutos Missionários. O Comboniano e os outros.
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Edição n.º 20
Terça-feira, 8 MARÇO 2011
Testemunhas de Jeová. Terrorismo Bíblico à solta, num assédio, absolutamente imoral, ao domicílio das pessoas, ao qual Ninguém põe cobro. E, no entanto, nem só com armas carregadas se matam as Populações biblicamente impreparadas
Desde os meus tempos de Pároco (ou anti-pároco?!), nos primeiros anos da década de setenta (Século XX), aqui, em Macieira da Lixa, que as Testemunhas de Jeová não deixam de me assediar. Na altura, chegaram ao desplante de fazerem vir até mim um dos seus mais “Sabidos” na prática do Terrorismo Bíblico, para ver se conseguiam baralhar-me e “ganhar-me” para a Congregação do Terror do Senhor Jeová, S. A. O mais “Sabido” veio uma vez ao debate comigo e não voltou mais. Percebeu que, se prosseguisse a debater comigo, ainda acabaria a abandonar a Congregação especializada em Terrorismo Bíblico, ao serviço Ideológico do Império Financeiro e Militar de turno. Nada que o mais “Sabido” não tivesse visto, logo no primeiro e único debate, que era a única coisa que ele haveria de fazer, se quisesse ser coerente e fiel à sua Consciência de ser humano concreto. Mas ele já era dos mais “Sabidos”, já gozava de um estatuto de Poder e de Privilégio sobre as demais Testemunhas, e, fora daquela Congregação do Terror, teria de começar a sua vida do zero e, certamente, com os Terroristas Jeová sempre à perna, a infernizar-lhe o resto dos seus dias. A verdade é que nunca mais voltamos a ver-nos. Mas o assédio das Testemunhas de Jeová nunca mais me deixou, embora, cada vez menos frequente. Já que não conseguiram ganhar-me para a sua Congregação do Terror, prosseguem, nestes e naqueles membros seus, a tentar aterrorizar-me com as suas Perversas Interpretações da Bíblia.
São Terroristas bíblicos militantes, duma militância absolutamente compulsiva. Paranóica. Se, ingenuamente, os deixarmos entrar nas nossas casas, ou nas nossas vidas, nunca mais nos saem da porta. Querem, a toda a força, Destruir a Mente das Populações, para que elas nunca mais se Ocupem deste Mundo, nunca mais Cuidem da Terra. Apenas do Estudo da Bíblia, a do Senhor Jeová, S. A. Porque, no Demencial dizer das Testemunhas, o Senhor Jeová está aí a chegar com o seu Reino Vitorioso e despedaçará todos os Ímpios, entenda-se, todas as pessoas que não forem da Congregação do Senhor Jeová!
Num País e num Mundo que se regessem por princípios Éticos, este Terrorismo Bíblico seria denunciado, desmascarado, neutralizado. E as Populações biblicamente Impreparadas, seriam protegidas das suas Envenenadas investidas bíblicas Mas Ética, é coisa que o País e o Mundo, aí totalmente à mercê do Mercado Financeiro Global, já nem sequer sabem o que seja. E, por isso, o País não só não denuncia-desmascara-neutraliza o Terrorismo Bíblico das Testemunhas de Jeová, menos ainda protege as Populações biblicamente Impreparadas, como, ainda, o fomenta e patrocina. A Congregação das Testemunhas de Jeová nasceu, precisamente, para ajudar com o seu Terrorismo bíblico, a franquear as portas das Mentes bliblicamente Impreparadas (a esmagadora maioria das Populações), ao Poder Financeiro, de modo que o Império de turno acabe por tornar-se no único Império Global, sem qualquer rival!
Nem as Igrejas cristãs, a católica e as protestantes, mexem uma palha sequer. Porque elas, bem vistas as coisas, são as primeiras a praticar o Terrorismo Bíblico e outro menos complicado e bem mais barato, como é o Terrorismo do culto das imagens de nossas senhoras disto e daquilo e de santas e de santos que, em seu tempo histórico, foram exemplo de Súbditos bem comportados perante o Institucional Eclesiástico monárquico absoluto. A que se juntam Catequeses Moralistas e Tradicionalistas Medonhas e inteiramente Obscenas, Sacrificialistas que remontam aos Povos mais Primitivos, possessos de Medos dos Deuses e das Deusas que eles imaginavam aí plantados em todo o lado, Vingativos e Cruéis contra os que lhes faltassem ao respeito, ou aos seus Sacerdotes.
Em tempos de internet e de correio electrónico, o Terrorismo bíblico Jeová também se faz por estas vias. Ao meu correio electrónico têm chegado com relativa frequência, emails pejados de Ameaças Terroristas de Testemunhas do Senhor Jeová. Permito-me partilhar aqui com Vocês o mais recente que me chegou, remetido por um tal Ancião Joaquim. Vejam só o nível rasca destes três emails, seguidos, cada um, da respectiva resposta, dada por mim. Eis:
Email 1 ( em dois, só porque eu não reagi prontamente ao anterior): a) Ponha-se em guarda Padre Mário, Jesus vai ser enviado por Deus para um VIOLENTO massacre e muito sangue. Jesus vai matar todos mas todos os ímpios, desta vez Jesus não vem para servir, vem para MATAR como um SANGUINÁRIO!!! Ponha-se em Guarda.
b) Não respondeu, porque, no seu consciente, sabe que Jesus vai voltar para se vingar, não é assim, meu caro Padre Mário?
R. Por favor, Ancião Joaquim. Fosse este um País-com-Dignidade, e o senhor, só pelo email que me enviou, seria condenado por prática de Terrorismo bíblico. Acha que eu perco tempo com ALUCINAÇÕES deste calibre? Agora, já nem o nome de Jesus, Vocês respeitam! Nunca li-ouvi semelhante Aberração! Tenha, ao menos, um pingo de respeito por si, Joaquim, meu irmão! Mário
Email 2: Mas é assim Padre Mário, Jesus virá sobre as nuvens do céu para limpar a Terra e aniquilar os ímpios. Ou o Padre Mário não leu a Biblia onde diz que Jesus vem sobre as nuvens do céu para matar os maus, ou não percebeu essa mensagem?
R. Por favor, não se faça de Estúpido, muito menos me faça de Estúpido. Respeite-se e respeite-me. De contrário, passo a deletar de imediato o seu correio. Em nome da Sanidade mental. E da Dignidade Humana. Seu, Mário
Email 3: Padre Mário eu nunca lhe chamei de Estúpido e o Padre Mário chamou-me. Eu quero aprender ainda muita coisa da Biblia, e gostaria de saber o significado de (Jesus virá sobre as nuvens do céu..) pois aqui nós aprendemos que voltaria fisicamente castigar os ímpios. Só lhe faço uma última pergunta: então, o Padre Mário acredita na vinda de Jesus física sobre as nuvens do céu?
R. Olá, Joaquim. Este é o meu último email para si. Para lhe pedir que, ao menos, não deturpe as minhas palavras. Veja o que eu escrevi e o que o Joaquim diz que eu escrevi. Se o Joaquim não dá pela substantiva diferença, por favor, antes de se pôr a estudar Bíblia, estude interpretação da língua portuguesa. Porque, se não é capaz de interpretar uma frase tão simples como esta, “Não se faça de Estúpido [reparou na maiúscula e no não se faça de?!], muito menos me faça de Estúpido. Respeite-se e respeite-me”, então, como poderá interpretar os livros da Bíblia todos concluídos, há já cerca de dois mil anos?! Ponto final, Joaquim. Pelo menos, pela minha parte. Se quiser, tem muito por onde navegar na net e no youtube, para conhecer o meu Pensamento Teológico e Bíblico. Basta procurar e… estudar! Seu, Mário
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Líbia. Das Manifestações à Guerra Civil. E da Guerra Civil ao Genocídio?
É mesmo só o que falta. O Genocídio. E o Ditador Kadafi é bem capaz disso, à medida que se sente Encurralado na capital, a mando do Império, aparentemente, ausente e até indiferente. Mas omnipresente. Na Líbia. No Egipto, agora, já sob a ditadura dos Militares, não apenas de Mubarak. Em Angola, sob a ditadura de Dos Santos. Em toda a parte, afinal. Também em todos os Levantamentos Populares, de repente, em moda contra os Ditadores regionais. Porque, para Ditador, basta ele, o Império. Nenhum outro, a não ser que esteja incondicionalmente ao seu serviço, Petróleo incluído! Ou somos, ainda, tão politicamente Ingénuos que pensamos que os sucessivos Levantamentos Populares que, de repente, começaram a suceder, por estes dias, resultam por força da Rebelião das Massas Populares?! Até esse limite de Ingenuidade, a Ideologia do Império já conseguiu arrastar-nos?! E ainda nos temos como Intelectuais, Doutores, Professores Catedráticos, Mestres de Jornalismo, Secretários-gerais de Partidos Políticos de Esquerda, Profissionais do Poder Político?!
O ditador Kadafi (um tigre de papel, se comparado com o Ditador Império!) pode muito bem tornar realidade histórica, por estes próximos dias, aquele conto bíblico do Livro dos Juízes, onde se relata que Sansão, primeiro, Juiz todo-poderoso, depois, um Derrotado pelo Império de turno e reduzido à condição de palhaço cego no palácio do chefe do Império, aproveitou o banquete no palácio com os grandes do Império e, conduzido por um escravo de olhos aberto, até junto duma das colunas-suporte do palácio, gritou, Morra Sansão e quantos aqui estão! E o palácio desabou na hora e sepultou, sob os seus escombros, Sansão e quantos se riam à custa dele. Apenas os grandes do Império e os escravos ao seu serviço! Ninguém do Povo, que o Povo não tem lugar nos palácios do Império, nem no Império. A não ser como escravos, ou como carne para canhão nos exércitos do Império, eles, e Coristas, Prostitutas e Concubinas do Império, elas. Para o Império, democrático que se diga, o Povo, enquanto tal, nunca existe. Por isso, as cidades capitais, com milhões e milhões de pessoas, podem ser reduzidas a vidro, em poucos segundos, com recurso a uma simples bomba nuclear, lançada por um piloto-escravo do Império, e monopólio do Império, o Ditador-Mor em todo o Planeta!
Pois bem. Se semelhante Massacre de crianças líbias, de jovens líbios, de mulheres líbias, de homens líbios, Ocorrer, por estes próximos dias, a quem serão pedidas contas? Ao Ditador Kadafi, tigre de papel, se comparado com o Ditador Império, Encurralado pelo Império, via Guerra Civil, militarmente apetrechada pelo Império? Ou ao Império que, desde o início, tem estado ao comando de Tudo? Fica a pergunta.
Os Intelectuais que aplaudem com douto fervor os Levantamentos Populares, sem nunca perceberem que, por trás deles, está sempre a toda-poderosa e invisível mão do Império, que respondam. E não se apressem a lavar as mãos, como o outro, no Massacre que ele próprio faz a Jesus, em Abril do ano 30. E, se forem capazes (mas os Intelectuais dos Privilégios são lá capazes de semelhante Auto-crítica e de semelhante Conversão?!), Renunciem aos Privilégios que o Império lhes garante, desçam à base, aos Milhões de Humilhados, vivam entre eles e com eles, numa Relação Maiêutica, típica da Parteira, nunca Paternalista, típica do Poder. Para que, desse modo, e com o passar dos meses e dos anos, as Populações Cresçam de dentro para fora, até se tornarem Sujeitos das suas próprias vidas, capazes, finalmente, de dispensarem os Ditadores (todo o Poder é Ditador, Senhores Doutores, financiados pelo Império!). E, sem Povos que precisem deles e votem neles, os Ditadores simplesmente caem, um a um. Porque será o próprio Império que deixa de ter lugar entre Povos assim! Tudo o que não avançar por esta via, é sempre um frete mais, ao Império. Um frete que o Império reconhece. E, por isso, recompensa com Privilégios e Mordomias aos Intelectuais que assim o reconhecem. Ingenuamente! Ou oportunistamente?!
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Igrejas cristãs e suas Cúpulas celibatárias, por força duma Lei canónica, insistem no Sacrificialismo. São Sadomasoquistas Compulsivas e arrastam as Populações e os Povos para a AutoDegradação Humana. E tudo, em nome do seu Obsceno Calendário Litúrgico que diz começar, amanhã, o Tempo da Quaresma. E, para abrir, a referida Ementa manda servir aos mais Crédulos a Macabra Cerimónia de Imposição das Cinzas!
Reza o Calendário Litúrgico que amanhã tem início a Quaresma. O Calendário por que se regem as Populações e a Sociedade Civil, desconhece em absoluto. Mas, se o Calendário Litúrgico diz que amanhã começa a Quaresma, a Quaresma começa mesmo. E logo com uma Macabra Cerimónia, a abrir: a da Imposição (atentem só neste vocábulo, Imposição!) das Cinzas. Acompanhada duma Frase, não menos Macabra, Lembra-te, ó Homem que és Pó e em Pó te hás-de tornar. E as Mulheres? As Mulheres não são para aqui chamadas. Porque as Mulheres simplesmente não Existem para as Cúpulas da Igreja Católica Romana. Basta ver que nem sequer uma única Mulher integra essas Cúpulas! Para Glória das Mulheres, diga-se. Porque, se, algum dia, as Mulheres passarem a integrar as Cúpulas da Igreja Católica Romana, sobem de Mulheres a Cúpulas do Poder Eclesiástico. E deixam de ser Mulheres, como os Homens que aceitam integrar essas Cúpulas, renunciaram todos a ser Homens. São Poder. O Poder Eclesiástico. O mais Obsceno dos Poderes, porque sempre se diz Sacerdotal, Sagrado, Divino, Representante de Deus-na-Terra. Do Deus-Ídolo, obviamente. Mas que as Cúpulas Eclesiásticas continuam a pensar que é o único Deus verdadeiro. Um Engano de todo o tamanho. Ainda maior do que o Planeta Terra.
A Quaresma é uma Invenção de Mentes Eclesiásticas manifestamente Perturbadas, que se têm feito passar por Santas, Santos, Místicas, Místicos. Sadomasoquistas é o que são. Como, por exemplo, aquela Desgraçada Santinha de Balazar, já declarada Venerável por Roma, a Perversa, dentro do universo católico romano. Alexandrina, de seu nome. Primeiro, ainda adolescente, atirou-se de um muro, para escapar de um homem que ela, já Perturbada pelas Catequeses Moralistas da Paróquia, imaginou que a queria violar! Em seguida, caiu nas mãos de um Sacerdote que se tornou o seu Director Espiritual. E, depois, de outro. Nunca mais se safou. Até Morrer de Dor e de Sofrimento. Depois de anos e anos de quase constantes Delírios da sua mente perturbada, estimulados pelos ensinamentos do seu Director Espiritual, bem comido e bem bebido! Delírios, que ele interpretava como Místicos. E Místicos seriam, mas Cruéis. Sadomasoquistas. Provocados pela própria Confessada e Dirigida dele, na sua Obsessão por chegar a ser Santa de Altar, Esposa de Deus, o Ídolo.
As Populações não sabem o que fazem. Mas fazem. Os Párocos anunciam do Altar para baixo e as Populações repetem: é o Tempo da Quaresma. Não se pode Comer Carne de Animais. Temos de Jejuar. Temos de fazer Sacrifícios. Temos de nos Confessar ao Sacerdote. Temos que Comungar. Temos que ir mais vezes à Missa. Temos que rezar mais vezes, o terço. Temos que usar uns cilícios por baixo das roupas. Temos que sofrer pelos nossos pecados e pelos dos outros. Temos que dar umas esmolas por amor de Deus. É a Quaresma. Que dura até à Páscoa do Calendário Litúrgico. Nessa, altura, os Sacerdotes anunciam: Cristo ressuscitou, já podem voltar a comer Carne de animais e a folgar. Até à próxima Quaresma, daqui a um ano, mais semana, menos semana, que isto da Páscoa não é sempre ao mesmo dia do mês. As Populações nunca perceberam porquê. E nem é preciso explicar-lhes. Quanto menos explicações tiverem, mais as Populações se submetem aos Sacerdotes Párocos. Como se, para se chegar à Santidade, o caminho mais rápido fosse o da Ignorância das coisas, mesmo as mais insigificantes. O que fará das grandes. Essas, as grandes, já não é para as Populações. Nem para ao Sacerdotes Párocos. Nem para os Sacerdotes Bispos residenciais. Apenas para alguns Peritos em assuntos Eclesiásticos. Que também os há, e, até, de Cátedra cativa na Universidade. Católica, de preferência.
Quem gostar deste Calendário Rasca, vá por ele. Saiba, entretanto, que o espera, a ele e a ela, a Degradação. Mas, depois, não digam que não foram avisadas, avisados. O Aviso aqui fica. Difundam-no, o mais que puderem! Os Sacerdotes Párocos e Bispos Residenciais não gostam que se difunda? Mais uma razão para o fazerem. Vá lá, ousemos Libertar-nos para a Liberdade. Só assim nasce nas Populações, a Dignidade Humana! Vem, Dignidade Humana! Vem!
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A partir de amanhã, mais 5 anos de presidente Aníbal. Isto não é um País. E é ainda pior do que um Covil de Ladrões e do que um Ninho de Víboras!
O presidente Aníbal rende, amanhã, pelas 15,30 horas, o presidente Aníbal. O País tem de suportar, durante mais penosos 5 anos, o presidente Aníbal. Mas as últimas eleições presidenciais assim ditaram. E assim se faz. Contra a esmagadora maioria das portuguesas, dos portugueses que simplesmente não votaram. Ou que votaram, mas não no candidato Aníbal. É isto a Democracia, de que tanto se fala e, pelos vistos, também se gosta. E gostos, lá diz o ditado, não se discutem. Embora eu ache que se devem, têm, de discutir. Porque não há direito que uma minoria tão numericamente reduzida, imponha à esmagadora maioria um presidente de República, do nível cultural rasca do presidente Aníbal. Só mesmo quem confunde Cultura com Saber / Poder, ou com Euros Acumulados e Concentrados, é capaz de semelhante Indignidade Humana e Colectiva.
Protestemos, ao menos. Eu, pela minha parte, protesto. E protestarei. Dizem as más-línguas da Politiquice doméstica que este segundo mandato do presidente Aníbal é o da “verdade”. Quer isto dizer que vão ser cinco anos de baixa política, em que é fecundo o Poder Político. Quando fala em “mandato da verdade”, não é da Verdade que nos faz livres que fala. É da “verdade” do Poder Político, que é a Mentira Institucional. E a sádica arte de apunhalar as Populações. Para o Poder Político ver o espectáculo. Porque o Poder Político é Sado-masoquista. Quando mais gosta das Populações, mais as agride. O Império Romano, neste particular, deu lições aos Povos do Mundo com os seus Espectáculos na Arena. As Feras esfaimadas de vários dias, a atacar Escravos indefesos. Nem vocês calculam quantos orgasmos ocorriam naquelas bancadas a abarrotar de espectadores. Ejaculações até mais não. Um cheio nauseabundo. Como o Poder Político tanto gosta. E as elites que partilham dos Privilégios que o Poder Político distribui aos seus cérebros fiéis, tanto louvam. Chama-lhe Arte. Espectáculo. É Arte, Espectáculo a não perder, ver as pernas de uma tal marca CR7 a correr atrás duma bola de Futebol, o dos Milhões. E as fúrias e as ameaças de um tal português, José Mourinho, o melhor treinador do Futebol dos Milhões do Mundo.
Decididamente, Portugal não é um País. O Portugal do presidente Aníbal, do primeiro-ministro José qualquer coisa, da Marca CR7 e do José Mourinho, não é um País. Um País mede-se pela Postura Ética e Cultural das suas Populações. Porém, Populações que geram presidentes da República como o Aníbal, primeiros-ministros como o José qualquer coisa e Actores como a Marca CR7 e o José Mourinho, revelam que Portugal não é um País. É ainda pior do que um Covil de Ladrões. Do que um Ninho de Víboras. Mas, atenção! As Populações não são rés, neste processo. São Vítimas. As Vítimas! Rés, neste processo, são as Elites que se colocam incondicionalmente ao serviço do Império, Hoje, o Poder Financeiro Global, o mesmo do Futebol dos Milhões que elege José Mourinho como o melhor Treinador de Futebol do Mundo. Quem se atreve a desmentir? Levante-se e diga. Para sua Vergonha!
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Edição n.º 19
Sexta-feira 4 MARÇO 2011
A foto diz tudo sobre o José-qualquer-coisa, primeiro-ministro de Portugal. Mais um pouco, e somos as Fezes da Europa dos Milhões
A foto, do Portal Sapo, de 3 de Março de 2011, diz tudo. Lá está Merkel (voltei lá, umas duas horas depois, e a foto já havia sido substituída por outra!!!), a olhar em frente, com o seu braço direito apontado como uma arma ao José-qualquer-coisa, pelos vistos, ainda chefe do Governo de Portugal (mas que descaramento, o dele e o do Poder Financeiro Global que insiste em manter à frente do PS e do Estado português, este troglodita e histriónico Caixeiro-Viajante compulsivo!). Só por si, a foto desmente, de alto abaixo, o palavroso discurso do José-qualquer-coisa. Merkel, é a Patrão. A Chefe. A dos Milhões. O Executivo do Poder Financeiro Alemão e Global, vestido de mulher-macho. Ao seu lado, e noutro microfone, o ainda primeiro-ministro de Portugal está também de pé. Na foto. Porque, na verdade, com aquele braço direito apontado a ele, como arma letal, está de rastos. É o boneco José-qualquer-coisa, máquina falante, engenheiro aprovado num distante domingo de há anos, a Incompetência no seu mais rasco nível. Porque o discurso dele diz sempre o contrário da realidade. Também no Momento que a Foto regista. E a realidade é esta: com ele ao leme, o País vai a pique, como o Titanic, já partido em dois: de um lado, o país dos Grandes Financeiros (nunca estes Acumularam tanto, como nestes anos de Governo do José-qualquer-coisa!); e do outro lado, o País dos Desempregados, mais de 700 mil, números reais, e todos os restantes, crianças, jovens e velhos por aí à deriva!
José-qualquer-coisa tenta impressionar. Diz então que a crise é “sistémica”. E, por isso, Portugal não pode superá-la, sozinho. Pede a mão do Patrão da Europa, braço direito-apontado-a-ele-feito-arma. E a Patrão, sem olhar para ele, convida-o, e ao seu lacaio ministro das Finanças, a jantarem com ela no Palácio-sede do seu Poder Financeiro. José-qualquer-coisa não tem como dizer que não. Aquele braço direito-feito-arma-apontada-a-ele é suficientemente persuasivo e ele lá vai. E ainda tem de dizer que se sente honrado com um tal convite. Porém, o Jantar que lhe é servido é o preço da sua total Capitulação. Ou comes do meu Dinheiro Acumulado e Concentrado e ficas meu Escravo-Caixeiro-Viajante histriónico que engana o Povo português, ou o meu Dinheiro come-te a ti e tu deixas de ser. No teu lugar, fica Nada!
É pegar, ou largar. E José-qualquer-coisa, como a mulher do Mito bíblico das Origens, pega e come do Fruto Proibido, o Dinheiro Acumulado e Concentrado, ou Poder Financeiro Global. Come e vem a correr para Portugal (há quantas noites ele já não dorme numa cama, só nos aviões e nos automóveis do Estado, para poder estar em todas e em todos os telejornais?!) dar a comer ao Povo, do mesmo Fruto Proibido. E ficam ambos nus. Ele e o Povo. Ficam ambos Comidos. Digeridos pelos Mercados do Poder Financeiro Global. Nus. Comidos. Digeridos. E, um dia destes, Defecados!
Somos cada vez mais as Fezes do Poder Financeiro Global, à semelhança dos Povos Empobrecidos e Crucificados de África e da América Latina. Por isso, fazem-nos passar o tempo a tomar overdoses de Novelas, de Futebol dos Milhões, de ritos e de rezas, em redor de Párocos e de Pastores de Igreja que Enriquecem à custa da nossa Dependência deles. Somos cada vez mais as Fezes do Poder Financeiro Global, onde está incluído o Poder Financeiro Europeu, cujo rosto mais visível é Merkel, braço direito apontado como arma a José-qualquer-coisa, seu vassalo, seu refém, atento e reconhecido.
Continuemos a Festa no Titanic, já partido em dois. Do Desastre, inevitável, safam-se os Grandes Financeiros que desencadearam e têm em curso a Primeira Grande Guerra Mundial Financeira e, com ela, já quebraram a espinha dorsal aos Governos dos Países, e agora comem os respectivos Povos. E os Governos dos Países, em lugar de se aperceberem que estão a comer do Fruto Proibido e a dá-lo a comer aos respectivos Povos, continuam a comer desse Fruto e a dá-lo a Comer aos respectivos Povos. Vão por ajuda, e vêm mais depenados. Estamos a ser comidos, digeridos pelo Poder Financeiro. Mais um pouco, e somos as Fezes do Poder Financeiro que enchem Estádios de Futebol, Gritam Goooolo do Porto, Gooooolo do Benfica, vêem Novelas e vão a pé a Fátima ou a s.tiago-de-compostela.
Ou, como Povo, Fugimos para o Deserto. Ou somos, a breve prazo, as Fezes da Europa. Se fugirmos para o Deserto, em vez de para os estádios e os Shoppings, aprendemos a ser Pobres por Opção ou por Convicção. Recusamos o Fruto Proibido, o Dinheiro Acumulado e Concentrado. E Nascemos de Novo. Pobres por Opção ou por Convicção. Mulheres e Homens de Pé. Nos antípodas do José-qualquer-coisa! Decidamo-nos. Porque, ontem, já era tarde!
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Declaração da Diocese Gestora da Empresa Fátima S. A. ataca o mais mediático Padre Exorcista Católico de Portugal. “Não se reconhece ao senhor Humberto Gama qualquer legitimidade para actividades religiosas e de exorcista”
A Declaração é, no mínimo, chocante. Porque pertence à Diocese de Leiria-Fátima, gestora da Empresa Católica Fátima S. A., Exploradora da Mentira de Fátima e das suas inventadas “aparições” da Virgem, em 1917. Uma invenção-encenação artesanal e tosca, da responsabilidade de boa parte do Clero católico de Ourém, à época, sob a batuta do Cónego Formigão, disfarçado, durante anos, sob o pseudónimo de Visconde de Montelo. O que faz o Pe. Humberto Gama é objectivamente reprovável e condenável. Mas o que faz a Diocese de Leiria-Fátima, gestora da Empresa Fátima S. A. é um milhão de vezes mais reprovável e condenável do que os “exorcismos” que o Pe. Humberto Gama faz na sua pequena empresa exorcista, sedeada próximo do santuário de Fátima. A Diocese ainda deveria agradecer-lhe. Reconhecê-lo e promovê-lo. Porque ele mais não faz do que Enganar, em escala muito diminuta, as Populações atormentadas por doenças do foro neurológico, que os Especialistas encartados, mas preguiçosos e rotineiros, frequentemente, despacham com fármacos, quando as deveriam Acolher e Escutar com Inteligência Cordial. E também com Tempo. Porque os fármacos, quando substituem os Afectos, são como bombas que destroem o Cérebro das Populações afectadas com graves problemas neurológicos.
Ora, o Pe. Gama não receita fármacos, mas habilmente faz-de-conta que Acolhe e que Escuta as pessoas que o procuram. Está sempre na mira do Dinheiro que elas, no final, lhe depositarão nas mãos, ou na bolsa, mas é até capaz de dizer às pessoas que não é nada, porque sabe que elas lhe entregarão muito mais do que se ele tivesse uma tabela, de acordo com o tipo de “demónios” a expulsar com os seus “exorcismos”. Se é um “demónio” que, só com ver o Pe. Gama com a estola ao pescoço e a arregaçar as mangas, para o que der e vier, logo sai da paciente (as mulheres, muito mais do que os homens, são as preferidas dos “demónios”, certamente, todos machos!), o preço teria de ser bem mais reduzido do que, se o “demónio” é uma “legião”, como se diz de um certo “endemoninhado” que Jesus enfrenta no seu país sob o domínio do Império Romano. Se o nome do “demónio” é “legião”, isso quer dizer que tem tanto Poder destruidor como uma legião romana. E só mesmo o preço de uma vara de porcos é que será suficiente para pagar semelhante “exorcismo”.
Claro que Jesus não tem nada a ver com o que faz o Pe. Gama. Nem o Pe. Gama tem nada a ver com o que faz Jesus. O Pe. Gama é a mais acabada antítese de Jesus. Porque Jesus, como Presença Maiêutica e Verdade Praticada entre nós e connosco, lá onde o deixam activo, faz sair da Mente das Pessoas que o Acolhem, Escutam e Prosseguem a sua mesma via, toda a Ideologia e toda a Idolatria que habitualmente andam lá alojadas como “demónios”, isto é, como Inimigos de cada Ser Humano concreto, historicamente situado. Os Donos dos Escravizados por essa Ideologia e Idolatria dos Donos, não suportam uma Presença assim, entre os seus Escravizados, porque lhes rouba Clientes, Súbditos, ao abrir-lhes os olhos das suas Mentes. E, por isso, Expulsam Jesus, para poderem continuar com a sua Ideologia e Idolatria a fazer das deles! E, em lugar de Jesus, fornecem aos Escravizados pela sua Ideologia e Idolatria, um Mito, muito antigo, chamado Cristo. E, com ele, têm os Escravizados todos no papo!
Pior, um milhão de vezes pior que o procedimento do Pe. Gama, farsante e oportunista q. b., é o procedimento dos agentes todos da Empresa Católica Fátima S. A. Porque, às Populações com Problemas do foro neurológico, os agentes da Empresa Fátima S. A., espalhados por todas as Paróquias do País e do Mundo, receitam-lhes que façam promessas de irem a Fátima a pé e de deixarem lá parte ou mesmo todo o seu ouro, sempre de acordo com a máxima popular que eles exploram até ao osso, “Vão-se os anéis, ficam os dedos”. Ou então receita-lhes a reza de muitos terços. Ou ouvir muitas missas. Mas sempre junto com entrega de dinheiro, nem que seja o último cêntimo.
O Pe. Gama não é um concorrente da Empresa Fátima S. A. É uma espécie de Precursor da senhora-deusa de Fátima. Porque implantou a sede da sua pequena empresa exorcista próximo do Santuário da dita. E se aquelas mulheres que ele “apalpar” e sugar o dinheiro, depois de serem “apalpadas” por ele, se sentirem um pouco mais aliviadas, vão a correr agradecer à senhora de Fátima, ali mesmo à mão de semear. E do agradecimento, faz parte a entrega de dinheiro, o mais que elas puderem oferecer! Como é que a Diocese de Leiria-Fátima não vê o óbvio e condena o Pe. Gama?!
Ao comunicar urbi et orbi que o Pe. Gama, ordenado padre pela Igreja católica romana, é apenas “o senhor Humberto Gama”, e não padre católico romano, está a dar um tiro no próprio pé. Tem-no como um concorrente da Empresa Fátima S. A., quando ele é um aliado. Porque, também nesta situação se aplica aquele princípio, “Quem não é contra nós, já é por nós”. E, se o Pe. Gama fosse contra a Empresa Fátima S. A., nunca iria plantar a sede da sua pequena empresa exorcista, nas proximidades do santuário mais idolátrico e mais mentiroso do Mundo. E, também, o mais Explorador-Sugador das Populações com Perturbações do foro neurológico e outras, decorrentes daquelas. Decididamente, o Vigário-Geral da Diocese, Padre Jorge Manuel Faria Guarda, que assina o Comunicado, deveria ser despedido pela Empresa Fátima S. A. Mas, antes dele, teria de ser Exonerado o respectivo Bispo Titular, o Gestor-mor do Negócio e da Mentira! Ao que nós chegamos!
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Missão 2010 em balanço apresentado pelo próprio Titular da Diocese do Porto, na sua Casa de Vilar Um Desastre em toda a linha que o Bispo Manuel Clemente transubstanciou em Feito Maior, a prosseguir nos próximos anos! Choremos!
O Documento final, “É este o Tempo, o Sinal e o Mandato”, tem 1595 palavras, num total de 10092 caracteres, espaços incluídos. E consegue a proeza de nem uma única vez pronunciar o nome Jesus. “Tudo nasceu – começa por recordar – da necessidade advertida e sentida de repropormos Cristo [sublinhado JF] como luz e companhia de todos, fora e até dentro das comunidades cristãs.” Tal e qual. E, em síntese, quais as actividades mais destacadas e a percentagem de adesões? Eis: “as acções que tiveram maior repercussão nas comunidades, segundo a avaliação feita: Janeiras, 68, 7 %; “Fontes da Alegria” (Taizé), 58, 6 %; Compassos, 60, 5 %; “Frágeis”, 61, 5 %; Devoções marianas, 60, 2 %: “Morreste-me”, 52, 7 %. Significativamente, concentram-se em quatro motivos maiores: Cristo – Maria – Enfermos – Oração, particularmente potenciados pela Missão 2010.”
Esfreguemos bem os olhos e voltemos a ler, de modo particular os títulos dos quatro motivos maiores: Cristo. Maria. Enfermos. Oração. Afinal, é isso. Não nos enganamos: Cristo. Maria. Enfermos. Oração. Eis a Missão 2010, na Diocese do Porto, a que se associou, em 14 de Maio 2010, o próprio Papa Bento XVI, com uma missa, cheia de pompa e circunstância, muitas bandeirinhas a acenar nas mãos de Multidões Arregimentadas pelos Párocos e Leigas-Leigos para-párocos, que não sabem o que fazem, nem entendem o que dizem, muito menos o que ouvem da boca dos clérigos que as dirigem e manipulam, quase sempre, de modo arbitrário e autoritário, monárquico. Em nome de Deus, o dos Sacerdotes!
Como se vê, a Missão 2010, na Diocese do Porto, andou, durante os 365 dias do ano, à volta das Janeiras, de espectáculos orantes e alienantes de jovens orquestrados por um Monge de Taizé (França), de Compassos-venha-a-nós-o-vosso-dinheiro, de “frágeis” ou Enfermos arrastados para uma missa no Pavilhão Rosa Mota, para RTP mostrar, de devoções-procissões marianas com a imagem da mítica deusa virgem-e-mãe dos primitivos cultos do Paganismo, de Santos Populares com arraiais de comes-e-bebes-e-missas-e-música-pimba, e de distribuição de um folheto com uns dizeres Episcopais, no “mês-das-almas” (puro Paganismo animista!).
Anúncio do Evangelho ou Boa Notícia de Deus Criador, nosso Abba-Mãe, que é o próprio Jesus, o camponês de Nazaré, o filho de Maria, mai-la sua Revolução Antropológica-Teológica, feita de Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas e de Duelos Teológicos Desarmados, nem por uma vez sequer, em todo o ano 2010! Os Bispos Residenciais, Sumos-Sacerdotes do Catolicismo Romano e Constantiniano, não suportam Jesus. Eles próprios apresentam-se às Populações, bíblica e teologicamente, Impreparadas, como “os sucessores dos Apóstolos”. Sem quererem, dizem bem o que são: prosseguidores dos Doze, liderados por Pedro, que Resistem activamente a Jesus e, por fim, acabam por o Trair e Entregar aos Sumos-Sacerdotes do Templo de Jerusalém que, por sua vez, o matam na Cruz do Império de Roma, a do Imperador, hoje, a do Papa! São, por isso, também eles, Traidores de Jesus. Inimigos de Jesus. Opositores de Jesus. Não o Prosseguem e ao seu Projecto Político Maiêutico. Traem-no. Vendem-no. E, em seu lugar, prosseguem um Mito bíblico chamado Cristo que, todos os anos, nasce, é morto, ressuscita-e-sobe-ao-céu, para, meses depois, voltar a nascer, voltar a ser morto, voltar a ressucitar-e-a-subir-ao-céu. E assim, sucessivamente.
Só um Mito assim, sem nada de Real, justifica o Poder que eles são e que é o Cristianismo na sua versão católica romana e nas suas versões protestantes, lobos disfarçados de cordeiros, comerciantes-sem-alma, disfarçados de santos, Sua Santidade, Sua Eminência, Sua Excelência Reverendíssima.
O pior é que a Missão 2010 é para continuar. Lá para o Verão, a Diocese dirá como em concreto. E andam milhares e milhares de mulheres, homens, casais, raparigas, rapazes, catequistas, párocos, a maioria já Esgotada pelos anos, uma minoria ainda jovem-com-vocação-para-o-Dinheiro Acumulado, a dar o melhor das suas vidas para Isto. É uma dor de alma. É um Escândalo. É um Crime. Ninguém o diz. Ninguém o reconhece. Ninguém o denuncia. Todos fazem de conta. E aplaudem o Bispo. Porque, no fundo, as Populações que residem no território, diocese do Porto, é do que gostam. De Banalidades Religiosas. De Ópio Religioso. De Devoções. De Peregrinações a santuários. De Procissões de velas, em ruas electricamente iluminadas. De Andores com imagens e Notas de euros ou de dólares à mistura. De senhoras disto e daquilo. O Cristianismo, desde o princípio, sabe destes gostos das Populações. E vende-lhes overdoses dessa Mercadoria Religiosa, uma semana após outra, um ano após outro. Que para isso, o Cristianismo nasceu. Crucifica Jesus, o filho de Maria, plena e integralmente Humano e vende às Populações um Mito, chamado Cristo.
Escutem, a concluir, estas palavras finais do Documento apresentado pelo Bispo: “Acolhamos com renovada actualidade as palavras missionárias de Cristo [sublinha JF] aos discípulos: «Levantai os olhos e vede os campos que estão doirados para a ceifa!»”. E remete-nos para o Evangelho de João 4, 35, como a provar a sua autenticidade. Só que, se nos dermos ao trabalho de ir ler o Evangelho de João, 4, 35, constamos que quem lá é posto a dizer estas palavras é Jesus. Não é Cristo, um Mito bíblico! E di-las, num contexto Histórico-Teológico que não tem nada, literalmente nada, a ver com o contexto histórico-Teológico da Missão 2010. Não é pura Manipulação Episcopal? Não é pura Mentira? Não é puro Crime? É! Choremos, pois!
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Edição n.º 18
1 MARÇO 2011
Encenou um Sequestro, com tudo de Gesto Profético. Incompreendido pelo douto Juiz de Instrução, acaba por se Suicidar na Cadeia, 6 dias depois!
No dia 23 de Fevereiro, sequestra e mantém sequestrada, durante cerca de uma hora, na zona de multibanco de uma dependência bancária do Porto, uma Mulher, 43 anos, enfermeira de profissão. Com a intervenção da Polícia, liberta a Mulher e é levado pela mesma Polícia perante o Juiz de Instrução que decide a sua prisão preventiva, indiciado pelos crimes de sequestro e ofensa à integridade física. Despejado na Cadeia de Custóias, o Homem, de 31 anos, Desempregado, residente no Porto, suicida-se, ao sexto dia de prisão. Não aguenta a Tortura do Desemprego, aos 31 anos de idade. Muito menos, a Prisão Preventiva, decidida por um douto Juiz de Instrução, só por ter querido chamar a atenção de quem de direito e do País, para a sua Desesperada Situação de Desempregado, ao 31 anos de idade.
É certo que o seu Gesto, com muito de Profético, apesar da relativa violência com que se Encena, envolve uma Mulher que, sem querer, se vê, de repente, “apanhada” a fazer parte desse Gesto. Mas o Sequestro é, manifestamente, apenas Isso: um Gesto com muito de Profético, dado que o Homem cedo desiste dele, após a intervenção da Polícia. E sem ter causado qualquer outro dano à Mulher em causa.
Não terá entendido assim, o douto Juiz de Instrução, perante quem o Homem de 31 anos, Desempregado, é conduzido pela Polícia. Para lá de o indiciar pelos crimes de sequestro e de ofensa à integridade física, ainda o coloca em Prisão Preventiva, na Cadeia de Custóias. Sem solução para a sua Desesperada situação de Desempregado, o Homem, com apenas 31 anos de idade, ao sexto dia, depois do Gesto Profético que não é assim entendido pelo Juiz de Instrução, suicida-se na Cadeia.
E quem de direito no País, concretamente, o primeiro-ministro José-qualquer-coisa, está-se nas tintas para este Facto Maior. Tanto assim, que, poucas horas depois do Suicídio ser Anunciado ao País, já está, por sua vez, a anunciar ao Povo, no final de uma Conferência em Lisboa com os grandes Banqueiros portugueses, que vêm aí novos cortes sobre quem ainda trabalha ou recebe reforma, ou está Desempregado, para que, desse modo, o Défice do Estado não ultrapasse os 4,6% previstos, para este ano de 2011.
Nem que os Suicídios de Desempregados se sucedam a um ritmo cada vez mais alucinante, primeiro, é preciso valer ao Dinheiro, aos Bancos, aos grandes Banqueiros e ao Desgoverno do País, vítima de um primeiro-ministro que o não sabe ser e só se preocupa em perpetuar-se no lugar, que lhe garante Passeios e mais Passeios pela Europa e pelo resto do Mundo, por conta dos Contribuintes. Para lá das múltiplas e assíduas presenças nos telejornais.
Os grandes Sindicatos e respectivos dirigentes, mais ou menos vitalícios nos seus postos, virão já aí com o anúncio de novas Greves, novas Manifs, novos Protestos. Parece que nem eles percebem que, quanto mais vão por essa via do Costume e de mais do Mesmo, o Poder Financeiro Global sai cada vez mais reforçado. Porque os Povos e os dirigentes dos Sindicatos e dos Partidos que dizem defender os Povos, continuam a fazer passar a mensagem de que a Solução / Salvação dos Povos reside nele, o Grande Poder Financeiro. Pelo que basta exigir que ele, em lugar de nos Comer a todas, todos, duma só vez, nos Coma um Pedaço, cada dia, numa Tortura que os menos Resistentes não aguentam e se Suicidam. Como este Homem de 31 anos, Desempregado, que, em resposta ao seu Gesto Profético, Encenado de Sequestro, é Preso preventivamente na Cadeia de Custóias. Por douta decisão do Juiz de Instrução. Quando o Homem apenas pretendia sair da Desesperada Condição de Desempregado, a que se viu condenado, aos 31 anos de idade por quem de direito. Para onde estamos a levar o País, a Europa e o Mundo?!
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O beija-mão dos Embaixadores, acreditados em Lisboa, ao Aníbal, presidente E o decano, de vermelho vestido, aos Costumes, disse Nada!
Para os embaixadores acreditados em Lisboa, o Ano Novo de 2011 só começou no dia 25 de Fevereiro, quando todos vão ao beija-mão do Presidente Aníbal, o da República, com tudo de mesquinho, de beato, de vingativo e de números financeiros, na cabeça e na fala cheia de tiques, nada de República, Res Publica = Coisa Pública. Mas que querem? É o que um quarto das portuguesas, dos portugueses, com direito a voto, escolheu nas últimas eleições presidenciais. Eleito apenas por um quarto, faz questão de se apresentar, nos próximos 5 anos, como o presidente de todos. Por mim, dispenso bem, os seus serviços. E, como eu, todas, todos deveríamos dispensar.
É o chefe do Estado, este Estado português concreto, que nos massacra com impostos e mente, todos os dias. Um verdadeiro sorvedouro da Riqueza produzida, que nunca é Repartida segundo as necessidades de cada qual, enquanto houver um Estado com os seus inúmeros agentes e funcionários de luxo, mais Espinheiro do que Oliveira, que Exalta os Grandes Corruptos Financeiros e os Grandes Banqueiros, no vértice da Pirâmide, e Humilha o seu próprio Povo que vive na base da Pirâmide. Frutos de um Estado assim? Só os Espinhos e os Abrolhos, como quem diz, só os Impostos sobre quem ainda trabalha por conta de outrem, com os quais são pagos todos os seus luxos-de-estado, todas as suas viagens-de-estado, todas as suas comesainas-de-estado, todos os seus brinquedos-de-guerra-de-estado! E todos os seus Crimes-de-estado.
O beija-mão, ou Apresentação de cumprimentos, junta, no Palácio de São Bento, todos os embaixadores acreditados em Lisboa. De países, supostamente, amigos do Estado português. Não do Povo português! Embaixadores, qual deles, o mais mafioso. Dizem-se Embaixadores, mas são mafiosos. E usufruem de Privilégios, exclusivos de Embaixador. Um deles é que o chão português onde está instalado o seu Palácio ou Embaixada é território estrangeiro, não português. É do país que coloca cá um Embaixador. Outro Privilégio, é o Embaixador nunca ser Incomodado pelo Estado Português. Nem pela sua Polícia Judiciária. É um Espião (para quem ainda tinha dúvidas, ou desconhecia o facto, o wikileakes, com as suas escandalosas revelações, acaba de as desfazer) que, regularmente, envia informação ao seu Patrão, o chefe de Estado que o nomeou. Chama-se a esta Espionagem, Diplomacia. Cada Estado espia os outros Estados. Cada Estado tem bem consciência de que é uma Máfia, disfarçada de Estado. E de que os demais Estados, Máfias são. As informações seguem secretas. Em mala diplomática que nunca pode ser aberta em fronteira nenhuma. Sob pena, de poder ser declarada Guerra ao Estado Prevaricador!
Cada Embaixador apresenta-se a este beija-mão oficial e anual, vestido a rigor. De fraque. Calça preta vincada. Sapato a condizer no seu brilho sem ponta de pó sobre. Todos iguais. Tudo-faz-de-conta. Tudo Hipocrisia. A sessão anual de Cumprimentos é um Degradante Espectáculo. Mas de Luxo. De Hipocrisia. Eu escrevi, antes,Todos iguais? Perdão! Todos, menos um. O decano dos Embaixadores que, por coincidência, é sempre o do Vaticano. É tão desigual, que nem sequer é designado Embaixador. Faz-se chamar, Núncio Apostólico! Assim é que é, Núncio Apostólico! E Representa, não o Estado do Vaticano, territorialmente, pequeno de mais, para tanta Vaidade, para tanto Privilégio, para tanta Opulência Eclesiástica. Representa a Santa Sé, de sua Santidade, o Papa. Ah! E veste de vermelho, dos ombros aos pés. Uma veste Imperial. Sacerdotal. Sociologicamente, mais de Fêmea do que de Macho. Como, de resto, o seu Patrão-mor sempre se apresenta vestido, dos ombros aos sapatos especiais e únicos, de papa. Só que, todo de um banco imaculado. De vermelho, só mesmo os sapatos!
Na Circunstância, cabe ao Decano, destinado a Cardeal, logo que deixar o cargo de Embaixador em Lisboa, usar da palavra, perante o presidente Aníbal. Os outros mafiosos iguais a ele, porventura, menos mafiosos que ele, ouvem. E aplaudem. Será expectável que ele se faça porta-voz de todos os Silenciados. Mas não. Fala só em nome de Sua Santidade, o Papa. E o que diz? Nada. Bota discurso, mas diz Nada. Porque o Poder Monárquico Absoluto, para mais vestido de vermelho ou de branco e de Sacerdote, sempre diz Nada. A Hipocrisia é o Nada. O Sacerdócio é o Nada. E o Núncio Apostólico não escapa à regra. Que para isso é Núncio Apostólico. Para falar, sem dizer Nada. Já quando envia a mala diplomática, as palavras escritas pelos seus assessores e assinadas por ele, dizem algo de real e de concreto. E muito. Todos os resultados da sua Espionagem. Tudo bem escarrapachado. Não em código. Porque a mala diplomática é inviolável! Não assim, a apresentação de Cumprimentos ao chefe de Estado, Aníbal. Aqui, as palavras dizem Nada, porque são sopradas pela Hipocrisia e perante as tvs e as rádios.
Ora atentemos neste naco do discurso do decano: Apesar “dos ventos da história, no âmago do seu sentir [o do Povo português] pulsa, ainda, a energia da fé cristã”. Acham que estas palavras têm alguma Substância? São o protocolar “nariz de cera” do Costume. Nada mais. Mas não se espantem. D. Rino Passigato – é este o nome do Núncio de turno – sabe que, no fim deste mandato, tem à sua espera o barrete cardinalício. Mas, para chegar a recebê-lo, tem de se portar à altura. Porque ele é o Espião-mor ao serviço do Vaticano, mas ele sabe que também está a ser Espiado. As Máfias não fazem nada de improviso. Até o seu Espião-Mor é Espiado. E nunca sabe por quem. Sabe que está a ser espiado, mas não sabe por quem. E se quer ser agraciado com o barrete cardinalício – Igreja, Isto?! – tem de se portar à altura. Sem deslizes. Por isso, quando abre a boca, diz palavras. Mas as palavras que diz, dizem Nada!
Resta a pergunta, incontornável? Mas por que raio, hão-de os povos precisar de Espinheiros deste calibre? E sustentar Espinheiros deste calibre?! Estados e agentes ao serviço dos Estados? Quando Crescemos de dentro para fora e nos Assumimos na História, sem estes exércitos de Espinheiros que medram à nossa custa e ainda se fazem chamar D. Fulano de tal, Senhor Embaixador, Chefe de Estado, Primeiro-Ministro, Deputado da nação, General, Juiz e por aí fora?!
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O teólogo basco, José António Pagola, e o seu livro Jesus. Aproximação histórica. Cúria do Vaticano dá mais um tiro na cabeça das pessoas e dos Povos, mas nem assim consegue Matar Jesus a quem ela persegue, desde a fundação do Cristianismo por Pedro-e-Tiago, difundido, depois, por Paulo e, finalmente, imposto urbi et orbi pelo Império Romano
A Congregação para a Doutrina da Fé, ou Sagrada Congregação da Romana e Universal Inquisição, de seu nome anterior, acaba de abrir um processo contra o livro, Jesus. Aproximação Histórica, do teólogo basco, José António Pagola. Primeiro, foram os bispos do Estado Espanhol que atacaram o Livro e o Autor. Chega, agora, a vez da Cúria Romana.
Suas Eminências, os Cardeais da Cúria Romana, não suportam Jesus. Os Bispos escolhidos e nomeados por eles, na pessoa do Papa de turno, também não. E os presbíteros, ordenados pelos bispos diocesanos e, depois, convertidos em Sacerdotes e nomeados párocos desta e daquela paróquia, também o não suportam. Nem a Jesus nem à sua Revolução Antropológica-Teológica.
Nem Jesus, nem a sua Revolução Antropológica-Teológica têm lugar na cabeça destes homens celibatários, condenados a eunucos por toda a vida e por amor do Império Eclesiástico que os assinala e reconhece como os seus funcionários e os coloca à frente de lugares e de cargos de Poder e de Dinheiro. Todos estão proibidos de cultivar e alimentar Afectos. Todos têm de ser Funcionários do Religioso, a tempo integral. Todos estão formatados para presidir no Altar. Todos têm de vestir de fêmea, quando presidem aos ritos religiosos. Todos têm de ser celibatários à força por amor do Institucional Religioso-Eclesiástico. Todos, na esteira de Pedro, o chefe dos 12 Apóstolos, e na esteira dos Doze, dos quais, até, se dizem seus Sucessores, têm de Renegar Jesus e a sua Revolução Antropológica-Teológica. Todos têm de fazer do Código de Direito Canónico e do Catecismo da Cúria Romana o único Evangelho que hão-de impor aos Povos das nações. Todos têm de reconhecer a Infalibilidade do Papa e ter as suas palavras como Palavra de Deus, o Deus-Poder da Cúria Romana. Todos têm de viver unidos em torno do Poder Papal, Poder de Deus, Monarca Absoluto. Ou assim, ou são admoestados, depois, processados, depois, caluniados, depois castigados pelo Tribunal Eclesiástico, depois Excomungados. Ou, simplesmente, Ignorados. Como seres Não-Existentes.
Felizmente, nem todos acatam às boas as regras impostas, sob pena de condenação eterna. E Rebelam-se contra as Regras Canónicas. O teólogo José António Pagola é um destes que não está a acatar todas as regras impostas. E já tem à perna os Cardeais da Cúria Romana. Vão analisar à lupa o seu Livro. Vão condená-lo à Fogueira. Vão massacrar o seu Autor, com inquéritos e mais inquéritos, aos quais ele tem de responder, dentro dos limitados prazos. E, se ele não Abjurar da sua própria Mente, sobretudo, da sua Consciência e da sua própria Convicção, verá o seu nome maldito. E os que hoje o apoiam, amanhã, são os primeiros a admitir que ele exagera, que é orgulhoso, que haveria de reconhecer os próprios erros. Numa palavra, deveria Submeter-se à Cúria Romana, pedir perdão e tornar-se Coisa Sagrada, uma Múmia Humana, Estátua de Altar.
Fiquemos atentos aos próximos capítulos. E veremos. Mas, pelo andar da carruagem, o próprio teólogo já começou a ceder. Já fez umas “correcções” no seu Livro e, graças a elas, a sua mais recente Edição, acabada de chegar às livrarias, até já aparece com o “Nihil Obstat” de um Bispo titular. Mais uns apertos do Vaticano e o teólogo Pagola Renegará Jesus. Em seu lugar, coloca o Cristo, ou Jesus-Cristo de Pedro-e-Tiago, difundido, depois, por Paulo e, finalmente, imposto urbi et orbi pelo Império Romano e o seu Papa, sucessor de Pedro, o que Renegou Jesus! E os Povos das nações lá continuarão a viver nas Trevas. Na Idolatria. Com o Poder Financeiro Global, como o único Senhor do Mundo. O único Deus. Que assim quer e manda o Papa, o Infalível. E o seu Cristo todo-poderoso.
Sexta-feira, 22 de Abril 2011
Decididamente, as Igrejas cristãs vivem fora da História, tal e qual o seu mítico Cristo Como celebrar festivamente a Páscoa, quando os faraós do Poder Financeiro Global estão aí com as suas troikas, como a que por estes dias está em Lisboa, a Roubar, Matar e Destruir os Povos e o planeta Terra?
Desculpem, mas tem de ser dito. Sem mais rodeios. Os dirigentes das Igrejas cristãs e do Cristianismo são uns Cínicos. Tal e qual como os dirigentes do Judaísmo davídico, em Abril do ano 30, concretamente, os Sumos-Sacerdotes de Jerusalém, o Sinédrio (Anciãos) e os Doutores da Lei. E porquê uns Cínicos? O País, a Europa e o Mundo estão, Hoje, totalmente dominados pelo Poder Financeiro Global – um Domínio sem precedentes na História! – e os dirigentes das Igrejas cristãs, com destaque para os dirigentes da Igreja cristã católica romana, com o Papa de Roma, à cabeça, os Bispos residenciais em cada Diocese, os párocos em cada paróquia, metem-se nas basílicas, nas catedrais e nos templos paroquiais a celebrar ritualmente a Páscoa!!! E convocam as populações de cada país, não a fugirem para o Deserto, rumo a um Mundo outro, sem Poder, nos três Poderes em que ele hoje subsiste e actua, como Ladrão e Assassino Institucional, mas para celebrarem ritualmente com eles a Páscoa!
Quando a Páscoa, historicamente, começa, no Subversivo Testemunhar do livro bíblico do Êxodo, por ser protagonizada pelos Escravos Hebreus e outros, no antigo Egipto dos faraós, que fogem do Egipto e dos seus Opressores, os faraós, para o Deserto, movidos e galvanizados por um Projecto Político de libertação para a Liberdade e para a Autonomia. Ora, comparados com o actual Poder Financeiro Global, cujas troikas, cientificamente, preparadas e organizadas, estão aí Hoje a trabalhar dia e noite, sem feriados nem domingos contra os Povos das nações, os faraós do antigo Egipto bíblico pouco mais são do que um tigre ou um lobo de papel (com perdão para os tigres e os lobos, animais nossos irmãos, vítimas, também eles, do Poder Financeiro Global!).
Por isso, o Acto dos dirigentes das Igrejas cristãs e do Cristianismo, embora apenas litúrgico, perfaz, particularmente, neste Momento Histórico português, europeu e mundial, uma Monstruosidade antropológica-teológica, de lesa-Populações e de lesa-Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos, indistintamente, de todo Intolerável. Ou a simbólica cristã litúrgica é uma batata! E é tanto mais Intolerável, quanto os dirigentes das Igrejas cristãs e do Cristianismo que a tudo presidem, estão convencidos – Ingenuidade sua, ou Perversão?! – de que, com este seu acto, dão glória a Deus. Sem nunca se aperceberem que o Deus, a que dão glória, é um Ídolo, projectado-criado, no início da Animalidade Racional, pelos Sacerdotes, uma espécie de monstros sagrados, no âmbito dessa Primitiva Sociedade globalmente religiosa, e mantido, hoje, não só por eles, mas também por uma outra espécie de monstros sagrados, de todo seculares e laicos, que são os Grandes Financeiros do Mundo, os novos Sacerdotes do mesmo Ídolo, o Senhor Dinheiro!
Cínicos e Cegos que são!
São uns Cínicos. E uns Cegos. Por isso, Cruéis. Vêem os Povos do Planeta, e o Planeta, a serem cientificamente Roubados, Assassinados, Destruídos pelos Grandes Financeiros, o Mercado Global, e fazem de conta. No seu Cinismo, na sua Cegueira e na sua Crueldade, continuam a falar de Ressurreição e de vitória sobre a Morte. Ressurreição Mítica, falta dizer. Vitória Mítica sobre a Morte, falta dizer. Porque a Realidade Histórica é a única que conta, para nós, Seres Humanos e Povos e para Deus Criador, nosso Abba-Mãe. Não a Mítica.
Como justificação, e fundamento deste seu Cínico agir, neste Século XXI, que, felizmente, está a milhas dos Séculos da Idade Média, os dirigentes das Igrejas cristãs e do Cristianismo valem-se de um Mito, chamado Cristo, que todos os anos eles próprios fazem nascer e, pouco tempo depois, já fazem morrer pelos nossos pecados. E, menos de 48 horas depois, já o fazem ressuscitar / sair do Túmulo, como o Vencedor da Morte. E isto, ano após ano, geração após geração. Segundo Regras ou Cânones há muito definidas, definidos, às quais, aos quais cada geração que vem a este Mundo tem de se submeter, sem a mais pequena possibilidade de Dissentir. Porque, se alguém o faz, é de imediato rotulado de Ateu, Herege, ou mesmo Louco, e completamente Ostracizado pelos dirigentes das Igrejas cristãs e os seus fiéis, também eles formatados por essas Regras, esses Cânones!
Cínicos e Cegos que são! Nem sequer querem ver que, Hoje, Século XXI, a Morte Real continua aí mais activa do que nunca, nas estradas dos múltiplos países do Mundo; nas sucessivas e múltiplas guerras que o Império Financeiro desencadeia e mantém em simultâneo, em diversas frentes; na Fome estrutural da esmagadora maioria dos Povos Empobrecidos pelo Poder Financeiro; nas Doenças Incuráveis, cujas causas só mentirosamente são naturais, porque, na verdade, são a inevitável consequência de estapafúrdios estilos de vida, impostos pela Publicidade do Mercado Financeiro, estapafúrdios estilos de vida esses, que envenenam o Ar, as Águas, o Ambiente, os Alimentos e todos os organismos vivos, em especial, os seres humanos, sem dúvida, os mais frágeis de todos os organismos vivos!
Um Pecado contra a Luz
Há dois mil anos, que os dirigentes do Cristianismo e das Igrejas cristãs que dele nasceram, poucos anos depois, andam a anunciar aos Povos das nações e a realizar com eles esta mítica Páscoa de Mentira e de Crime, com tudo de Monstruosidade antropológica-teológica. Uma Mentira e um Crime, tanto mais graves, ambos, quanto constituem, objectivamente, um Pecado contra a Luz. E um Pecado contra a Luz, porquê? Porque a Luz – revela (= tira a máscara), o Evangelho de João, Capítulo 3, escrito por comunidades clandestinas, elas próprias, Clandestinidades Vivas no meio dos demais – vem ao Mundo, mas os dirigentes do Mundo preferem a sua própria Treva Ilustrada, à Luz, porque os seus Desejos, as suas Ambições, os seus Projectos e as suas Práticas Económico-Financeiras, Políticas e Religiosas são más, maus, intrinsecamente perversas, perversos. E todos aqueles que Praticam o Mal – sublinha o mesmo Evangelho de João – Odeiam a Luz, não se aproximam da Luz, nem deixam que a Luz se aproxime deles, para que os seus Desejos, as suas Ambições, os seus Projectos e as suas Práticas Económico-Financeiras, Políticas e Religiosas não sejam desmascaradas, desmascarados!
Parece uma Fatalidade histórica, mas não é. No começo deste Mal Estrutural e Institucional, está uma Opção, típica de Animais Racionais, chamados a Evoluir para Seres Humanos, mas que, sistematicamente, se têm recusado a avançar nessa Evolução. É uma Opção. Não é uma Fatalidade. No começo, a Opção poderá, até, ter sido apreendida e compreendida, como boa, dada a recuada fase da Evolução. Mas, Hoje, Século XXI, a Opção, reiteradamente assumida e renovada por cada nova geração de Animais Racionais que vem a este Mundo, é intrinsecamente Perversa, visto que as Consequências, daí resultantes, são gritantemente manifestas e Intoleráveis. Está Hoje aí bem à vista de toda a gente que semelhante Opção, feita Prática Histórica, feita Ordem Financeira Mundial, tem um único objectivo em vista: Roubar, Matar, Destruir os Povos e o Planeta!
A Luz, de que fala-testemunha o Evangelho de João, tem um nome histórico. Um nome de Ser Humano. Por sinal, o Último dos últimos dos Seres Humanos. É Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria. Mal sabe dele, o Poder, nos três Poderes em que subsiste e actua na História, bem tenta Jesus, faz tudo para fazer dele Poder, o seu agente histórico-mor, o Messias. Mas Jesus resiste e Cresce de dentro para fora, em idade, em estatura, e, sobretudo, em sabedoria e em graça. O Tentador – o Poder! – intensifica o assédio a Jesus, de múltiplos e sofisticados modos, inclusive, através da família de sangue e, mais tarde, do próprio grupo dos Doze que Jesus, ele mesmo, escolhe para andar com ele em Missão. Mas Jesus jamais aceita sair da sua condição de Ser Humano. Jamais aceita passar a ser outra coisa, concretamente, Poder / Messias.
Cristo no lugar de Jesus
Esta sua fidelidade ao Humano, até ao sangue, faz de Jesus, o filho de Maria, o primeiro Ser Humano pleno e integral, que a História dos Animais Racionais nunca antes havia conhecido, nem volta a conhecer, até Hoje. Ora, é nesta sua condição de Ser Humano pleno e integral, que Jesus é a Luz do Mundo. A Luz que o Poder, nos três Poderes em que subsiste e pelos quais actua na História, não suporta e Odeia de morte. Nem se aproxima dele. Nem deixa que ele se aproxime dele. Nem dos Povos das nações, todos sob o seu férreo Domínio. Muito menos, o acolhe, ou deixa que os Povos o Acolham. E, porque Odeia Jesus de morte, acaba por desfazer-se dele, em menos de três tempos. Mata Jesus na Cruz do Império. Precisamente, em Abril do ano 30, em Jerusalém, a capital do seu pequeno País e, segundo a concepção dos dirigentes do Judaísmo de então, também o umbigo ou o centro do Mundo.
Com esta Morte na Cruz do Império, Jesus – a Luz do Mundo – é totalmente banido da História. O seu nome torna-se Maldito para sempre. Os próprios Doze, todos cada vez mais fanáticos do Messianismo davídico, ficam totalmente desiludidos com ele e com a sua postura, em Jerusalém. Em consequência, traem-no todos e entregam-no, por meio de um deles, em nome de todos, aos Sumos-Sacerdotes, àquela época, os dirigentes máximos do Judaísmo messiânico davídico. E, pouco depois da sua Morte Crucificada, vão instalar-se em Jerusalém, em muito boas relações com os Sumos-Sacerdotes! Agarram-se, então, desesperadamente ao mítico Cristo ou Messias davídico e passam a anunciar em Jerusalém, e, a partir de Jerusalém, também ao Mundo, que o Cristo davídico morreu pelos nossos pecados e venceu a Morte, por isso, é o Cristo / Messias Vencedor.
A Mentira – de Mentira se trata, já que o Cristo ou Messias davídico é um Mito e não tem nada a ver com Jesus, o filho de Maria, Crucificado na cruz do Império Romano –ainda hoje continua aí a ser anunciada aos povos das nações e celebrada liturgicamente, ano após ano, com alguns dos membros desses Povos, assumidamente cristãos. Uns cristãos católicos romanos. Outros, cristãos protestantes. Mas cristãos, todos! Desconhecem por completo, uns e outros, que Jesus, não o mítico Cristo, ao Expirar na Cruz do Império, Dá-Entrega a sua Ruah ou Sopro Maiêutico, aos Povos do Mundo. Não ao Poder, nos três Poderes, em que o Poder subsiste. Aliás, à Ruah de Jesus, o Poder nem sequer a conhece, nem pode conhecer. Ela é, historicamente, Clandestina e actua, clandestina e maieuticamente, em pequenas Comunidades também clandestinas que vivem e actuam no Mundo dos Poderes (não há outro, na História), sem jamais serem dele. Por isso mesmo, todas, quando descobertas, são inevitavelmente Odiadas de morte pelo Poder, nos três Poderes em que ele subsiste.
Esperança intrinsecamente Maiêutica
Um destes três Poderes, nos quais subsiste e actua o Poder, Hoje, Financeiro Global, é precisamente o Poder Religioso, também e sobretudo na sua dimensão cristã-eclesiástica. Aliás, os dirigentes principais da Igreja cristã católica romana, os Bispos residenciais das dioceses, com o de Roma à cabeça, fazem, até, questão de, institucionalmente, se auto-designarem Hierarquia, ou Poder Sagrado. E, perante os que eles chamam de “fiéis, sempre se auto-apresentam, como “Sucessores dos apóstolos”, precisamente, os Doze que, na Última Semana de Jesus, em Jerusalém, o traem e cooperam activamente na sua Morte Crucificada. E que, depois da sua Morte Crucificada, se apressam a anunciar aos Judeus e ao Mundo que o Mítico Cristo / Messias davídico morreu pelos nossos pecados, mas que, ao terceiro dia, Deus o ressuscitou dos mortos. Pelo que ele é o Messias ou o Cristo vencedor da Morte. Ao mesmo tempo, anunciam e garantem que ele, ainda naquela mesma geração, vem em Poder sobre as nuvens do céu, implantar o seu reino vitorioso em toda a Terra!!!
Pois bem, também este falar dos agentes históricos do Poder religioso-cristão-eclesiático faz parte da Monstruosidade antropológica-teológica, que é a Páscoa do mítico Cristo davídico, na peugada da Páscoa dos Sumos-Sacerdotes, os dirigentes do Judaísmo davídico. Uma Páscoa nos antípodas da Páscoa de Jesus e totalmente contra a Páscoa de Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria, o da Missão Política ao serviço do Reino / Reinado de Deus Criador Abba-Mãe de todos os Povos, protagonizada por ele, entre meados do ano 28 e Abril do ano 30.
Por isso, se Hoje, Século XXI, ainda há Esperança fundamentada, mesmo neste Mundo totalmente dominado pelo Poder Financeiro global, é graças às pequenas Comunidades Clandestinas Jesuânicas que, desde a Galileia, acompanham e seguem Jesus, e que são constituídas por algumas Mulheres e alguns Homens sem nome, nomeadamente, aquelas Comunidades que Testemunham Jesus e a sua Missão Política, nos Evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas (este em dois volumes) e João, Evangelhos que elas sentem necessidade de escrever, depois que vêem surgir, por iniciativa de Pedro e os restantes dos Doze, e progredir, entre os Judeus de Jerusalém e, depois, entre os Judeus da Diáspora, o Cristianismo do mítico Cristo davídico.
Para que, assim, em lugar do mítico Cristianismo davídico, instituído contra Jesus e contra a sua Revolução Antropológica-Teológica, possa vir a ser conhecido pelos Povos das nações e, nessa medida, também Prosseguido por eles, Jesus, a sua mesma Fé Maiêutica, o seu mesmo Projecto Político Maiêutico e a sua mesma Revolução Antropológica-Teológica, que a Ruah dada-entregue por ele, ao Expirar na Cruz, sempre faz Acontecer e desenvolver na História, em Mulheres, Homens que se disponham a dar-lhe corpo nos seus corpos. Apesar de, por via disso, se verem constantemente Perseguidos, Denegridos, Caluniados e Ostracizados pelo Poder, nos três Poderes, a começar pelo próprio Poder cristão-religioso-eclesiástico.
Trata-se, pois, de Esperança Teológica, Jesuânica, fundada nesse Deus outro, Abba-Mãe, que nunca ninguém viu e que se nos revela definitivamente no Ser Humano pleno e integral, Jesus, o filho de Maria, o Último dos últimos dos seres humanos. Uma Esperança intrinsecamente Maiêutica, toda Entrega gratuita de vida e Combate Desarmado, toda Paz Desarmada. Toda Pão Partido que se dá a Comer, toda Vinho Derramado que se dá a Beber. Concretamente, em Mulheres, Homens opcionalmente Pobres, sem Poder, Dádivas vivas para os demais e com os demais. Sem que o Poder, Hoje, Financeiro Global, com todas as suas troikas, saiba como impedir de Acontecer na História. Ou, ao menos, controlar.
É graças a esta Esperança-em-Acção na História, que os Animais Racionais decidem PASSAR (PÁSCOA) dessa sua multimilenar condição, para a condição de Seres Humanos, plenos e integrais. Outros, Jesus. À medida que esta Páscoa outra Acontece na História, o Poder, nos três Poderes, Implode. Até que os Povos se tornem definitivamente Humanos, Sororais / Fraternos, Desarmados, Maiêuticos. Em estado de Liberdade e de Autonomia. E, com os Povos, o próprio Planeta Terra!
ND
A partir de hoje e, durante uma semana, ficam suspensas as Actualizações do JF e outras Actividades relacionadas com a minha página pessoal e no youtube. Para que tenhamos Tempo de Escutar-Mastigar-Assimilar a Mensagem que acaba de nos ser aqui Anunciada. Eu próprio sinto um profundo Apelo interior a viver estes 8 dias no Silêncio e à Escuta. Até como preparação próxima para o lançamento, dia 7 de Maio 2011, de SALMOS VERSÃO SÉCULO XXI. LIVRO 2 (na Bíblia, os Salmos 51 a 100). O último Livro da Trilogia que, juntamente com Novo Livro do Apocalipse, Edição Areias Vivas, e O Livro da Sabedoria, Edium Editores, consubstancia a Revolução Antropológica-Teológica, a mesma de Jesus, que urge ser Consumada, também por nós, neste Século XXI. Quem, porém, quiser continuar a frequentar o JF, faça-o, numa revisita aos Textos já lidos, ou deixados para trás, sem terem sido lidos. Desde 15 de Janeiro 2011, até hoje, há já muito para ler. Saibam, entretanto, que, também no Silêncio, fecundo Silêncio, dos próximos oito dias, a minha Comunhão com Vocês continua a ser total. Porque Vos amo. Fiquem, pois, com a minha Paz Desarmada e, tanto quanto possível, Maiêutica.
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Edição n.º 33
Terça-feira, 19 de Abril 2011
Vem aí o 25 de Abril 2011. E, mesmo com o FMI em Lisboa a vasculhar as contas do Estado e já de unhas cravadas nas gargantas das Populações mais indefesas, ainda há quem continue a festejar e a cantar-gritar 25 de Abril, sempre! Choremos!
Ontem, 18 de Abril, a uma semana do 25 de Abril 2011, recebi um convite, via email. Vem de um amigo residente numa freguesia do distrito do Porto. O Convite não é propriamente dele. É da Junta da freguesia onde reside e de duas Associações locais, uma, no âmbito do Teatro, e a outra, diz ter sido criada “para o desenvolvimento da freguesia”. O Texto do Convite refere, A JF de (…) vai, na segunda-feira 25 de Abril, às 15,30h, no salão polivalente, comemorar Abril e deixar um marco na história, para que não se voltem a repetir os dias do medo do escuro, do “papão”, da polícia política e de uma ditadura que culminou numa revolução. Um espectáculo com cantigas de Abril, interpretadas por (refere os nomes de três intérpretes, por sinal, todos machos), farão passar a mensagem aos mais jovens, aos filhos da madrugada de Abril, de uma parte importante da nossa história em que o povo se libertou dos grilhões com que o fascismo os acorrentava. E termina o Convite, 25 de Abril, sempre!
Li o Convite e comecei a chorar risadas de dor e de vergonha, como uma sábia maneira de me defender de tanta Alienação, não vá ela conseguir entrar na minha Mente e possuir-me como um Demónio real, não o mítico demónio das Religiões, que esse só submete quem, ingenuamente, ainda vive com medo de míticos deuses, míticas deusas. Nada que a mesma Fé de Jesus não destrua liminarmente e duma vez por todas! E dei comigo a responder, de imediato, ao Convite. Também via email. Depois dumas breves palavras para o amigo que mo veicula para mim, e me pede divulgação da iniciativa, reajo num tom militante, característico de quem vive permanentemente na Trincheira e em Deserto (não confundir com viver no deserto, igual a longe do Mundo, coisa humanamente mais Obtusa!):
Esta iniciativa, a festejar e a cantar-gritar 25 DE ABRIL SEMPRE!, quando o FMI está em Lisboa, a vasculhar todas as contas do Estado português e tem as unhas cravadas nas gargantas das Populações Portuguesas, pronto a asfixiar-nos, faz-me lembrar a tripulação do TITANIC que continuava a tocar-cantar-dançar, quando aquele gigante dos mares já ia a pique para o fundo! Se o Convite fosse para nos vestirmos de saco e de cinza e passarmos o dia, juntos, a pão e água, ainda vá lá. Agora assim, só prova que somos mesmo Sado-masoquistas ou Cínicos. Ou as duas coisas ao mesmo tempo. Perdoa-me, F., mas é o que me sai de dentro. Com Afecto e (alguma) Lucidez. No abraço,
Desconheço por agora o efeito que esta minha reacção pode vir a ter. Mas que gostava de a fazer chegar a todas as Populações do País (os três Poderes e os seus agentes históricos são parte do FMI e são os que o FMI tem cá por conta dele, para que as unhas dele nos cravem as garantas e nos asfixiem, por isso, são todos Surdos, Cegos, Alucinados, Mentirosos, Ladrões, Lobos, Assassinos, para que elas compreendam que o Fascismo de Salazar, comparado com este Fascismo Democrático Ocidental, é pouco mais do que um tigre de papel. Perseguia as Populações, é certo, prendia, censurava, matava, mas, à excepção de um ou outro caso, não nos atingia a alma, a identidade, a Mente Cordial, como faz, hoje, o Poder Financeiro Global, o Mercado, com a sua Ideologia e a sua Idolatria Laica.
Ao contrário do Fascismo de Salazar e da Pide, este Fascismo Democrático do Poder Financeiro Global reduz as Populações a compulsivos consumidores de Futebol, o das SADs-Máfias dos Milhões, a Coisas, a Lesmas, a Mercadorias. Como pode, então, alguém festejar e cantar-gritar, 25 de Abril, sempre!, quando as Populações Portuguesas já têm as unhas do FMI cravadas na sua garganta? Vítimas que somos deste tipo de Crimes contra a Humanidade, já basta para, comemorar Abril, a hipócrita e mentirosa sessão oficial do Estado Português, chefiado pelo Aníbal de Boliqueime, a realizar, nesse dia e no seu próprio Palácio Presidencial, com todos os chefes de estado que o precederam, no uso da palavra. Obviamente, o FMI, em Lisboa, não pode deixar de estar mais de acordo com esta comemoração e, quem sabe, se não vai também assistir a ela no Palácio do Aníbal, presidente! Choremos!
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Ciclicamente, a Páscoa, como, há 4 meses, o Natal. O Calendário litúrgico continua a reduzir Jesus, ao mítico Cristo davídico, num ritual de puro Paganismo em tudo semelhante ao de Osíris, deus Egípcio
Somos Século XXI. Mas as Rotinas cristãs, e cristãs católicas romanas, dos Séculos passados continuam a impor-se às Igrejas. E as Igrejas acabam convertidas e reduzidas a Religiões, um misto de Judaísmo Levítico e de Paganismo. Jesus, o da Missão ao serviço do Projecto Político de Deus Criador que vem desde antes da Criação, no decurso da Evolução, do Mundo, protagonizada por ele entre meados do ano 28 e Abril do ano 30, fica irremediavelmente sem lugar na História. E sem lugar na Sociedade, totalmente, dominada e formatada pelo Poder Financeiro Global, o Deus-Dinheiro. Jesus é Hoje o Não-Existente. Como Não-Existente é, também, a sua Revolução Antropológica-Teológica. Em seu lugar, as Igrejas cristãs, católica romana incluída, apresentam Cristo, misto do Mito davídico, designado Messias, e de Mitos do Paganismo, com realce para o mito deus-Osíris egípcio. Com esta postura, intrinsecamente religiosa, as Igrejas cristãs conseguem a triste proeza de banir Jesus da História e, até, da Memória dos Povos. E, com ele, banir, também, a sua Revolução Antropológica-Teológica. Por isso, o viver dos Povos no Planeta está como hoje se conhece, cada vez mais num beco sem saída! Sem lugar para os seres humanos e os Povos, reduzidos a Mercadorias.
A semana, iniciada no passado domingo, 17 de Abril e que termina domingo 24 de Abril, o primeiro dia de uma nova semana, é encarada pelas Igrejas cristãs, com destaque para a católica romana, como a Semana Maior, ou a Semana Santa. O seu mítico Cristo, que elas põem a nascer em 25 de Dezembro de 2010, é posto por elas a morrer, apenas 4 meses depois. E, para cúmulo, é posto a morrer, ao que elas repetem, até ao Absurdo, pelos nossos pecados. Nossos, dos seres humanos e dos Povos. Semelhante Monstruosidade antropológica-teológica é ensinada pelo Papa de Roma, urbi et orbi, graças às tvs de todo o Mundo. Por cada bispo, na respectiva catedral da diocese. Por cada pároco na sua igreja paroquial. Por cada Pastor na sede da sua igreja. E por cada catequista, no grupo de crianças / adolescentes que lhe está confiado. Duma Monstruosidade se trata, mas ninguém parece dar por isso, tamanha é a Rotina e a Habituação. Quando nascemos, já assim se ensina. Crescemos, e pomo-nos a ensinar também. E as gerações que vêm depois de nós, certamente, não farão outra coisa.
Será que não farão? As cúpulas das Igrejas bem se esfalfam para que assim seja. Mas o Século XXI não é apenas continuação do Século XX, como o Século XX foi muito continuação do Século XIX e, assim, sucessivamente, para trás, no tempo, até ao início do Cristianismo. O Século XXI é mais do que mera continuação do Século XX. É o Século I, do Pós-Cristianismo. As igrejas paroquiais continuarão a fechar por falta de clérigos. E, provavelmente, as catedrais, antes de terminar o Século XXI, também fecharão, por falta de Bispos.
Os seres humanos nascidos no Século XXI não reproduzem mais os tiques nem as rotinas dos que os precederam no Século XX. São seres humanos outros, acentuadamente seculares, laicos. Tanto, que podem, inclusive, perder a dimensão do Humano e converter-se em Robots, catequizados / formatados pela Ideologia / Idolatria do Mercado Financeiro Global. Sem Abertura ao Mistério, a Realidade mais real, só visível aos Olhos de Mentes Cordiais, absolutamente, inexistentes, nos Robots. Há este Perigo e já está aí tornado realidade em muitos dos seres humanos recém-chegados ao Planeta. Porque as Igrejas são perversamente cristãs, quando deveriam ser jesuânicas, Prosseguidoras de Jesus, da sua mesma Fé, da sua mesma Ruah / Espírito Maiêutico, e Praticantes da sua mesma Revolução Antropológica-Teológica, no nosso Hoje-e-Aqui. Por isso, sobre elas cai, inteira, a queixa de Jesus: Ai de vós, Igrejas, que me trocais por um mito chamado Cristo, misto do mito davídico, Messias, e do mito egípcio, Osíris!
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Cardeal Patriarca faz conferência, no 50.º Encontro Nacional da especialidade. E a propósito do tema que lhe foi proposto desenvolver, aproveitou para recordar às, aos Catequistas que, fora da Hierarquia Eclesiástica, não há Catequistas nem autêntica Catequese!
Não se atreve a começar por aí. Se o faz, corre o risco de ficar a conferenciar sozinho. Não se atreve a começar por aí. Mas é com essa solene a cardinalícia afirmação que encerra a Conferência no 50.º Encontro Nacional de Catequese. Leiam e pasmem: Gostaria de terminar com um aspecto a que sou particularmente sensível. Eu nunca fui “catequista”; e, no entanto, sou o primeiro catequista da Igreja a que presido como Pastor. Isto dito, sem gaguejar, e sem ser assaltado pela mais pequena dúvida, prossegue, depois, peremptório: Os sacerdotes do meu [sic] presbitério são catequistas, nem eu nem eles, podemos descartar-nos desta responsabilidade e desta missão. Os cristãos, a quem chamamos “catequistas”, só o são em comunhão connosco: eles participam do nosso ministério apostólico. E, depois, empolgado com o dito e com semelhante Poder dado directamente por Deus, o projectado e criado pelos Sacerdotes, o mesmo que gosta de se fazer servir por cardeais, patriarcas, arcebispos e por papas, ainda acrescenta, numa tentativa de segurar as leigas, os leigos catequistas, sem as, os quais, não haveria Catequese paroquial neste País e, provavelmente, em País nenhum do mundo católico romano, pelo menos, Catequese de crianças e de adolescentes: É belo sentir esta unidade. Todos participamos da missão de Jesus Cristo, Ele o primeiro evangelizador e o catequista da nossa fé, que através do Espírito Santo nos ensina o amor.
Pelos vistos, das, dos Catequistas presentes, nenhuma, nenhum terá saído da sala. Falta saber, se por hipócrita deferência, se por não ter prestado a mais pequena atenção à Conferência do Cardeal Patriarca de Lisboa. Conferência, ou Homilia de Missa, para as leigas, os leigos é a mesma coisa. Apenas o contexto é diferente. Na Conferência, não há toda aquela estopada da Missa, Ritual mais bobo e sempre o mesmo, sabido de cor e salteado. Nenhuma, nenhum Catequista zarpou. Mas deviam ter zarpado todos. Afinal, que andam elas, eles a fazer, se quem nunca foi Catequista na vida, como se orgulha o Cardeal de nunca ter sido, é que é o único Catequista válido?! Ao qual se juntam os “sacerdotes do meu [dele] presbitério” Tal e qual. Chama-lhes “sacerdotes”, mas, depois, sublinha que eles integram o seu presbitério. Sem se chegar a aperceber minimamente que Sacerdotes e presbitério são incompatíveis. Quem faz o presbitério são os presbíteros. Não são os sacerdotes. Ou a lógica e a fala do cardeal são uma batata.
Mas os disparates não se ficam por aqui. Às leigas, aos leigos Catequistas, o Cardeal diz-lhes: Os cristãos, a quem chamamos “catequistas”, só o são em comunhão connosco: eles participam do nosso ministério apostólico [sublinhados meus]. Não lhes chama Leigas, Leigos. Chama-lhes “Cristãos”, plural masculino, embora as estatísticas eclesiásticas digam que são sobretudo cristãs adolescentes e jovens da primeira fase, que “dão Catequese”. Pelos vistos, cristãos de segunda, ou de terceira. Nada de comum com o Cardeal. Nem sequer com os “sacerdotes” do presbitério do Cardeal. Embora, depois, sem nunca se aperceber da notória contradição, conclua, empolgado: Todos participamos da missão de Jesus Cristo, Ele o primeiro evangelizador e o catequista da nossa fé, que através do Espírito Santo nos ensina o amor. [sublinhado meu].
A contradição reside no Todos participamos. Se todos, também o cardeal e os presbíteros, que o cardeal prefere que sejam sacerdotes. E tudo o que ele quiser faz-se, porque, como cardeal, tem o poder de transmutar a realidade, ou o rito do Crisma não seja uma prerrogativa dele, enquanto bispo, não enquanto cardeal. Mas deixem para lá. Estas coisas e outras do género, ou mesmo piores, só são assim, porque José Policarpo é cardeal de Lisboa, duma diocese que é do Cristianismo de Jesus Cristo, como tal, nos antípodas de Jesus e da sua arriscadíssima Missão ao serviço do Reino / Reinado de Deus Criador. Por causa da qual, acaba Crucificado, em Abril do ano 30. Nada que esteja para suceder a sua Eminência, o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, ao fim de tantos anos nessa "missão"!!!
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Edição n.º 32
Domingo, 17 de Abril 2011
O que nunca ninguém nos disse sobre Jesus e a sua Última Semana de vida visível, em Jerusalém.
Coloquei, há tempos, no youtube, 8 blocos de vídeos, com Conversas Jesus Século XXI sobre a Última Semana de Jesus, em Jerusalém. 1 bloco de vários vídeos de 10 m cada um, para cada um dos 8 dias, de Domingo (de Ramos) a Domingo (de Páscoa). Os 8 blocos perfazem um total de 168 vídeos. A Última Semana de Jesus começa com o vídeo Jesus Século XXI-782 e termina com o vídeo Jesus Século XXI-970. Quem dispuser de tempo, visione 1 bloco de vídeos por dia, no decurso desta Semana, chamada Semana Maior, ou Semana Santa. Impossível ficar indiferente. E uma Conclusão se impõe, no final: Jesus, o Filho muito Amado de Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos, não tem nada a ver com o Cristo do Cristianismo e das Igrejas cristãs. Se quiserem escandalizar-se, escandalizem-se, não com o conteúdo destes vídeos, mas com o que o Cristianismo e as Igrejas cristãs, dele nascidas, têm feito e continuam a fazer contra Jesus, o filho de Maria!
São estes os números dos vídeos que integram cada bloco:
Primeiro Dia da Semana, Domingo (de Ramos): 782-803
Segundo Dia da Semana, 2.ª feira: 804-825
Terceiro Dia da Semana, 3.ª feira: 826-848
Quarto Dia da Semana, 4.ª feira: 849-867
Quinto dia da Semana, 5.ª feira: 868-890
Sexto Dia da Semana, 6.ª feira: 891-915
Sétimo Dia da Semana, Sábado: 916-932
Oitavo Dia da Semana. Domingo (de Páscoa): 933-951
Grande Conclusão: 952-970.
Deixo-lhes o link de acesso ao 1.º vídeo, do 1.º dos 8 blocos. É só clicar sobre http://www.youtube.com/watchv=3iv7aM6k9qA
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Edição n.º 31
Sexta-feira, 15 de Abril 2011
Vão de peregrinação ao Palácio de São Bento, mas só para se fazerem de bons e de insubstituíveis São todos como bombistas suicidas. Tanto assim, que nem mesmo a presença em Lisboa dos Abutres e dos Vampiros da Europa e do Mundo, os leva ser População-com-as-Populações!
As Populações do País continuam condenadas a ter de ver, estes dias, os chefes dos Partidos Políticos do Poder e no Poder a peregrinarem, um após outro, até ao Palácio de São Bento, melhor, até à residência oficial do Primeiro-Ministro do Governo do Estado Português, que fica nas traseiras do Palácio de S. Bento e que cada vez mais se confunde com ele, pelo menos, no dizer e no escrever jornalístico. A designação, S. Bento, é mítica. Embora os monges beneditinos garantam que, sob o mítico nome, S. Bento, há um ser humano histórico, chamado Bento. E que há, ainda hoje, como no ontem mais remoto, seres humanos chamados Bento, ninguém duvida. Mas que há um ser humano concreto chamado Bento que, depois, “virou” S. Bento, já não é verdade. Se “virou” S. Bento, nunca mais é um ser humano. Apenas um Mito criado por gente com objectivos geralmente inconfessáveis! Há seres humanos chamados Bento. Mas nunca por nunca um ser humano, de nome Bento, é S. Bento. Pela simples razão de que um ser humano é um ser humano de carne e osso, com data de nascimento e terra natal, com mãe e pai, e S. Bento é um Mito. Uma designação mítica! Só por isso é que a mesma designação, S. Bento, tanto pode sinalizar um Mosteiro habitado por monges que se auto-designam de Beneditinos, seguidores de uma Regra, por sinal, com muito de estranho e de beatice, como pode sinalizar um Palácio, sede do Parlamento do Estado Português, e, por extensão, também residência oficial do primeiro-ministro do Governo do mesmo Estado Português. Dois palácios, como um só.
A designação S. Bento é mítica. Mas já não é um Mito, o peregrinar dos chefes dos Partidos Políticos do Poder e no Poder, ao Palácio de S. Bento, ou, dito com mais propriedade, ao Palácio Residência Oficial do Primeiro-Ministro do Governo do Estado Português, nesta data, em situação de Governo demitido, mas ainda em funções de gestão. Confundidas, confundidos com o facto? Pois têm razões de sobra para isso, mas é isso que oficialmente se diz. E o que oficialmente se diz tem muito peso, como sabem. Inclusive, até faz lei do Estado Português, desde logo, e só por este simples caso, uma grande Trapalhada Institucional que existe, tal como os outros dois Institucionais do Poder, para impedir que alguma vez as Populações dos Países Cresçam de dentro para fora em Liberdade e Autonomia, até dispensarem todos os três, duma assentada!...
As peregrinações de cada um dos chefes dos Partidos Políticos do Poder e no Poder sucedem-se com frequência. Também por estes conturbados dias Institucionais. Basta o primeiro-ministro do Governo demitido e ainda em funções de gestão agendar o dia e a hora, e cada chefe de Partido Político do Poder e no Poder (vê-se logo que cada um deles não tem nada de relevante a fazer!), lá está, no seu fato e gravata, ou no seu fato e camisa branca sem gravata, para ser recebido pelo chefe do Governo. À sua espera, no Palácio, um batalhão de jornalistas. E um batalhão de operadores de câmara de tv. Porque as Populações Portuguesas que financiam todo este regabofe do Poder Político, mediante os impostos que o Estado Português lhes crava e exturque, têm de ver este Peregrinar até ao Palácio, por parte dos chefes de cada Partido Político do Poder e no Poder. E, quando cada um deles sai da secreta conversa com o primeiro-ministro do Governo demitido e ainda em funções de gestão, as Populações têm também de ver e ouvir o que cada um tem para lhes dizer. Nunca nada a favor das Populações. Só a favor do Partido Político de cada um, na mira de vir a ter mais e mais Poder!
Está em jogo o futuro do Estado Português e do chefe de cada Partido Político do Poder e no Poder. Mas isto, já ninguém diz às Populações, muito menos, cada chefe do Partido Político do Poder e no Poder. Nem sequer os jornalistas. Todos mentem às Populações. Sempre lhes dizem que está em jogo o futuro do País. Confundem, assim, o Estado Português com o próprio País e com as Populações do País. O que é, objectivamente, uma Perversão. Porque é a mesma coisa que identificar o Opressor com os inúmeros Oprimidos por ele. Ou identificar o Carrasco com as suas inúmeras Vítimas. O que perfaz uma Perversão tanto mais grave, quanto propositada e intencional.
Interessa aos chefes dos Partidos Políticos do Poder e no Poder esta identidade, esta Perversão na linguagem. Porque, sem ela, eles não sobreviveriam por muito mais tempo. Porque eles só se aguentam no Poder, graças a esta falsa identidade. São todos parte do Opressor e do Carrasco, mas fazem-se passar, perante as Populações Oprimidas e cada vez mais suas Vítimas, como parte da Salvação delas. Mentirosos que são! Assassinos que são! E ainda querem que votemos neles, no próximo dia 5 de Junho 2011! Não deveremos, antes, exigir-lhes que desistam de ser Poder e sejam População-com-as-Populações, num País de Populações Organizadas, sem espaço para Profissionais do Poder Político, todos espinheiros, em lugar de oliveiras?!
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O massacre sobre as Populações da Líbia do ditador Kadafi prossegue. É com sucessivos bombardeamentos do Império USA e da Nato que se põe fim à guerra civil? Onde já vai o Levantamento Desarmado de Massas Populares do início? Quem o transformou em guerra civil? Quem sai limpo e inocente deste genocídio? O Ocidente?!
Da Líbia do ditador Kadafi e da guerra civil em que, depressa, se transformou o Levantamento desarmado das Massas Populares, fala-se hoje cada vez menos. Os repórteres de guerra das tvs portuguesas e ocidentais desertaram. Juntaram-se às largas centenas de refugiados. Com uma abismal diferença. Não saíram de um inferno para outro, como os refugiados. Saíram de um passeio de repórteres de guerra, altamente protegidos pelas tropas, de um e outro lado da barricada, para o conforto das suas casas e das redacções das tvs em que trabalham. Uma que outra vez, não terão ganho para o susto, apesar da protecção de um dos lados da barricada, porque o outro lado, quando ataca, não faz discriminação de alvos a atingir. Não é verdade que, pelo menos uma vez, os próprios aviões do Império USA atingem forças armadas anti-Kadafi, quando elas celebram com tiros para o ar, a vitória numa insignificante escaramuça contra os de Kadafi?
O assunto volta a ser falado, esta semana, porque a própria Nato já começa a dar ares de cansaço e não vê fim à vista, nos bombardeamentos. Os seus aviões continuam a despejar bombas, o que agrada que se farta às fábricas de fabrico de armamento, mas a situação no terreno mantém-se num impasse, e, até, com avanços, por parte das forças do ditador Kadafi que o conhecem bem, e também não são atrasadas mentais, nem analfabetas, no manejo das armas. Estão ao serviço de Kadafi, o ditador da Líbia, no actual entender dos chefes do Ocidente que se têm na conta de “democratas” e de “civilizados” e, até, de defensores da “democracia” e dos “direitos humanos”, mas não são atrasadas mentais. Formatadas, para executar as ordens do chefe hierarquicamente no comando, executam as ordens. As Populações líbias sofrem as consequências. Mas o mesmo sucede às mesmas populações, quando os pilotos dos aviões da Nato despejam as suas bombas, em obediência a ordens recebidas de comandos hierarquicamente acima deles. Os quais, para serem obedecidos, também previamente os formataram ao seu jeito e em seu proveito.
É, por isso, que a Guerra, toda a Guerra, é sempre um Hediondo Crime contra a Humanidade e contra o Planeta Terra. E, neste campo, o Ocidente que continua a ter-se na conta de civilizado e de civilizador, é o mais Criminoso. As duas Grandes Guerras Mundiais são da sua inteira responsabilidade. E a Primeira Grande Guerra Mundial Financeira ainda em curso, também não lhe é estranha. Cabe-lhe, por inteiro, a paternidade!
Se o Ocidente não é capaz de ajudar a encontrar uma saída política com dignidade, para a já prolongada guerra civil na Líbia do ditador Kadafi, que a não tivesse instigado / fomentado. Melhor fora que continuasse na sua hipocrisia de tratar o ditador Kadafi como chefe de Estado da Líbia, como, de resto, sempre fez, até há bem pouco tempo, quando o Petróleo ainda corria para os seus depósitos a baixo custo. Kadafi era, aos olhos ocidentais, um exótico, um megalómano, mas um estadista, com o qual todos, uns mais, outros menos, mantinham relações diplomáticas. Como mantêm com Berlusconi, o presidente de Itália, apesar dos seus sucessivos escândalos e dos inúmeros processos que correm contra ele nos Tribunais do País. O mesmo território, onde – ironia das ironias! – está implantado o Estado do Vaticano, hoje, com o Papa Bento XVI e chefe de Estado, monarca absoluto, infalível e Excomungador, sempre que necessário. Com uma diferença, de Kadafi. É alemão, é cristão, é ocidental, e tudo o que faz no Vaticano é feito em nome da fé católica, da integridade do dogma e de Deus, o dos cristãos!!! Por isso, uma e outra vez, e sempre, Sua Santidade, o Papa! Ditador? Nem pensar!
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Bispos portugueses regressam a Fátima e, de lá, mandam recado, via porta-voz oficial, Manuel Morujão, padre jesuíta Não há milagre que salve o Estado deste Vexame europeu a que os do Poder Político acabam de o condenar!
A frase a negrito, do título, não sai assim da boca do porta-voz dos Bispos. Que um porta-voz de suas Excelências Reverendíssimas não se permite, alguma vez, utilizar tais termos. Os termos, são os que dizem, sem equívocos, o que o Estado português está a passar, estes dias. Mas o porta-voz da CEP-Conferência Episcopal Portuguesa tem de ter modos. Não lhe cabe dizer a verdade nua e crua. Seria despedido, na hora. Tem de dizer alguma coisa, mas sem dizer coisa nenhuma, de substantivo. Porque é assim que fazem todos os porta-vozes dos Institucionais do Poder, também e, sobretudo, o porta-vos do Institucional cristão católico romano do Poder Religioso, refém, neste momento histórico, dos outros dois Poderes, o Político e o Financeiro.
A frase a negrito não é da lavra do porta-voz. Mas a palavra “milagre” que entra na frase já é dele. Escuto-a eu próprio, durante o Jornal da Tarde, de 4.ª feira, 13 de Abril. Primeiro, o porta-voz diz a trivial frase, Não há varinhas mágicas nesta ajuda que nos vem do exterior. Mas, depois, ele próprio sente que essa não é a frase mais adequada, para um porta-voz da CEP, para mais, a falar ao País, desde Fátima. E logo emenda a boca e acrescenta, com uma discreta ironia nos lábios, Não há milagre. Em bom português, deveria dizer, Não há milagre que valha ao Estado português. Obviamente, o porta-voz não vai tão longe! Ainda assim, a frase sai-lhe, espontânea. Porém, logo deixa perceber, no seu rosto, que não deveria sequer ter dito, Não há milagre. E, coincidência, ou não, esta frase já não aparece na notícia escrita e difundida pela Agência Ecclesia. Para gafe, basta a do porta-voz da CEP!...
E porque não deveria ter dito, Não há milagre? Ora, porque o porta-voz da CEP está a falar ao País, desde Fátima. E Fátima é, para a Igreja cristã católica romana e papal, a terra dos milagres. Há lá terra no Mundo, mais milagreira do que Fátima!? Desde “o milagre do sol”, em 13 de Outubro de 1917, sete anos depois do 5 de Outubro de 1910, o da implantação da República, até à cura imaginária de milhares de doentes incuráveis, é um ininterrupto ver se avias!
Não deixa, por isso, de ser espantoso como, até de um porta-voz da CEP, padre jesuíta português, de nome esquisito, Morujão, a boca lhe foge, assim, para a verdade, no final de mais uma reunião dos bispos da CEP que, com relativa frequência, vêm a Fátima cavaquear uns com os outros e rezar uns terços e umas missas juntos.
É no que dá confiar na espontaneidade e não se limitar a ler o que é previamente escrito, pelo próprio porta-voz, ou por outro, para o porta-voz reproduzir. Mas só assim, quando se não está a ler, nem a reproduzir uma cassete decorada, à maneira do que faz o PP do PP e das feiras, é que a boca pode fugir para a verdade e dizer a verdade. No caso, contra a própria CEP. Contra toda a mentirosa Catequese cristã católica romana dos milagres. Não há milagre – afirmação do porta-voz da CEP – que salve o Estado português desta Hecatombe e deste Vexame. Uma Hecatombe e um Vexame da responsabilidade dos Profissionais do Poder Político. De todos. Não apenas dos poucos do Governo, agora de gestão. E também da responsabilidade dos Profissionais do Poder Económico-Financeiro, nomeadamente, dos Bancos, das Bolsas e, sobretudo dos Mercados e das suas empresas de Rating. São todos Criminosos de colarinho branco, com ou sem gravata. Mas Criminosos, todos. Que, ainda por cima – no que aos do Poder Político se refere – continuam aí a ser pagos pelo Estado, cujo, por sua vez, é pago pelos impostos e contribuições das suas inúmeras vítimas, as Populações, sob o seu jugo!
Mas, atenção! Se, como acaba, inequivocamente, de reconhecer o porta-voz da CEP, em Fátima, não há milagre que valha ao Estado português e o salve desta Hecatombe e deste Vexame, então para que servem todos os propalados “milagres” à lista – venha daí uma cura de cancro, uma cura de epilepsia, uma cura de paralisia, todas, de preferência para mulheres – reconhecidos pelo Papa de turno, na base dos quais se fabricam novos beatos e novos santos de altar? O próximo beato, João Paulo II, tão amigo do Dinheiro de Fátima, perdão, de nossa-senhora-de-fátima e de Portugal, não é capaz de fazer o milagre de salvar o Estado português? Porque só consegue salvar uma freira doente que lhe fez uma novena? É o Negócio Eclesiástico, Estúpidos, é o Negócio Eclesiástico! Ou como acham vocês que se alimenta aquele fausto do Vaticano e aquele fausto dos Bispos residenciais e seus múltiplos auxiliares? De resto, custa alguma coisa operar um milagre-de-trazer-por-casa e, com ele, fabricar mais uma santa, mais um santo, cujos cultos rendem milhões aos cofres dos interessados? Aliás, quanto têm de pagar os interessados ao Vaticano, para que ele reconheça esse milagre-de-trazer-por-casa e o Fundador do seu Instituto, a Fundadora da sua Congregação seja promovido a santo, seja promovida a santa de altar? Sim, quanto têm de pagar ao Vaticano? Digam-nos, se tiverem coragem!
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Ainda o Livro de duas estórias com Humor e Sabedoria, de Pe. Mário de Oliveira e Edium Editores O Gato Artur Salomão & Enfim, Episcopus!
Ao que testemunha a Editora, são já bastantes as pessoas que estão a Acolher O Gato Artur Salomão & Enfim, Episcopus! Duas estórias com Humor e Sabedoria, da Edium Editores e do Pe. Mário de Oliveira. Reacções à leitura, pelo menos, já divulgadas, ainda se não conhecem. Infelizmente, somos pouco de opinar sobre questões de Fronteira e de Teologia, como as que estas duas estórias levantam. Preferimos manter-nos caladas, calados. Praticantes do provérbio popular, de cariz notoriamente preguiçoso e cómodo, O calado é que é bom. Quase nunca é, sobretudo, quando estão em jogo questões candentes como são as de Fronteira e de Teologia. Porque são as questões de Fronteira e de Teologia que, quase sempre, decidem das nossas vidas. Ou, na raiz de todas as questões, até nas relacionadas com a Economia e as Finanças, de que hoje tanto se fala, não esteja sempre uma Teologia. Por princípio, uma Teologia Idolátrica, sem dúvida, a que hoje mais vende e é adoptada / praticada.
Ao Autor, que é simultaneamente, Editor e Director do JF online, acaba de chegar, estes dias, uma reacção, muito significativa e eloquente. Vem de uma cidade capital de distrito, no interior norte, e é de um Casal que o Autor ainda não conhece, pessoalmente, apenas da troca de emails, já há alguns anos. Como Editor e Director do JF, decidi divulgá-la aqui, como notícia. Até para ver se outras pessoas se atrevem a tomar a palavra e a pronunciar-se sobre o Livro de apenas 48 páginas, cheias de Humor e de Sabedoria. Com a alegria e a audácia de assinarem por baixo, como é timbre dos seres humanos livres e autónomos. Eis:
Magnífico manifesto, pois trata-se de um Manifesto, que me deliciou durante umas horas. Que belo monólogo, o do Episcopus do Porto! Será que podia ser de outra maneira? Não! Porque, como bem diz, “matam o que de mais precioso tem o homem, pela sua condição, a sua humanidade”. Deixam de ser homens, a maioria deles não passam de criminosos intocáveis. Como dizia o meu saudoso pai, são lúgubres, vestidos da cor dos corvos…
Soberba, a descrição que faz dos seus tempos de menino, vividos num tempo de extrema pobreza. Algumas das revelações passaram também por aqui, ainda, 7 anos depois, quando também eu nasci. Por vezes querem-me convencer de que as pessoas, o povo, todavia, era feliz. Escravizado, cantava. Mentira… Li-o em voz alta, também para A. [sua mulher]
Estou muito grato por mo ter enviado. Mas queria que o Barracão de Cultura me enviasse, mais 5 exemplares, que tenho de espalhar, para que olhos fechados se vão abrindo.
Eis. Quem mais está disposto a seguir o exemplo deste Casal? Nem sabem o que perdem, se se privam do prazer cultural e espiritual, que é lerem em voz alta cada uma das duas estórias que “fazem” este Livro. Uma palavra vossa, mais o endereço postal para o meu email e o Livro vai ter-lhes a casa. Até já, então.
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Vem aí um You-Cat (= Catecismo) para os jovens de todo o Mundo, made in Vaticano. Que fazerem perante ele? O melhor é fugirem dele, tamanho é o repugnante Moralismo que acompanha as perguntas e as respostas
Chama-se You-Cat, abreviatura de Youth Catechism, mas é um manual eivado de repugnante Moralismo cristão-católico romano. Não é de estranhar, se tivermos em conta de quem é a paternidade de semelhante Catecismo para os Jovens, elas e eles, do nosso Século XXI. Ao todo, são 527 perguntas, seguidas de outras tantas respostas. O repugnante Moralismo acompanha as perguntas e as respostas.
A juntar a tudo, ainda vem à tona mais um escândalo. O das traduções para as diferentes línguas. Há quem pretenda “obrigar” o You-Cat a dizer o que ele não diz na língua original. Para, deste modo, tentar atenuar o repugnante Moralismo com que se tecem determinadas respostas. Mas a boa intenção resulta num escândalo ainda maior. Itália está a braços com este escândalo!
O repugnante Moralismo atravessa todo o Catecismo. Mas acentua-se mais nas perguntas e nas respostas relacionadas com a temática da Sexualidade dos Jovens e da sua Afectividade. Quem formula as perguntas e dá as respostas não são jovens, elas e eles. São clérigos ou para-clérigos, celibatários mais ou menos à força ou por comodismo (sim, porque também há muitos clérigos que são celibatários, não por amor da Missão ao serviço do Reino / Reinado de Deus Criador, mas por comodismo, porque constituir família e ser pai de filhas e de filhos dá muito trabalho e, depois, não dá aquela áurea de Sagrado e de Santo!!!). O resultado final só pode ser um Desastre.
Porém, como é um Catecismo para Jovens, made in Vaticano, ou, pelo menos, com a chancela do Vaticano e do seu chefe de Estado, o Papa Bento XVI, está condenado a ser mais um recorde de vendas em todo o Mundo católico romano. Tal e qual como está condenado a ser mais um recorde dos livros mantidos fechados nas prateleiras. Porque nem os jovens mais pervertidos pelo Moralismo clerical, como os dos Movimentos superconservadores Comunhão e Libertação, Opus Dei, Focolaris, Canção Nova, Juventude Rebelde, etc são capazes de praticar semelhante Moralismo Imoral. Comprar o Catecismo, compram. Dizer bem dele em público, dizem. Praticá-lo, no seu dia a dia, nem pensar. São suficientemente hipócritas para dizerem publicamente uma coisa, darem vivas ao Papa, e, ao mesmo tempo, fazerem, na sua vida privada, o contrário do que dizem. Desiludam-se os Bispos católicos. A começar pelos italianos e a acabar nos portugueses!
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Edição n.º 30
Terça-feira, 12 de Abril 2011
São Ladrões de colarinho branco. Vêm só por convite institucional. E já estão a operar no País! Chegam, vasculham tudo, ditam as regras e as leis, ficam na gestão dos 80 mil milhões que emprestam e, no final da operação, levam com eles os 80 mil milhões emprestados, mais 520 milhões de lucro para o FMI, e mais 1060 milhões para os Países europeus financiadores
São Vampiros e Abutres, sob outros pomposos títulos académicos. As maiores sumidades na arte de furtar as Populações, cujo Estado está falido ou à beira de falir. Sabem-se odiados, mas gostam do Ódio. O Ódio é o seu pão de cada dia. Vêm com “ajuda financeira”. No final, deixam o País com o mesmo montante que entregaram como “ajuda financeira” e regressam às suas Instituições ou Empresas, ainda com muitas centenas de milhões de euros, de lucros. São peritos em Usura, a sofisticada, que só se aprende nas Faculdades de Economia e Finanças. Em apenas algumas, reservadas a uns quantos eleitos. Poucos. Geralmente, homens. Porque Isto de Usura sofisticada é coisa de homens. Coisa de Machos. Porventura, sexualmente impotentes, mas com cérebros de Machos. Quando também incluírem mulheres, primeiro, têm de as transmutar em homens. Em Machos. Estilo Tatcher ou Merkel. Uma espécie de Hitler em fêmea. Serão os mais ferozes!
Os sucessivos Governos do Estado Português arrastaram o País para o Abismo. Uns mais, outros menos. Depois do Cavaco, do PSD, até ao actual José qualquer coisa, do PS, tem sido sempre em queda livre. Nos últimos anos, os do José qualquer coisa do PS, a descida já estava quase a pique e não houve travão que fosse eficaz. Aliás, o José qualquer coisa do PS, em lugar de tentar travar, sempre se enganou e carregou no acelerador. O Estado Português bateu no fundo. Mas o José qualquer coisa do PS, que sempre acelerou, nunca travou, não bateu. Bem pelo contrário. E está aí para dar e vender. Sobretudo para vender.
Agora, há um problema. Bicudo problema. É que, enquanto o FMI e os outros da Europa vasculham tudo, ditam as regras e as leis e, depois, deixam cá os seus fiscais especializados a gerir os milhões de “ajuda”, o José qualquer coisa do PS e os outros chefes dos outros Partidos Políticos continuam a guerrear-se entre si, e vão a votos no dia 5 de Junho. Só não se sabe bem para quê. A menos que seja para manter as aparências de que somos um País. E de que vivemos numa Democracia ao gosto do Ocidente cristão, o do Papa de Roma. Porque, na verdade, a partir de agora e enquanto os 80 mil milhões de “ajuda” não forem recuperados com os respectivos lucros já anunciados, serão os fiscais do FMI e dos Países europeus a ditar as regras e as leis e a gerir a coisa pública. Por isso, Governo para quê? Deputados para quê? Parlamento, para quê? Responda, quem for capaz!
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Os 47 magníficos preocupados com o futuro de Portugal Mas às Populações, Senhores, por que lhes dais tantas dores?
São 47. Todos magníficos. Todos bem posicionados no vértice da Pirâmide Social. Todos excessivamente bem na vida. Quase todos Homens. Um deles, Bispo residencial. O Bispo do Porto, Prémio Pessoa 2010. Muito poucas Mulheres. Nenhum casal. As caras dos 30 mais, destes 47, vêm estampadas na manchete do Semanário EXPRESSO de sábado passado, 9 de Abril 2011. Os 47 assinam um Documento. Confessam-se preocupados com o estado do Estado Português que os protege a todos. Precisam dele. Por isso, estão preocupados. Sem ele, o que seria deles e das suas carreiras, das suas fortunas, dos seus Privilégios, das suas empresas? Referem-se à aflitiva situação das Populações. Não porque a aflitiva situação das Populações os preocupe por aí além. Mas porque as Populações, em situação de aflição estrutural, são uma potencial Bomba Nuclear Social. E eles correm perigo.
O Recado que deixam vai, inteiro, para os profissionais do Poder Político. Para que deixem de se apunhalar uns aos outros. Pelo menos, em público. Serão suicidas, todos, se o fizerem. Os da Direita e os da Esquerda. Que o “bolo” do Estado chega para satisfazer o devorador apetite de todos. Não apontam as causas do Problema. Nem culpados. Parece que não há Culpados. Muito menos eles, os 47, são culpados. Tão pouco, os Partidos Políticos do Poder e no Poder. Os 47 magníficos só descortinam um culpado, no caso, uma culpada: A “Crise” Financeira Mundial. Como se vê, são hábeis no Mentir. No disfarçar a Realidade. Á Primeira Grande Guerra Mundial Financeira, chamam-lhe “Crise”. E o Bispo do Porto assina por baixo. Pois. Só pode estar de acordo. É um dos 47 magníficos. Entre ele, Bispo do Porto, e Jesus, o da Missão ao serviço do Reino / Reinado de Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos, há um abismo. Mas que importa? Basta-lhe que entre ele e o Cristo do Cristianismo haja toda a coincidência. E há. Porque o Cristo do Cristianismo é o outro nome do Senhor Dinheiro, o omnipotente, o omnisciente, o omnipresente! Mentiroso e Assassino, mas que se faz passar por Verdade e por Benfeitor. Como todas as suas Máfias.
O Documento é apenas isso, um Documento. Inócuo, como todos os actos assinados pelos que se têm na conta de magníficos, e, como tais, se apresentam às Populações, suas servas, seus capachos, seus degraus de escada pelos quais eles trepam na Pirâmide, até se tornarem magníficos. No caso, apenas 47 magníficos. Porque cinquenta magníficos, já seriam de mais. E os magníficos, para o serem, têm de ser sempre poucos. Ou já não são magníficos.
Quanto vale um magnífico? Para o Bispo do Porto, por exemplo, um destes 47 magníficos, são precisas as Populações todas residentes no território Diocese do Porto, para o fazerem a ele magnífico! É muita População junta, para só 1 magnífico. Mas que querem? É quanto custa um magnífico Bispo do Porto! E no caso do Belmiro de Azevedo e do Pinto Balsemão, outros 2 magníficos, dos 47, quanta População é precisa para que cada um deles seja magnífico? Será possível contabilizar? É difícil, tantas são as Vítimas de cada um! Basta dizer que, para eles serem magníficos, as Populações têm de ser lixo!
O Estado Português está em risco de falência. E os Partidos Políticos que querem garantir os lugares de mais decisão política dentro do seu aparelho, para, assim, se abocanharem dos Privilégios mais suculentos, de tanto se guerrearem, correm o risco de perderem tudo. Porque, também aqui, é verdade o provérbio, Quem tudo quer, tudo perde. Daí, a espertalhona “oportunidade” deste Documento dos 47, endereçado a eles, não às Populações, e através do “seu” EXPRESSO. Um Documento que, como já se disse, conta também com a assinatura do Bispo do Porto. Só podia. Pois!!!
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De Matosinhos, para todo o País e para toda a Europa dos Milhões. Último Congresso socialista revela um Partido com tudo, mas mesmo tudo, de Máfia. Máfia Política ou dos Milhões?
Vá lá, militantes e votantes no PS. Não se zanguem comigo, nem com o Jornal Fraternizar. Pelo contrário, agradeçam ao JF que nos está a abrir os olhos da mente. Em verdade, em verdade lhes digo: O último Congresso Socialista, realizado em Matosinhos, revela, de forma absolutamente ímpar, um Partido com tudo, mas mesmo tudo de Máfia. Máfia Política, se preferirem. Mas, se Política, é apenas para disfarçar a Máfia dos Milhões. Porque, depois de toda a Hecatombe que ele acaba de fazer abater sobre o Estado Português – sobre as Populações, também, mas por tabela, porque, por enquanto, elas ainda continuam a ser Populações que se mostram resignadas a ter de pagar a factura dos desmandos e dos crimes dos sucessivos Governos PS, ou de outros quaisquer Governos, supostamente mais à direita, ou mais à esquerda – só mesmo um Partido Socialista com tudo de Máfia consegue a proeza de juntar, como num Estádio de Futebol, o dos Milhões, todas as caras socialistas conhecidas das Populações, desde o triste e sorumbático Alegre, ao próprio Ferro Rodrigues, auto-afastado, há anos, destes mafiosos jogos partidários, e pô-los todos a gritar a uma só voz, Viva o nosso Secretário-Geral, José qualquer coisa, primeiro-ministro do próximo Governo, a sair das eleições gerais de 5 de Junho 2011.
Estes gritos de entusiástico apoio ao Chefe, ao Padrinho da Máfia que mantém regulares e secretos encontros – para lá dos públicos, para português e europeu ver – com outros Padrinhos de outras Máfias da Política e dos Milhões e acerta com eles, ao milímetro e ao minuto, os sucessivos passos a dar, não são gritos de gente politicamente ingénua, como os gritos nos Estádios de Futebol, o dos Milhões. São gritos de gente partidariamente fiel, como cães de fila, ao Padrinho da Máfia. Não por ele ser o José qualquer coisa que é, mas por ele continuar a ser o Padrinho da Máfia, com o qual os outros Padrinhos das outras Máfias ainda contam, para poderem continuar a fazer das deles, também sobre e contra as Populações que residem em Portugal.
Não tenhamos dúvidas. No dia em que os Padrinhos das outras Máfias deixarem de apostar no José qualquer coisa, é um ver se te avias, para ver qual deles será o eleito pelos “militantes” para secretário-geral do PS. E, uma vez conhecido o eleito – são mais do que sete cães ao mesmo osso, mas todos a gritar, em uníssono, neste Congresso, o apoio ao actual Padrinho da Máfia PS – logo os outros Padrinhos das outras Máfias promovem encontros secretos com ele e ele coloca-se, incondicionalmente, a seu pés, Eis-me aqui, inteiramente pronto a fazer a vossa vontade! Mas essa hora ainda não chegou. Por isso, todos no Congresso, mesmo os mais conhecidos opositores, gritam no apoio ao Padrinho. E o Padrinho tem de se esfarrapar todo, sem quaisquer escrúpulos, nos próximos dois meses, se quiser continuar Padrinho da Máfia PS, por mais uns anitos, até envelhecer de vez. Precocemente!
O Congresso socialista de Matosinhos revela um Partido com tudo de Máfia. Desde logo, porque o actual Padrinho da Máfia PS fez-se, antecipadamente, reeleger por quase cem por cento dos chamados militantes (melhor seria, escrever, Votantes, porque são militantes coisa nenhuma!). Apesar da esmagadora maioria estar desejosa de o ver pelas costas. Mas nas Máfias, o Padrinho é, como o Papa de Roma, monarca absoluto, infalível, diz sempre a verdade, mesmo quando descaradamente mente. Basta ser Padrinho, para ter sempre razão. E contar com o voto e o aplauso dos súbditos internos.
Depois, porque, como é simultaneamente, primeiro-ministro do Governo demitido e em gestão, fez coincidir o “pedido de ajuda externa” ao Poder Financeiro Europeu e Mundial, umas horas antes do início do Congresso, para, assim, ter todas as televisões com ele nos 3 dias do Congresso. Durante os quais, como bom atirador Poder Político a matar, pôde esmagar os seus Opositores e candidatos ao lugar que ele não pode perder, se quiser continuar o Padrinho da Máfia Socialista. Os calculados dias de atraso, no “pedido de ajuda”, custam muitos milhões ao Estado Português, mas que importa? Não é essa a principal função das Máfias Políticas dos Milhões, enfraquecer o Estado de cada país? Para que só elas cresçam e lucrem milhões com as “ajudas” que venham, depois, a prestar?!
Seremos politicamente ingénuas, ingénuos, se não vemos estas coisas e ainda admiramos a sagacidade mentirosa e assassina deste José qualquer coisa, o Padrinho da Máfia Socialista dos Milhões. Perguntareis, E então, que fazer? A verdadeira Saída passa pela recusa de soluções vindas das Máfias Partidárias. Mas, para tanto, temos de Crescer politicamente de dentro para fora, sem mais perdas de tempo, sem mais preguiças. É duro o caminho que proponho? É estreita a Porta? Pois é. Mas ou entramos por ela e percorremos esse caminho, ou ficamos, geração após geração, reféns das Máfias Políticas Financeiras que são os Partidos Políticos do Poder e no Poder. E do Estado, com todos os seus Institucionais!
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Cidadania a preço de saldo. Afinal, qual é o preço da Cidadania de Fernando Nobre, o-sem-mácula-partidária-mafiosa?
Bastou o presidente do PSD, Pedro qualquer coisa, acenar-lhe com a cenoura do lugar de cabeça-de-lista por Lisboa, nas próximas eleições gerais para a Assembleia da República e, sobretudo, com o lugar e o título de Presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado Português, logo a seguir à do presidente Aníbal e imediatamente antes do primeiro-ministro do Governo do Estado, para o-sem-mácula partidária, Fernando Nobre, atirar às urtigas a Cidadania e a Política sem Poder e agarrar logo a cenoura acenada pelo PSD. Quanto vale, então, a Cidadania de Fernando Nobre? O garantido lugar de cabeça-de-lista do PSD, por Lisboa e o garantido lugar de Deputado nas bancadas do PSD no próximo Parlamento, e o hipotético lugar de Presidente da Assembleia da República, a segunda figura do Estado Português, logo a seguir ao Aníbal, presidente. Já que não conseguiu ser o primeiro, no lugar do Aníbal, venha, ao menos, o segundo lugar na Hierarquia do Estado Português, com os respectivos proventos, ajudas de custo, viagens pagas ao estrangeiro e outras mordomias que vêm por atacado.
O líder do PSD rejubila. O PSD, nem por isso. Com que então avança-se assim, sem ligar nenhuma aos “barões” do partido, da Máfia? Será ingenuidade do Padrinho da Máfia PSD, ou são ordens do Padrinho da Máfia acima da do PSD, à escala Europeia? Ingenuidade, não será. Seria Trucidado, na hora, antes ainda de poder exibir o troféu Fernando Nobre, nas tvs. Só pode ser obediência a ordens do Padrinho acima dele, o da Máfia social-democrata europeia, de muitos Milhões. Pelo que a hora dos clássicos “varões” do PSD já passou à História. Agora, é a oportunidade de novos “varões”, mais obedientes e reverentes, sem nenhumas ideias próprias, à boa maneira do presidente Aníbal, o do Estado Português.
Quem rejubila com esta escolha do Pedro qualquer coisa, do PSD, é o inigualável Paulo do PP e das feiras, sempre que chega o tempo da caça-ao-voto. Com o inábil Fernando Nobre, cuidadoso na escolha das palavras, quando em campanha eleitoral, o Paulo do PP e das feiras, fica com o terreno ainda mais livre para avançar. A sua, é uma Máfia, um tudo nada mais pequena, cá em Portugal, porque ele é teimoso e só aceita ser Padrinho do PP e das feiras. A Máfia europeia ignora-o e ele paga-lhe na mesma moeda. Convicto de que, há-de ser o primeiro-ministro do Governo de Portugal e, nessa altura, é o Padrinho da Máfia Europeia que vem bater-lhe à porta a pedir para ele a reconhecer e lhe dar a honra de aceitar integrá-la.
A hora é de grande euforia para os Partidos Políticos do Poder e no Poder. São muitos os candidatos a cadeiras no Parlamento e eles querem agradar ao maior número. Até o secretário-geral do PCP anda já a sonhar com o lugar de primeiro-ministro, porque as portuguesas, os portugueses não vão mais em cantigas e em mentiras do PS e do PSD. Desta vez, o grande Vencedor das eleições, delira Jerónimo de Sousa, é o PCP. Com o FMI a gerir as contas. E a NATO a defendê-lo dos ataques do PS, do PSD e do PP. Palavra de Fanático pê-cê-pê. Já o BE, coitado, sem o apoio do triste e imprevisível Alegre, agora todo do Padrinho da Máfia Socialista dos Milhões, e com a oposição da Cidadania do Fernando Nobre, só lhe resta regressar ao PCP, o pai que resiste a todas as Hecatombes, porque nunca sai dos velhos slogans e dos velhos dogmas, tal e qual como o Cristianismo Católico Romano, o do Papa Bento XVI.
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D. Pio Alves, Bispo Auxiliar do Porto. No final da Ordenação, no Sameiro-Braga, uma inesperada revelação, por entre um nunca-acabar de agradecimentos, por parte do beneficiado!!!
Para lá de ficarmos a saber que D. Pio é o filho mais novo de uma família de 12 irmãos, três dos quais Sacerdotes (sic, no texto) e que todos estes anos o seu principal universo foi o da proa de Universidades confessionais, ficamos a saber também como é que habitualmente algum clérigo sacerdote toma conhecimento de que Deus, o dos Sacerdotes, o escolhe para ele deixar tudo o que está a fazer e tem em projecto realizar no próximo futuro, para se tornar, finalmente, Poder Episcopal. Verão como é muito mais saboroso lermos as palavras escritas e ditas pelo próprio, palavras carregadas de indisfarçável orgulho, mas muito bem camufladas de humildade sacerdotal. Eis.
“E aqui estava eu, na Universidade e na Sé de Braga [sim, também foi cónego da Sé de Braga, mas agora, como Bispo Auxiliar do Porto, já não será mais nem precisa, uma vez que acaba de atingir o topo da sua carreira clerical-sacerdotal], no meio de interessantes projectos, quando, no princípio de Fevereiro [2011], fui surpreendido por um telefonema da Nunciatura Apostólica para uma conversa com o Núncio de Sua Santidade [atentem só nesta linguagem institucional, quando já somos Século XXI]. Habituado a rumores, não gastei muitas energias a imaginar de que poderia tratar-se: logo se veria. Foram duas conversas: serenas, amáveis, estimulantes. O centro era, efectivamente, a comunicação de que Sua Santidade Bento XVI esperava o meu sim para ser Bispo Auxiliar do Porto. Entre uma e outra conversa, tive uns dias para pensar. Recordei então um episódio da literatura martirial do século II, para o qual costumo chamar a atenção dos meus alunos. O ancião bispo Policarpo de Esmirna, instado, num contexto de perseguição e perspectiva de martírio, a renegar a sua fé em Jesus Cristo, respondeu assim: “Há oitenta e seis anos que o sirvo e nunca me fez nenhum mal. Como posso amaldiçoar o meu rei e salvador?” [“meu rei e salvador”. Cá está o Cristo-Poder, nos antípodas de Jesus!]. Sem me sentir mártir, concluí, glosando este pensamento: se, quem tem legitimidade para o fazer, me garante que esta é a vontade de Deus, como posso dizer não a Quem sempre me tratou bem e nunca me enganou? Agradeço ao Santo Padre Bento XVI a confiança que deposita em mim.”
Digam lá se não é muito mais saboroso sabermos estas coisas, contadas pelo próprio protagonista. Tudo se resume a um telefonema do Núncio, a convidá-lo para um encontro ao vivo, que estas coisas não se dizem pelo telefone. Depois, um fazer-de-conta, da parte do contactado, de que o encontro não é para escutar da boca dele o convite para ser, enfim, bispo. Aparentar, no primeiro encontro, de que necessita de tempo para reflectir, antes de se decidir. E um segundo encontro, daí a dias, para dizer ao Núncio de Sua Santidade, o Papa, Mas quem sou eu para dizer Não a Quem sempre me tratou bem e nunca me enganou?
Depois do sim, é apenas o tempo necessário para o novo Bispo pensar no brasão episcopal e no slogan a figurar no brasão (sim, porque um bispo que se preze tem de ter brasão, não sabiam?), no anel, no báculo, na mitra, e em todas as demais quinquilharias episcopais, tão do agrado dos clérigos-sacerdotes, avessos que são ao Humano, nomeadamente, o Humano na sua máxima expressão de Fragilidade. A Ordenação Episcopal acaba de se realizar este domingo, 10 de Abril. Sob a presidência do Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga que botou Homilia a condizer, num arrastado ritual de Mentira, onde o mítico Cristo é pau-para-toda-a-colher. Ou o Mito não seja inventado e entronizado para isso mesmo. E só para isso! Segue-se, agora, a Diocese do Porto. Para já, apenas como seu Bispo auxiliar. Logo se verá o que vem a seguir.
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Edição n.º 29
Sexta-feira, 8 de Abril 2011
Brasil de sangue e de lágrimas grita aos Povos do Planeta Vejam o que o Grande Poder Financeiro está a fazer às gerações mais novas, cada vez mais formatadas pela sua Ideologia e pela sua Idolatria, qual delas a mais Descriadora do Humano
Inopinadamente, um jovem de 23 anos entra, ontem, 7 de Abril 2011, na escola que frequentou, quando adolescente. Passa pelo Porteiro e obtém o seu consentimento para entrar. O Porteiro, distraído, não o olha nos olhos, carregados de Demência e de Ódio. Tão pouco dá pela presença de dois revólveres e balas nos seus bolsos. Era apenas mais um jovem que vai dar um recado a um amigo ou suposto familiar. Mas o jovem de 23 anos já o não é mais. A Ideologia do Mercado e a Idolatria do Grande Poder Financeiro já lhe deram a volta à cabeça. Já não é ele que decide dos seus actos. A Ideologia do Mercado e a Idolatria do Poder Financeiro são um demónio. Não o mítico demónio das velhas Religiões. São o demónio, real, mentiroso, ladrão e assassino, à imagem e semelhança do seu Criador e Pai, o Grande Poder Financeiro Global. O jovem é apenas um seu pau-mandado. E vai fazer na sua antiga Escola, o que o seu Criador e Pai lhe mandam fazer. Vai Matar crianças, o maior número que puder. Enquanto tiver balas. Atira, com precisão a cada uma. Na cabeça. Ou no coração. Onze, ao todo. E reserva a última bala para ele próprio. Tudo é consumado em poucos segundos. O sangue inocente corre e grita. À mistura com lágrimas, imensas lágrimas, um grande rio de lágrimas. Dos Povos do Brasil e dos Povos do resto do Mundo.
São lágrimas e sangue que gritam. Obrigam os Povos do Mundo a ver com olhos de ver o Mundo que o Grande Poder Financeiro Global está a criar e a consolidar. Um Mundo à sua imagem e semelhança. À imagem e semelhança do seu Criador e Pai. Um Criador e Pai que é, simultaneamente, Mentiroso, Ladrão e Assassino. Um tal Criador e um tal Pai só podem gerar Animais Racionais, totalmente possessos de Demência. Activamente mentirosos, ladrões e assassinos. Como este jovem de 23 anos. E também suicidas. Porque, depois de mentir, roubar e matar tudo e todos em redor, não faz mais sentido sobreviver sozinho. Sem mais outros para continuar a mentir, roubar e matar.
Todos os Povos do Mundo, somos Hoje, Brasileiros. Todos os Países do Mundo, somos, Hoje, Brasil. Todos temos crianças nas Escolas. Todos temos filhas, filhos que já deixaram as Escolas. Ou amarramos, já e de vez, o Grande Poder Financeiro Global e o Decapitamos, primeiro, nas nossas próprias mentes, onde ele já se alojou como neste jovem de 23 anos, ou o Grande Poder Financeiro Global, inteiramente à solta, e apoiado, à esquerda, pelo Poder Político Armado, e, à direita, pelo Poder Religioso-Eclesiástico, não importa de que Religião ou de que Eclesiástico, porque são todas perversas, todos perversos, continuará aí a mentir, a roubar e a matar. Porque para isso foi criado pelos Animais Racionais que, sistematicamente, se têm recusado a PASSAR a Seres Humanos, tão deslumbrados que andam com as suas Tecnologias e os seus Milagres. Escutemos, se ainda formos capazes, o Grito das lágrimas e do sangue do Brasil. E Mudemos de Ser. Passemos de Animais Racionais a Seres Humanos! Já! Ou será tarde de mais!
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Mais uma vez, os Milhões dos Grandes Financeiros da Europa e do Mundo (FMI) contra o Povo Português. Decididamente, temos de Crescer de dentro para fora, como Povo, para mandarmos o Estado e o Poder Político, com todos os seus múltiplos agentes históricos de turno, para o raio que os parta. Ou nunca chegaremos a ser um Povo Livre e Autónomo!
Depois de Mentiras sobre Mentiras, Vitimização pública sobre vitimização pública, os Chico-espertos do Governo do Estado Português, sob a batuta do mais perverso dos perversos, José Sócrates (só mesmo uma Máfia, como o Partido Socialista, é capaz de continuar a manter, como o seu líder-Padrinho, um Mentiroso político compulsivo como ele!) acabam de deixar cair a máscara de anos e anos e admitem, implicitamente, que levaram o Estado Português à falência. Da manhã para a noite, no mesmo dia, escrevem e assinam um formal pedido de “Ajuda Externa” ao Lobo Financeiro Europeu e Mundial (FMI), com o qual, desde há anos, têm andado a sugar as Populações, num esbanjamento de dinheiro e de património, de bradar à Terra, cada vez mais regada de lágrimas e de sangue, e às Estrelas que, lá do alto, nos contemplam, incrédulas, perante tamanha Demência Descriadora.
Não somos um País. Somos um Estado compulsivamente Mentiroso, Ladrão e Assassino que, juntamente com os dirigentes dos Partidos Políticos de direita e de esquerda, com assento no Parlamento, e com o politicamente inábil e infantil Aníbal, presidente da República, nos tem manipulado, cravado de impostos, enganado, hipotecado, comido, desaproveitado as nossas capacidades, infantilizado. Enquanto eles e os seus apaniguados, ainda hoje, continuam a viver à tripa forra, sempre numa roda viva entre Lisboa e Bruxelas, entre uma campanha eleitoral e outra campanha eleitoral, a reproduzir as mesmas Mentiras, as mesmas Promessas, a mesma Demagogia.
Com o Estado Português, compulsivamente Mentiroso, Ladrão e Assassino das Populações, sempre tem estado, também, como o braço direito do mesmo Poder Financeiro Europeu e Mundial, a Hierarquia da Igreja católica romana e os líderes das outras Igrejas cristãs que, de protestantes, só têm o nome. De resto, são as mais submissas e as mais acríticas, perante o Estado, sempre a ver quando ele lhes concede mais umas benesses e promulga mais uma lei que lhes reconheça ainda mais liberdade para poderem continuar a tolher as Populações com as suas catequeses terroristas e moralistas, sem um pingo de Cultura e de Prática Política, apenas Idolatria Religiosa, a jorros.
Quem não se lembra, ainda, daqueles quatro dias, em Portugal, do papa-chefe de Estado do Vaticano, com o presidente Aníbal e a sua impagável Mulher sempre ao seu lado, como um sacristão e um cão de cauda a dar-a-dar perante o seu dono ou patrão-mor? O facto diz bem quanto o Estado Português, constitucionalmente, laico, de facto, beato que tresanda, é um Lacaio do Grande Poder Financeiro Global, onde se inclui – só a nossa Ingenuidade é que não vê! – o Estado do Vaticano, disfarçado de Igreja. Como tal faz tudo o que o Grande Poder Financeiro lhe exigir, em troca das benesses que ele, entretanto, sempre garante às minorias do Poder Político que lhe dão guarida e o deixam medrar cada vez mais. Não somos um País. Somos o quintal traseiro do Grande Poder Financeiro Europeu e Mundial, que está de volta e em poder, ao seu quintal, para nos comer, até os ossos, como Lobo devorador e insaciável que é. Tudo, obviamente, disfarçado de “Ajuda Externa”.
As Populações, mantidas a leste de tudo, continuam aí cada vez mais possessas de Medo dos ancestrais deuses e deusas do Passado, criminosamente, distraídas com campeonatos do Futebol dos Milhões, Taças da Liga Europa, Taça Uefa, e com o senhor Pinto da Costa da SAD-FCP a rei nesse domínio (o que ele não teria para revelar, se quisesse, mas cala, que a isso o obriga o juramento de sangue, exclusivo dos Padrinhos das grandes Máfias, como é a SAD-FCP).
Saiba, entretanto, o Povo Português e saibam os Povos da Europa e do Mundo: Ou fazemos o possível e o impossível, para crescermos de dentro para fora, em Liberdade e em Autonomia, em Sabedoria e em Política Praticada, e mandamos os três Poderes que nos têm dominado e explorado, para o raio que os parta, e assumimo-nos como Sujeitos e Donos dos nossos próprios destinos, ou, de “Ajuda Externa”, em “Ajuda Externa”, acabamos todos, Mercadorias, ainda com menos Dignidade que as pedras da calçada!
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Jeovás são um vírus mortal que ataca as consciências das Populações. “Tenho um pavor enorme a essa vinda de Jesus-Cristo”
Os Jeovás continuam a atacar as consciências das Populações, biblicamente impreparadas e indefesas. Impunemente. E sempre a coberto da Lei. A Lei de Liberdade Religiosa. São um vírus mortal. Uma arma mortal mais, do Império USA, no Mundo. Só que esta arma vem toda bem embrulhada em frases bíblicas. Ataca directamente as consciências das Populações. Não os corpos das Populações. É o crime dos crimes, mas não parece. Porque não faz correr sangue nas casas nem nas ruas. Contudo, onde entrar, o vírus deixa as Populações completamente perdidas. E politicamente desmobilizadas. O que só favorece, e de que maneira, o Império USA, militarmente armado até aos dentes, ao serviço do Império Financeiro Global, o único Dono e Senhor do Mundo, o Descriador dos Povos por antonomásia. O anti-Deus Criador.
São frequentes os emails que recebo na minha caixa de correio. Vêm de pessoas aterrorizadas, psicologicamente perturbadas. Um gritante exemplo do que acabo de escrever, é o email, recebido, esta semana, de uma tal Antónia, residente, ao que diz, no distrito de Leiria. É desta semana. Poucas horas depois de o receber, entra um outro email, do respectivo marido, a reforçar o da sua mulher. E a pedir urgência na minha resposta à sua mulher. Divulgo-o aqui na íntegra, para que conste. Eis (sublinhado meu): Ora muito boa tarde, Padre Mário, sei que lhe parece estranho, uma Ex-T. Jeová estar a falar consigo, mas a minha cabeça parece que anda a 100 á hora, de tão formatada está por eles (T. Jeová). Eles ensinaram-me que Jesus-Cristo vem nesta geração e vamos vê-lo a chegar, quando menos esperamos. Padre Mário, Jesus-Cristo vem nesta Geração? É que eu tenho um pavor enorme a essa vinda, pois não sei o que acontecerá aos meus filhos [como se vê, o “pavor enorme” desta mãe portuguesa, não vem de ela estar a ver, estes dias, o estado a que o nosso país chegou. Nada disso!].
O email fala por si. Mas as Populações precisam de saber que este vírus mortal, chamado Testemunhas de Jeová, foi concebido e gerado, apenas no final do Século XIX. Mais propriamente, a partir da década de 1870. É, pois, muito recente. Possui, contudo, uma capacidade financeira enorme para se poder reproduzir. Por isso, em poucas gerações, cobre já quase toda a face da Terra. Como as radiações da Bomba Nuclear. Na sua origem, está um tal Charles Taze Russell. Mais uns quantos amigos dele.
Como arma mortífera de ataque, elegem a Bíblia. E como santo-e-senha, Testemunhas de Jeová. Ao senhor Jeová bíblico, juntam o mítico Jesus-Cristo davídico. Dois, num só. Mas o papão n.º 1, é o senhor Jeová. Jesus-Cristo, é o seu pau-mandado. De Jeová e das Testemunhas dele. Como instrumento de difusão do vírus, concebem uma revista que dá pelo nome de Sentinela. Em quase toas as línguas. Com tiragens de muitos milhões. É a Sentinela do Império USA, já se vê. Não das Populações indefesas, que ideia! As Populações indefesas são o alvo a atingir pelos Jeovás. Em cujas consciências inoculam o seu vírus mortal.
O ataque é realizado à vista de toda a gente. E com boas maneiras. Chegam em pequenos bandos. A uma aldeia, por exemplo. Espalham-se, depois, em grupos de dois. E avançam, assim, dois a dois, até à porta das pessoas. Casa a casa. Vestidos a rigor. Pasta de executivo na mão. Com a Bíblia dentro. A arma de Matar. Imperturbáveis. Controladamente, educados. Excessivamente delicados, a revelar, sem querer, que todos os seus gestos são previamente estudados / programados. E que estão apenas a representar. Cada grupo de dois já vem de mente formatada. Não! Não são seres humanos. Desenganem-se. Basta ver que neles não há nenhuma espontaneidade. Nenhuma naturalidade. Nenhuma Emoção. Nenhuma capacidade de Escutar o outro não-Jeová. Tudo em cada grupo de dois é programado. Actuam como robots. Sempre da mesma maneira. Como quem reproduz uma cassete de vídeo. Sem pensamento próprio. Sem palavras próprias. Até sem som de voz próprio. São robots. Formatados, para reproduzirem certas frases, aquelas frases concretas, e não outras. E para terem aqueles gestos desterminados, e não outros.
Escrevi que os Jeovás levam, como arma principal, a Bíblia. Mas não é totalmente exacto. Não é propriamente a Bíblia, em si mesma, que é arma de Aterrorizar e de Matar. Arma de Aterrorizar e de Matar, é a interpretação que todos os Jeovás, como um só, fazem da Bíblia. Uma arma tanto mais perigosa, quanto a Bíblia é, impreterivelmente, tida pelos Jeovás, como pelas demais Igrejas cristãs, como a Palavra de Deus. E dizer às Populações, “Palavra de Deus”, é o mesmo que dizer a Verdade! Daí, o efeito Mortal que tem, perante as Populações, a interpretação que os Jeovás fazem e apresentam da Bíblia. As Populações, biblicamente impreparadas e indefesas, perante um discurso elaborado por uma frase e outra frase da Bíblia, arrancadas do seu contexto, “comem-no” todo como Palavra de Deus. O Terror aloja-se-lhes, como um “demónio”, nas suas consciências e faz das suas. Os Estragos são sem conta. Todos Mortais!
Deixo, aqui, mais este Alerta. Sei do que falo! Façamos chegar este Alerta ao maior número de pessoas. Traduzam-no em diferentes línguas, quem estiver preparado para o fazer. Porque, como sabemos, não podemos contar com nenhuma Igreja cristã protestante, nem com a católica romana, na difusão deste Alerta. Porque todas as Igrejas cristãs são, cada qual à sua maneira, Testemunhas de Jeová, sob outras designações. Todas medram e enriquecem à pala da Bíblia, da interpretação que fazem da Bíblia, como a Palavra de Deus. Do “seu” Deus! Fixemos este critério. Quando a interpretação da Bíblia contribui para fazer crescer a Riqueza dos Pastores e das Igrejas cristãs que eles próprios dirigem, é sinal inequívoco de que a Palavra não é de Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos. É apenas do Deus-Dinheiro, o Grande Poder Financeiro Global. Ou abrimos os olhos da consciência, ou acabamos engolidos por ele, o Deus-Dinheiro! O das Igrejas cristãs, que é o mesmo do Mercado Global.
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Já se conhece o programa completo da beatificação do papa polaco. A cerimónia é precedida de um Macabro espectáculo que as tvs do Mundo, as portuguesas incluídas, não vão querer perder
O Vaticano acaba de divulgar o programa completo da cerimónia ritual de beatificação do papa polaco, João Paulo II. As Populações de Portugal, da Europa e do resto do Mundo católico que se preparem, porque os dois últimos dias de Abril que antecedem o dia da beatificação, a 1 de Maio, vão ser de Macabro Espectáculo televisivo, até ao Vómito. As tvs do Mundo, as portuguesas incluídas, não vão perder de modo nenhum semelhante Espectáculo Macabro. Sabemos quanto as tvs do Mundo, todas propriedade do Grande Poder Financeiro Global, se pelam pela transmissão em directo de espectáculos desta natureza, entre os quais se incluem as grandes catástrofes, ditas naturais (que ingenuidade, a nossa, quanto a “naturais”!), os grandes desastres de transporte de pessoas, com centenas de mortos e alguns sobreviventes, as guerras em directo, como a da Líbia e, antes, a do Iraque, com armas a disparar e bombas a rebentar no chão e a erguer cogumelos de fumo negro, com corpos trucidados e espalhados aos pedaços.
A beatificação do papa polaco insere-se nesta categoria do Macabro, sem deixar de ter, também, a presidir à cerimónia, o próprio Papa alemão, Bento XVI, o imediato sucessor do papa polaco. Promoção com promoção se paga. E o papa polaco promove, no seu longo pontificado, o teólogo Ratzinger a Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o ex-terrorista institucional católico, Santo Ofício, e, antes de morrer, ainda deixa tudo preparado para que Ratzinger seja o seu imediato sucessor na cátedra de Pedro, o histórico Traidor e Negador de Jesus.
Pois bem, agora, é chegada a hora de o papa alemão pagar tantos favores recebidos, com a beatificação do seu Benfeitor e Padrinho polaco. Ao mesmo tempo que também já deixa aberto o caminho, para que o seu próximo sucessor, o beatifique também a ele, poucos meses depois dele ter morrido. Nada que, de resto, não venha a talhe de foice, porque, afinal, Bento XVI, como todos os papas que o antecedem e lhe sucedam, é já chamado em vida histórica, Sua Santidade, o Santo Padre. Ou será que não ouvimos e não lemos os Bispos titulares e auxiliares de cada diocese, a do Porto incluída, sempre que abrem a boca, a reproduzir uma, duas, três ou mais frases do “Santo Padre”, como é de uso canónico chamar ao papa de turno?!
O Espectáculo é Macabro, porquê? Ora porquê. Porque, para poder ser beatificado com pompa e circunstância, no dia 1 de Maio, primeiro, o cadáver do papa polaco beato terá de “ser trasladado dia 29 de Abril, antes de ficar no andar principal da basílica de São Pedro”. Obviamente, acabo de citar – e, por isso, as aspas – a Agência Ecclesia que, nestas coisas da Máfia do Vaticano é perita e nunca utiliza palavras canonicamente inapropriadas. Ou ela não seja, como é, a voz do Dono! Porém, para que esta Macabra trasladação do cadáver do papa polaco possa acontecer, primeiro, “o túmulo do papa Inocêncio XI, tem de ser transferido para o altar da transfiguração, na basílica de São Pedro” e, assim, “dar lugar aos restos mortais de João Paulo II.” Informa a Ecclesia, que, ”na manhã desse dia, sexta-feira [29], a urna do papa polaco, que não será aberta [que Decepção, para as pessoas que gostem do Macabro-Macabro!], vai ser colocada junto do túmulo de São Pedro, nas grutas do Vaticano”. E só no dia 1 de Maio é que sobe “ao altar da confissão, dentro da basílica, onde vai ser exposta à veneração [ou adoração?!] dos fiéis.”
Digam lá se não é um espectáculo Macabro! É. Aliás, é, sobretudo, para Isto, para espectáculos Macabros destes, que existe a Igreja cristã católica romana, com a sua Cúria Romana, constituída por Suas Eminências, os Cardeais, e presidida pelo Sacerdote-Imperador mor do Cristianismo, o papa. Quem, porventura, ainda insistir em ver em tudo Isto alguma semelhança com Jesus, o Camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria, Crucificado pelos Sacerdotes Sumos do seu país e pelo Império de turno, que se cuide. Porque é manifesto que sofre de Cegueira, e que Cegueira! Todas estas coisas são concebidas e realizadas pela Máfia-das Máfias, que é o pequeno Estado do Vaticano, cujo Padrinho veste de branco e de mulher, do pescoço aos pés, para, desse modo, melhor esconder toda a Escuridão, toda a Treva Institucional, que efectivamente é. Ao mesmo tempo que consegue fazer entrar, no Banco do Vaticano, muitos e muitos Milhões de Euros e de Dólares. Eis o Cristianismo, o Inimigo n.º 1 de Jesus, em todo o seu Hediondo Institucional!...
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De repente, o ensurdecedor Silêncio, sobre o Japão e as suas assassinas centrais nucleares Quem, mesmo entre os respectivos familiares, ouve o lancinante Grito dos 30 mil mortos japoneses?
De repente, o ensurdecedor Silêncio, sobre o Japão e as suas assassinas centrais nucleares, construídas, há anos, com conhecimento de causa, em zonas sísmicas. O ensurdecedor Silêncio cai, igualmente, sobre os 30 mil mortos, todos seres humanos concretos, com Afectos, com Sonhos, com Projectos, que o Sismo, seguido de tsunami e das radiações à solta, libertadas por evitáveis fissuras em centrais nucleares, se estas não fossem construídas em zonas sísmicas, causa no Japão. Ninguém é dado como culpado. Os 30 mil mortos, alguns dos quais, trabalhadores das referidas Centrais nucleares, outros, bombeiros que correm em auxílio das vítimas, já não existem mais. Provavelmente, até nunca terão existido. Pelo menos, no informar dos grandes meios de (in)comunicação social, todos propriedade do Grande Poder Financeiro Global que concebeu e pariu as Centrais nucleares, para, com elas, produzir potentíssima energia com reduzidos custos financeiros. Sem nunca se preocupar com os previsíveis custos em vidas humanas.
Para o Grande Poder Financeiro Global, as vidas humanas não lhe interessam, a não ser como mercadorias baratas de produção de outras mercadorias, e como compulsivos consumidores destas mercadorias produzidas e postas à venda no Mercado. Aos Seres Humanos, o Grande Poder Financeiro desconhece por completo o que eles sejam. Tão pouco os quer conhecer. Fora dele mesmo, nada mais existe para o Grande Poder Financeiro Global. E quem disser o contrário, sujeita-se a cair no ridículo. O Mercado faz constar que um tal dizer só pode ser de um Louco, e, logo, as multidões de Consumidores de mercadorias vendidas pelo Mercado do Grande Poder Financeiro Global repetem, todas, à uma, É um Louco, É um Louco, é um Louco! E por aí ficam as coisas. Com o Grande Poder Financeiro sempre por cima, como o único Senhor, o único Dono, o único Patrão, o único Deus do Mundo.
Provavelmente, até que outras Centrais Nucleares venham a explodir no Japão, ou noutras partes do Mundo, inclusive, aqui, na nossa vizinha Espanha, nunca mais ouviremos falar destas Centrais nucleares que o Sismo e o tsunami puseram em manchete nos grandes meios de (in)comunicação social, todos propriedade do mesmo Dono que concebeu e pariu as Centrais Nucleares todas do Mundo. Quando ocorrer outro, mais do que previsível, “acidente”, lá veremos os jornalistas dos grandes meios de (in)comunicação social associarem a esse novo “acidente”, também este que, nestes dias, acaba de ocorrer no Japão e que já não existe mais. Mas tudo apenas como “acidente”, nada mais.
Os mortos bem gritam. Os seus lancinantes Gritos, são Denúncia e Acusação! Mas quem Escuta os Gritos dos Mortos matados pelo Sismo, seguido de tsunami e das sucessivas avarias nas Centrais nucleares do Japão, construídas em zonas sísmicas, por isso, zonas de altíssimo risco? O Grande Poder Financeiro não Escuta. Só tem ouvidos para o tilintar do Dinheiro. E só tem racional para fabricar sofisticadas máquinas de produção de Dinheiro, a baixo custo. Ah! E também tem racional para fabricar medicinas e medicamentos e hospitais apetrechados com sofisticadíssimas tecnologias, com o que ele produz Dinheiro sem conta, inclusive, com os doentes que ele próprio, primeiro, produz, em cadeia e em série! Impunemente!
Perante um Senhor tão omnipotente, tão omnipresente e tão omnisciente, os próprios cientistas contratados por ele, ficam deslumbrados e declaram-se todos Ateus de todos os deuses, excepto do Deus-Poder Financeiro Global, do qual são, até, os novos Sacerdotes, os novos Ideólogos e os novos Teólogos. Tão deslumbrados andam, que nunca chegam a ver nem a ouvir as Vítimas que o seu Deus produz. Aliás, para eles, como para o seu Deus, já nem sequer há Vítimas. Apenas “acidentes”. E não é que até os familiares dos 30 mil mortos, anestesiados que são, todos os dias, pela Ideologia e Teologia do Grande Poder Financeiro e dos seus Cientistas-Sacerdotes-Ideólogos-e-Teólogos, acabam por quase não dar por nada e, por isso, também não chegam a Conspirar, Desarmados, pelo contrário, ainda continuam a dar as suas filhas, os seus filhos ao Grande Poder Financeiro Global?!
Neste Auschwitz Global, que é cada vez mais o Mundo do Grande Poder Financeiro Global, já nem sequer há Lágrimas para chorar. Porque já não há Seres Humanos. Só há Mercadorias. Como pode, então, haver Amanhã? Só mesmo o Amanhã outro, que, Hoje, já escapa ao Grande Poder Financeiro Global, à sua Ideologia e à sua Teologia-Idolatria. Feliz, pois, de quem, Hoje, no meio deste Inumano Mndo, criado pelo Grande Poder Financeiro Global, já é esse Amanhã. E feliz, também, de quem conhecer Alguém assim. Plena e integralmente Humano, por isso, nos antípodas do Grande Poder Financeiro Global! Outras, outros, Jesus!
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Edição n.º 28
Terça-feira, 5 de Abril 2011
Para Adolescentes-Jovens, elas e eles, que desejam viver habitados com discernimento crítico bastante O Gato Artur Salomão & Enfim, Epicopus! Duas Estórias com Humor e Sabedoria que nem as Catequeses do Mercado Religioso, nem as Catequeses do Mercado Financeiro conseguem vender, e muito menos, dar
São duas estórias com Humor e Sabedoria. Dão pelo título, respectivamente, O Gato Artur Salomão & Enfim, Episcopus! A Edição é da Edium Editores, sedeada em S. Mamede de Infesta, a um passo da cidade do Porto. São estórias para Adolescentes deste nosso tempo, com fome e sede de se verem habitados com discernimento crítico bastante, para nunca se deixarem formatar pelas Catequeses do Mercado Religioso, nem pelas Catequeses do Mercado Financeiro. As duas, alta e igualmente Tóxicas – as Catequeses do Mercado Religioso e as Catequeses do Mercado Financeiro.
Hoje, os Adolescentes-Jovens, elas e eles, porventura, ainda mais eles do que elas, apresentam-se, em elevado número, ainda bastante desprotegidos em relação a estas Catequeses altamente Tóxicas, as do Mercado Religioso, e as do Mercado Financeiro. Por vezes, até os vemos, elas, como eles, a fazerem de Acólitas, Acólitos nos Altares dos Sacerdotes-Párocos, nomeadamente, nas freguesias das suas residências. E, também os vemos, eles, como elas, a integrar os grupos, cada vez em menor número, que frequentam as Catequeses para o Crisma, esse Sacramento Eclesiástico das Rotinas Paroquiais e, sobretudo, Episcopais. Uma verdadeira “seca”, que os Adolescentes.Jovens ainda têm de suportar, quando as respectivas mães, os respectivos pais, se mantêm fiéis às tradições e às crenças dos antepassados, nos anos em que o Obscurantismo e o Analfabetismo grassam nas aldeias do País, da Europa e do Mundo cristão católico romano. O mesmo se tem de dizer, em relação às Catequeses / Publicidades do Mercado Financeiro, este ainda mais agressivo e muito mais brutal.
Por isso, a Oportunidade e a Urgência destas duas estórias, escritas com Humor e Sabedoria. Lê-las / Escutá-las, em grupo de dois, três ou mais, faz os Adolescentes-Jovens e suas mães, seus pais, se estiverem por perto, a rir a bandeiras despregadas. E não se trata de um Rir qualquer, Banal, Superficial, Apalermado, Ingénuo, Infantil. Trata-se de um Rir altamente Antropológico e Teológico. Como só os Seres Humanos, Mulheres e Homens, são capazes de Rir. E como só Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos por igual, que nunca ninguém viu, Todo nos antípodas do Deus dos Sacerdotes, dos Párocos e dos monárquicos Bispos, um Deus Autoritário, sopro castrador, moralismo que tresanda!
É este Rir Antropológico-Teológico, o mesmo de Jesus, o filho de Maria, que é, simultaneamente, Sabedoria. Não! Não confundam Sabedoria com Saber. O Saber vai-se buscar às Catequeses Paroquiais e das Escolas, as confessionais e as laicas, e às Catequeses-Licenciaturas-Mestrados-Doutoramentos das Universidades, as confessionais e as laicas. Cada Paróquia, cada Escola e cada Universidade tem as suas Catequeses. E todas conferem Saber, em maior ou menor grau, mas não conferem Sabedoria.
Se lerem / Escutarem este Livro, de apenas 48 páginas, verão Rebentar, no mais fundo de Vocês, Adolescentes-Jovens deste Século XXI, como uma Fonte, a Sabedoria, que nenhuma das Catequeses dos três Poderes e respectivos agentes históricos que ferozmente dominam o Mundo, Vos pode vender, muito menos dar. Porque a Sabedoria não é Mercadoria de comprar e de vender. Nem um rito religioso, um baptismo, uma festa do pai-nosso, uma comunhão solene, um crisma, um casamento-por-igreja de comprar e vender. A Sabedoria é Postura que distingue substantivamente os Seres Humanos dos Animais Racionais. Adquiram o Livro no Barracão de Cultura, ou junto do Autor das Estorias, ou no site da Editora, ou nas Livrarias. Leiam-no / Escutem-no em grupo, e logo verão.
P.S Para mais pormenores sobre este Livro, é bom abrir o Ficheiro ao lado esquerdo deste mesmo Portal, intitulado, Recensão Crítica de Livros.
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SAD FC Porto é campeão e o Pinto da Costa é o mais exemplar dos Padrinhos portugueses. Futebol dos Milhões está bem e recomenda-se. Só o Estado português é que se afunda de dia para dia
Ao contrário do Estado português, o Futebol português dos Milhões e das Máfias, perdão, SADs dos Milhões, está bem e recomenda-se. Basta ver o que acaba de suceder no País do Futebol dos Milhões, a propósito de mais um jogo de Futebol entre a SAD do FC Porto e a SAD do SL Benfica. Todos mais que irmanados no êxito do Futebol dos Milhões. Polícia, a dar com um pau. Pedras. Bolas de basquetebol dos Milhões misturadas com as bolas do Futebol dos Milhões, uma só Família, a dos Milhões. Há feridos. Há agressões. Há cassetetes a bater nas cabeças e nas costas. Há Polícias aos tiros com balas de borracha. Há sangue. Há algemas. Há presos de ambos os lados. Há carros e autocarros apedrejados. Há Guerra como a Colonial em África. Há bebedeiras aos milhões. Há mais uma noite de sono completamente perdida, para muitos milhares. Há quem no dia seguinte ao jogo faça feriado. Há Pinto da Costa a chamar “Imbecis” a não-portistas (onde já se viu, haver portugueses que não “torçam” pelo Azul-e-Branco” do FC Porto?!) que vão para as tvs dizer mal da Máfia-SAD do Porto, da qual ele é o Padrinho-modelo dos Padrinhos, há sucessivos mandatos, por vontade dos Milhões, não de sócios, mas dos Mercados Financeiros. Há histéricos gritos de adeptos portistas, com ar de quem não tem onde cair morto, mas que tem de ter dinheiro para viajar até Lisboa e dar-se ao luxo de não trabalhar no dia seguinte. Há, do outro lado, a Máfia-SAD do Benfica que, por trás da figura e da pessoa do Eusébio, de Moçambique, esconde muita coisa suja e lava muita coisa suja, sem ninguém querer saber como, só porque é a Máfia-SAD do SL Bendica, “uma nação”. Há luzes que se apagam, sem explicações, no Estádio que se diz da Luz que, quando os seus Padrinhos não sabem perder, torna-se um Estádio-às-Escuras. Há Jornais desportivos que consomem, por ano, florestas de árvores em papel de jornal para deitar ao lixo. Há televisão pública que, em certos dias, parece ser um canal privado do FC do Porto, outros dias, do SL Benfica, outros, embora muitos menos, do SCP, este ano, uma Máfia-SAD à imagem e semelhança da Máfia-Estado Português, à beira da falência, mas que, de repente, elege um presidente-Padrinho que vai disponibilizar muitos milhões para comprar craques e contratar o melhor treinador de Futebol dos Milhões do Mundo, incapaz de ser campeão na vizinha Espanha, pela Máfia das Máfias, o Real Madrid.
O que seria este país, sem o Futebol dos Milhões, sem as borracheiras do Futebol dos Milhões, sem os craques estrangeiros do Futebol dos Milhões? Uma apagada e vil tristeza, como é uma apagada e vil tristeza, o País da nossa senhora de Fátima, a Empresa Santuário de Fátima S.A., a dos Milhões. Esta Empresa S.A. percorre caminhos nos antípodas dos percorridos pelo Futebol dos Milhões. Os seus craques são desgraçados peregrinos a pé para Fátima. São rostos macerados, corpos alquebrados, paralíticos à espera de milagres e de curas que nunca chegam, paraplégicos e doentes de Alzheimer com as contas do terço ou do rosário nas mãos, a bichanar ave-marias e a comer padres-nossos, glórias-ao-pai e jaculatórias a repetir, Ó meu Jesus perdoai-me e livrai-me das penas do inferno; livrai as almas do purgatório, principalmente as mais abandonadas, há filas e filas de pecadores à espera de vez para se ajoelharem, diante de padres sentados, bem comidos e bem bebidos, que fingem ouvir aquelas listas de pecados, sempre os mesmos, de confissão para confissão, há milhares a dormir ao relento, mesmo no pino do inverno, há pagadores de promessas que rastejam como lesmas e babam-se como elas e deixam pintado de vermelho de sangue humano o lajedo que leva da cruz alta à capelinha da perversa nossa senhora cega, surda e muda, o ente mítico mais cruel que existe à face da terra e que, até o papa de Roma, sempre que as finanças do Vaticano andam por baixo, vem visitar e ajoelhar-se diante dela, para que as Populações Crucificadas não esmoreçam e continuem a correr para lá e a deixar lá o último cêntimo, os brincos das orelhas, a aliança do casamento, o cordão que estava guardado para uma altura de doença ou de fome mais aguda e que, prometido à senhora de Fátima, tem de ser entregue ao Sacerdote-Gestor da mafiosa deusa que nem come nem bebe, nem veste nem anda, nem fala nem ouve, mas cujas bocas de cofre estão sempre abertas e prontas para sugar todo o dinheiro e todo o ouro que os pobres e os pagadores de promessas lá forem depositar.
Mal por mal, viva o Futebol dos Milhões, porque com ele, se houver quem rasteje só será de bêbedo como um carro. Ou porque vários polícias se atiram a ele, lançam-no ao chão e correm a pô-lo de barriga para baixo, joelho sobre a nuca e a juntar-lhe as mãos nas costas, amarradas por algemas. Para que o Futebol dos Milhões possa continuar a comer-nos à vontade, sem que qualquer dos três Poderes e os seus Tribunais se meta com ele, pelo contrário, todos, à porfia, o incitam a continuar e a ir mais longe na bestialização das Massas e na Estupidificação dos fanáticos do Futebol das Máfias-SADs do dito. E ainda dizem que o Poder Financeiro não existe. Nem é a Mentira, o Assassínio e o Descriador cientificamente Organizado dos Povos. Cegos que somos. Parvos que somos. Carne para canhão que somos. Geração à rasca? Só quando acabar o Futebol dos Milhões e a Empresa Santuário de Fátima S.A., dos Milhões, como as SADs do Futebol dos Milhões! Viva a Estupidificação das Massas Populares! Viva! Choremos!
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A mais inaudita Surpresa que estas Eleições antecipadas nos proporcionam. PCP e Bloco de Esquerda já sonham e trabalham juntos para chefiarem o Governo do Estado Português, em situação de Falência Anunciada!
A princípio, não. Nem pensar. Mas, depois da Geração à Rasca, essa mesma que não está para ter a maçada de Estudar na Universidade e, depois, já com a Licenciatura e o Mestrado na carteira, ter de ser Desempregada ou ter de trabalhar a recibos verdes, e, mesmo assim, conseguiu juntar, sem cartazes nem nada, só por sms e pelo Facebook, mais de 300 mil na Avenida da Liberdade, em Lisboa, e, agora, até já se declara estar pronta a recorrer ao guarda-chuva duma sigla partidária, para ir à Luta pelo Poder, porque, afinal, como cantam, entre copos e noitadas, os vencedores do festival da canção, A Luta é Alegria e, até, é bom de mais dar-se ao luxo de ser Desempregado e deslocar-se para todo o lado, no popó que o Papá dos Milhões garante todos os dias à menina, ao menino, para que nem ela, nem ele se não constipem à chuva, quando chove, é claro, apressam-se, agora, a dizer, Sim, sim, estamos disponíveis para assumirmos a chefia do Governo do Estado português, após as Eleições do dia 5 de Junho de 2011.
É, de todo, uma inaudita Surpresa. Ainda há uma, duas semanas, nem o Jerónimo, chefe do PCP / CDU, nem o Francisco Louçã, chefe-coordenador do BE, alimentam nas suas cabeças, nem nas suas imaginações, semelhante cenário e semelhante hipótese. De repente, com o Passos Coelho, do PSD, o José qualquer coisa, do PS e o PP do PP, a arengar em tudo quanto é telejornal do almoço ou do jantar, que vão levar o País a cair ainda mais nos braços do Poder Financeiro Global, apostado em debilitar e derrubar o Euro e a Europa do dito, ambos abandonam a postura de fingida humildade democrática e já se vêem a chefiar o próximo Governo de Esquerda do Estado Português.
O Ridículo Político não fica mal a ninguém. E, aqui, nem sequer o chega a ser, porque, afinal, embora ainda a dois meses das Eleições, estamos já em campanha eleitoral. E em campanha eleitoral é como no Carnaval, ninguém leva a mal. Mas que iria ter a sua graça, iria. Ver o PCP do Jerónimo e o BE do Francisco Louçã, a chefiar o Governo do Estado português, a partir de 5 de Junho de 2011.
Quem sabe, se o Passos Coelho, do PSD, o José qualquer coisa, do PS e o PP, do PP não decidem levar ainda mais longe a sua fingida humildade democrática e fazem uma coligação de Direita e decidem fazer o possível e o impossível para perderem as Eleições. E, com essa sua propositada Derrota, assistirem, da bancada parlamentar, ao espectáculo, único e irrepetível, de um Governo de Esquerda, com o Jerónimo do PCP, a primeiro-ministro, e o Francisco Louçã, do BE, a superministro da Economia, das Finanças e do Trabalho. E, nos intervalos, ainda a ministro, porta-voz do Governo, pelo menos, para os assuntos económicos e financeiros.
Está na hora de as portuguesas, os portugueses começarem a pensar no assunto. Porque não é justo que os tachos e as mordomias e a arraia miúda dos partidos de Esquerda que nunca provaram do festim que é ser Governo do Estado português, sejam sempre confiados aos mesmos, sejam da sigla PSD, ou da sigla PS, mas sempre os mesmos e as mesmas clientelas.
O Estado português à beira da falência? Nada disso. São tudo patranhas dos Mercados Financeiros e das Agências de Rating dos Milhões (um palavrão em inglês dá um jeito do caraças, que assim a Plebe que vota e, com o voto, escolhe os seus próprios Carrascos, não sabe do que é que estamos a falar, nós, os chefes dos Partidos Políticos de direita ou de esquerda, tanto faz, depois de lá chegar, é sempre um ver se te avias, a rastejar diante do Poder Financeiro Global, o Patrão e o Dono das tais Agências de Rating! Ou que pensavam? Que estes palavrões em inglês surgem assim do céu aos trambolhões, como os bebés de antigamente que vêm no bico da cegonha?!
Mas que Ingenuidade política a nossa, se ainda pensamos que, perante o Poder Financeiro Global, o dono e o senhor absoluto do Planeta, continua a haver direita e Esquerda e que entre ambas há substantiva diferença. Então não dá para ver que são duas maneiras distintas de dizer-ter a mesma postura – um viver de cócoras perante o Poder Financeiro Global, sob pena de, nessa mesma noite, a Morte surpreender o mais pintado deles. Tenham paciência! Mas só há uma maneira de vermos o Poder Financeiro Global Implodir: Recusarmo-nos a servi-lo. E recusarmos dar-lhe as nossas filhas, os nossos filhos. Sem ter quem se disponha a ser seu agente histórico, o Poder Financeiro Global Implodirá. Sem necessidade de Assassinar nenhum Belmiro de Azevedo, nem nenhum Obama, nem nenhum Papa de Roma.
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Catequeses cheias de Nada, as do Cardeal Patriarca de Lisboa. Um Escarro de Idolatria nos ouvidos das, dos ouvintes e das Populações do País
São Catequeses cheias de Nada, as que o Cardeal Patriarca de Lisboa tem escrito e pronunciado, semanalmente, nesta Quaresma 2011, com que a Igreja Cristã Católica Romana insiste em ocupar-se, ano após ano, precisamente, com o mesmo ritmo e a mesma inevitabilidade com que se sucedem os diferentes ciclos da Natureza. Tal e qual como, em seu Tempo, sempre fazem as Primitivas Religiões do Paganismo que, Hoje, Século XXI, ainda sobrevivem, com todos os seus Medos e os seus Mitos, no Cristianismo Católico Romano, e não só.
São uns tristes e uns degredados “filhos de Eva”, estes cristãos católicos romanos, a começar pelos das cúpulas, condenados todos por um Pecado Original que eles próprios inventam, na pessoa de um deles, D. Agostinho, Bispo de Hipona (Séc. V), uma diocese do norte de África, hoje extinta. Dito assim, quase ninguém sabe de quem se trata. Porque, com o passar do Tempo, o Cristianismo Católico Romano habilmente deixa de lhe chamar D. Agostinho, ou Sua Excelência Reverendíssima, como hoje gosta de chamar aos seus bispos titulares de Diocese, e chama-lhe impreterivelmente “Santo Agostinho”. Parece a mesma realidade e é outra, substantivamente diferente. Precisamente a diferença que há entre uma Mulher, um Homem, e um Mito. Dizer, D. Agostinho, Bispo de Hipona, é falar de alguém real, histórico, de carne e osso. Dizer, “Santo Agostinho”, é falar de um Mito, por isso, sem nada de real, histórico, sem carne nem osso!
Querem ver como são cheias de Nada, as Catequeses da Quaresma 2011 do Cardeal Patriarca de Lisboa? Já lá vou. Mas, antes, deixem-me prestar-lhes um substantivo esclarecimento: – Não estranhem que sejam cheias de Nada, as Catequeses do Cardeal Patriarca de Lisboa. Porque são sempre, assim, cheios de Nada, os Discursos, as Homilias, as Entrevistas, os Livros, portanto, também as Catequeses, dos agentes históricos de algum dos três Poderes. E o Bispo de Lisboa, José Policarpo, ao tornar-se – e como ele se apresenta todo inchado de vaidade e de majestade, neste seu título honorífico de príncipe da Igreja! – Cardeal Patriarca do Patriarcado de Lisboa, D. José Policarpo, nunca mais é o Bispo da Igreja de Lisboa. É apenas o agente histórico do Poder Religioso cristão católico romano em todo aquele território, sob a sua Jurisdição ou Poder canónico-sagrado!
Esclarecimento prestado, bem oportuno, como podem honestamente concluir, aqui vai, finalmente, a prova de que são cheias de Nada, as Catequeses da Quaresma 2011, do Cardeal Patriarca de Lisboa. Eis (sublinhados meus): Nas catequeses anteriores meditámos naquilo que Cristo, que ama a Igreja com amor de Esposo, espera dela. Ele é a Palavra de Deus, fala-lhe ao coração, espera que a Igreja O escute e entre em diálogo de comunhão. Com ela, seu Povo, celebrou a nova e definitiva Aliança; espera dela a fidelidade a essa nova Aliança, renovada em cada Eucaristia. Todas as concretizações da escuta da Palavra e da fidelidade à Aliança, se reúnem e resumem no grande desafio da vida cristã: a santidade.
É com estas palavras, cheias de Nada, que abre a Catequese, pronunciada dia 2 de Abril 2011. Lêem aqui estas palavras, como eu as leio no site da Agência Ecclesia, e que concluem? Em que dia, mês e ano, estão a ser ditas estas palavras de sua Iminência, o Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo? Se não tivermos a data no final do texto, uma Catequese que assim se inicia não é totalmente fora do nosso Tempo, uma Catequese Intemporal, Descontextualizada, por isso, Politicamente Inócua, intrinsecamente, Alienante? Vá, não insistam em dizer que eu sou “mauzinho” e que passo a vida a “atacar” a Igreja. Como assim, se eu próprio sou Presbítero da Igreja do Porto? Sejam, antes, sensatos e façam uso da vossa Consciência Crítica, se é que ela já despertou em Vocês (parabéns, se sim!). Não. Não sou eu que sou “mauzinho”. Uma Catequese assim, escrita e pronunciada dia 2 de Abril de 2011, em Lisboa, a capital de Portugal, cujo Estado está, a esta data, sem Governo em pleno exercício de funções, apenas Governo de gestão, a dois meses de Eleições antecipadas, à beira da banca-rota, vizinho da Líbia, aqui ao lado, do outro lado do Mediterrâneo, a ser bombardeado todas as noites e para lá delas, pelos aviões da Nato / Império USA, com mais de onze mil Desempregados, não é, à luz da Fé e da Teologia de Jesus, um Escarro de Idolatria, nos seus ouvintes, e também nas Mulheres, nos Homens que vivem no território do Patriarcado, católicos ou não, numa palavra, não é um Escarro de Idolatria nas Populações de Portugal?!
E o que quer dizer o Cardeal com as expressões, Meditamos naquilo [pronome demonstrativo neutro!] que Cristo [mas os Mitos podem esperar alguma coisa ou alguém?] que ama a Igreja com amor de Esposo [mas o Mito Cristo ama, e ama com amor de Esposo ?]? Sim, o que quer o Cardeal dizer? Consegue dizer alguma coisa de palpável? Não são estas suas palavras cheias de Nada? Politicamente, Alienantes, Desmobilizadoras? Não são um Escarro de Idolatria em todas, todos nós? Nele próprio, José Policarpo, cidadão português à beira dos 75 anos de idade? Que mundo, é o destes seres Eclesiásticos? Será que eles são Extrra-terrestres?! Desculpem, mas fico-me por aqui. Senão ainda vomito sobre o portátil e lá se vai este meu instrumento, hoje, indispensável, na minha Actividade Presbiteral.
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Edição n.º 27
Sexta-feira, 1 de Abril 2011
Presidente Aníbal, o comandante supremo das Forças Armadas, decidiu e está decidido. Está? Eleições, dia 5 de Junho 2011, ou Insurreições Desarmadas em cada aldeia, cidade, concelho e distrito do País?
O País vai de novo a eleições. Dia 5 de Junho 2011. Daqui a 2 meses, dois!!! Palavra do Presidente Aníbal. Ele votará PSD. Diz que é de todos os portugueses, mas é mentira. Porque o presidente Aníbal é do PSD. O discurso em directo, ontem, nos telejornais das tvs portuguesas, é a primeira intervenção presidencial na campanha eleitoral do PSD. Não é uma intervenção a favor de todos os portugueses. Pede “verdade” aos Partidos. A “verdade” que ele próprio não pratica, enquanto presidente da República. Porque diz que é presidente de todos, mas manda a verdade que se diga que ele é do PSD. E o PSD não é igual a todos os portugueses. Como o PS também não é. Nem o PP/CDS. Nem o PCP. Nem o BE. Nem Os Verdes. Nem outro Partido Político qualquer que apareça, agora, a concorrer.
Os Partidos políticos, criados pelos seus fundadores, com o objectivo de conquistar o Poder, via eleições, e não via violência armada (nesta fase da História, basta-lhes a violência verbal!) são todos perversos. Roubam a Palavra às Populações. Roubam-lhes, até, o acto de decidir. Arrogam-se o direito de falar e de decidir em nome das Populações. Quanto mais activos são, mais tornam politicamente Preguiçosas as Populações. Não são parte da Solução. São parte do Problema. Um dos Problemas mais bicudos. Com eles, nunca haverá Democracia. Apenas Partidocracia.
O País vai de novo a eleições. Palavra do presidente Aníbal. Mas será que o País vai mesmo a eleições, dia 5 de Junho 2011? Ou vai fazer um grande manguito e não põe os pés nem o boletim de voto nas urnas? São urnas votívoras. E funerárias. Comem os votos das Populações e convertem as Populações-que-votam em cadáveres políticos, sem voz nem vez. As Populações-que-votam vêem o seu voto ser de imediato sugado-comido pelas urnas. As Populações morrem todas, politicamente, nesse dia. Desistem todas de intervir politicamente no País. Entregam ingenuamente a outros, no caso, aos partidos políticos, a sua inalienável responsabilidade política.
As eleições são a Perversão e a Morte da Política Praticada. Enquanto as Populações forem impedidas de Praticar a Política, serão sempre Populações sem voz, nem vez. Serão sempre Populações politicamente Infantis. Ingénuas. Subdesenvolvidas. Acríticas. Manipuladas. Instrumentalizadas. De resto, é para isso que existem os Estados-Poder e os Partidos-Poder. São uma super-estrutura sobre as Populações, inimiga das Populações. Uma super-estrutura lobo das Populações. Com tudo de Sacerdotal laico. Os Estados das nações, com os seus Partidos Políticos, para se afirmarem, têm de sugar as Populações. Sugar o fruto do seu Trabalho. Sugar o seu sangue. Para os Estados serem, as Populações não-são. Os Estados são todos sacrificadores das Populações. Por isso, outros tantos Sacerdotes laicos que sacrificam as Populações ao deus-Poder!
Malditos Estados! Mas, como Malditos, se eles são os Altares laicos das nações? Não têm todos, uma áurea de sagrado? Em nome do Estado de cada nação, não são cometidos os mais bárbaros Crimes? Os Grandes Criminosos em nome do Estado não são todos entronizados como Heróis nacionais? Os chefes de Estado, de cada nação, não são deuses? O presidente Aníbal não fala ao País, sempre que lhe aprouver e à hora que lhe aprouver e para dizer, como última palavra, o que lhe aprouver? As tvs e as rádios do país não estão todas, lá, a transmitir em directo para as Populações? O chefe de Estado não é, no seu país, o mesmo que o Papa de Roma é na Igreja católica? Depois de eleito, quem pode contrariá-lo? Não tem ele o Poder de dissolver o Parlamento, de destituir o Governo, de convocar eleições? Não é, apesar de civil, o comandante supremo das Forças Armadas e de Segurança? O que são as Populações, à beira dele?!
O País vai de novo a eleições, por decisão do presidente Aníbal. Vai? Não vai fazer um grande manguito, nesse dia? De resto, o que podem trazer de novo ao País os mesmos Partidos Políticos que acabam de arrastar o País para o Abismo institucional? Os Vampiros de ontem podem ser Dadores de sangue amanhã? Não os vemos, todos, já de dentes afiados, para ver qual deles vai ter mais votos nas urnas dos ditos? Podem os lobos esfaimados ser postos a cuidar das ovelhas e das cabras? Francamente! Haja um mínimo de Pudor. Para tanto, tenham as Populações a palavra. Não os Partidos Políticos. Nem o Estado Sacerdotal Laico. Basta de Sacrificar as Populações. Por isso, a Grande Pergunta, nesta Hora: Eleições, ou Insurreições Desarmadas, em cada aldeia, cidade, concelho e distrito do País?
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O Brasil Financeiro, com o Estado português a seus pés. Até o metalúrgico e sindicalista Lula da Silva cai na armadilha de ser doutor honoris causa e veste de palhaço académico, para botar discurso na casa dos Doutores
Durante dois mandatos como presidente do Brasil, Lula serve, como nunca um outro metalúrgico sindicalista havia servido, o Grande Poder Financeiro Global. E o Grande Poder Financeiro Global, reconhecido por tão relevantes serviços, eleva Lula ao panteão dos deuses, perdão, dos Doutores. O primeiro doutoramento honoris causa acaba de lhe ser conferido pela Universidade de Coimbra, em Portugal. À Homenagem, precedida de outra, no dia anterior, que é a entrega do Prémio Norte-Sul, associa-se a sua sucessora no cargo, a presidente Dilma, em pessoa.
O Grande Poder Financeiro Global continua por isso em boas mãos, no Brasil. Depois de Lula, metalúrgico sindicalista presidente, uma Mulher presidente. Ambos, pela primeira vez. O Grande Poder Financeiro Global é hábil, o mais hábil de todos. Jesus, o Crucificado pelo Grande Poder Financeiro e pelo seu Cristo, anda a dizer-nos isso, há quase dois mil anos, mas nem os metalúrgicos sindicalistas, nem as mulheres, candidatos ao Poder, o escutam e o tomam a sério. São estas as palavras de Jesus: “Os filhos das Trevas (= o Grande Poder Financeiro Global) são mais hábeis, nos seus negócios, do que os filhos da Luz”.
Está mais do que provado. Quando o Poder Financeiro Global não consegue derrubar o movimento dos metalúrgicos sindicalistas, o que faz? Chama o seu chefe, a presidente do Brasil. Se ele aceita, o Poder Financeiro Global ganha a batalha. Lula aceita ser candidato a presidente, e bate-se pelo tapete vermelho de acesso. Derrotado, uma vez, investe tudo na segunda vez. E o tapete vermelho estende-se a seus pés. Nesse mesmo dia, o fecundo movimento dos metalúrgicos sindicalistas morre. Não só no Brasil. Em toda a América Latina. Em todo o Mundo!
Depois de dois mandatos, com enorme sucesso para o Poder Financeiro Global, Lula, ainda com muitos anos pela frente, tem, pelo menos, mais 40 doutoramentos honoris causa em outras tantas universidades do Mundo, todas elas Universidades do Poder Financeiro Global e a trabalhar para garantir ao seu Amo e Senhor, os melhores cérebros para o servirem.
O Estado português sente-se honrado com a visita do Lula, assessorado pela nova presidente do Brasil, Dilma, de seu nome. Nos dois dias de homenagem, lá está presente o seu chefe-mor, Aníbal de seu nome, que não dá uma para a caixa, de tão Banal e de tão Medíocre. E lá está, também, o primeiro-ministro demissionário, José qualquer coisa, engenheiro honoris causa, há que anos!... Com o Estado português à beira da falência, o Grande Poder Financeiro Global bem pode atender um qualquer pedido de ajuda, assinado pelo presidente Lula e sua assessora, Dilma, a presidente do Brasil em exercício de funções. Nada acontece por acaso. E o Grande Poder Financeiro sabe disso. Porque é omnisciente. Tal como é omnipresente. E omnipotente.
Ah!, sim, falta acrescentar mais uma coisa. O presidente Lula, nos seus dois mandatos, orgulha-se de um feito nunca antes conseguido por nenhum outro presidente do Brasil. A Pobreza e os Pobres em Massa são hoje um pouco menos, no país. Palavra da Propaganda do Grande Poder Financeiro. A afirmação serve para esconder a verdade. E que verdade? Esta: no final dos dois mandatos de Lula, o Poder Financeiro do Brasil (e do Mundo) é, hoje, muito maior. Mas então a Pobreza e os Pobres em massa não são menos, agora? Em boa verdade, não são menos. A Pobreza e os Pobres em Massa continuam a crescer no Brasil e no resto do Mundo. O que acontece é que, no fim dos dois mandatos de Lula, há hoje um maior número de Pobres, que sem deixarem de o ser, vêem o seu viver quotidiano menos Intolerável.
Graças a Lula? Nada disso. Graças ao Grande Poder Financeiro que, com um metalúrgico sindicalista a presidente do Brasil, habilmente, recorre às vestes de Grande Benfeitor e de Grande Padrinho dos pobres que ele próprio fabrica em massa. E os milhares de Pobres beneficiados exultam com as migalhas que lhes chegam. Lula presidente enche-se de Orgulho. Os aplausos do Mundo Financeiro a Lula são mais do que muitos. E, neste momento, pelo menos, mais uns 40 doutoramentos honoris causa esperam por Lula, em outras tantas universidades do Grande Poder Financeiro Global. Viva Lula, presidente do Grande Poder Financeiro do Brasil! Viva! Pois é. Mas assim se faz mais Pobreza. E mais Pobres em Massa. No Mundo. E no Brasil de Lula e de Dilma. Choremos. E deixemos de ser tão Ingénuos!
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Ainda e sempre a Líbia do ditador Kadafi. O Império USA já pensa no envio de tropas. Para pequeno ditador, só mesmo um Grande Ditador, chamado Império USA, ou Nato, tanto monta!
As tropas do Império USA ou da Nato, ainda não operam no chão da Líbia. Só no ar da Líbia. Do céu da Líbia, caem bombas todas as noites sobre o chão da Líbia. O Ocidente faz-se de ingénuo e anuncia que não mata ninguém da população líbia. Só destrói tanques de guerra do ditador Kadafi. E outro arsenal militar do ditador Kadafi. Porque é proibido ao pequeno ditador ter dessas coisas. É um perigo público. Mundial, até. Só o Grande Ditador que é o Império USA e a Nato podem ter dessas coisas. Em abundância. Porque o Grande Ditador não é um perigo público nem mundial. O Grande Ditador é o Grande Benfeitor. O Grande Padrinho. Ou aceitas as regras do jogo, e podes continuar a ver as tuas novelas de eleição, e a frequentar os estádios de Futebol dos Milhões, mai-las catedrais das Religiões e do Consumo, e a fazer de conta que vives em Democracia, ou o Grande Benfeitor, o Grande Padrinho puxa-te as orelhas. E, se te armas em seu Crítico, ele fala-te mais grosso e mostra-te as suas garras. E tu deixas de ser Crítico e reina de novo a paz. Armada, é certo. Mas paz. A do Império USA.
As tropas do Ocidente ainda não pisam o chão da Líbia. Mas os invisíveis agentes da CIA já por lá andam. Desde o princípio. Mas só agora é que um jornal do Ocidente fala do caso. Como se só agora eles tivessem ido para lá. Como só agora? Já foram eles que estiveram no Levantamento das Massas Populares contra o ditador Kadafi. Como, antes, estiveram no Levantamento das Massas Populares, no Egipto. E estão é tudo quanto é Levantamento de Massas Populares. Inclusive, em Portugal, naqueles 300 mil à rasca que foram para a Manif nos popós que os papás lhes garantem, juntamente, com mesada bastante para pernoitarem em hotéis de 5 estrelas. Porque trabalhar faz calos. E uma filha, um filho de papá não se faz licenciado para, depois, fazer calos nas mãos. Ou lhe arranjam um emprego, ou são “Geração à rasca”, toda a vida. Porque trabalhar faz calos. Ter um emprego, não. Ter um emprego garante um chorudo salário, ainda antes do final de cada mês. Sem fazer nenhum!
O Império USA e a Nato calcularam que o Ditador Kadafi caía, só com o susto das bombas dos aviões cristãos do Ocidente. E que o Petróleo líbio voltava depressa a encher os reservatórios ocidentais. Enganaram-se. O Cristo dos cristãos ocidentais e do seu Papa quase sempre tem perdido nos confrontos com o Alá dos Muçulmanos e o seu profeta Maomé. Mas não pensemos que esta é uma Guerra de religiões. Também é. Mas só enquanto as Religiões são o braço direito do Poder Financeiro Global. Porque em boa verdade, só o Poder Financeiro Global faz a Guerra. Não para derrubar pequenos ditadores como Kadafi. Mas para substituir os pequenos ditadores como Kadafi que deixaram de lhe ser úteis. Sai o pequeno ditador e entra outro pequeno ditador para o seu lugar. Até ser substituído por outro. E assim, sucessivamente. Pelo menos, enquanto nós, os Povos do Planeta, continuarmos a ser Ingénuos e a gostar de Grandes Benfeitores ou de Grandes Padrinhos. Em lugar de, esforçadamente, Crescermos, de dentro para fora, e tornarmo-nos Sujeitos dos nossos próprios destinos e dos destinos do Planeta. Porque, quando formos assim, Livres e Autónomos, logo amarramos o Poder Financeiro. E deixamo-lo morrer à fome. Para tanto, basta recusarmos, duma vez por todas, dar-lhe as nossas filhas, os nossos filhos. Porque é com as nossas filhas, os nossos filhos que o Poder Financeiro se alimenta e Cresce a olhos vistos. Ou ainda nem isso, fomos capazes de descortinar? Não?! E dizemo-nos Ilustrados? Civilizados? Que Parvos que somos!
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Na Evocação do Antigos Combatentes da Guerra Colonial. A Homilia do Major-General, D. Januário Torgal Ferreira
Dia 15 de Março 2011, Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa. O Bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal, D. Januário Torgal Ferreira, preside a uma Missa (ele chama-lhe Eucaristia = Acção de Graças a Deus, mas, então, que Deus, D. Januário?!) de Evocação dos Antigos Combatentes da Guerra Colonial. E, como o previsto, pronuncia uma Homilia a condizer. De resto, a única coisa que distingue essa Missa dos milhões e milhões de missas que todos os dias, domingos, sobretudo, são rezadas em todo o mundo católico romano. São ainda os 50 anos, do início da Cruel e Perversa Guerra Colonial que o Regime de Salazar desencadeia em três frentes de África, com a bênção da Hierarquia da Igreja Católica que, na ocasião, há por bem, instituir o Vicariato Castrense, com o titular, Cardeal Patriarca de Lisboa que, logo, delega no Bispo D. António dos Reis Rodrigues, nomeado e ordenado Bispo para esse Ofício eclesiástico (vêem, para que servem os Ofícios Eclesiásticos, todos nos antípodas da Missão histórica de Jesus, o Evangelho vivo de Deus Criador de todos os Povos por igual, Povos Africanos, incluídos, não apenas dos católicos romanos e dos Povos Europeus e do Ocidente?). O Vicariato evoluiu para Diocese, com Bispo autónomo. E D. Januário Torgal Ferreira é o seu Titular. Ao que se diz, com algo de Polémico, ainda que, em boa verdade, são mais as vozes do que as nozes. É Polémico, apenas o bastante, para tentar retirar visibilidade ao Perverso que é a simples existência duma Diocese e de um Bispo das Forças Armadas e de Segurança. Ou, melhor, não tão Perverso assim, porque o que é, efectivamente, Perverso, é o próprio Cristianismo e o seu mítico Cristo Vencedor dos Inimigos, primeiro, dos Inimigos dos Judeus, depois dos Inimigos do Império de Constantino e sucessores e, finalmente, dos Inimigos do Ocidente, Igreja católica romana incluída, e antes de mais.
A Homilia de D. Januário (o Dom, antes do nome, rima bem com o de Major-General que ele carrega como Bispo Castrense!!!) começa por evocar o dia 1 de Janeiro de 1974, quando, nas Igrejas da cidade do Porto, é distribuído nas missas um folheto com leves críticas à Guerra Colonial. Nesse então, sou ainda preso político, à guarda da Pide, e está a decorrer, no Tribunal Plenário do Porto, o meu segundo Julgamento (33 audiências, no total!), ainda na minha condição de Pároco de Macieira da Lixa, abertamente contra a Guerra Colonial. Um facto político demasiado incómodo para o Institucional católico romano que mantém com o Regime de então, como de resto, ainda hoje, uma Concordata, em nome da qual eu, enquanto pároco, não posso ser condenado por nenhum Tribunal Plenário do País! Curiosamente, nenhuma alusão é feita a este Acontecimento maior da Igreja do Porto. Não, obviamente, por me ter a mim como um dos protagonistas, mas pela Igreja do Porto, ela mesma, da qual sou um dos seus párocos, no caso, o Pároco de Macieira da Lixa.
A Homilia desta missa de Evocação é suficientemente generalista e ambígua, para não incomodar, nem gregos, nem troianos. O próprio Bispo da Igreja, Januário Torgal Ferreira, será o primeiro a concordar comigo. Mas uma coisa é o Bispo da Igreja, Januário Torgal Ferreira, e outra, muito diferente, é o Major-General Bispo D. Januário Torgal Ferreira, da Diocese das Forças Armadas e de Segurança. E a Homilia é deste, não é daquele. Por isso, o teor generalista e ambíguo da Homilia. Estou mesmo a ver a “raiva” do meu Amigo Januário Torgal Ferreira, por não poder Expor-se como Bispo da Igreja. Outras, muito outras, seriam, então, as suas Palavras, nesta Evocação dos Antigos Combatentes! Mas quem quer ser Livre para Evangelizar os Pobres e os Povos, não aceita ser Bispo Major-General do Estado português, não é?!
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Numa Revista Missionária, editada em Fátima. As gracinhas (sem graça nenhuma) de Allamano!
“Para que eu possa agradecer as graças que me foram concedidas pelo Beato José Allamano e por Nossa Senhora da Consolata, envio-lhe 60,00€ para aquilo que possa ser mais necessário. Muito obrigado. Um abraço.” As palavras são de um tal Eduardo. Acabo de as ler numa Revista Missionária, mensal, que permuta com o Jornal Fraternizar, agora, exclusivamente online e actualizado duas vezes por semana. Vem na local “Leitores atentos”. O Editor da Revista titula estas palavras de, “Gracinhas de Allamano”. Comete uma censura de peso. Porque o Eduardo, assinante da Revista, envia 60,00€ para agradecer as graças concedidas pelo Beato José Allamano e por Nossa Senhora da Consolata”, e o Editor, no título desta breve missiva, censura a referência a Nossa Senhora da Consolata. Uma censura, de todo, imperdoável, porque então, não querem lá ver que, para o Editor da Revista, o beato José Allamano tem muito mais influência junto de Deus, o das Empresas católicas que se dedicam às Missões, lá longe (na Europa, já somos Povos Missionários, não Missionáveis e, por isso, as Empresas Missionárias formam Missionários para serem exportados, perdão, enviados a Missionar os povos de longe, África, por exemplo, ou Ásia, por sinal, muito mais aventureiro e empolgante), do que Nossa Senhora da Consolata?
Mas, se pensarmos melhor, o Editor da Revista é que estará certo. Porque, afinal, Nossa Senhora da Consolata, não chega aos calcanhares de Nossa Senhora de Fátima, cuja Máfia-Santuário S. A., está ali, a dois passos da sede da Empresa Missionária que edita a Revista, mas que o fundador da Empresa, italiano por nascimento, não conhece tão bem como conhece a sua Nossa Senhora da Consolata. Por outro lado, enquanto fundador da Empresa Missionária que edita a Revista, já feito beato, o seu peso junto de Deus, o das Empresas Missionárias, é sem dúvida mais influente do que o de Nossa Senhora da Consolata. Pelo menos, no sentir e no dizer do Editor da Revista que procura puxar a brasa à sua sardinha, em detrimento de Nossa Senhora da Consolata.
Se eu fosse dos devotos das nossas senhoras disto e daquilo, também da nossa senhora da consolata, garanto que promoveria aqui, no Jornal Fraternizar, uma novena de reparação, porque a nossa senhora da consolata, a esta altura, deve estar muito magoada, ofendida, até, por ter sido preterida a favor do beato José Allamano. Felizmente não sou devoto das nossas senhoras, todas míticas deusas, sem ponta por onde se lhe pegue.
Entretanto, quando é de esperar que o Editor da Revista esclareça o assinante Eduardo de que nem o beato José Allamano, nem nossa senhora da Consolata concedem graças ou gracinhas nenhumas, apenas dão muito dinheiro a ganhar aos gestores das Empresas católicas que se colocam sob esses míticos nomes e os exploram ao máximo. Mas sobre, nem uma palavra do Editor.
P.S.
Eu sei que José Allamano não é um mito, como nossa senhora da consolata, efectivamente, é. Mas, desde que deixa de ser José Allamano e passa a ser Beato José Allamano, já é um mito. Porque beatos ou santos, fabricados pela Igreja católica romana, são todos Mitos. Nada mais. Mas lá que, depois de criados, dão muitos milhões a ganhar aos respectivos detentores da “Marca”, ou do “título”, dão! Um horror de Infantilismo e de Negócio Sujo! Sem Perdão! Choremos!
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O apelo do CR7 Saibam como funciona a solidariedade do Craque madeirense do Futebol dos Milhões
A Casa do Povo de Alvarenga, concelho de Trancoso, quer pôr a funcionar um Lar e um Berçário. Melhor fora que quisesse Levantar em Alvarenga um espaço de Cultura Maiêutica, a que “puxa” as Populações, de dentro para fora, a fim de serem progressivamente Populações Cultas. E Populações Cultas (não confundir com Eruditas, ou Populações com muitos conhecimentos, quase sempre, geradores de refinados Egoísmos) são Populações capazes de encontrar, elas próprias, Respostas para os seus problemas locais e regionais. Ainda não chega aí o Saber erudito do médico que está por trás da iniciativa do Lar e do Berçário. Fica-se apenas, ao que se vê, pelo tradicional papel de Padrinho ou de Benfeitor, o que, reconheça-se, não abona lá muito bem a seu favor. Ainda que um médico Padrinho ou Benfeitor caia em cheio no goto das Populações que, assim, ficam dispensadas de Crescerem, elas próprias, de dentro para fora e de assumirem, elas próprias, os seus idosos e as suas crianças, sem necessidade de os, as entregar ao cuidado duma instituição, tipo IPSS, criada para o efeito e que é sempre redutora das Populações.
E do que se lembra a Casa do Povo de Alvarenga? Decide recorrer ao CR7, o craque madeirense do Futebol dos Milhões. Acontece que o craque madeirense do Futebol dos Milhões está a receber, só do Real Madrid, 13 milhões de euros por ano, 25 mil euros por dia. Fora os “trocos” que vai juntar aos milhões do salário, por dar frequentemente a cara e a voz (mas a marca CR7 ainda tem cara e voz?!) à Publicidade dos Banqueiros e outros que tais. E que faz o craque madeirense, quando lhe chega o pedido da Casa do Povo de Alvarenga? Em lugar de ceder uma semana de salário ou, pelo menos, um dia de “salário”, a favor do Lar, e, assim, resolver discretamente o problema do médico que tem o projecto IPSS em mãos, transforma o pedido que lhe é feito em apelo. E dirige o apelo aos 20 milhões de fãs que tem no Facebook. Para que dêem provas da sua generosidade, em dinheiro, para com o Lar e o Berçário.
Pelos vistos, não falta quem, mesmo entre os 20 milhões de fãs, se mostre escandalizado com este procedimento do craque madeirense. Contudo, nem por isso desistem de continuar a ser fãs do craque. Porque a um craque tudo é permitido, inclusive, o Intolerável. Porém, se em vez de fãs do craque do Futebol dos Milhões, fossem Mulheres e Homens Cultos e com fome e sede de serem cada vez mais Cultos, já não se escandalizariam com este procedimento. Afinal, o que se pode esperar de Humano, da Marca CR7 que ganha por dia 25 mil euros só de salário, e por ano, 13 milhões de euros, só de salário? Uma Marca que rende Milhões não tem nada a ver com um Ser Humano. É mesmo só uma Marca. No caso, a Marca CR7. Choremos!
O Dia-a-dia Maio 2001
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Noite de 27 de Maio, na Tertúlia Troca de Palavras, realizada na Casa de Cultura da Câmara Municipal de Gaia. Convidado a Testemunhar a Fé que me anima, como homem e Presbítero da Igreja do Porto, deixo sem sono todas, ou quase todas as pessoas que enchem a Sala da Sessão
O Convite a participar na Tertúlia Troca de Palavras, sobretudo, Palavras-Poema, deixa-me de todo surpreendido, por o Evento decorrer onde decorre, na Casa Barbot, ou Casa de Cultura da Câmara Municipal de Gaia. Aceito o Convite e apresento-me na Sessão. Há Palavras de saudação, quentes e sororais, por parte de Manuela Bulcão (Escritora), a responsável pela iniciativa, todas as últimas Sextas-feiras de cada mês. Antes, em voz sussurrada ao meu ouvido, ela própria informa-me que o seu filho, candidato a Padre e a frequentar o 2.ª ano de Teologia na Universidade Católica do Porto, também está presente. Infelizmente, o próprio evita-me, antes, durante e depois do Evento. Tão pouco me chega a ser apresentado pela Mãe. Também não intervém na Tertúlia, ao contrário de outras pessoas. Integra, assim, o numeroso grupo de pessoas que não intervêm, embora venham preparadas para o fazer, com Poemas relacionados com o mote da Tertúlia, “Quando a Fé move montanhas”. O meu Testemunho deve tê-las deixado sem palavras. Porque, como quase toda a gente do Planeta, ateus incluídos, quando as pessoas dizem Fé, logo pensam em Fé Religiosa. Sem nunca caírem na conta de que a Fé Religiosa é ópio e perversão, fonte de Idolatria.
Antes da Palavra me ser dada, o Carlos canta à viola um Poema a criar ambiente. E a Libânia, Poeta maior, de escrita e de prática de vida todos os dias, pronuncia empolgadas Palavras sobre o convidado da Tertúlia que, este mês de Maio, sou eu. Só posso, logo que ela termina, levantar-me do meu lugar e, contra todo o Protocolo, aproximar-me dela e cair-lhe nos braços, como um menino. Carlos volta a cantar mais um Poema. O jovem Edgar é convidado pela Coordenadora da sessão, a dizer um dos seus Poemas. Finalmente, a Palavra fica a meu cuidado. E, com ela, a Inquietação, a Dissidência, o Inesperado, o Evangelho, a Fé outra que as Igrejas cristãs desconhecem, a saudável e fecunda Perturbação das consciências, a Liberdade que ensaia logo afirmar-se, ali, nas diversas intervenções, após a minha.
Mas é preciso mudar de SER e mudar de DEUS, para passarmos de animais racionais a Seres Humanos. E quem aguenta semelhante desafio? Quem aguenta semelhante Fé Teológica, em lugar da Fé Religiosa? A Palavra outra fica semeada. Resta aguardar os próximos tempos, para ver se, na Tertúlia de Maio, há gente disponível para mudar de SER e de DEUS. Pelos vistos, oiço a informação, quase no final, que uma boa parte das pessoas que enchem a sala são académicas. O que pode facilitar o processo de desenvolvimento da Palavra semeada. Ou, pelo contrário, pode contribuir, e muito, para a fazer abortar, nessa mesma noite. Já não é da minha conta. Da minha conta, é lançar a Semente, que é a Palavra Outra que os Poderes não conhecem, por isso, não dizem e tão pouco toleram que alguém a diga. Porque o Poder Odeia a Luz – a Palavra outra – e mata-a. E Odeia e mata, simbolicamente que seja, o seu mensageiro, mulher ou homem.
Deixo-lhes, aqui, a Palavra outra, anunciada por mim, nesta noite de 27 de Maio 2011. Um pouco retocada, para poder ter em conta aquele algo mais que, na ocasião, em que a partilho, me sai da Consciência e da boca. Eis.
A de Jesus, é Fé Teológica, não Fé Religiosa
Aos 74 anos de idade e quase 39 anos de Presbítero da Igreja do Porto, vivo, por estes dias, em que decorre esta Tertúlia, ocupado na Escuta e na escrita de Salmos Versão Século XXI, LIVRO 3. Uma gestação e um parto difíceis, que me exigem toda a atenção e toda a Ternura. Para mim, cada Livro que edito, é um filho que dou à luz. Por isso, sou este Presbítero da Igreja do Porto, mais mãe que pai, mais irmã que irmão, mais companheira, que companheiro, mais feminino que masculino. Como, de resto, todos os homens (e mulheres), deveríamos sempre ser.
A Fé que hoje me anima é a mesma de Jesus. E o Deus que Creio, é, hoje, o mesmo de Jesus. Por isso, sou violentamente atacado, denegrido e ostracizado pela maioria dos meus irmãos, irmãs do Institucional cristão católico romano (não confundir com a Instituição-Igreja-de-Jesus!), a começar pelos do próprio Presbiterado que integro. E porquê? Porque a Fé de Jesus não é Religiosa. E o Deus de Jesus que nunca ninguém viu, tão pouco gosta de Fé Religiosa, de Religião, de Sacerdotes, de Templos, de Altares. As Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas de Jesus, crucificado, por causa delas, pelos Sacerdotes do Templo do seu país, não deixam quaisquer dúvidas a este respeito. E quem ousar afirmar o contrário, mente e incorre no Pecado do Mundo, que é o Pecado da Idolatria!
A Fé de Jesus é Teológica. Por isso, fora de todo o Institucional, também o Institucional religioso e eclesiástico, cristão católico romano, ou cristão protestante. Quem a vive, não tem lugar dentro do universo dos Poderes e é, inevitavelmente, ostracizado / denegrido pelos Poderes. Quem a vive, só tem lugar no universo das inúmeras vítimas dos três Poderes que, desde o início, dominam o Mundo, quando começam a surgir os primeiros animais racionais!
Lá, em quem, mulher ou homem, a mesma Fé de Jesus Acontece (a Fé de Jesus, ao contrário da Fé Religiosa, nunca se transmite, nunca se ensina, nunca é resultado de catequeses ou de cursos bíblicos ou académicos, sempre Acontece, como pura Graça!), logo esse Quem MUDA de SER. Passa (= PÁSCOA) de animal racional a Ser Humano. E, também, MUDA de DEUS. Deixa o Deus da Religião, mera projecção dos animais racionais, porque se experimenta intimamente Habitado pelo mesmo Deus de Jesus, que nunca ninguém viu. Sai de vez da Idolatria. Jesus, o do Evangelho de João (cap 3), em conversa com Nicodemos, que é mestre em Israel, mas não entende nada destas dimensões outras, do Humano, chama-lhe, Nascer de novo, do Vento, da Ruah (= Espírito Maiêutico).
Só quem Passa (= PÁSCOA) pelo mesmo que Jesus passa, por meados do ano 28, junto ao rio Jordão, em cujas águas, João Baptista então baptiza – tudo em vão, porque mais do Mesmo! – é que entende a outra, o outro, em quem a mesma Fé Teológica de Jesus já Acontece e anda, ou vem a Acontecer e andar. Ficam irmãs, irmãos entre si e companheiras, companheiros, porque irmãos gémeos de Jesus. Já as inúmeras seguidoras, os inúmeros seguidores da Fé Religiosa, não entendem nada de Fé Teológica. Têm olhos, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não ouvem. Tais quais os Ídolos que adoram e diante dos quais se prostram, com rezas e mais rezas! Mas, como são, sempre, a esmagadora maioria, acham que têm razão e que estão a trilhar o caminho da Verdade. Porém, pelos frutos que produzem, logo de vê que não. Porque o caminho da Verdade, sempre faz Livres e Autónomos quantas, quantos o percorremos!
Toda a Teologia é Idolatria
A Fé Teológica, ao contrário da Fé Religiosa, faz-nos Seres Humanos, por isso, seres Abertos ao outro que sempre nos interpela, desinstala e põe em causa todos os nossos Sistemas de Poder, por natureza, causadores de Exclusão, nunca de Inclusão. Seres Abertos e nunca Acabados. Sempre em vias de sermos. Sou o que serei. Somos o que seremos. E, até, a Morte, quando, finalmente, Acontece, é a nossa derradeira Páscoa, para sermos Humanos em plenitude! A Fé Teológica faz-nos seres Abertos ao outro e, no outro, particularmente, no último dos últimos, Abertos ao totalmente Outro, o Abba-Mãe de Jesus e nosso, que nunca ninguém viu. Nem conhece. E por isso não tem nada a dizer sobre. Resta-nos apenas sermos Silêncio-que-Escuta e Actua na História em consequência.
Toda a Teologia que por aí se faz, vende, ensina e enche bibliotecas e bibliotecas, num total de muitos milhares de milhões de livros, é Idolatria. É Teologia Religiosa que remete para um Deus que é o Ídolo dos ídolos, o Deus dos Sacerdotes, das Religiões, dos Milagres-de-trazer-por-casa, das Rezas, das Peregrinações, das Promessas, dos Ritos, com intermediários, todos machos, todos Homens do Poder!
Deus Criador Abba-Mãe, o de Jesus, não habita em templos, basílicas, santuários. Não tem altares. Não gosta de Religião. Só de Seres Humanos Abertos a Ele, no outro, que vemos e nos interpela, desinstala e nos faz ser Entrega, Dádiva, sempre a Crescer em Ser, não em Ter. Que nos faz ser Pão Partido e Repartido, não Riqueza Acumulada e Concentrada, Poder. Para isso, nos habita, desde o primeiro instante da nossa concepção, mais íntimo a nós que nós próprias, nós próprios.
Quando tudo Acontece em mim
Sou filho de Ti Maria do Grilo e do Ti David. Mas, sobretudo, sou filho da Ruah Criadora que nunca ninguém vê. Apenas me vêem. E quem me vê, simplesmente Humano, vê a Ruah. Tal como quem vê o Ser Humano Jesus, o Crucificado pelos três Poderes, vê a Ruah, na sua Plenitude de Humano! O Poder, nos três Poderes em que historicamente subsiste, e os seus agentes de turno, nunca podem dizer: Quem me / nos vê, vê a Ruah. Apenas podem dizer, Quem me / nos vê, vê o Deus-Ídolo! Só no Humano, nunca no Poder, podemos ver Deus Criador que nunca ninguém viu.
Toda a Religião é, por isso, má. Perversa. Porque faz-nos convencer de que Deus é Religioso e gosta de Religião. Faz-nos convencer de que Deus é divino e mora no mais alto dos céus todos. Porém, em e com Jesus, o filho de Maria, o Ninguém, no seu então, Deus Criador que nunca ninguém viu, é precisamente o Humano Jesus. Quanto mais Humano, mais Deus. Quanto mais Deus, mais Humano. Ou vemos Deus que nunca ninguém viu, no Humano, sobretudo, no Humano, vítima dos Poderes, ou somos escravos do Deus-Ídolo, nomeadamente, o dos Sacerdotes dos santuários e dos Pastores de Igreja, comerciantes de Deus.
Tudo Acontece em mim, precisamente, no dia 5 de Agosto de 1962, no decurso da minha Ordenação Presbiteral, não Ordenação Sacerdotal, como o Seminário sempre me havia ensinado. Ao levantar-me do frio lajedo da catedral do Porto, onde permaneço prostrado de barriga para baixo, durante o demorado canto da idolátrica ladainha de todos-os-santos, experimento-me interiormente um novo SER. Os meus olhos só podem brilhar de Luz, e Luz outra. O Bispo que preside à Ordenação, Florentino de Andrade e Silva, só não dá por nada, porque é o Poder e o Poder nunca vê o Essencial, invisível aos olhos do Poder, tão pouco vê a Luz que me ilumina os olhos e aquece a Consciência afectiva. Porque o Poder Odeia a Luz e Mata-a.
Este Momento Maior é progressivamente preparado, sem que eu saiba como, desde o meu natal até esse dia. E a contribuição mais decisiva não vem do Seminário, nem da Paróquia de Lourosa, cujo templo paroquial eu frequento, como ajudante de missa, desde os 7-8 anitos. Vem sobretudo da minha Mãe, Ti Maria do Grilo, Mulher pobre como Job. E das nossas vizinhas, pobres quanto ela. E, depois de me Acontecer, tem continuado a desenvolver-se em mim, até agora, e prosseguirá, assim o espero, pelo Tempo do meu viver histórico.
Neste percurso de Crescer na Fé Teológica, a mesma de Jesus, há três períodos mais fecundos e mais decisivos. 1. Os 4 meses que vivo como capelão militar da Guerra Colonial, na Guiné-Bissau, da qual acabo expulso, sem qualquer julgamento prévio e com a sentença de “Padre Irrecuperável”, proferida pelo meu Bispo Castrense, à altura, António dos Reis Rodrigues, em carta que remete ao Administrador Apostólico da Diocese do Porto, aonde regresso. 2. As duas Prisões Políticas, em Caxias, onde, durante meses e meses, vivo totalmente despojado de tudo o que é eclesiástico, e sem que me tenha feito qualquer falta, muito pelo contrário. Até da missa, da comunhão, da confissão e do breviário que nunca me chega à Cadeia, vivo despojado! 3. O dia da minha Saída em Liberdade, da segunda Prisão Política de Caxias, por Sentença, nesse sentido, do Tribunal Plenário do Porto, proferida em Fevereiro de 1974. Concretamente, quando o Advogado de Defesa, José da Silva, inesquecível Amigo, me transporta no seu carro ao Paço Episcopal do Porto, para eu poder cumprimentar o Bispo Titular, António Ferreira Gomes. E quando, nesse fugaz encontro, depois de 11 meses de Prisão Política, o Bispo, sem nunca me olhar nos olhos, me informa, manifestamente Perturbado, que eu já não sou mais o Pároco de Macieira da Lixa. E não o sou, precisamente, desde 23 de Março de 1973, o mesmo dia, em que a Pide me leva, pela segunda vez, preso para Caxias, apoquentada e furiosa que anda comigo e com a minha presença na Paróquia, por causa do meu Anúncio do Evangelho de Deus, o de Jesus, realizado na minha dupla condição de Presbítero da Igreja do Porto e de Pároco de Macieira da Lixa! Desaparece, nesse dia, até hoje, a minha condição de pároco. Permanece, sempre em crescendo, a minha condição de Presbítero da Igreja do Porto, de resto, a única essencial, no Ministério Ordenado. Eis.
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Banco Alimentar contra a Fome volta a atacar e, desta vez, não só nos Mercados, também via internet. É o que se chama Ajudar os Pobres, para fazer crescer desmesuradamente os Lucros das grandes Superfícies
É um Banco e basta. Está tudo dito. Só engana quem se quer deixar enganar. Apela aos jovens. Manipula, por umas horas, os seus naturais sentimentos de generosidade. Tudo à mistura com palmas e farras, comes e bebes, brincadeiras e namoricos, amores de ocasião, depressa que se faz tarde. É um Banco e basta. E, como Banco, só existe para fazer Lucro. O Banco Alimentar contra a Fome pode não fazer Lucro para as suas gestoras, os seus gestores. Mas até pode fazer, porque o trabalho é voluntário e gratuito. Apenas a troco de pequenas compensações de ocasião. E muita manipulação de sentimentos dos jovens e das Populações que ficam sem jeito, quando uma garota bonita e sorridente, sem nenhuns sinais de Fome na sua vida e na sua casa, lhes aparece à entrada da grande superfície, onde vão às compras no final da semana, e lhes entregam um ou mais sacos de plástico vazios, com o pedido de que, à saída, elas os tragam cheios de géneros alimentícios, arroz, azeite, óleo, massas, batatas, cebolas para os Pobres!
É um Banco e está tudo dito. Quando é criado por cristãs, cristãos e outras pessoas ditas de boa vontade, que não sabem o que é Fome, nas suas vidas, nem nas suas casas, só pode ser para produzir Lucro. Um Banco Alimentar contra a Fome, concebido como o que está aí cada vez mais mobilizador e a recolher cada vez mais toneladas de alimentos, num único fim-de-semana, só pode ser para produzir Lucro. A pretexto de ajudar a Matar a Fome de Famílias Pobres – ou Empobrecidas?! E por quem? Por alguns dos pais dos jovens que se oferecem como voluntários para recolher Alimentos à entrada das grandes superfícies?! – o Banco Alimentar contra a Fome faz crescer, exponencialmente, os Lucros das grandes superfícies. Porque estas, em vez de facturar apenas o muito que já facturam em qualquer fim-de-semana, acabam a facturar o dobro, senão mais, sempre que se repete a iniciativa de recolha de Alimentos para os Pobres.
As grandes superfícies não dão nada ao Banco Alimentar. Vendem os alimentos que são para entregar ao Banco à saída, pelo mesmo preço que vendem aos habituais clientes. Quem acaba por contribuir para ajudar a Matar a Fome às Famílias em dificuldade – o que por aí vai de habilidade e de necessidades fabricadas à pressa e sem nenhuma vigilância, na distribuição dos alimentos! – é quem, nesse fim-de-semana vai às compras às grandes superfícies. Estas pessoas é que compram e pagam. As grandes superfícies só Facturam! E, no final das 48 horas, é um brutal aumento dos Lucros. Pena – dirão os gestores das grandes superfícies – que a iniciativa do Banco Alimentar contra a Fome não seja, no mínimo, uma vez por mês. Bendita Fome das Famílias pobres – ou Empobrecidas? E por quem?! – que nos traz, a nós, grandes superfícies, tantos Lucros!
Perdoem-me as Famílias pobres – ou Empobrecidas? E por quem?! – mas este Crime tem de ser denunciado. É o que se chama anda gozar com a Fome das Famílias em dificuldade. Quando não há a lucidez, nem a audácia de ir às causas da Pobreza e da Miséria Imerecida, e atacar as causas da Pobreza e da Miséria Imerecida, inevitavelmente, resvalamos para iniciativas de Caridadezinha, como as do Banco Alimentar contra Fome. É o que se pode chamar, com toda a propriedade, Matar a Fome das Famílias em dificuldade, para, ao mesmo tempo e com a mesma iniciativa, aumentar os Lucros das grandes superfícies.
Não há aqui matéria bastante para o Ministério Público do País levar a Tribunal as gestoras, os gestores do Banco Alimentar contra a Fome? Por muito menos, o jovem que filmou a cena de pancadaria de duas adolescentes contra uma outra, ainda mais adolescente que as agressoras, e, depois, foi a correr colocar o vídeo no youtube, está, neste momento, em prisão preventiva. Sim, por muito menos. Manifestamente. Só quem queira ser cego é que não vê. Mas que querem? A Caridadezinha serve para tudo, menos para tirar os Pobres da Pobreza e da Miséria Imerecida. A estes, pode fazer-lhes chegar alimentos. Mas faz-lhes chegar, sobretudo, Humilhação quanto baste! Choremos. Convulsivamente! E Vós, jovens manipulados pelo Banco em questão, quando é que acordais e deixais de ser cúmplices deste Crime?!
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Puerta del Sol, Madrid. Os milhares de Manifestantes aprovam Manifesto e pedem que ele seja difundido em todo o Estado espanhol e nos demais Estados da Europa
Um Amigo meu, do Estado espanhol, acaba de fazer chegar ao JF o texto integral do Manifesto que os milhares de Manifestantes acampados, dias e dias, em Puerta del Sol, Madrid, aprovaram e querem que se difunda por todo o Estado espanhol e todos os demais Estados da Europa. Aqui estou. Não a difundi-lo – deixo isso a outros órgãos de informação – mas a analisá-lo, à luz da Fé e da Teologia de Jesus.
Leio o Texto na íntegra, nos seus 8 pontos ou pequenos capítulos. Leio, e apetece-me chorar. Porque, depois de todo este prolongado e esperançador Período de Tempo de Manifestação contínua, com aparente sabor a Insurreição Desarmada, o Manifesto pouco mais é do que o reconhecimento do Sistema Capitalista, hoje Poder Financeiro Global. Não o põe em causa, como Sistema estruturalmente Mentiroso e Assassino. Apenas pretende que ele não seja tão Mentiroso e tão Assassino. Que não Mate o Futuro de todas as novas gerações, mas que poupe, pelo menos, algumas delas. Que não Roube tanto e tão descaradamente, como o tem feito, nos últimos 20 anos, em ritmo cada vez mais alucinante, mas que o faça de modo mais moderado e menos escabroso. Que os detentores de cargos de Poder Político, no Governo e na Oposição, continuem, mas com menor número de mandatos. Que continuem a ser e a comportar-se como é da sua natureza ser e comportar-se, mas por menos tempo e com um bocadinho menos Privilégios. Que o Desemprego continue, mas se faça um esforço para ele estagnar nos 5% da população activa! E que os desempregados vejam aumentado o subsídio mensal do Estado, de modo que os não deixe cair na fome, sempre politicamente perigosa para qualquer Estado.
Na sua Ingenuidade Política, deixam perceber que os Povos de cada nação do Mundo não podem sobreviver sem um Estado rico e forte, tipo Padrinho de uma grande Máfia institucional, feita de várias Máfias menores, mas, porventura, ainda mais ricas e mais fortes do que a Máfia-Estado. Numa palavra, Poder Financeiro Global, sim, mas um tudo, nada, menos Cruel. Até para que as Populações não se Levantem em sucessivas Insurreições Desarmadas contra ele. Porque ele, perante isso, ou comete sucessivos genocídios, para se defender e manter, ou desaparece. E entre desaparecer, ou cometer sucessivos genocídios, é garantido que o Poder Financeiro Global não hesita: Comete sucessivos genocídios! Porque é, de sua natureza, mentiroso e assassino.
É uma dor de consciência, um Manifesto como este, tão pouco ou nada alternativo. Decididamente, o grupo que redige um Manifesto destes só pode ser de um ou de vários Partidos Políticos do Poder, nem que seja na Oposição, ou, então de Partidos Políticos cheios de fome de ser Poder, pelo menos na Oposição. Só este facto explica a Mediocridade de semelhante Manifesto.
Diz o meu Amigo, do Estado espanhol, para fazermos tudo pela difusão do Manifesto, porque a grande Comunicação, quase de certeza que o ignora e não divulga. Mas, perante o que me é dado ler no Manifesto, a grande Comunicação Social pode não fazer notícia com ele, porque o Manifesto é vazio de notícia. É apenas mais do Mesmo. E, para mais do Mesmo, já basta assim.
O Manifesto esquece que, nesta hora, ou ousamos apostar tudo no Crescimento, de dentro para fora, das Populações das nações do Mundo, ou as Populações permanecem cada vez mais Infantilizadas e Reféns do Estado e da Caridadezinha das Igrejas-Religiões e outras Organizações mafiosas. Os nossos Intelectuais têm, pois, de renunciar ao Poder e passar à condição revolucionária de Intelectuais Orgânicos com as Populações.
Deixemo-nos de Manifestações e de Acampamentos, mais ou menos folclóricos. A Hora é de criarmos Alternativa – basta de Reformismos! – ao modelo de Sociedade. Para que ela deixe de ser uma Sociedade de animais racionais, hoje, refinadamente selvagens e cruéis, e passe a ser uma Sociedade de Seres Humanos e Povos Livres e Autónomos, sempre em crescendo, sem mais necessidade de messias ou de tutores. De Poderes. Mudar de SER é preciso. E mudar de Deus, também. Ou ousamos e conseguimos, ou perdemos o Futuro.
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A deusa de Fátima, agora, também no Brasil. A Ignomínia e o Absurdo católico romano do Bispo de Leiria-Fátima e do Bispo do Rio de Janeiro ultrapassam todos os limites do Infantil e da Desumanidade
Há imagens televisivas que são assassinas. Os momentos que as tvs deram ao Bispo de Leiria-Fátima, na reportagem da deusa de Fátima no Rio de Janeiro, são assassinas. Da Igreja católica romana que tem à frente da Diocese mais internacional do País, um Bispo como o actual. Aquelas suas falas para as câmaras de tv, no Rio de Janeiro, aquele tom de voz tão melífluo e sem um pingo de Homem erecto, e aquele trejeito de sorriso assassinam a Igreja, de que ele é um dos rostos mais credenciados. E, para o Bispo em causa, são suicidas.
Fica nas, nos telespectadores a impressão e a certeza de que o Bispo de Leiria-Fátima, nem Homem erecto é. É assim como uma minhoca que faz-de-bispo. Digo-o com dor. Pelo próprio. Porque o nosso homem quer tanto mostrar-se simpático e feliz com as coisas sem-sentido que tem de fazer, como bispo do santuário da Deusa de Fátima, que acaba feito uma minhoca. Porque a Idolatria é ao que reduz as pessoas que a praticam e a fazem praticar. A minhocas.
A Vergonha de Fátima está, a partir de agora, implantada no Brasil. No Rio de Janeiro. O mamarracho, chamado “capelinha das aparições”, está milimetricamente reproduzido no Brasil. Mas para os brasileiros com alguma consciência crítica se rirem a bom rir de nós, os portugueses católicos romanos que descemos tão baixo na Idolatria religiosa. Olha o que havíamos de exportar para o Rio de Janeiro?! A réplica da nossa Vergonha. Materializada na capelinha e na imagem da deusa. O molde é exactamente igual. Fez uma réplica, mas podia ter feito seis mil milhões de réplicas, uma por cada habitante do Planeta Terra.
No Século XXI, o da Ciência, cada vez mais fulgurante e o das tecnologias altamente sofisticadas, a Igreja católica portuguesa está ainda na Idade da Pedra Lascada, a dos moldes. Quando se sabe que não há dois seres humanos iguais; que nunca um ser humano se repete; que cada um de nós é um ser humano único e irrepetível, a Igreja católica romana em Portugal apresenta-se como a grande perita no fabrico de moldes e na produção em série da mesma imagem da deusa de Fátima. Francamente!
Em verdade, em verdade lhes digo: ainda há-de ser a deusa de Fátima que vai fazer Implodir a Igreja católica romana em Portugal. Com ela, a Igreja católica romana está a tornar-se tão rasca, tão rasca, e a descer tanto no que respeita a qualidade, bom gosto e bom senso, que acabará por Implodir. Mais cedo do que tarde. Só mesmo Populações criminosamente mantidas ao nível das Populações da Idade da Pedra Lascada, aguentam semelhante Indignidade e semelhante Agressão à Inteligência Humana! Choremos!
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Edição n.º 44
Sexta-feira, 27 de Maio 2011
Todo o País “indignado” com um vídeo no Facebook, de uma cena pancadaria sobre uma adolescente, protagonizada por outras duas adolescentes. Mas já ninguém se mostra indignado com as fábricas de armamento, com a compra de submarinos, e com os caças bombardeiros da Nato / USA, em acção na Líbia do ditador Kadafi, nem com as bombas nucleares na posse das grandes potências do G-8. Hipócritas que somos!
Filtramos mosquitos e engolimos camelos. Quem assim nos censura e adverte, é Jesus, o filho de Maria, o grande desconhecido dos Povos, também dos Povos deste nosso Século XXI. O Facebook exibe, em escassos segundos, uma cena de pancadaria duma adolescente agredida por duas outras adolescentes, um tudo nada mais velhas que a agredida, e cai o Carmo e a Trindade, num coro de protestos e de escândalo. As tvs sacam o vídeo do Face e exibem-no, nos seus horários nobres, com um macabro prazer sádico. As Populações devoram a cena e esperam que as tvs voltem a repeti-la, uma e outra vez. E as tvs, orientadas por técnicos especializados em manipulação de Massas, fazem-lhes a vontade e passam o vídeo, uma e outra vez, enquanto, em fundo, outros especialistas comentam o caso em estúdio.
O vídeo abre telejornais à hora do almoço e do jantar, primeiro, num único canal, depois, em todos os canais, que todos querem somar audiências e, para isso, nada melhor do que cenas de pancadaria entre adolescentes, todas raparigas, uma vítima e duas agressoras, às quais se junta um menos adolescente que elas, porque já com maioridade legal, que não agride, mas filma com o telemóvel. O vídeo é colocado no Face.
A cena filmada tem tudo para ser uma espécie de ensaio de uma novela, tipo “Morangos com açúcar”. Mas não é para uma novela. É, simplesmente, para colocar no Face. E esse é o Crime! Porque, se a mesma cena fosse feita pelas mesmas adolescentes, no âmbito do guião de uma telenovela, filmada, sob as indicações de um realizador de telenovela, com uns quantos adolescentes mais a assistir e a rir à gargalhada (guião obriga!), tudo estaria bem e as agressoras eram heroínas – saíram-se bem, no modo como agridem a vítima – e a vítima poderia ganhar o prémio de melhor actriz, porque aguenta aqueles pontapés, sem tugir nem mugir, como uma adolescente feita de trapos, ou como uma bola de futebol, não redonda como a pontapeada pela marca CR7, em troca de muitos milhões de euros /mês, mas uma estranha bola em forma de corpo duma adolescente de 13 anos.
Somos, assim. Sem emenda. Animais Racionais, cada vez mais perversamente Racionais. Gostamos de violência, mas, depois, custa-nos admiti-lo em público. A verdade é que não há hoje filme ou série de televisão que se preze, que não contenha sucessivas cenas de violência, familiar ou policial ou militar. Os filmes de guerra enchem salas e salas de cinema. Batem recordes de bilheteira. Os críticos de renome aplaudem e destacam a perícia dos actores e do realizador. Assim como os efeitos especiais que fazem a violência ficcionada ser ainda mais violenta que a real. E a plateia delira e aplaude. Até as músicas preferidas pela juventude que estamos a educar / formatar como Animais Racionais, têm de ser gritadas, encenadas com figurantes armados de metralhadoras apontadas a bebés no colo de mães assustadas, tudo-faz-de-conta. As Guerras do Iraque e do Afeganistão e da Líbia do ditador Kadafi mobilizam enviados especiais de tvs que fazem reportagens em directo, debaixo de fogo real, mas só naquela hora dos directos, tudo previamente combinado entre as partes, porque, quando for a sério, os repórteres já são proibidos de filmar e de denunciar e, se insistem, são abatidos de imediato.
Pois bem. De tudo isto, as Populações gostam, deliram. Mas, depois, cai o Carmo e Trindade, quando duas adolescentes agridem uma outra adolescente aos pontapés e um jovem filma a cena com o telemóvel e coloca tudo no Face. Somos assim. Sádicos. Animais Racionais. Numa Selva de Animais Racionais. Governados por minorias de Animais Racionais, com mentes e corações mais refinados, mas só de Animais Racionais. Só que, depois, em vez de nos dizermos Animais Racionais, dizemo-nos Seres Humanos, Povos Civilizados. E orgulhosos com as nossas sofisticadíssimas armas. Exibimos nas tvs o ataque-surpresa da tropa especial do Império USA que resulta no assassinato de Bin Laden. Escutamos, depois, e aplaudimos o presidente Obama, Prémio Nobel da Paz 2010, a discursar, orgulhoso, por esse assassinato conseguido. E continuamos a dizer que somos Seres Humanos, Povos Civilizados.
Como tal, temos de nos mostrar e dizer escandalizados com uma cena de pancadaria entre três adolescentes raparigas. Porque esta, sim, é uma acção intolerável. Acções exemplares, dignas de Prémio Nobel da Paz 2010, só mesmo a Guerra do Iraque e do Afeganistão. E as bombas que os aviões da Nato e do Império USA despejam diariamente sobre o chão da Líbia, do ditador Kadafi! Mas quando é que chegaremos a ter vergonha de não termos vergonha?! Filtramos o mosquito que é a violência deste vídeo no Face e nas tvs e engolimos, todos os dias, fábricas e fábricas de Armamento, milhões mísseis, bombas nucleares, porta-aviões e aviões concebidos só para despejar bombas às centenas. Cínicos que somos! Quando é que nascemos de novo e mudamos de SER?!
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A Deusa Senhora de Fátima volta a atacar. O próximo ataque é já dia 31 de Maio 2011, à noite, na “Cidade da Virgem”. O Bispo Manuel Clemente, Prémio Pessoa, preside ao ataque que promete ocupar a Avenida dos Aliados, à data, pejada de livros da Feira, aberta, ontem, dia 26. É a Idade Média que entra assim pelo Século XXI, com as suas procissões de velas e as suas rezas de terços, que são a vergonha duma Igreja-sem-vergonha
Os Párocos da cidade do Porto, crismada por eles e pelo Bispo da Diocese como a cidade da Virgem (mas o que querem os párocos dizer quando dizem, Cidade da Virgem?! Será que algum deles sabe responder? Será que algum deles, alguma vez, parou para pensar o esconde-revela de semelhante rótulo?!) decidiram assim, e está decidido. Apesar de estar a decorrer a Feira do Livro, eles querem que a sua Deusa de Fátima venha atacar a “Cidade da Virgem”. São todos clérigos celibatários que gostam da Deusa de Fátima e gostam de ser Funcionários das Paróquias da “Cidade da Virgem”, que lhes estão confiadas pelo respectivo Bispo. Uma Deusa que se diz de Fátima e que vem atacar a “Cidade da Virgem”, sob a presidência do Bispo Titular da Diocese, é um espectáculo surrealista que merece ser psicanalizado por Freud, um dos grandes mestres da suspeita. Porque decisões deste tipo, ditas pastorais, são sempre ditadas pelo Inconsciente dos Clérigos e revelam muito do seu mais profundo universo interior, quase sempre, ou sempre, esmagado, amordaçado e recalcado por uma educação na infância, adolescência e juventude, com tudo de formatação Moralista, por isso, perversa.
Nem o facto de estar a decorrer, estes dias, também naquele 31 de Maio à noite, a Feira do Livro do Porto, na Avenida dos Aliados e na Praça da Liberdade, demove os Párocos da “Cidade da Virgem”, desta manifestação de Fé religiosa católica, por sinal, intrinsecamente perversa, no sábio viver-dizer de Jesus, o filho de Maria. Já que se trata de um tipo de Fé que promove e alimenta a Humilhação das Populações e as leva a Regredir ou a manter-se, por toda a vida e geração após geração, no estado Infantil dos Povos mais Primitivos, quando o Medo faz os Povos projectar e imaginar fora deles, Deusas e Deuses, que não passam disso, Projecções e Imaginações, sem nada de Real, a não ser os perversos efeitos e as perversas lesões cerebrais que provocam em quem insiste nessa via do Religioso.
À luz da Fé de Jesus, o filho de Maria, a Fé Religiosa surge como uma das três grandes Tentações com que todas e cada uma das mulheres, todos e cada um dos homens, estamos confrontados, do nascer ao morrer. As outras duas, são o Poder Político Armado e o Poder Financeiro, sem dúvida, hoje muito mais sedutores e tentadores que o Religioso. Basta ver como, até, os Ateus da Fé Religiosa, se pelam todos, a ver se conseguem um lugar ao sol no universo do Poder Político Armado e no do Poder Financeiro. O Poder Religioso ainda seduz e tenta, mas em muito menor escala e já quase só para o posto de Bispo Residencial. As novas gerações não estão minimamente interessadas num Regresso à Idade Média. E se avançam para a Universidade, é quase sempre a pensar numa carreira mais ou menos fulgurante no universo do Poder Político Armado do Estado, ou no universo do Poder Financeiro, hoje, Global.
Não deixa, entretanto, de ser estranho que os Párocos da cidade, cem anos depois da Lei de Separação da Igreja do Estado, ainda se comportem como os Senhores da Cidade do Porto, para eles, Cidade da Virgem. Nem a Feira do Livro, a funcionar na Avenida dos Aliados e na Praça da Liberdade, os demove de trazerem a Deusa de Fátima ao coração da sua Cidade da Virgem. Não os Párocos e os seus fiéis e devotos da Deusa de Fátima e da Virgem da Cidade do Porto, não vão à Feira do Livro. Vão encher a Avenida dos Aliados, saídos da Igreja da Trindade (o que significa esta designação, Igreja da Trindade? Algum Pároco faz ideia?!). Primeiro, descem a Avenida, com a Feira do Livro à sua esquerda. Dão a volta lá ao fundo e sobem a Avenida, com a Feira do Livro ainda e sempre à sua esquerda, rumo à Igreja da Trindade. A Feira do Livro não lhes interessa. Com os livros, não querem nada. Só com a Deusa de Fátima, transportada em ombros, num andor (a Deusa nem sequer anda!) que, provavelmente, e no entender deles, vem abençoar a Cidade da Virgem. Digam-me, sinceramente: Não sentem vontade de vomitar, perante tão degradante Espectáculo da Idade Média, realizado em 2011, na cidade do Porto que, para os Párocos continua a ser “Cidade da Virgem”? É mesmo uma Igreja cristã católica romana sem vergonha. E sem um pingo de Dignidade Humana, correctamente, entendida e praticada!
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Preparemo-nos para mais uma semana de tortura política. Os 5 candidatos a primeiro-ministro são o que há de mais rasca no universo do Poder Político. E as tvs e as rádios, com os seus directos, não lhes ficam atrás
Viver em Portugal, nestes dias de campanha eleitoral, para deputados da Assembleia da República, é uma tortura política. Decididamente, a Europa deste início do terceiro Milénio, está mais do que doente. Está demente. E Portugal não é excepção. Poderia ser excepção, porque é dos mais pequenos em território e em número de população residente. Uma qualquer grande capital europeia tem tanta população, ou mais, que Portugal, inteiro. Poderíamos ser um Povo de Povos, uma família. As campanhas eleitorais estão a revelar-nos como um Aborto de Povo. No passado, criou-se o mito de que somos um Povo de heróis e de santos. O mito já era para esconder o Aborto que somos, que nos têm obrigado a ser, nesta ponta mais ocidental da Europa. E que nós temos deixado que façam de nós!
Esta última semana de campanha eleitoral vai ser de arrasar. Preparemo-nos para o pior. O País está nas mãos da troika europeia e mundial. O programa da troika é o programa dos próximos governos do País. Ninguém tenha ilusões. E o que fazem os chefes dos 5 Partidos políticos com assento no Parlamento e todos os 5 candidatos a primeiro-ministro? Passam os dias da campanha a esconder o programa da troika que o governo saído destas eleições tem de fazer seu. E fartam-se de multiplicar os seus ataques políticos bem direccionados aos adversários. Sem o mínimo de concertação de esforços, para que o País se livre da troika e do Pesadelo que será viver em Portugal, durante a execução do programa de governo da troika.
Até a lei do Aborto acaba de entrar na Campanha eleitoral. Vale, sobretudo, como uma metáfora, para dizer que os 5 candidatos a primeiro-ministro são todos, um Aborto de Políticos. Nem de Poder Político percebem, quanto mais de Política Praticada! Os Carrascos da troika europeia e mundial podem festejar, desde já, a grande vitória obtida em Portugal. No dia 5 de Junho, eles são os grandes vencedores das eleições. Porque o seu programa passa, incólume, na Campanha eleitoral. Os 5 candidatos a primeiro-ministro estão todos empenhados em realizá-lo. Os 2 candidatos, supostamente, de esquerda, PCP-CDU e BE, referem-se-lhe, uma e outra vez, mas sem nenhuma convicção nas palavras. O seu objectivo não é derrubar esse programa. O seu objectivo é apenas aumentar o número de cadeiras do seu Partido no Palácio da Assembleia da República. São candidatos a primeiro-ministro, mas sabem bem que nunca o serão. Por isso, nunca serão os que têm de assumir o odioso papel de ser o primeiro-ministro do governo da troika europeia e mundial. Mas ambos querem a cadeira do Poder na Assembleia, com todos os privilégios que o programa de governo da troika garante aos seus deputados da Oposição!!!
Sem deputados da Oposição, o programa de governo da troika não seria aplicado. Como o não seria, sem primeiro-ministro de um governo saído destas eleições. Só com o Governo de a Oposição é que o programa de governo da troika será aplicado. E o Povo português é a única vítima. Os carrascos portugueses que executam o programa de governo da troika são, concomitantemente, o primeiro-ministro e respectivo Governo, mai-la Oposição no Parlamento. Uns e outros são os próximos carrascos do Povo português. Os grandes da troika que redigiram o programa do próximo Governo e o impuseram ao Estado, serão os patrões que dão as ordens para os carrascos executarem, ou protestarem. Mas Carrascos, todos, tanto os que executam o programa de governo da troika, como os seus opositores no Parlamento.
Esta última semana de campanha eleitoral vai ser um horror. Uma carnificina de palavras. Os 5 candidatos são todos assassinos políticos. As suas palavras são balas envenenadas. Matam o adversário, ao mesmo tempo que se suicidam. As Populações que se cuidem. As tvs e as rádios transmitirão tudo em directo. É a sua grande especialidade! Não haverá sangue a correr nas ruas, porque os 5 candidatos sabem que não podem viver uns sem os outros. Entre eles, há esse pacto. Só se matam simbolicamente. As balas envenenadas que usam, são as palavras que proferem. Porque têm todos de sobreviver, para aplicarem o programa da troika.
Esse é o compromisso que todos têm de respeitar. Sob pena de os senhores da troika os liquidarem. Não já simbolicamente. Mas com a expulsão do Parlamento e dos Privilégios que a cadeira de deputado da Oposição lhes garante e aos seus correligionários, elas e eles. E isso seria intolerável, para qualquer dos 5 chefes de Partido. Levem-lhes tudo, mas não os Privilégios que a cadeira de deputado lhes garante! Será que as Populações não vêem?! E, se vêem, como podem cooperar com toda esta Crueldade do Poder Político?! Por isso, o voto com protesto, escrito no próprio boletim de voto! O que não for assim, é tornar-se cúmplice da troika, colaborador da troika! Meditemos. E actuemos politicamente em prol das Populações, contra o Poder Político português. E contra o programa da troika!
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As (des)graças do ex-director do FMI, Dominique Strauss-Kahn. Vive rodeado de seguranças bem armados, numa mansão arrendada por 35 mil euros /mês e com uma pensão de, pelo menos, 250 mil dólares /mês
O chamado escândalo sexual (só mesmo o Moralismo do Protestantismo norte-americano é capaz de ser tão Imoral, a lidar com casos deste tipo, tão frequente entre os grandes Financeiros, com Acompanhantes de luxo à sua disposição em cada Hotel onde pernoitem!) está a fazer Implodir o Protestantismo norte-americano. O Ridículo desta sua mentalidade e desta sua Hipocrisia é pior do que uma Bomba atómica. É difícil ser-se mais Ridículo, em matéria de costumes do viver quotidiano dos grandes Financeiros do Mundo. Uns quantos casos mais, e puf!, lá se vai pelos ares, o Protestantismo norte-americano.
O director do FMI que já o não é mais, aguarda julgamento, numa mansão de luxo, aprovada pelo juiz que o tem debaixo de olho. Um juiz possesso do Moralismo Imoral do Protestantismo norte-americano. Nem o juiz se dá conta do Ridículo em que está caído. Derruba o director do FMI, mas só porque o FMI quer que assim se faça. O juiz parece dar prova de grande coragem, dentro do universo do Moralismo Imoral do Protestantismo norte-americano, mas não passa de um pau-mandado do FMI e dos Grandes Financeiros do FMI. Dominique Strauss-Kahn está hoje nesta situação, não por que o juiz assim o determina, mas porque o FMI assim determina.
Só a nossa Ingenuidade é capaz de chegar a pensar que o agora ex-director do FMI caiu nas garras do Tribunal. O Tribunal é que está sob as garras do FMI e existe para executar as suas decisões, todas intrinsecamente perversas, mas que nunca podem ser vistas como tal pelas Populações das nações do mundo. Pelo contrário, têm sempre de ser vistas como justas, zeladoras do bem comum, sem pudor de condenar o seu próprio director, caso ele se porte menos bem com uma funcionária do Hotel, encarregada de zelar pela limpeza do seu quarto. Se a funcionária faz queixa à Polícia, é sabido que o director do FMI será punido e convidado a demitir-se do cargo. Director do FMI, nunca pode tocar, muito menos, meter-se de intimidades com uma camareira do hotel onde pernoita. Então ele não sabe que tem todas as Acompanhantes de luxo que quiser, sem que juiz algum lhe vá à perna? Vai-se envolver sexualmente com a camareira que lhe trata da limpeza do quarto?!
A Encenação é o que diz. E, hoje, é o que as Populações sabem sobre o ex-director do FMI. O que as Populações não sabem é que os grandes Financeiros do FMI decidiram, nas costas do seu então ainda director, que ele já lhes não interessava mais. E tinha que ser afastado. Para tanto, nada melhor do que colocar um juiz do Tribunal a passar por super-herói e super-corajoso, a manter o então ainda director do FMI na prisão, ao mesmo tempo que a notícia corre, veloz, até ao mais ignorado rincão do Mundo.
Outrora, as Máfias, quando perdiam a confiança no seu Padrinho, contratavam um Assassino Profissional e o Padrinho, no dia seguinte, aparecia morto num local qualquer. Sem que alguém se atrevesse a exigir que a Polícia investigasse o Crime. Era da Máfia, era bom! Ai do juiz que ousasse fazer o que este juiz faz ao ex-director do FMI! Mas este juiz só o faz, porque esta é a forma mais “limpa” dos grandes Financeiros do FMI se livrarem do seu director que deixou de lhes interessar. E o juiz em causa, hoje nos píncaros da fama, que se cuide, porque, quando deixar de interessar ao FMI, aparece morto à entrada da sua casa. Sem que ninguém investigue. Porventura, até sem que nenhuma televisão ou rádio dê a notícia. Porque quem manda no Mundo, senhoras, senhores, são os grandes Financeiros do FMI e os outros. Já nem os do G-8 mandam nada. Só executam o que os Grandes Financeiros mandam que seja feito!
O todo-poderoso do FMI é hoje um farrapo de luxo, numa vivenda, vigiado em permanência e com uma pensão mensal choruda, aos olhos de um trabalhador com salário mínimo, mas humilhante, aos olhos dos Grandes Financeiros. O seu reino chegou ao fim. Os Grandes Financeiros podem continuar a crescer em Poder. E, se o sucessor de Dominique Strauss-Kahn vier a ser, como se diz, a candidata francesa, tanto melhor. Pode vestir de Madre Teresa de Calcutá, se quiser, contanto que deixe as mãos livres aos Grandes Financeiros do Mundo.
Esta é a Realidade Século XXI. Sem Saída?! De modo algum. Só que, para haver Saída ( e ai dos Povos se não houver Saída!), as Populações de todas as nações do Mundo têm de Crescer de dentro para fora em Ser e Liberdade, em Sabedoria e Autonomia, cada vez mais longe dos Messias e dos Poderes que as têm subjugadas, desde o princípio. Saída, há. Mas quem, sobretudo, hoje, está disposto a Protagonizá-la, na História?!
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Edição n.º 43
Terça-feira, 24 de Maio 2011
O Dia de Defesa Nacional 2011 é o dia da morte de uma estudante universitária O que vão as chefias militares dizer aos pais de Ana Rita? Mantêm-se em funções, depois de uma tragédia destas, de todo evitável?
A tragédia, como a culpa, não pode morrer solteira. As chefias militares portuguesas que obrigam as, os jovens de 18 anos, a comparecerem nos quartéis, no chamado Dia de Defesa Nacional, para, desse modo, se familiarizarem com os ambientes castrenses e se deixarem cativar por eles – desde logo, uma prepotência que os jovens, elas e eles, deveriam contestar e não acatar, como Objectores de Consciência, mas que, arrastados pela Publicidade, acabam por acatar e concretizar, contra a sua dignidade humana! – têm de ser responsabilizadas pela morte de Ana Rita, uma jovem estudante universitária portuguesa, ocorrida durante um exercício, realizado sem condições de segurança, em caso de falha técnica. Ora, a falha técnica vem a verificar-se, e Ana Rita morre, em pleno exercício.
Obrigada a apresentar-se, no que a propaganda militarista anuncia, como um convívio e uma festa castrense – pode haver convívio humano e festa, em ambientes castrenses, no meio de armas e de blindados, caças-bombardeiros e submarinos, morteiros e granadas?! – eis que, em vez do convívio e da festa anunciados, Ana Rita encontra a Morte. Prematura Morte que, objectivamente, consubstancia um Crime sem Perdão.
Explicações para a Tragédia, haverá muitas. Nenhuma, porém, pode absolver a Tragédia. Depois de todas as explicações, a Tragédia continua a ser Tragédia. A Morte prematura de Ana Rita continua a ser Morte. Se nem a morte por doença de uma, um jovem é, nos tempos que correm, uma morte absolutamente natural – é sempre uma Obscenidade e um Crime que a Sociedade, infelizmente, e para sua vergonha, ainda não experimenta como tal – muito menos a Morte da jovem Ana Rita, ocorrida no decorrer de um exercício sem condições de segurança.
Ana Rita ACUSA-NOS a todas, todos. Em nome de todos os jovens, elas e eles, que por uma razão ou por outra, são surpreendidos com a Morte, quando ainda estão com a Vida em franco desenvolvimento, a caminho da idade biologicamente adulta. Não podemos calar esta Morte de Ana Rita. Não podemos calar a Morte prematura de tantas Anas Ritas, em masculino e feminino, no nosso País, na Europa, no Mundo. Incluídas as ocorridas nas estradas e nas guerras. Coisa mais Hedionda!
As estruturas militares, na análise de uma qualquer Mente Cordial – e só Mentes Cordiais são verdadeiramente Humanas! – são todas estruturas de Morte Anunciada. O Poder Político Armado não gosta que isto se diga, se escreva e se publique. Porque o Poder Político Armado é mentiroso e assassino e quer que as mentiras que diz e faz e as mortes que provoca, sejam vistas como mortes institucionalmente justificáveis, até heróicas. Porém, todas consubstanciam Crimes Anunciados e Consumados. O Institucional que lhes chama Actos Heróicos é simplesmente demente. E tem de haver quem o diga, uma e outra vez, em cada geração. Até que semelhante Institucional demente desapareça de vez da Sociedade.
Só os Animais Racionais são capazes de semelhante Hediondo. Os Animais da chamada selva são, neste particular, bem mais Humanos que os Animais Racionais. Mas, para cúmulo, nós ainda nos tempos como superiores a eles. E somos, mas a maior parte das vezes, apenas em Perversão e em Hediondo. Como aqui, com Ana Rita.
O que vão as chefias militares dizer aos pais de Ana Rita que vêem a sua filha sair de casa, rumo a um quartel que a convoca para estar lá presente no Dia de Defesa Nacional e, ao final desse mesmo dia, desta sua filha, de 18 anos, estudante universitária, já só resta o cadáver?! Haverá coração humano que resista a tamanha Dor? E aos responsáveis institucionais, o que lhes vai suceder? A promoção nas respectivas carreiras militares?!
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Num país endividado, mais uma Campanha Eleitoral, sem olhar a despesas, porque ela é paga com o dinheiro das, dos Contribuintes. Dia 5 de Junho 2011, entre não votar e votar-com-protesto escrito no próprio boletim de voto, eu escolho votar-com-protesto. E Vocês?
A campanha eleitoral prossegue. Uma Campanha totalmente inútil. De resto, já há cidadãs, cidadãos portugueses que, a partir de hoje, podem começar a votar. Quando a campanha, ainda mal acaba de ter início oficial. Campanha, fora do período regulamentar, é todos os dias. Os Partidos da Oposição, com assento no Parlamento, como o Partido ou Partidos do Governo está / estão sempre em campanha eleitoral. Mais uma Perversão do Poder Político, assassino da Política Praticada, a mais nobre de todas as Práticas dos Seres Humanos. Já o Poder Político, no Governo ou na Oposição, é a Perversão da própria Política Praticada. O seu reiterado assassínio. Os Povos têm de acordar. Os intelectuais, também. É o mais elementar em Política, a destrinça entre Poder Político e Política Praticada. Quem não é capaz de ver a diferença, tão pouco é capaz de ver a diferença entre um político-que-nos-rouba-e-mata e um irmão-que-nos-ama-gratuitamente, até à entrega da sua própria vida, como faz Jesus.
São 15 dias completamente perdidos. Exércitos e exércitos de comitivas. Corridas a contra-relógio. Devassa de Feiras, de cidades e de vilas. Devassa da nossa privacidade, com rádios, jornais e tvs a acompanhar cada candidato, pelo menos, dos Partidos com representação parlamentar. Jornalismo rasca. Corre-corre, que se faz tarde. Microfone apontado ao chefe do Partido. Directos nos principais noticiários. Tudo mais do que encenado, e nada denunciado. Os jornalistas feitos com os chefes dos Partidos. A CDU, é o Jerónimo de Sousa. O BE, é o Francisco Louçã. O CDS-PP, é o Paulo Portas. O PS, é o José Sócrates. O PSD, é o Pedro Passos Coelho. Mas cada Partido que concorre às eleições tem um batalhão de candidatos, por distrito, todos com direito a faltar ao trabalho, sem perda de salário, durante os 15 dias oficiais da campanha. E quem os vê? O que dizem? O que fazem? Quem são? Os contribuintes portugueses, que paguem tudo e, depois, ainda votem neles! A troika que empreste-roube mais milhares de milhões de euros. Um descaramento impensável. Um Crime Político sem castigo. É o que se pode chamar, com toda a propriedade, a tirania da democracia.
Senhores chefes de Partidos Políticos, tenham vergonha na cara. É inútil fazer este apelo, porque eles são surdos e imunes. Mas o Apelo fica feito. Para sua vergonha. E é inútil o Apelo, porque é impossível ser-se honesto, na luta política pelo Poder. O Poder que se pretende conquistar, ser-exercer, é intrinsecamente desonesto e faz desonestos, todos os que o cobiçam. De resto, a regra n.º 1, para se chegar à frente e vencer as eleições que decidem qual o partido que chefia o Governo, é ser-se o campeão dos desonestos.
Há lá mais desonesto e cara-sem-vergonha do que o ainda primeiro-ministro do Governo, simultaneamente, chefe do PS e candidato a primeiro-ministro? (Mas que trapalhada de funções!). Não é ele o campeão dos desonestos e, por isso, o mais descarado, o que é capaz de apagar todos os crimes políticos e transmutar a Mentira em Verdade e a Verdade em Mentira? E, mesmo assim, não é ele, o que tem mais cara de bonzinho, de competente, de eficiente, de experiente? Pois é, é, mas apenas na habilidade de Mentir e de Denegrir, de dar o dito por não dito, muitas vezes, no mesmo dia, e mais do que uma vez, no mesmo dia.
Os almoços e jantares sucedem-se. O chefe de cada partido é o Sacerdote laico nesta missa assassina diária, de resto, muito semelhante às missas católicas por essas paróquias fora, nos 365 dias de cada ano, onde todos estão calados e só o Sacerdote tem direito à palavra. Com a diferença de que o sacerdote que preside às missas católicas e é também o único que tem direito à palavra, não é laico. É clérigo. E tem-se na conta de santo. Nunca na conta de comerciante, quando é o que todos os Sacerdotes clérigos, uns mais, outros menos, acabam por ser – uns comerciantes do Religioso.
Há também os papa-almoços e os papa-jantares que, durante os 15 dias da campanha, comem por conta do Partido e viajam por conta do Partido. São uma espécie de férias dos pobrezinhos. Com o encargo de fazerem coro e gritar PS, ou PSD, ou PP, ou CDU, ou BE, nos comícios, ou nos directos tvs, logo após o chefe ter dito as suas mentiras e a sua propaganda da praxe, tudo previamente combinado com o / a jornalista. Até o Jornalismo eleitoral é abjecto. Mas há sempre quem se preste a essa abjecção!
Choremos! Por isso, dia 5 de Junho, entre não votar, ou votar com protesto, escrito no próprio boletim de voto, eu escolho votar com protesto. É um voto perdido? Isso é o que eles, os chefes dos Partidos, dizem. É perdido para eles, todos sedentos do Poder. Não é perdido para o País, vítima do Poder.
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O assunto é impopular, mas tem de passar a fazer parte das agendas políticas. Os feriados ao longo de cada ano em Portugal são todos para manter, ou faz sentido reduzir o seu número?
São em grande número, os feriados nacionais, em cada ano português. Nisso, levaremos a palma entre os países da Europa. Não é, certamente, a causa principal de estarmos na cauda da Europa, mas revela bem quanto ainda estamos reféns de Séculos que foram de Cristandade e de Idade Média, quando, então, o calendário eclesiástico católico romano é o único que comanda a Sociedade Civil.
Há cem anos que aconteceu a República. Com ela, a Lei de Separação entre a Igreja e o Estado português. A Constituição da República que rege o País diz que o nosso, é um Estado laico. Em vão o diz. É só retórica. Na prática, continuamos a ser, em 2011, um Estado católico romano, com Missa dominical a ser transmitida pela tv e pela rádio do Estado laico. E com as festas sem festa impostas pelo calendário litúrgico católico – há mais Igrejas em Portugal, mas só o calendário da Igreja católica é que tem esse poder sobre o calendário do Estado laico – e a merecerem destaque de feriado nacional. No mínimo, um contra-senso. Na realidade, uma Afronta que envilece a Instituição Eclesiástica que faz questão de que a situação se perpetue no tempo. E que envilece, também, o Estado laico que aceita essa imposição da Igreja católica romana.
Que sentido tem um feriado nacional, como, por exemplo, o de 8 de Dezembro de cada ano? A Igreja católica, e só ela, celebra nesse dia o que chama de Festa da Imaculada Conceição. Há, inclusive, bispos católicos que desconhecem o que significa “Imaculada Conceição” e confundem esta expressão com a virgindade da mítica deusa dos cultos religiosos do Paganismo que entra na Cristandade Ocidental, sob o nome de Maria-virgem-e-mãe, antes do parto, durante o parto e depois do parto. Uma realidade só possível nos mitos. Mas que se apresenta como uma realidade histórica e biológica! Com direito a feriado nacional, em Portugal!
O próprio feriado de 1 de Dezembro, de cada ano, a comemorar a restauração da independência, em 1640, que sentido tem, hoje? Então com Portugal e Espanha na mesma União Europeia, ainda continuamos a festejar o facto histórico de a casa de Bragança ter desbaratado e expulsado de Portugal a dinastia dos Filipes de Espanha? Já com 100 anos de República, andamos a dormir ou quê? Feriado nacional, por este motivo, quase 400 anos depois do evento? Ah! E que dizer do feriado de 15 de Agosto, de cada ano português, outro de feição exclusivamente católica romana? A afirmação de que Maria subiu ao céu, em corpo e alma, embora definida como dogma católico, é um mito. E um mito, só por ser católico romano, merece ser festejado e logo com um feriado imposto à Sociedade Civil e ao Estado laico? E que dizer da chamada Festa de todos os santos, da Igreja católica romana? As populações aproveitam o feriado imposto ao Estado laico, no dia 1 de Novembro de cada ano, para invadirem os cemitérios, à procura de quem não está lá, nunca lá esteve, porque os cadáveres não são as pessoas que conhecemos e amamos ou odiamos. Os cadáveres são coisas. E coisas perecíveis, ao passo que as pessoas são outros tantos Eu’s, cada qual único e irrepetível, imperecíveis, todos, e que não estão nos cemitérios! Nos cemitérios, estão – podem ainda estar – restos, coisas. Nunca pessoas, a não ser as que lá se dirigem, nesse ou noutro dia qualquer. Para cúmulo, o chamado culto dos mortos, uma designação de todo inapropriada, para não dizer, irracional, tem tudo a ver com os primitivos tempos do Animismo. O que não abona nada a favor de quem ainda o pratica, Século XXI além.
Porém, se de todo em todo, tiver de haver feriado, pois que seja no dia 2 de Novembro, quando o Calendário da Igreja católica romana celebra a memória dos Fiéis Defuntos, uma expressão que também não diz nada, e que as Populações repetem sem saberem o que estão a dizer. Ou que substituem por outra, inapropriada, também, Dia dos Mortos. O que tem tudo de Absurdo, ou não esteja, aí, premente e mordente, a Subversiva e Inquietante Pergunta Teológica, Porque procurais entre os Mortos, aquelas, aqueles que vivem?! Mas ai de quem tire às Populações o culto dos Mortos! As Populações caem-lhe em cima e podem acabar, até, por matar tal pessoa. Porque as Populações sabem muito bem como lidar com os Mortos ou com os Cadáveres = Coisas, mas já não suportam sequer a ideia de terem de lidar com Vivos-que-elas-deixam-de-ver-domar-controlar-manipular! Também por isso, é que as Populações, e as Igrejas cristãs com elas, gostam tanto da Fé Religiosa e têm horror à Fé Teológica, a de Jesus!... Aquela, anestesia. E esta, tira o sono ao mais pintado! Porque sempre pergunta, não onde está Deus?, mas, Onde está a tua irmã, o teu irmão? O que fizeste da tua irmã, do teu irmão?
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Houve a beatificação da “mãe Clara” e, no dia seguinte, o Núncio Apostólico foi à Sé patriarcal de Lisboa, a convite do Cardeal José Policarpo, presidir a uma missa de acção de graças pela nova beata. Mas em que planeta vive a Hierarquia da Igreja católica romana? Os titulares de Diocese já saíram do Infantil, ou regridem ao Infantil, quando ordenados Bispos?!
O Estado do Vaticano tem destas aberrações e contradições. O seu chefe de Estado é o Bispo de Roma e, por via disso, é também o Papa monarca absoluto e infalível. Um Absurdo Institucional! Por sua vez, os múltiplos embaixadores do Estado do Vaticano, espalhados pelo Mundo, canonicamente, chamados núncios apostólicos, são bispos sem diocese territorial no país onde são os olhos e os ouvidos da Cúria Romana, e, ao mesmo tempo, representam o Estado do Vaticano, no país onde são embaixadores. Uma mixórdia eclesiástica e canónica que, só por si, diz que a Igreja Católica Romana não é Igreja de Jesus. Ainda que o possa ser do mítico Cristo davídico, o Poder monárquico absoluto e infalível, institucionalmente santo.
Pois bem. É este bispo sem diocese territorial, embaixador do Estado do Vaticano em Lisboa, disfarçado de núncio apostólico, que o Cardeal de Lisboa, José Policarpo, convida a presidir, no dia seguinte à beatificação da “mãe Clara”, a uma missa de acção de graças pela nova beata. Tudo isto é por demais infantil e chega a causar arrepios na espinha. Mas são as grandes sumidades institucionais da Igreja católica que protagonizam todo este Infantil. O que nos permite pensar se os clérigos ordenados Bispos, regridem ao Infantil com a Ordenação. A Ordenação Episcopal terá o condão de Infantilizar os que se lhe submetem?! Só pode!
Todos estes factos são deveras eloquentes, no que respeita a Infantilismo. Mas a homilia que o Bispo-embaixador-do-Estado-do-Vaticano, em Lisboa, profere na referida missa, é digna de antologia, no universo do Infantil episcopal. Descansem, que não vou transcrever a homilia na íntegra, ainda que tenha tido acesso a ela. Limito-me a transcrever o primeiro ponto, logo a abrir. Atentem nos termos utilizados pelo Bispo-Embaixador do Estado do Vaticano em Lisboa. Também, no universo a que se referem esses termos. E, no final, digam-me se o universo destes homens-sem-mulher, eclesiásticos domesticados pela Cúria Romana, não é mesmo o do Infantil? E do Infantil mais rasca. Do Infantil da Idade da Treva, ou Idade Média. Leiam. E choremos, perante semelhante Inumanidade Eclesiástica, perante semelhantes Eunucos, que se fazem chamar Excelências Reverendíssimas. Eis (sublinhados JF):
É-me muito grato estar hoje nesta Sé Patriarcal de Lisboa a presidir à celebração desta Santa Missa de ação de graças pela beatificação da Irmã Maria Clara do Menino Jesus, fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição..Antes de mais nada, agradeço a Sua Eminência o Senhor Patriarca por me conceder este privilégio. Muito obrigado também ao Reverendíssimo Cónego Luís Pereira da Silva, Pároco da Sé, e aos seus colaboradores por me acolherem nesta Igreja Matriz do Patriarcado. Saúdo a Madre Maria da Conceição Galvão Ribeiro, Superiora Geral das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, as suas Conselheiras e todas as suas Irmãs, agradecendo-lhes este convite que tanto me honra. Saúdo fraternalmente os irmãos sacerdotes, as pessoas consagradas, os caros seminaristas, todos os fiéis leigos – as famílias, as crianças, os doentes e anciãos, de maneira especial os que, nos diferentes lugares, aqui em Portugal e noutros países, são atendidos pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras. A todos e a cada um transmito a proximidade, as saudações mais afetuosas e a Bênção Apostólica do Santo Padre o Papa Bento XVI.
Todos nós temos ainda nos olhos e no coração a alegria e a emoção do solene rito de ontem, em que o Santo Padre Bento XVI, com a Carta Apostólica lida pelo Cardeal Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, acolhendo o pedido de Sua Eminência Dom José Policarpo, Patriarca de Lisboa, proclamou Beata a Irmã Maria Clara do Menino Jesus. E todos, cheios de júbilo, repetimos cantando: Aleluia! Aleluia! Aleluia!
Hoje, com o mesmo júbilo, repetimos: Deo Gratias! – Graças a Deus! -, desejando que esta Eucaristia seja a expressão maior do amor que o nosso coração de filhos e filhas quer prestar ao Pai, pela graça que Ele acaba de conceder à Santa Igreja, à Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras, a Portugal e ao mundo. Sim, estamos reunidos nesta Igreja Catedral para dar graças ao Pai das misericórdias pela glorificação dessa extraordinária figura de mulher e de cristã.
E, neste momento feliz, queremos fazer-nos eco daquele sentimento de júbilo, gratidão e encantamento que a contemplação da misericórdia divina despertava no coração da Beata Maria Clara e transbordava em suas palavras e gestos: «Como Deus é bom! Deus seja bendito!».
Eis o grito que hoje parte a cada instante dos nossos corações ao Céu!
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Edição n.º 42
Sexta-feira, 20 de Maio 2011
No Café Santa Cruz, a convite de um dos Núcleos de Intervenção da Associação Académica de Coimbra “Ainda há Fé na Crítica à Igreja?”
“Ainda há Fé na Crítica à Igreja?” Fui convidado por um dos vários Núcleos de intervenção da Associação Académica de Coimbra, para debater-testemunhar ao vivo esta temática, sugerida pelo respectivo Núcleo. O encontro teve lugar esta quarta-feira, 18 de Maio, no Café Santa Cruz, mesmo ao lado da vetusta igreja com o mesmo nome, em Coimbra. Para lá da presença de estudantes interessados na temática, o debate pôde contar com a presença interessada de habituais frequentadoras, frequentadores do Café. Como habitualmente, também nesta tarde, as pessoas, de diversas idades, entram, deparam com o debate em curso e permanecem, no Café, por mais tempo que o costume. A temática surpreende-as. E “agarra-as”, ainda que, aqui e ali, também lhes possa soar a escândalo. Porque nenhum outro padre costuma abordar estas temáticas, muito menos, num Café como este da baixa de Coimbra, e num dizer presbiteral tão saudavelmente secular e crítico, como é o meu. O inesperado debate sobrepõe-se à rotina de todas as tardes (tem início um pouco antes das 16 horas e termina já depois das 19 horas!), e, até, os funcionários do Café mantêm-se, todo o tempo, com um ouvido e um olho nos clientes a atender, e outro ouvido e outro olho no debate. E, no final, é manifesta a sua alegria, quando me despeço deles, um a um. A tarde deste dia 18 é também inesquecível para eles. O rosto de cada um, dos mais novos aos mais velhos, não deixa margens para dúvidas.
À pergunta, formulada e proposta pelos Estudantes, começo por dizer, na introdução ao debate, que escrevi, durante a viagem no Alfa, entre o Porto e Coimbra, que, à luz do meu percurso de vida de Presbítero da Igreja do Porto, definitivamente, arredado dos templos e dos altares, como deveria ser, hoje, o viver de todos os presbíteros e bispos da Igreja de Jesus (os templos e os altares são espaços religiosos, totalmente estranhos e, até, inimigos de Jesus; basta termos presente que são os funcionários principais do Templo e do Altar que fazem matar Jesus na Cruz do Império!), que, por mim, a temática poderia e deveria ser formulada de outra forma, substantivamente, diferente. Assim: Ainda há Fé, sem crítica à Igreja? E a resposta que avanço à pergunta assim (re)formulada é, Não! Sem crítica à Igreja, não há Fé. Pelo menos, Fé Teológica, a mesma de Jesus! Haverá, certamente, Fé Religiosa. Mas não Fé Teológica, a de Jesus.
A diferença entre Fé Religiosa e Fé Teológica não é apenas de palavras. É substantiva. E por ser substantiva, é que logo somos levados a ter de concluir que tudo o que por aí se vê, se catequiza e se pratica, no espaço das Igrejas e das Religiões, as cristãs e as outras todas, é apenas Fé Religiosa, por isso, totalmente estranho à Fé Teológica, a mesma de Jesus. Totalmente estranho, sim. E mais. Contrário à Fé Teológica, a única que faz passar os animais racionais que ainda hoje somos e teimamos ser, para a nobre condição de Seres Humanos. A Fé Religiosa é uma mera criação dos animais racionais. Por isso, a Fé Religiosa existe, desde que existem os animais racionais, seus criadores e clientes. E desaparece, à medida que os animais racionais passam para a nobre condição de seres humanos e se tornam outros, Jesus, agora, Século XXI.
Podem imaginar o espanto dos estudantes, elas e eles, da Universidade de Coimbra e das demais pessoas, habituais frequentadoras do Café Santa Cruz, quando escutam estas minhas palavras (Santa Cruz. Um nome horrível, diga-se, para identificar um espaço como aquele. Uma contradição absurda que só animais racionais são capazes de conceber e de gostar: Santa Cruz. Uma Contradição e uma Perversão, até da linguagem, pelo menos, do ponto de vista dos Seres Humanos, mas considerada de todo normal e até de bom gosto, do ponto de vista dos animais racionais, religiosos). O seu universo mental sofre um indisfarçável abalo sísmico que faz desmoronar tudo o que, ao nascer, já trazemos nos próprios genes, e que os primeiros anos de educação em família e nas catequeses paroquiais cristãs católicas ou protestantes, desenvolvem e consolidam em cada uma, um de nós. Quase sempre, de modo irreparável. Daí, ser, depois, tão difícil, alguém sair da condição de animal racional para a de Ser Humano, outras, outros, Jesus. Mais depressa continuamos a rejeitar e a crucificar Jesus, do que o acolhemos como o nosso Paradigma, como a nossa Referência última.
Por isso, permanecermos, há séculos e séculos, tão fanaticamente religiosos e, hoje, sobretudo, tão fanaticamente ateus, por sinal, as duas faces da mesma realidade. Por isso, comportamo-nos, habitualmente, há séculos e séculos, como seres dominados – diz reiteradamente a Fé Religiosa como um refrão, Tem de haver alguma coisa que nos domine! – em lugar de como seres maieuticamente habitados. Por isso, o Medo continua, há séculos e séculos, a coser-nos as mentes, em lugar de nos habitar a Liberdade. Porque a Fé Religiosa é isso que faz, mesmo quando se apresenta vestida de secular e de ateísmo. Só a Fé Teológica, a mesma de Jesus, nos faz, finalmente, Seres Humanos, outros, Jesus. Presenças vivas na História, que a Sociedade local, nacional, continental e mundial, toda constituída por animais racionais, não suporta no seu seio e persegue de múltiplas maneiras. A pior das quais, é fazer saber que Mulheres, Homens assim, tão Humanos, tão Livres, tão Autónomos, tão Realizados, tão Alegres, tão Dádiva, são completamente loucos. E, se loucos inofensivos, também tolerados. Mas se loucos violentos, acabam presos por toda a vida, ou mesmo eliminados, de forma sumária, sem que ninguém proteste, pelo contrário, todos aplaudam e festejem nas ruas.
A Fé Religiosa, é verdade, não suporta a crítica. E os seus chefes institucionais maiores, depressa excomungam ou mandam para a Fogueira da Inquisição, ou, pior ainda, para a Fogueira do Desprezo e do Ostracismo, quem a protagoniza no seu viver histórico. Com a anuência de todos os seus súbditos. Já a Fé Teológica, é intrinsecamente crítica e auto-crítica, porque faz dos seres humanos que a vivem, seres abertos, maieuticamente relacionados uns com os outros, carregados de Futuro, conscientes de que são, sobretudo, o que serão. Como tal, nunca se experimentam Acabados, mas em ininterrupta Construção, em contínua Criação.
Deveriam ver a alegria dos responsáveis do Núcleo que organizou este debate, durante o jantar que fizeram questão que eu partilhasse com eles, depois, na Cantina universitária, numa das margens do Mondego. E, também no após jantar, quando me acompanham à estação de Coimbra-B. Como se abrem comigo. Como riem, descontraídos. Como estão felizes. Parecem meninas recém-nascidas, meninos recém-nascidos. E como me abraçam efusivamente, numa sororidade / fraternidade que me emociona e comove, como os emociona e comove a eles. E todos me prometem que vão passar por Macieira da Lixa, para voltarem a encontrar-se comigo. Este dia 18 de Maio é, por isso, o primeiro dia do resto das suas vidas. Como é o primeiro dia do resto da minha vida de Presbítero da igreja do Porto!
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São já 700 mil, a caminho de um milhão, em Portugal Desempregados, ou Condenados à tortura da Depressão e da Morte Lenta?
Os já aprovados 78 mil milhões de euros de ajuda europeia e mundial ao Estado português não se destinam a fazer diminuir até a fazer desaparecer, a tortura do Desemprego, em Portugal. Pelo contrário, destinam-se a fazer crescer o número de pessoas condenadas à tortura da Depressão e da Morte Lenta, que é o Desemprego, filho primogénito do velho Capitalismo, agora, totalmente reciclado, na sua mais recente versão, o Poder Financeiro Global, absolutamente imparável. Escusam os candidatos a Poder Político, quer de direita, quer de esquerda, encher, por estes nossos dias de tortura mediática, as páginas dos jornais e os tempos de emissão das rádios e das tvs, com as suas propostas, ditas com fingida firmeza e hipócrita convicção.
O Desemprego é o filho primogénito do Poder Financeiro Global, o mesmo que acaba de aprovar a ajuda financeira europeia e mundial a Portugal de 78 mil milhões de euros. Como tal, o Desemprego terá de crescer, de ano para ano, até acabar por ser Global, como já hoje Global, o Poder Financeiro que o gera. Quem nos garantir o contrário do que aqui acaba de ser escrito, é mentiroso. E só mesmo o Poder Político é capaz de dizer às Populações, sobretudo, em tempos de campanhas eleitorais, que o Desemprego diminuirá e desaparecerá. Porque o Poder Político é, de sua natureza, Mentiroso. Nunca as Populações poderão confiar nele, em nenhum dos seus múltiplos agentes históricos, todos tão mentirosos, quanto o próprio Poder Político.
Dentro do Capitalismo, na sua versão antiga e na sua versão reciclada de Poder Financeiro Global, não há Salvação. O mesmo é dizer, Não há Humanidade. O Capitalismo é a Racionalidade Animal levada ao extremo. No início, ainda se disfarça de algumas entranhas de humanidade, nomeadamente, quando, as suas vítimas – proletários e camponeses famélicos – começam a organizar-se para lhe fazer frente. Por sinal, não da melhor maneira. Antes, da pior maneira. Porque apenas exigem melhores salários e determinados direitos. Por sinal, o melhor tratamento que lhe podem dar. Porque ao limitar-se a reivindicar melhores salários e determinados direitos, as vítimas do Capitalismo / Poder Financeiro Global estão, implícita e, mesmo, explicitamente, a reconhecê-lo. Quando o Capitalismo é intrinsecamente perverso e negociar com ele é reconhecer o Perverso. O que é perverso também. Perante o Perverso, feito Sistema, só há uma Postura digna das suas vítimas: Amarrá-lo e deixá-lo morrer à fome, por falta de vítimas com que ele se alimenta e engorda. E, se ele rompe as amarras, então Decapitá-lo. Mas, antes de mais, na nossa própria cabeça, ou na nossa própria Mente, e na cabeça ou mente de cada uma das suas vítimas.
Chegados ao ano de 2011, deste nosso Século XIX, o Capitalismo acaba de se refinar e é agora o Poder Financeiro Global. Nenhum Estado do Mundo está em condições de lhe fazer frente. Todos os Estados do Mundo são reféns do Poder Financeiro. Inclusive, os Estados mais ricos. Estados ricos, são o Poder Financeiro feito Estado. Quando se chega aí, já não há Poder Político e Poder Financeiro. O Poder Financeiro é simultaneamente Poder Político. Somos cegos, os piores cegos, se não vemos as coisas assim. Os Estados ricos já são Poder Financeiro feito Poder Político. Os Estados pobres, melhor, empobrecidos, são Estados vítimas do Poder Financeiro e tanto mais vítimas dele, quanto mais recorrem a ele, por ajuda financeira. Vão pedir ao Lobo que os ajude. E, é claro, ele ajuda, mas de acordo com a sua própria natureza. Empobrece-os ainda mais, ao fazer-lhes empréstimos que, no final, o deixam a ele ainda mais Poder Financeiro do que antes. É o mais elementar: Quanto mais o Poder Financeiro cresce, mais os Povos diminuem, até desaparecerem.
O Desemprego é o filho primogénito do Poder Financeiro. Só desaparecerá, se desaparecer o seu pai, o Poder Financeiro. Como não há Populações e Intelectuais disponíveis para realizarem Práticas Políticas outras, antípodas das práticas do Poder Político, que neutralizem e ponham fim ao Poder Político, o Desemprego continuará a crescer até se tornar Global. O seu pai, o Poder Financeiro Global, é o único que acha que sabe produzir. Mas é mentiroso.
Estamos, pois, desafiados a fazer orelhas moucas aos que nos seduzem e enganam com as suas demagogias e as suas Mentiras. Ao mesmo tempo que nos preparamos aceleradamente para assumirmos os nossos destinos. Ou assim, ou preparemo-nos para a Tortura da Depressão e da Morte Lenta, que o Desemprego cada vez mais devastador.
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Mais uma beata portuguesa, graças ao Cardeal português, José Saraiva Martins Irmã Maria Clara do Menino Jesus, ou Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles e Albuquerque?
Nasce a 15 de Junho de 1843 (Século XIX), na Amadora, em Lisboa, e recebe o hábito de Capuchinha, em 1869, aos 26 anos de idade, sob o pseudónimo de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. Morre em Dezembro de 1899, com apenas 56 anos de idade. É beatificada, este sábado, 21 de Maio 2011, no Estádio do Restelo, em Lisboa. O Cardeal José Policarpo, antigo Reitor da Universidade Católica de Lisboa, co-preside ao ritual. Entre o catálogo de milagres que Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles e Albuquerque (digam lá, se o nome não soa a gente de sangue azul, como convém a um Deus milagreiro) se diz ter já realizado em larga escala, o Vaticano escolhe o de uma espanhola de Bayona, Georgina Troncoso Monteagudo.
Ela própria vem de Espanha ao Restelo, para servir de testemunha presencial do milagre e receber os parabéns dos devotos, sobretudo de devotas, que estas coisas de curas milagrosas só acontecem a mulheres beatas, muito raramente a homens beatos! Em conferência de imprensa, realizada na sede das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição (uma Congregação que a Capuchinha decide fundar, em parceria com um padre seu conselheiro e guia espiritual, razão pela qual, agora, é beatificada!), explica aos jornalistas como se dá o milagre. Ao que diz, Georgina sofre, durante 34 anos, de um pioderma gangrenoso que some de vez do seu braço, quando ela decide fazer entrar em acção a nova beata portuguesa. Como se vê, a beata portuguesa é ibérica, não na escolha das pessoas beneficiárias dos milagres que ela realiza. No caso em presença, prefere curar uma espanhola, a uma portuguesa. Às portuguesas, deixa-as morrer de cancro na mama ou noutras regiões do corpo, tal e qual a “virgem de Fátima” deixa morrer Jacinta e Francisco, aquando da pneumónica. Uma crueldade celestial, que os devotos não querem ver, de tão fanáticos que são! A cura, mais do que tardia, já que Georgina tem de sofrer durante 34 anos, tem data marcada: 12 de Novembro de 2003. Fosse portuguesa, a miraculada, e, em vez de 12 de Novembro, teria sido 12 ou 13 de Outubro, para juntar tudo em Fátima, a outra deusa. Ou será que também entre as deusas, há rivalidade, como entre os clubes de futebol do mesmo país?
Georgina reconhece, perante os jornalistas, que frequenta vários médicos e aceita os seus cuidados clínicos, durante os 34 anos que sofre. Faz sucessivos curativos. Mas, pelos vistos, nada disso conta para o incómodo pioderma gangrenoso sumir de vez do seu braço. Os medicamentos da farmácia e os cuidados clínicos não valem nada. Para a miraculada, o único medicamento que vale, é uma estampa da “mãe Clara” (sic) que Georgina coloca clandestinamente entre as ligaduras que cobrem a ferida. Tal e qual. E convoca uma conferência de imprensa, em Maio de 2011, para vender este fármaco milagroso – estampas de "mãe Clara"! E os jornalistas portugueses “engolem” esta pantomina. E fazem notícia séria com ela! E, provavelmente, vão dar em directo o rito da beatificação, como dão do Futebol dos Milhões.
Só espero que, para os seus próprios males ou achaques, os jornalistas deste tipo de jornalismo rasca e milagreiro não recorram a estampas de "mãe Clara", porque então a Medicina e a Farmacologia bem podem ser deitadas aos contentores do lixo. E as Faculdades de Medicina em todo o mundo, mais os laboratórios todos, podem encerrar, como coisa da idade da pedra!
Daqui em diante, já sabem. Para gangrenas e outros males, nada de médicos, nem de medicamentos. Umas estampas de "mãe Clara" do Menino Jesus são receita de milagre. Mas que universo mais infantil, este da Igreja católica romana!... Uma vergonha. E uma parvoíce. Depois queixem-se de que grassa cada vez mais por aí o Ateísmo. Pudera!
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SAD do FC Porto, do Sr. Pinto da Costa, derrota a Senhora do Sameiro e o Bom Jesus de Braga e levanta a Taça da Liga Europa, em Dublin. E volta a encher a Avenida dos Aliados no Porto O que pensará deste tipo de portugueses loucos por Futebol, Fátima e apoiantes de líderes Políticos rascas, a troika europeia e mundial que acaba de disponibilizar 78 mil milhões de euros para “ajudar” os pobrezinhos de Portugal e, no final do empréstimo, arrecadar cerca de 30 mil milhões de euros de lucro?
Está visto. No tocante a Futebol dos Milhões, não temos palha na cama. Nem temos as carteiras vazias. Tão pouco, há perna manca. O país pode bater no fundo. Basta que, lá no fundo, haja Futebol dos Milhões, senhoras de Fátima, missas, rezas de terços, fábrica de fazer novas beatas, novos beatos, novas santas, novos santos, e chefes políticos profissionais rascas, estilo Cavaco Silva, José Sócrates, Passos Coelho, Paulo Portas, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, e a festa prosseguirá até às tantas, todas as semanas, ou, mesmo, todas as noites.
Desde a fundação da nacionalidade, em 1143, que somos assim. Não um Povo de Povos, como seria bom e belo que fôssemos, mas uma mistura de subpovos que faz de nós um Povo de Chico-espertos. A Superficialidade e a Banalidade são o nosso pão. Gostamos de tudo o que é rasca. E, até no Futebol, limitamo-nos a jogá-lo nos cafés, nas bancadas dos Estádios, por entre garrafas de cerveja e muitos gritos selvagens, insultos de toda a ordem, bairrismos sem um pingo de dignidade.
É o fado de ser português. O fado que nós próprios queremos ser. Sabemos tudo de Futebol. Até os nossos jornalistas de serviço são capazes de passar 24 horas seguidas, em directo de Dublin, nas rádios e tvs onde estão contratados, a falar de Futebol. E nunca se calam, por falta de assunto. Falam, falam, falam. Comentam, comentam, comentam. Abrem a antena aos não-jornalistas e os telefonemas com comentários, em directo, são mais do que muitos. Fazem-se listas de espera, para entrar no ar. Todos os portugueses são catedráticos em Futebol. Não o praticam, como seria saudável. Há estádios que custaram milhões, às moscas, por falta de praticantes de futebol. Só se enchem, se lá houver mais um duelo entre dois dos considerados “grandes”, as chamadas SADs, com tudo de Máfia, numa mortal guerra de padrinhos que os fanáticos adeptos tanto apreciam.
Nos tempos da outra senhora – são os tempos do ditador Salazar, mas sempre são referidos como os tempos da outra senhora! – o Futebol já é um dos três efes mais cultivados neste nosso país-de-rés-do-chão, de-charco, de-galinheiro. Ao futebol, que, nesse então, ainda não tem nada que se compare com o de 2011, o das SADs e seus padrinhos, qual deles o mais mafioso, juntam-se-lhe os outros dois efes, Fátima e Fado. Hoje, o Fado, felizmente, já ganhou elevação, qualidade, e até canta Poetas que, de outra maneira, nunca seriam escutados. Mas no que respeita ao Futebol e a Fátima, as coisas são cada vez mais rascas. Para tanto, tem contribuído o Papa de Roma que passou a fazer-se peregrino de Fátima e converteu Fátima numa Multinacional de Milhões, a par do Futebol de Milhões do Sr. Pinto da Costa e dos outros patrões das SADs, ainda aprendizes de padrinho. O Sr. Pinto da Costa é o maior. É o Papa português do Futebol dos Milhões. O mais idolatrado. O mais escutado. O mais infalível. O mais aplaudido. O mais eficaz. Por isso, o vencedor.
No lugar do Fado, instalou-se, depois de Abril de 1974, o Poder Político, com os Partidos Políticos, todos a sonhar com o Poder e com os Milhões que o Poder Político garante a quem o serve nos lugares de topo. Ao ver-nos assim, tão infantis, tão beatos, tão crentes em milagres de santas e de santos, tão superficiais e banais, tão submissos aos clérigos católicos e Pastores, a Europa dos Milhões que nos acolheu no seu Clube, diz, Ao ataque! E veio, de imediato, a troika europeia e mundial.
Como país, estamos em saldo. Já há muito que perdemos a soberania. Até a própria face. Outrora, foi o ditador Salazar. Hoje, é o novo ditador chamado troika europeia e mundial, a mandar em nós e a governar-nos. É que os cerca de 30 mil milhões de lucro, pelo empréstimo de 78 mil milhões de euros, têm de entrar, em seu tempo, nos cofres europeus e do FMI. O presidente da República, o Governo e o Parlamento, saído das próximas eleições de 5 de Junho (o ideal seria que ninguém fosse votar, ou votássemos todos com protesto!), limitar-se-ão a executar as ordens da troika. Sem que as Populações se levantem, de tão anestesiadas que andam com a senhora de Fátima e o Futebol dos Milhões das SADs.
Há ainda Futuro para semelhante Presente? Há. Mas, apenas se as novas gerações recusarem ir para o Abismo, juntamente com os pais e os avós. E, ao contrário dos pais e dos avós, resistirem activamente a toda esta Idiotice fatimista, futebolística e partidária, e evitarem todo este premeditado genocídio que a troika está cá a realizar. Sem necessidade de derramamento de sangue! Esta é, pois, a vossa hora, ó Jovens de Portugal. Da Europa. Do Mundo!
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Edição n.º 41
Terça-feira, 17 de Maio 2011
Crimes contra a Humanidade. Mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional só atinge Kadafi. Nato e Império USA podem continuar a bombardear à vontade na Líbia, no Afeganistão e no Iraque
Kadafi volta a ser objecto de notícia nas tvs, nas rádios, nos jornais. O ditador da Líbia, mais do que a guerra civil da Líbia. E mais do que toda a destruição que os aviões da Nato / Império USA continuam a levar por diante contra o Líbia do ditador Kadafi. O crime militar da Nato / Império USA prossegue, mas agora, sob o mediático manto de silêncio. Como tanto convém à Nato / Império USA. E Kadafi volta às notícias, apenas porque o TPI – Tribunal Penal Internacional de Haia – acaba de emitir contra ele e o seu filho mais velho um mandado de prisão, por crimes contra a Humanidade.
A decisão do TPI não deixa de surpreender. Não porque Kadafi seja um exemplar ditador – não há exemplares ditadores, todos os ditadores são perversos e cometem crimes contra a Humanidade – mas porque, nestes dias de Maio, só ele é objecto de semelhante mandado, por parte do TPI. Os chefes militares da Nato / Império USA não são objecto de semelhante decisão. Sinal de que não estão a cometer crimes contra a Humanidade na Líbia, no Afeganistão, no Iraque. Estão tão-só a proteger a Humanidade dos crimes do ditador Kadafi. Tal como Obama, assassino de Bin Laden, também está a proteger a Humanidade dos crimes da Al Qaeda.
Os Muçulmanos, quando atacam o Ocidente, cometem crimes contra a Humanidade e podem ser assassinados, sem mais. Já o Ocidente, quando ataca os Muçulmanos, está a proteger a Humanidade dos crimes que os Muçulmanos cometem contra ela. Sinal de que para o TPI, a Humanidade é o Ocidente e o Ocidente é a Humanidade! Fora do Ocidente, não há Humanidade. Só Barbaridade!
Os jornalistas das tvs, das rádios, dos jornais limitam-se a reproduzir, como notícia, a decisão do TPI. O TPI decide, está bem decidido. Se o TPI diz que o ditador Kadafi comete crimes contra a Humanidade, é verdade que o ditador Kadafi comete crimes contra a Humanidade. E o seu mandado de detenção de Kadafi é um mandado justo, que tem de ser noticiado como tal pelos jornalistas das tvs, das rádios, dos jornais. Sob pena de despedimento com justa causa dos jornalistas.
Em consequência das notícias das tvs, das rádios, dos jornais, as populações que as escutam-visionam-lêem, comentam-nas, depois, nos locais de trabalho e nos cafés, à mistura com os golos do CR7, do Real Madrid, e os arrotos do senhor Pinto da Costa, da SAD portista. Cresce nas Populações um ódio mortal a Kadafi, ditador e assassino. Ao mesmo tempo que uma enorme simpatia pelos chefes militares da Nato e do Império USA.
Consciência crítica, é preciso. Mas não esperem que as tvs, as rádios, os jornais do Poder Financeiro, se ocupem com semelhante missão. A sua missão é apenas reproduzir o ponto de vista dos seus patrões. Para que as Populações cresçam em Infantilismo e em Obscurantismo. Ser jornalista para ajudar maieuticamente as Populações a crescerem, de dentro para fora, em consciência crítica, é, certamente, um crime mais contra a Humanidade. Só que, neste caso, a Humanidade já nem sequer é o Ocidente, no seu todo. Acaba reduzida aos chefes maiores do Ocidente. Já que as Populações do Ocidente não passam de carne para canhão. Como as Populações da Líbia do ditador Kadafi.
Os jornalistas das tvs, das rádios, dos jornais já nem sequer vêem que já nem eles são Humanidade. Apenas meros funcionários das empresas dos grandes Financeiros, os únicos que são Humanidade. Fora dos grandes Financeiros do Ocidente, já não há Humanidade. Até este ponto, a Humanidade acaba de ser reduzida, neste nosso Século XXI. Sem que os jornalistas das tvs, das rádios, dos jornais tenham consciência disso. E o mais dramático é que os jornalistas aceitam, com satisfação, ser reduzidos a meros funcionários. Porque assim, já não têm que puxar pelos neurónios. E têm o emprego garantido. Bem como o salário, no final do mês.
Têm de ser as Populações a acordar. Por elas. E a deixarem de acreditar nas tvs, nas rádios, nos jornais. Todos nos mentem. Porque os seus jornalistas se limitam a reproduzir o que diz o TPI sobre o ditador Kadafi. Bem como tudo o que os grandes Financeiros do Ocidente querem que seja dito e divulgado. Choremos pelos jornalistas. E, como Populações, ousemos crescer de dentro para fora em consciência crítica. Gostem ou não gostem, os grandes Financeiros, donos das tvs, das rádios, dos jornais!
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Respostas vocacionais na internet. Why not Priest? Porque não Padre?
São seminaristas católicos dos Legionários de Cristo. Os rostos que se deixam visionar e escutar num vídeo colocado no youtube revelam vários jovens e um padre já de mais idade de distintas nacionalidades e continentes. Como num qualquer vídeo de Publicidade que pretende vender a felicidade, que é usar determinada pasta de dentes, em vez de outra, ou a felicidade que é ser padre nos Legionários de Cristo, todos aparecem, em sucessivos flashs, a rebentar de felicidade, pelo facto de terem optado pelo que eles chamam de Sacerdócio. Mas todo o vídeo traz a marca da Publicidade e, francamente, não convence. Muito pelo contrário. A iniciativa traduz-se num desastre. À pergunta, “Porque não Padre?”, a resposta, depois de se visionar o vídeo pode ser, Porque não quero ser hipócrita, como vós estais aqui a ser, ao pôr uma cara de felicidade que manifestamente não podeis ter, só para veres se, com ela, seduzis outros jovens que vão engrossar as fileiras dos Legionários de Cristo, organização eclesiástica mais sinistra!
Ser Presbítero da Igreja de Jesus é missão histórica de altíssimo risco. Só por ser assim, vale a pena deixar tudo, para a protagonizar, pelo menos, quem se experimenta intimamente chamado a viver de forma tão radical e tão plena. Mas estes jovens legionários de Cristo mostram que ignoram por completo esta realidade. Não se preparam para ser Presbíteros, assim. Preparam-se para ser Sacerdotes de Cristo. Ou, mais em concreto, Sacerdotes dos Legionários de Cristo. Funcionários do Religioso. Uma função com tudo de Privilégio, ainda que a troco de castração afectiva e sexual.
Alguns dos seminaristas dizem, no vídeo, que tiveram namorada. Um deles, de fala castelhana, faz questão de sublinhar que a sua namorada era “guapíssima” (= muito bela). E que teve de a deixar, para se tornar seminarista. Outros, “apanhados”, aos 10 anos de idade, pelos Legionários de Cristo, nunca chegaram a saber o que é ter namorada. Mas mostram-se tão “felizes” quanto os que tiveram de deixar a namorada. Uma fantochada.
Nem parecem jovens do Século XXI. Vê-se que, em 2011, o deles, ainda é o universo da Idade Média. Um universo onde o Sexo Humano é coisa feia que tem de ser reprimido, porque o Cristo que seguem e servem gosta de gente que se auto-reprime, de gente auto-castrada. À semelhança do próprio fundador dos Legionários de Cristo que, em matéria de sexo, dizia uma coisa em público e fazia outra em privado. E, apesar disso, sempre pôde contar com o cúmplice silêncio do Papa João Paulo II, agora beatificado, certamente, também por ter tido essa postura de defesa, a qualquer preço, do bom-nome do Institucional Eclesiástico Católico Romano. Uma Monstruosidade sem nome, mas que, como se vê, dá para se chegar a beato em menos de três tempos.
Sintomaticamente, a agência ecclesia que difunde o vídeo dos seminaristas dos Legionários de Cristo, difunde também uma nova Circular, emanada da Cúria Romana, com mais apertadas normas para os Bispos das dioceses terem em conta, no combate à pedofilia do clero. Se o sexo é reprimido, para se poder ser Sacerdote de Cristo, acaba por acontecer, depois, da pior forma. E nem as crianças e adolescentes escapam aos auto-reprimidos Sacerdotes de Cristo.
Porém, nem os Sacerdotes, nem Cristo têm nada a ver com Deus Criador Abba-Mãe dos povos. Deus Criador nem sequer gosta de Sacerdotes. E não tem intermediários. Muito menos Messias. O Cristo ou Messias não tem nada a ver com Deus Criador Abba-Mãe. Só com os Sacerdotes e o Deus dos Sacerdotes. Um Ídolo que urge denunciar-desmascarar. Porque só um Deus-Ídolo é que se sente honrado com jovens que renunciam à sua dimensão humana, para serem funcionários do Religioso e do Altar. Eunucos que, no caso em presença, os Legionários de Cristo fazem tais. Com a bênção e o silêncio cúmplice e a bênção apostólica do agora já beato papa João Paulo II. É preciso não ter vergonha na cara! E ainda pretendem, estes seminaristas, que os jovens do Século XXI vão pela sua Publicidade? Em que planeta é que vivem estes seminaristas dos Legionários de Cristo?!
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Chefe do FMI e candidato a presidente de França em maus lençóis. É o sexo, estúpidos! É o sexo!
Dizem os jornais que o director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, pode vir a ser condenado pelo tribunal norte-americano a uma pena de prisão até 60 anos, por estar a ser acusado de agredir sexualmente uma funcionária do hotel, quando ela entrou no quarto dele e ele saiu nu do respectivo quarto de banho. Ao vê-la ali, à mão de semear, ter-se-á atirado a ela, ele já sexagenário, ela só com 32 anos de idade, uma adolescente, portanto, à beira dele!...
São uns exagerados, estes norte-americanos, mas só para o que lhes convém. Mostram-se tão moralistas, tão moralistas, em matéria de sexo, que qualquer dia ainda condenam a prisão perpétua as próprias mães e os próprios pais, porque, para serem suas mães, seus pais, tiveram de praticar sexo genital. E, se a relação sexual genital tiver sido, com muito amor recíproco, tanto pior. Porque o Amor entre dois seres humanos é o que há de mais Perverso para estes moralistas norte-americanos. Uns paranóicos incorrigíveis!
A mulher em causa conseguiu, sozinha, escapulir-se das mãos do grande Financeiro do FMI e fugiu, quarto fora, aos gritos de socorro. A Polícia escutou os gritos e veio a correr tomar conta da queixa. E, com a mesma prontidão com que o presidente do Império USA, Obama, matou Osama Bin Laden – já repararam que a diferença entre Obama e Osama é apenas de uma consoante? – foi de imediato sobre o suposto agressor (o próprio declara-se inocente) e prendeu-o, já no avião, onde ele estava já sentado, pronto a voar até França, de onde é natural e onde vive, quando não anda por esses hotéis do mundo, a agredir sexualmente funcionárias que lhe entram assim sem mais nem menos pelo quarto, quando ele está sair nu do respectivo quarto de banho.
As tvs, as rádios, os jornais dos Grandes Financeiros e os respectivos jornalistas de serviço, não falam de outra coisa, nestes dias. O “escândalo” parece talhado à medida das ambições do actual presidente da França, um presidente exemplar (!!!), como se sabe, em matéria de mulheres e de sexo e cuja reeleição está em perigo, perante a candidatura a presidente do patrão do FMI. Melhor, estava em perigo. Porque, agora, depois deste escândalo, conduzido pela Polícia norte-americana e rapidamente atirado para as tvs, as rádios, os jornais do Ocidente e do Mundo, deixa de estar.
Depois dos escândalos sexuais do presidente Bill Clinton, faz um jeito do caraças, aos norte-americanos, um escândalo semelhante, mas, agora, com o candidato a presidente da França. Nem o facto de estarem a lidar com o patrão do FMI inibiu a Polícia norte-americana. Para os norte-americanos, moralistas em matéria de sexo, o sexo só traz problemas. Ainda hão-de produzir em laboratório humanóides sem sexo. Para eles, o único crime do mundo é o Sexo. Não a Guerra. Não a morte por assassínio. Não o Mercado Financeiro. Não a Poluição. Não a fabricação de Pobres em massa. Não o Dólar. Faz a guerra, estúpido, não o Sexo. Que o sexo mata. Ao passo que a guerra faz viver o Poder Financeiro. E são cérebros assim, tão Inumanos, que se arrogam o direito de conduzir o Mundo e os Povos.
Mas este escândalo tem de ter outras coisas muito sujas, e bem pesadas, que é preciso esconder com ele. Uma delas acaba de ser avançada no mesmo dia do escândalo. É a decisão do TPI, de emitir um mandado de prisão de Kadafi, o ditador presidente da Líbia, outrora amigo do Império USA, hoje, o seu inimigo n.º 1, por crimes contra a Humanidade. Kadafi, apenas. E não Obama, também. É preciso distrair as Populações do Planeta, não vão as Populações acharem estranho que só Kadafi ande aí a cometer crimes contra a Humanidade. E o Império USA, não. Vai daí, sempre que é preciso, o sexo, como escândalo, vem logo ao de cima. E, quando as Populações, finalmente, acordarem e caírem na real, já o Crime dos crimes contra a Humanidade está consumado. E nunca chegará sequer a ser classificado como Crime. Pelo contrário, será apresentado como um relevante Serviço à Humanidade. É o Sexo, estúpidos! É o sexo!
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Ajuda Financeira aprovada em Bruxelas. Vêm já aí os primeiros 18 mil milhões de euros, à taxa de juro de 5,7%! Com eles, vem também a troika vigiar em que é que o Estado os vai gastar. Uma Humilhação sem nome. E uma pertinente pergunta: Governo, para quê, se é a troika que vai governar Portugal?
Todos, na Europa dos 27, estão de acordo, para ajudar Portugal. Os grandes Financeiros garantem o empréstimo dos já anunciados 78 mil milhões de euros. A taxa de juro é mesmo de ajuda, mas só ao jeito dos Grandes Financeiros. Dizem que ajudam, e Roubam. Para os Grandes Financeiros do Mundo, até o verbo ajudar significa Roubar. O que não significará, então, o verbo Roubar?! Mas estejam descansados, que os Grandes Financeiros do Mundo nunca Roubam. O verbo Roubar não faz parte da sua gramática. Nunca o conjugam. Quando se trata de Roubar legalmente, os Grandes Financeiros conjugam sempre o verbo Ajudar. E os legalmente Roubados, sob a forma de Ajuda, ainda agradecem e aplaudem. Basta ver o ar de satisfeito e de prazer orgástico que o ainda ministro das Finanças do Governo de Portugal exibe, no momento da aprovação do Roubo, perdão, da Ajuda Financeira.
A partir de agora, a troika nunca mais larga o nosso país, até que os 78 mil milhões de euros de ajuda financeira voltem aos Grandes Financeiros, mai-los muitos milhares de milhões de euros de lucro. Vigiarão, ao pormenor, em que é que o dinheiro deles é gasto e investido. Pelo que uma pergunta se impõe: Quem vai governar o país, nestes muitos anos em que a troika vigia e controla as finanças do Estado Português? Vale a pena haver eleições no dia 5 de Junho? Para quê? Quem vai governar, a partir de agora? O Governo saído das eleições de 5 de Junho, ou a troika? Acham que a troika confia no próximo Governo, quando está, hoje, mais do que provado, que os sucessivos Governos, desde o 25 de Abril de 1974, têm arrastado o Estado Português para a banca rota? E aos ex-governantes, aconteceu-lhes alguma coisa? Dois deles, depois de terem sido sucessivamente primeiros-ministros, não tiveram ainda, como prémio, serem eleitos presidente da República por mais de um mandato?!
Vem, pois, aí a ajuda financeira europeia e mundial. E, com ela, a troika. Para quê, então, continuar a haver Estado Português? A pergunta é pertinente, mas mais pertinente será a resposta correcta, não a que os actuais candidatos ao Poder lhe dão. Tem de continuar a haver Estado Português e, concretamente, Governo do Estado, porque a troika entra sempre de mãos limpas e, quando tiver de se ir embora, até à próxima vinda, sai também de mãos limpas. O Governo do Estado é que terá de sujar as mãos. Para isso existe. Para ser o Carrasco da troika contra as Populações. De modo que a troika possa sair e entrar sempre de mãos limpas, como acontece com todos os Benfeitores e todos os Padrinhos das Máfias. Mas, se o Governo que sair das eleições de 5 de Junho, é apenas o carrasco da troika contra as Populações, será que as Populações de Portugal ainda são capazes de suportar campanhas eleitorais e escolher o Carrasco que, em representação da troika, as há-de depenar ainda mais? Pensemos bem. E decidamos melhor.
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Edição n.º 40
Sexta-feira, 13 de Maio 2011
Debates pre-eleitorais nas tvs, entre 2 líderes de dois Partidos com assento parlamentar, de cada vez Mais parecem duelos entre dois Animais Racionais que se digladiam e odeiam, e nos quais vence o que se mostra mais astuto e mais sem escrúpulos
Dificilmente, se aguenta ver e ouvir até ao fim. Os debates pré-eleitorais nas tvs não são entre dois seres humanos que se querem e se preocupam com encontrar as melhores e menos dispendiosas soluções para a grave situação em que se encontram o nosso País e as Populações que o constituímos. Os contendores são dois líderes de dois Partidos Políticos, de cada vez. Apostados, todos, em conquistar o Poder do Governo do Estado. Quando preparam cada debate, estudam bem o adversário, para ver a melhor maneira de o Humilhar e de o Desacreditar em directo, perante as câmaras da tv de serviço. Levam, bem guardados, na manga, certos trunfos, com que tentam surpreender e deixar a gaguejar o outro líder de Partido que, por sua vez, também se comporta de igual forma para com o seu opositor. Não são dois seres humanos que se querem e que se preocupam com o País e as Populações que o constituímos. São dois Animais Racionais que se digladiam com ferocidade e ódio de estimação, por sinal, o ódio que mais indignifica quem o pratica e mais atinge mortalmente quem é por ele visado. Não há Política-Política, nos debates. Há descarada luta pelo Poder Político. O que perfaz uma Crueldade em directo.
Fôssemos um Pais, uma Europa, um Mundo de seres humanos e estes debates nunca teriam lugar. Ainda não somos. E estamos muito longe de ser. Somos um País, uma Europa, um Mundo de Animais Racionais. Em que o Racional está ao serviço do Animal. E, quando assim é, os Animais Racionais tornam-se milhões de vezes mais ferozes, mais cruéis, mais assassinos, que os Animais que se regem apenas pelo Instinto. E o País, a Europa e o Mundo são uma Selva milhões de vezes pior que a Selva dos Animais que se regem apenas pelo Instinto.
Política Praticada, quero. Não Poder Político Praticado. É o primeiro Imperativo Ético duma Sociedade constituída por Seres Humanos. Os Partidos Políticos, todos, indistintamente, nem sequer conhecem a Substantiva Diferença entre Política Praticada e Poder Político Praticado. Para eles e seus líderes, as expressões são sinónimas. Não vêem que são antónimas. Como tal, onde houver Poder Político Praticado, não há, não pode haver, Política Praticada. E onde houver Política Praticada não há, não pode haver, Poder Político Praticado. É o que quer dizer expressões antónimas. Ora, os Partidos Políticos, todos os Partidos Políticos do Mundo, só percebem de Poder Político Praticado. Não percebem de Política Praticada. Nem podem perceber. É, para eles, uma impossibilidade absoluta.
Os Partidos Políticos não gostam que se escreva e diga isto. Odeiam quem o escreve e o diz. Porque eles próprios, são Ódio Organizado. Por mais que tentem aparentar outra coisa. São Ódio Organizado. Mesmo no interior do próprio Partido. Os Partidos Políticos são antónimos das Comunidades sororais-fraternas e maiêuticas. Estas são constituídas por Seres Humanos, mulheres e homens. Aqueles são constituídos por Animais Racionais. E entre os Animais Racionais e os Seres Humanos, há um Abismo intransponível. Como entre a Luz e a Treva. Como entre o Amor Criador e o Ódio. Nas Comunidades sororais-fraternas, todos os seus membros são iguais, na diferença de cada qual, e tudo é de todos, segundo a necessidade de cada qual. Tudo. Não só os bens materiais. Também os culturais e os espirituais. E Hierarquia ou Poder, é coisa absolutamente desconhecida.
Nunca os Partidos Políticos farão parte da Solução de um País. São sempre parte do Problema. São o Problema. Os Partidos Políticos são os Inimigos das Populações que constituem um País. Tudo o que fazem, visa a conquista e o exercício do Poder, de sua natureza, mentiroso e assassino. Quando as Populações de um País, do que mais precisam, é de intelectuais orgânicos, pobres por opção, que vivam entre e com elas, numa relação semelhante à da Parteira com a mulher que está para dar à luz. Nunca fazem, em vez das Populações. Sempre “puxam” maieuticamente pelas Populações. Estimulam as Populações a fazerem. Deste modo, e apenas deste modo, as Populações Crescem, de dentro para fora. À medida que fazem, as Populações Crescem de dentro para fora. Até que chegam a ser Sujeito, Protagonistas, numa palavra, Política Praticada. Seres Humanos cada vez mais plenos e integrais. Sem nenhuma necessidade de deuses e de chefes. Porque até Deus Criador que nunca ninguém viu, misteriosamente as Habita, como pura Graça, sem elas saberem como. E as Habita, mais íntimo a elas do que elas próprias. É por isso que as Populações podem, então, um dia, chegarem a dizer com toda a propriedade, EU SOU!
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Uma reacção de todo esperada e inesperada, ao mesmo tempo, a Salmos Versão Século XXI Valha-te Deus, homem, essa, como diz o povo, «não lembraria ao diabo»!
Salmos, Versão Século XXI, LIVRO 2 (Edium Editores, Maio 2011), está ainda em fase de distribuição e já me chega uma reacção, de todo esperada e inesperada, ao mesmo tempo. De todo esperada, porque esta Versão Século XXI, dos Salmos da Bíblia, não poderá deixar de escandalizar muitos olhos e ouvidos pios, inclusive de eruditos e renomados biblistas com cátedra cativa nas Universidades confessionais. Que a erudição, só por si, não é sinónimo de Sabedoria. E sem Sabedoria, o Saber e a Erudição incham o seu detentor e tornam-se sempre fonte de Privilégios, que, objectivamente, mais não são do que um atentado à Verdade que nos faz livres, próximos, irmãos e iguais, na diferença. Mas a reacção é também de todo inesperada, por vir de quem vem. Concretamente, de um Amigo meu, de há muitos anos, que conheço desde os tempos em que, como director do Jornal Fraternizar, em suporte papel, frequentava (depois deixei de frequentar, por elas se terem tornado de todo inócuas e insípidas!), as Semanas Bíblicas anuais, promovidas pelos Padres Capuchinhos, em Fátima, essa terra mais idolátrica de Portugal e da Europa, quer da Idolatria Religiosa, quer da Idolatria Financeira, ambas, de resto, quase sempre ligadas entre si.
Este meu Amigo, Reinaldo, de seu nome, mal acaba de receber o email que enviei às pessoas da minha lista pessoal de endereços electrónicos, a sugerir que, se assim o entenderem, me façam já as suas encomendas do Livro, reage de pronto. Mesmo sem conhecer ainda o Livro, e sem sequer manifestar o desejo de o conhecer, para, primeiro, ver se o que tanto o escandaliza no meu email, acerca do Livro, tem ou não tem fundamento. Na sua mente, formatada por estes 20 séculos de Cristianismo eclesiástico ou de Messianismo davídico, uma afirmação da contracapa do Livro, reproduzida por mim no email, só pode ser um absurdo. Para o meu Amigo, não há outra leitura. O Escândalo que essa afirmação lhe causa poderia levá-lo a encomendar o Livro e, depois de o ler-escutar (este Livro 2 de Salmos, como o Livro 1 que o precede e o Livro 3 que se lhe seguirá, é, sobretudo, para ser Escutado, um dia após outro, durante 50 dias, que tantos são os Salmos que “fazem” cada um dos três Livros), e, então, sim, reagiria. Provavelmente, já não o faria nos termos em que o faz, neste seu email, escrito a quente e sem nenhum conhecimento de causa, embora manifestamente armado de um tremendo preconceito a meu respeito e a respeito de tudo quanto escrevo. Um preconceito que é fruto da torpe campanha que, há anos e anos, é habilmente orquestrada contra mim, só pelo simples facto de eu ser, de resto, com toda a legitimidade católica, Presbítero da Igreja do Porto não-alinhado no Sistema Eclesiástico, intrinsecamente perverso, por isso, anti-jesuânico.
Eis, pois, aqui reproduzidas as palavras que tanto escandalizam o meu Amigo Reinaldo: Faça a experiência. Confronte uma versão e outra. E, se, neste Século XXI que é o nosso, tiver de se escandalizar com alguma das duas versões, escandalize-se com a versão dos Salmos da Bíblia. E faça desta Versão Século XXI uma das substantivas fontes da Espiritualidade Jesuânica, a única que nos faz viver na História e assumir a História como se Deus não existisse!
Dou-lhes, também, a conhecer mais dois emails. Primeiro, o email do meu Amigo. E, de seguida, o da minha reacção às suas escandalizadas palavras, um misto de respeito e de rejeição, ao mesmo tempo. Por sinal, uma postura típica dos cristãos de todas as Igrejas cristãs, mas totalmente contrária à postura, plena e integralmente, humana de Jesus, o filho de Maria, que nos quer ver, como ele, mulheres, homens, sim-sim, não-não, quentes ou frios, mas nunca mornos. Escreve o meu Amigo Reinado:
Mário: Se bem te lembras de mim, recordarás a defesa que fiz de ti numa das «semanas Bíblicas» em que estivemos os dois e alguém te atacou... Gosto de ti, admiro a tua persistência na defesa daquilo que te parece ser o seguimento dum Cristo Libertador e na condenação (eu preferiria que fosse a fraterna palavra de pai aos filhos ou vice-versa!) dos «pecados» e «sombras» da nossa Igreja Católica e Apostólica... (será também tua, tu que te continuas a identificar como sendo «presbítero da Igreja do Porto»?). Mas esta de vires dizer-nos que, a escandalizar-nos (entre a tua versão e a do autor sagrado), nos deveremos escandalizar com a do Salmista, valha-te Deus, homem, essa, como diz o povo, «não lembraria ao diabo»! Paz e Bem para ti, irmão! Que com o Senhor Ressuscitado e em unidade com tod@s @s crentes, possas cantar o teu ALELUIA PASCAL PERMANENTE !!!
E, agora, a minha resposta: Amigo Reinaldo, surpreende-me a tua reacção. E o teu escândalo. Depois de tantas Semanas Bíblicas, já deverias saber que esta tua reacção, a essas minhas palavras, é muito semelhante à dos doutores da Lei e dos Fariseus do tempo de Jesus, que o acusam de blasfemo e de possesso do demónio (= louco), porque ele se arroga o direito de mexer na Lei de Moisés – a Bíblia Sagrada para os Judeus. Inclusive, vai ao ponto de afirmar, O Sábado foi feito para o Ser Humano, não o Ser Humano para o Sábado. São também famosos, aqueles seus sucessivos, OUVISTES O QUE FOI DITO AOS ANTIGOS; EU, PORÉM, DIGO-VOS, no Evangelho de Mateus. Ou lemos o Evangelho e não escutamos o que lemos? É pena que ainda idolatres tanto o Texto Bíblico, quando o próprio Jesus é Crucificado, em nome desse mesmo Texto! Afinal de quem somos discípulos? De Moisés, do rei David, assassino, de João Baptista, o do machado já está apontado à raiz da árvore, ou de Jesus, o filho de Maria, o Maldito à luz da Lei de Moisés? O meu abraço.
Através desta partilha de emails, espero contribuir para ajudar as pessoas a perceberem que Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, não é apenas mais um livro. De modo algum. Elaborados a partir dos Salmos da Bíblia (levam o mesmo número e cada um escreve-se com o mesmo número de versículos), os Salmos desta Versão Século XXI são totalmente outros. E porquê? Porque já levam em conta a Revelação sobre o Ser Humano e sobre Deus Criador que Jesus, o Camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria, É, entre nós e connosco. Revelação, que é também a maior Revolução Antropológica-Teológica da História, a única verdadeiramente digna desse nome. E que, para mal da Humanidade e do Planeta Terra, continua aí a ser criminosamente Escondida, Silenciada, Reprimida, a começar pelos dirigentes do Cristianismo de todas as Igrejas cristãs, católica romana incluída.
Avisados andaremos, pois, se, em lugar de nos deixarmos levar por preconceitos postos a circular contra o Autor deste Livro e de outros livros que o precedem, corrermos pelo Livro e fizermos dele o nosso Livro de mesinha de cabeceira. E passarmos a ler-escutar, pelo menos, um Salmo por dia. E, quando chegarmos ao fim, voltarmos ao princípio, e assim sucessivamente, pelo resto das nossas vidas. De certeza que nunca mais seremos as mesmas pessoas que somos hoje. Sim. Ateus ou crentes que nos digamos, nunca mais seremos as mesmas pessoas que hoje somos. Façam a experiência!
P.S. Se quiserem, podem encomendar-me o Livro por um email, junto com o vosso endereço postal. Enviá-lo-ei na volta do correio. Cada exemplar, 144 páginas, custa 12€, preço fixado pelo Editor. E os meus direitos de Autor revertem a favor da conclusão do Barracão de Cultura, aqui em Macieira da Lixa.
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Ainda a ajuda da troika da União Europeia e do FMI Dos 78 mil milhões de euros de empréstimo, quantos vêm mesmo para Portugal, depois de pagos os juros?
Se dos 78 mil milhões de euros de ajuda financeira, cerca de 30 mil milhões são para pagar juros, durante os anos que dura o empréstimo, trata-se de uma ajuda, ou de um descarado Roubo?! Se o Estado Português vai consentir neste Roubo, não é tão Ladrão do Povo Português, quanto a troika europeia e mundial? Podemos ter respeito por um Governo do Estado português que, a partir de 5 de Junho de 2011, nos vai passar a Roubar de forma tão descarada, para pagar o empréstimo? Não havemos de praticar, antes, a Resistência Pacífica Activa? Não devemos assumir a Desobediência Política e Cívica? Aliás, todos deveríamos saber que todo o Estado é Ladrão do respectivo Povo que o aceita e que não prescinde dele.
Já o profeta Samuel alerta o Povo de Israel, quando este lhe exige um rei como os demais povos em redor. Exigir um rei, é exigir um Estado. A corte do Rei, os exércitos do rei, as concubinas do rei, o palácio do rei, os banquetes do rei, as guerras do rei, os luxos do rei (quem diz rei, diz Estado), é tudo suportado pelo Povo que faz questão de ter um rei, um Estado, um Governo do Estado. E o Povo de Israel que, até ali, havia vivido sem rei, faz orelhas moucas aos alertas do profeta Samuel e aclama David como seu rei. Nunca mais se viu livre duma carga de impostos. E nunca mais pôde dispor das filhas, dos filhos. Todas, todos são vassalos do rei e não têm como recusar, se ele as, os escolhe para algum dos seus devaneios, alguma das suas ambições guerreiras.
Os tempos são outros, diz-se. Só não se diz que são outros, mas para pior! Todos os Estados são Estados-Ladrão. Embora haja uns Estados-Ladrão mais Estados-Ladrão do que outros. Se o Estado português aceita esta “Ajuda”-Roubo da troika, vai ter de Roubar, de modo escabroso, o Povo português, só para poder saciar os Lobos financeiros europeus e mundiais. Neste caso, converte-se no mais Estado-Ladrão do Mundo. Só merece o nosso total Repúdio. A nossa total Passividade Cívica. O nosso total viver de braços caídos Cívico. A nossa total Paralisação Cívica. Nem que tenhamos de sobreviver a Pão-e-Água, meses, porventura, anos. Até que os Lobos financeiros europeus e mundiais reconheçam que estão a tratar-nos muito abaixo de uma qualquer Mercadoria.
Somos os mais Humilhados dos Povos, se pactuamos com o maior Estado-Ladrão do Mundo. Se, mesmo assim, há portugueses com tanta febre pelo Poder que aceitam Humilhar tanto e por tanto tempo o Povo português, cabe ao Povo português comportar-se como um Povo-de-braços-caídos. Pelo menos, a partir de 5 de Junho de 2011. É o mínimo que se pode fazer. Mas se quisermos avançar para a Insurreição Política Desarmada, saibam que estarei na linha da frente. Já para uma Insurreição Política Armada, não contem comigo. Ainda que – digo-o publicamente – se houver quem o faça, terá a minha pública compreensão! Porque um Estado-Ladrão é o terrorista n.º 1 do Povo. No caso, do Povo português. Preparemo-nos!
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12 e 13 de Maio de 2011 À falta de Papa, o Cardeal Arcebispo de Boston, do Império USA, preside à Mentira e ao Crime que Fátima é, e aproveita para discretamente agradecer à imagem da Deusa o recente assassínio de Bin Laden!
Bispos e Padres católicos portugueses e estrangeiros continuam a fazer tudo para manterem de pé a Mentira e o Crime que Fátima é. Mentira, porque não há quaisquer aparições da virgem – aliás, nem sequer há Virgem para aparecer, já que isso de deusa virgem e mãe é puro Mito das Religiões! – entre Maio e Outubro de 1917, na Cova da Iria, apenas uma amadora Inventona do clero de Ourém, desesperado por ver as populações deixar às moscas os templos onde ele, antes da implantação da República em 1910, sempre havia sido rei e senhor. E Crime, porque, apesar dos Bispos de então serem sabedores desta Mentira, acabam, em 1930, 13 anos depois da Inventona do Clero de Ourém, coordenado pelo Cónego Formigão, então disfarçado de Visconde de Montelo, por a acolher como Verdade.
Desde então, tem sido um tal fartar vilanagem, de Negócio sujo e de aviltante Moralismo sem um pingo de Fé e de Teologia, as de Jesus, os quais, de tão Iníquos que são, ainda vão acabar por fazer Implodir a própria Igreja Católica Romana. Uma vez que, com o rolar dos anos, a Mentira e o Crime que Fátima é, acabam por atrair também ao seu sujo Negócio e ao seu aviltante Moralismo, o próprio Vaticano e o seu Papa. Nem mesmo o grande teólogo alemão, das décadas de cinquenta e de sessenta, do Século XX, Joseph Ratzinger, resiste à Mentira e à Idolatria de Fátima. Depois que troca a Teologia pelo Poder e pelos Privilégios do Cardinalato em Roma, à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, e já a sonhar com o papado que hoje lhe pertence por inteiro, passa a condenar, até, os seus antigos companheiros Teólogos, ao mesmo tempo que faz da Virgem de Fátima o seu novo Deus, para sado-masoquista satisfação das populações mais Humilhadas e mais Ofendidas que, desesperadas, rumam todos os anos a Fátima, nomeadamente entre Maio e Outubro, à procura da sua indispensável overdose de ópio religioso. E para satisfação, também, do Clero católico e das elites dos Privilégios que continuam aí a fabricar em série, populações humilhadas e ofendidas aos milhões.
A atracção do Abismo sempre foi, é, irresistível, quando se abandonam os mais elementares Princípios da Ética e da Verdade, e se converte Deus Criador que nunca ninguém viu, num Ídolo-de-trazer-por-casa; Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria, no mítico Cristo davídico vencedor dos inimigos; a própria mãe de Jesus, Maria, a da aldeia de Nazaré, numa mítica Deusa, Virgem-e-Mãe dos mais antigos cultos do Paganismo, florescentes no tempo do Matriarcado; e a Igreja católica, numa Empresa Transnacional de venda de serviços religiosos, com sucursais abertas e a laborar em todos os rincões do Planeta.
Nestes precisos dias 12 e 13 de Maio de 2011, à falta de Papa de Roma, a presidir à Mentira e ao Crime, feitos culto público no recinto da nossa Vergonha, o Bispo de Leiria-Fátima foi buscar um cardeal norte-americano, concretamente, o cardeal arcebispo de Boston (mas como eles gostam destes pomposos títulos próprios de contos de príncipes desconsolados sem princesa!), Sean O’Malley, de seu nome. O cardeal traz ainda fresco na sua memória, o assassínio de Bin Laden, líder da Al Qaeda, pelo Império USA, no qual ele é arcebispo. De algum modo, o cardeal vem agradecer à mítica virgem de Fátima este assassínio, por parte do seu Império USA. E, para tentar disfarçar a sua mais que indisfarçável satisfação por este assassínio, diz, na homilia da missa de ontem à noite, estar convencido que Maria vai ajudar “a fazer a ponte entre cristianismo e islão”.
Só não se percebe bem como é que a mítica Virgem de Fátima vai conseguir semelhante proeza, se, como o próprio cardeal reconhece, o Século XX, apesar de ser o da “aparição” da virgem de Fátima, é o “mais sangrento da História”, porque, como ele próprio reconhece na mesma homilia, é o Século do “holocausto”, da “bomba atómica”, das “duas guerras mundiais, do “aborto” e da “eutanásia legalizados”, a par do nascimento do “comunismo”, “nazismo” e “fascismo”. É caso para se perguntar: Mas, afinal, para que serviram as tais aparições da virgem em Fátima, na segunda década do Século XX, se esse Século acaba por ser o “mais sangrento da História”?! Só Cegos que não querem ver, é que não vêem a Mentira e o Crime que Fátima S. A. é. Por quanto tempo mais?! Certamente, enquanto houver Multidões Humilhadas e Ofendidas, desesperadamente, à procura da sua regular overdose de ópio religioso. E enquanto houver clero católico que lha distribua, a troco, obviamente, de Dinheiro, muito Dinheiro. E de Ouro, muito Ouro!
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Edição n.º 39
Terça-feira, 10 de Maio 2011
Editor da Edium, Jorge Castelo Branco, abre a Sessão de apresentação de Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, no Contagiarte Amigo Mário: Saiba da fraternidade que nos une. Do respeito também. Enquanto puder, enquanto souber, ter-me-á junto nesta caminhada
Bem-vindos à sessão de lançamento de Salmos – versão século XXI, livro 2, o 37.º livro do Padre Mário de Oliveira, terceiro editado pela edium editores, depois de “O livro da Sabedoria” e do pequeno opúsculo com 2 contos, “O Gato Artur Salomão & Enfim Episcopus”. Começarei com umas pequenas notas biográficas sobre o autor:
Mário Pais de Oliveira. É Presbítero da Igreja do Porto, desde 5 de Agosto de 1962. No dia 21 de Março de 1973, é preso segunda vez pela Pide, em Caxias e, nesse mesmo dia, o Bispo da Diocese, António Ferreira Gomes, retira-lhe o ofício canónico de pároco de Macieira da Lixa, para o qual havia sido nomeado pelo mesmo Bispo, em Setembro de 1969. Pároco e preso político, era uma situação institucionalmente anómala e incómoda que colidia com a manutenção da Concordata entre o Estado Português de Salazar e o Estado do Vaticano. Entre ter de sacrificar o Pároco ou a Concordata, o Bispo escolhe sacrificar o Pároco. A esta arbitrariedade do Poder, reage como um menino e faz-se jornalista profissional, no vespertino República (carteira n.º 492), também para, desse modo, poder ser Presbítero de graça (“dai de graça o que de graça recebestes”, diz Jesus). Hoje, já na realizada condição de Jornalista reformado, ainda edita e dirige o Jornal Fraternizar online. Assume-se como um Presbítero na Trincheira, sempre em Deserto e sem nada de seu. Desde 15 de Fevereiro de 2004, vive, numa casinha arrendada em Macieira da Lixa, a mesma freguesia do concelho de Felgueiras, onde foi Pároco, e que ele experimenta como um Lugar Teológico de Deus Outro, o de Jesus. E, onde, hoje, já se Levanta, e está à beira de ser concluído, o Barracão de Cultura, da Associação Cultural AS FORMIGAS DE MACIEIRA, da qual é um dos fundadores e ainda Presidente da AG. Faz questão de viver longe dos Templos e dos Altares. E recusa assumir-se como Sacerdote, função típica do Paganismo religioso e totalmente estranha a Jesus. É, simplesmente, Presbítero da Igreja do Porto. Sem nenhum Poder clerical e eclesiástico. Faz da Causa do Evangelho que anuncia, oportuna e inoportunamente, a sua Eucaristia permanente, a qual, muitas vezes, Acontece, como Sacramento, no decorrer de Comidas Compartilhadas e politicamente Conspirativas, que se sabe quando começam e não quando terminam, tão animados e acalorados são os debates que as acompanham, em torno das grandes questões da nossa actualidade. Tem dois sites pessoais na internet. Mais de 1.200 vídeos no youtube. Está no Facebook, com Mural pessoal. E tem dezenas de Livros publicados. Este, como referi, é o seu 37.º título, e o terceiro na Edium Editores.
Este Salmos versão século XXI livro 2, é, como o título indica, o segundo de uma série de 3, contendo a reescrita para os tempos modernos de cada conjunto de 50 salmos bíblicos. O primeiro desta série, o Livro 1, editado pela Campo das Letras, em 2007, reescreve o conjunto de Salmos 1 a 50; hoje, neste livro 2, reescreve-se o conjunto de Salmos 51 a 100. Em fase de conclusão, para posterior publicação, o último conjunto de 50 salmos 101 a 150 salmos (151, para a Igreja Ortodoxa), completando-se a trilogia.
Convém por ora introduzir alguma informação que contextualiza esta edição e, no seu poder, o pensamento do Padre Mário de Oliveira, bem como prestar informação sumária sobre os Salmos na versão original.
Livro bíblico escrito a partir de aproximadamente entre milénio e milénio e meio antes do nascimento de Jesus, em paralelo histórico com o êxodo dos israelitas do Egipto, até ao cativeiro babilónico, são de autoria atribuída, pelo menos 73 dos salmos, ao Rei David. Dos restantes, sendo que pelo menos 50 são anónimos, salienta-se Asafe, um dos principais músicos do Rei David. Não só por isso mas também por isso os salmos, fortemente vinculados à tradição oral, e associados à música e como tal para serem recitados, recitação em forma de leitura, e assim designados em hebraico pelo termo Tehillim, isto é, «cânticos de louvor», e, posteriormente nas traduções em grego psalmói, ou seja, «cânticos acompanhados ao som do saltério», como uma oração cantada e acompanhada com instrumentos musicais. Daí que da tradição quando um salmo é recitado sem canto, ou até individualmente ou em silêncio, a sua recitação terá de conservar um carácter musical.
Com as diferentes traduções, essa componente poético-musical foi-se perdendo, muitas versões de hoje em dia apresentam-se mesmo em prosa, contudo de realçar, que esta edição, versão século XXI ,do Padre Mário de Oliveira que, por razões óbvias, reescreve todo o texto, se apresente alinhado à esquerda e não justificado à direita.
Dito isto sobre o contexto histórico dos Salmos e sobre a versão no original, umas breves palavras sobre Salmos Século XXI, LIVRO 2. Basicamente e, como pano de fundo, partem do cenário e de uma perspectiva pós-Jesuânica e a sua Revolução Antropológica-Teológica. Como diz o autor, os Salmos da Bíblia, tais quais nos são institucionalmente apresentados, têm muito de anti-Jesus! Esta Versão Século XXI, uma das substantivas fontes da Espiritualidade Jesuânica, é a única que nos faz viver na História e assumir a História como se Deus não existisse!
Esta versão dos Salmos tira o véu Ideológico e Idolátrico com que o nosso Quotidiano nacional, Ocidental e Mundial anda habitualmente disfarçado. E apresenta um Sábio Modo histórico alternativo de Ser-Viver-Actuar-Pensar-Falar o nosso Quotidiano século XXI ,de modo a garantirmos ao nosso Hoje um Amanhã outro.
Controverso, corajoso como sempre, o Padre Mário, longe dos templos e dos altares, próprios do paganismo religioso, totalmente estranho a Jesus, pouco teme. Talvez apenas deixe transparecer um grande sofrimento, à mistura com a sua esfusiante Alegria – o sofrimento causado pelo ostracismo a que se vê, cada dia que passa, cada vez mais votado. Dizia-me ele, hoje de manhã, bem cedo, antes da sua caminhada matinal pela saúde:
Amigo Jorge. Sinto-me sem jeito, perante mais uma Sessão de lançamento. Pressinto que, por via deste menino (refere-se ao livro), vou ser ainda mais ostracizado. Preferia ser Odiado, a ser Ostracizado. Mas eles sabem que o Ódio é uma outra maneira de reconhecer a pessoa. Por isso, entre o Ódio e o Ostracismo, preferem votar-me ao Ostracismo. É Horrível. Mas é o Pão que me está reservado. O discípulo não é mais do que o Mestre, diz o próprio Mestre.
Amigo Mário. Saiba da fraternidade que nos une. E do respeito também. Enquanto puder, enquanto souber, ter-me-á junto nesta caminhada. Suportaremos o ódio, que benignamente preferimos. O ostracismo não! Deixe-me lembrar-lhe que ostracismo, expressão primeiramente utilizada pelos gregos como forma de punição política, tinha regras. O exílio era por 10 anos, mas os seus bens ficavam guardados na cidade, intocáveis até segunda prenunciação. Os seus, caro Mário, são, fisicamente, para já, os seus 37 livros, a obra do Barracão da Cultura, a sua coragem, determinação, perseverança e, sobretudo, o seu pensamento. E isso ficará guardado no coração de todos nós, fiéis depositários, para sempre, e com gratidão. Um abraço amigo.
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Na esfera do Poder, apenas uma saída nos é dada: Dia 5 de Junho, podemos escolher os nossos próximos Carrascos
Já vimos que a troika europeia e mundial fez tudo para salvar o Estado Português. Já do Povo Português, a troika não quis nem quer saber. O Poder Financeiro que enviou a troika europeia e financeira a Portugal só se entende com o Estado de cada país do Mundo. Não com o Povo de cada país do Mundo. O Povo é sempre excedentário para o Poder Financeiro. E para a sua troika. A receita da troika europeia e mundial visa salvar o Estado português. Mas, para isso, carece de Carrascos que apliquem a receita traçada por ela. Ela elaborou a receita. Cabe agora aos Partidos Políticos, da área do Poder Político, e aos Partidos Políticos candidatos a entrar nessa área do Poder Político, digladiar-se uns com os outros e uns contra os outros, até às eleições legislativas, em 5 de Junho, para ver qual deles ou quais deles são os mais preferidos dos eleitores portugueses, elas e eles, para assumirem o sujo papel de Carrascos, por conta da troika europeia e mundial. A troika decidiu e está decidido. Depois, foi-se embora, aparentemente, como entrou: de mãos limpas. Os seus peritos são assassinos de colarinho branco, de fato e gravata. Fisicamente, ainda jovens. Elegantes. Todos falam inglês, o do Império USA, a língua do Poder Financeiro. Aos candidatos a Carrascos do Povo Português também se lhes exige que falem inglês, o do Império USA. Tanto ou, até, melhor do que o português. E, do português, também se lhes exige que recorram a conceitos que o Povo Português desconhece, como da sua língua. Uma vez que o vocabulário do Povo Português é imposição do Poder Político, muito reduzido.
O Povo Português é dos Povos do Mundo um dos mais Impreparados para entender a linguagem do Poder Financeiro. Percebe tudo de Futebol dos Milhões. Mas nada ou quase nada de Finanças e de Economia. E de Política, também percebe muito pouco. Chega a confundir Política com Poder Político. E Poder Político com Política. Percebe tudo de Novelas brasileiras, mas nada ou quase nada de Cultura, de Poema, de Teatro, de Arte, de Dança, de Afectos. Percebe tudo de rezas, de devoções, de ritos, de procissões de velas, de promessas, de peregrinações a Fátima, mas nada ou quase nada de Teologia, a de Jesus. Diz-se católico, mas não sabe o que isso quer dizer. Por isso, se interrogado, responde, Sou católico como os meus pais e os meus avós. Já os seus pais e avós, quando novos, deram a mesma resposta. Ser católico e português é coisa de família, de sangue. Convicções, nenhumas. Tradições religiosas e outras pagãs, muitas. Fé maiêutica, a mesma de Jesus, nenhuma. Fanatismos religiosos, muitos.
Neste contexto populacional acultural e apolítico, a troika europeia e mundial é olhada como o messias, o salvador de Portugal. Nem sequer dá para ver que, dizer Portugal, é dizer Estado Português. As populações pensam que dizer Portugal é igual a dizer Povo Português. E não é. A nossa desgraça começa aqui. Até porque os dirigentes dos Partidos Políticos, tudo gente-bem, por isso, sem escrúpulos, uma vez que todos têm em mira a conquista do Poder, todo, ou, pelo menos, a fatia maior, sabem, como poucos, tirar proveito destas graves lacunas do Povo Português e conseguem fazer-se passar por salvadores, quando, na verdade, são os Carrascos da troika europeia e mundial.
Por isso, e uma vez que a única coisa que nos resta, no dia 5 de Junho, é escolher os nossos Carrascos, vale a pena sair de casa nesse dia, para ir às urnas? A minha resposta é SIM. Mas não para escolher os nossos Carrascos. Mas para dizermos, a uma só voz, nem que seja no próprio boletim de voto, que a Solução dos Problemas do Povo não passa pelo Poder e seus agentes históricos, mas pelo próprio Povo Organizado. Ou apostamos em nós próprios, como Povo, ou perdemos o Amanhã. E apostar em nós próprios, é deixar de apostar nos que ambicionam o Poder e, lá do alto, se nos apresentam como os messias ou os salvadores do Povo. Apostar em nós próprios, é tomar a decisão de Crescermos todos os dias de dentro para fora, como Povo, até nos tornarmos um Povo sábio, consciente, crítico, auto-crítico, e auto-organizado. Sem Estado, o maior Ladrão do Povo que o reconhece. Porque, lá, onde houver Estado, o Povo é sempre Infantilizado, Imbecilizado, Impreparado, Roubado. Incapaz de, alguma vez, assumir os seus destinos nas próprias mãos.
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Até dia 12 de Maio, muitas aldeias do Norte de Portugal vão desaguar a Fátima. Os directos das tvs na estrada dão uma mãozinha. E tudo quanto é IPSS, também. Os agentes históricos dos três Poderes aplaudem
Todos os anos é assim. Que a característica típica do Religioso é repetir-se. Primeiro, cria um Ritual e, depois, limita-se executá-lo, cada sexta-feira, ou cada sábado, ou cada domingo, conforme se é muçulmano, judeu, ou cristão católico romano, e cada mês, cada ano. Geração após geração. Nada mais Preguiçoso e causa de Preguiça, do que o Religioso. E nada mais anti-Cultura do que o Ritual. Só Acontece Cultura, no Acto de Criar. Nunca no Acto de Repetir. O Ritual é o Religioso, e o Religioso é o Ritual. Os dois-num-só são o que há de mais anti-Cultura. Mas também há Ritual fora do estritamente Religioso. Ou, dito com mais propriedade, também há Religioso fora do universo convencionalmente Religioso. O Religioso, sobretudo, no Século XXI, veste cada vez mais secular, laico. O Mercado é Religioso. As grandes superfícies do Mercado são as grandes catedrais do Consumo. E lá está fortemente presente o Ritual. Os grandes Estádios de Futebol dos Milhões são as catedrais das SADs do dito. E lá está fortemente presente o Ritual. Todo o Ritual é Religioso. Seja no Templo e no Santuário, seja no Mercado e no Estádio de Futebol dos Milhões. E, muitas vezes, os clientes são os mesmos, no Templo e no Santuário, no Mercado e nos Estádios de Futebol das SADs. Um denominador comum a todos: a lei do menor esforço, a preguiça, a rotina, sempre-os-mesmos-comportamentos. Até à borracheira. Até cair de Bêbedo e de Cansaço.
Chega Maio, e as populações das aldeias nortenhas do país – das outras, do resto do país, são ainda muito poucas – deixam as suas casas e terras e vão, em grupos cada vez mais organizados a pé para Fátima. Espera-as a imagem da Deusa. Cega. Surda. Muda. Imóvel. Sempre a mesma. Ano após ano. Não come. Não bebe. Não ri. Não chora. Não sente. Não adoece. Não fala. Não vê. Não ouve. Mas esse facto é que atrai aquelas populações que, do nascer ao morrer, são criminosamente impedidas de Crescer de dentro para fora. Concretamente, Crescer em Cultura, em Sabedoria, em Liberdade, em Maioridade, em Autonomia. E em Práticas Políticas Maiêuticas. São populações condenadas, por toda a vida, a ter um viver em tudo semelhantes ao não-viver da imagem da Deusa. Não vêem para lá do Manto Ideológico que lhes esconde a Realidade, inclusive, o seu próprio Quotidiano de dor e de penúria. Nunca chegam às Causas das situações que sofrem e nas quais nascem, crescem e morrem. Nascem cegas. Crescem cegas. Morrem cegas. Como aquele homem da Narrativa Parabólica Teológica do Evangelho de João, capítulo 9, conhecida como “O Cego de Nascença”.
A praxe de rumar a pé a Fátima, de tão repetida e de tão mediatizada, está em crescendo e cada vez mais profissionalizada. O Ritual impõe regras. E logo aparecem os intermediários. Parecem gratuitos e são comerciantes. Para muitos, é o seu s.miguel do ano. A Receita em euros é abundante. Os “peregrinos” cotizam-se durante todo o ano, para esta peregrinação decorrer em condições menos penosas. Tudo é atribuído à Deusa de Maio, mas na verdade, é do bolso dos peregrinos que sai para o bolso dos intermediários. O Peregrinar muitos é o Negociar de muitos outros. Os peregrinos são as vítimas. Os intermediários, os que lucram. O Turismo Religioso, como o do Futebol dos Milhões está em franco desenvolvimento. O que perfaz um Crime, a céu aberto e altamente mediatizado. Com o apoio da Polícia de trânsito do Estado e a cumplicidade do Ministério Público, também do Estado.
As populações, de tão cegas, de tão cultural e teologicamente impreparadas, sentem-se bem nesta Rotina, neste Ritual. É sempre a mesma coisa. Não têm de criar nada. Apenas meter pés a caminho e aguentar os 40 kms diários a pé. No final duma semana ou mais, os pés estão uma desgraça e o corpo está uma lástima. Mas, se lhes aparecer uma câmara de tv pela frente, logo põem o sorriso que o Ritual manda, e repetem o que o Ritual diz para eles repetirem. Todos os anos, a mesma coisa. E todos os anos, as tvs por lá andam, com repórteres que se prestam a toda esta baixeza, negação do Jornalismo de qualidade. Os três Poderes rejubilam. E apoiam. Mandam sair os repórteres para a estrada. E no dia 12 à noite e no dia 13 até final da manhã, transmitem tudo em directo.
Podiam repor a gravação de outros anos, que resultava na mesma. Porque apenas mudam os rostos do cardeal que preside ao Ritual, este sempre o mesmo. E os figurantes principais estão, de ano para ano, mais velhos. Tudo o mais é sempre mais do mesmo. E como as populações impedidas de Crescer de dentro para fora tanto apreciam. Porque, no universo do Ritual, elas são rainhas. Para sua Vergonha. Mas nem isso, elas vêem. E até exibem um ar de orgulho, como se protagonizassem um Feito digno de Memória eterna, quando é um feito digno de Vergonha eterna. Para as populações vítimas. E para os Poderes que as condenam a ser Populações peregrinas, rumo a santuários, os do Religioso sagrado, com destaque para o de Fátima; e os do Religioso secular e laico, com destaque para as grandes superfícies e os Estádios de Futebol dos Milhões.
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Edição n.º 38
Sexta-feira, 6 de Maio 2011
Finalmente, a troika falou, para dizer o óbvio. E agora, Povo português? O Cadafalso, a que ela nos condena? Ou, pelo contrário, o Deserto, rumo a uma Terra de Povos Livres e Autónomos, sem nenhuns Poderes, todos mentirosos e assassinos? Escolher é preciso!
A troika europeia e mundial abancou em Lisboa. Vasculhou tudo o que havia a vasculhar no País. Três semanas de intenso trabalho. Sem domingos nem feriados. Que o Ócio é inimigo do Negócio, o do Deus-Dinheiro. Já de Deus Criador, diz o livro bíblico do Génesis, num dos mais belos Poemas da Literatura Teológica da Humanidade, que, ao sétimo dia, descansa de toda a Obra realizada, durante os seis dias anteriores. Actividade Criadora e Ócio ou Descanso, são posturas próprias de Deus Criador de filhas, filhos à sua imagem e semelhança, Aquele Deus que nunca ninguém viu e que não recorre a Sacerdotes, nem a Poderes de nenhuma espécie. Trabalho = Tripalium = Escravatura e Negócio, são posturas próprias do Deus Descriador do Humano, o Poder Financeiro, ou o Dinheiro-como-senhor, assessorado por outros dois Poderes iguais a ele, o Poder Religioso e o Poder Político Armado.
Ao cabo de três semanas, vem a leitura da Sentença: O Cadafalso para o Povo português. Travestido de “Ajuda Financeira”, já se vê. Que o Poder Financeiro é assim. Ao Cadafalso, chama “Ajuda Financeira”. Ao Assassínio, no caso, ao Genocídio do Povo português, chama uma nova Oportunidade para Portugal. Não há que estranhar. Porque o Poder Financeiro é, juntamente com os outros dois que o assessoram, Mentiroso e Assassino. Mais do que isso. É o pai institucional da Mentira e do Assassínio. Quando Mente e Mata, faz o que lhe é próprio!
Os agentes históricos do Poder Político que integram o Estado português – são os inimigos do Povo português, mas fazem-se chamar Partidos Políticos, em luta pelo Poder! – andam eufóricos. Numa lufa-lufa. Sem descanso. Sem Ócio. Arrastaram o Estado para a banca rota e, agora, esfregam as mãos de satisfação, porque, em lugar de serem votados ao ostracismo pelo Povo português, vão ser eleitos, dia 5 de Junho 2011, pelo Povo português, para assumirem legitimamente o empolgante papel de Carrascos do Povo, em nome da troika. Cabe-lhes o feito histórico de levar o Povo português ao Cadafalso. E como eles andam eufóricos!... A troika reconhece-lhes competência para executarem a sua Sentença. E eles exultam de prazer sadomasoquista. Fingem-se de inimigos uns dos outros, mas são unha e carne.
Por siglas, dão pelos nomes de PS, PSD, CDS-PP. Os da primeira fila já se vê. Os da segunda fila dão pelas siglas de PCP-CDU e BE. Há outros candidatos que querem integrar a segunda fila, dita de Oposição, mas são obrigados a ter de correr por fora das tvs e das rádios do Poder Financeiro, agora, todas sob o controlo da troika europeia e mundial, e, provavelmente, nunca chegarão a assumir o ambicionado papel de bobos do Parlamento, em Lisboa, em toda esta Tragédia. Porque de Tragédia se trata. E o mais trágico é que as Populações não vêem. De tão distraídas que andam com o Futebol dos Milhões – duas SADs portuguesas em Dublin, na final da Taça da Liga Europa, é um “feito histórico” nunca visto! – e com a Deusa de Fátima que ataca especialmente em Maio, tudo isto da troika e do Cadafalso lhes passa ao lado. E, no dia 5 de Junho, como não há Futebol dos Milhões, lá vão ordeiramente votar numa das várias siglas à escolha no boletim de voto, ou em nenhuma. Ou simplesmente não vão votar. Com voto válido ou nulo, ou com abstenção, os Carrascos ficam legitimados nesse dia, para poderem levar o Povo português ao Cadafalso, que, por sua vez, não só não se Levanta, indignado, como até reza todos os domingos pelos seus Carrascos, para que Deus, o dos Sacerdotes, os abençoe e ajude neste serviço à troika europeia e mundial!
Desde 1143, o ano da fundação do Estado português, independente de Castela, que é assim. Durante séculos, os Carrascos n.º 1, eram os próprios clérigos. Ocupavam o vértice da Pirâmide. Acima dos reis e dos nobres. Na base da Pirâmide – o Cadafalso! – estava o Povo. Condenado a servos da gleba. A gleba ou terra arável era dos Bispos católicos residenciais e da casa ou família real, da qual provinham os reis, cada um com o seu cognome. Nem a República, de há cem anos, mudou substancialmente a situação. Apenas retirou aos Clérigos o protagonismo e, em seu lugar, colocou os agentes do Poder Político, o que há de mais escroque nas sociedades sob o domínio do Poder Financeiro, sempre Mentiroso e Assassino. Vestem de Estadista, mas só para disfarçarem os escroques políticos que são!
Cabe-nos, como Povo, fazer uma escolha. Ou aceitamos a Sentença da troika europeia e mundial e o Cadafalso, para o qual os Partidos Políticos nos arrastam, sempre com falinhas mansas, ou tomamos uma decisão histórica nunca antes tomada: Recusamos o Cadafalso e os agentes do Poder Político que já esfregam as mãos de satisfação sadomasoquista, e decidimos passar ao Deserto, rumo a uma Terra sem Poder Financeiro, nem nenhum dos seus assessores, o Poder Político Armado e o Poder Religioso. Uma Terra de Povos, progressivamente Livres e Autónomos, maieuticamente organizados. Escolher é preciso. O pior que podemos fazer é deixar correr, como se não fosse nada connosco. Escolhamos. O Deserto, obviamente.
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Aos 75 anos, o Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, volta a presidir à CEP. O Bispo do Porto, Manuel Clemente, é o vice-presidente da CEP. Como tal, fica, desde já, na calha para lhe suceder. Só na presidência da CEP, ou também no Patriarcado de Lisboa?! Aceitam-se apostas!
A CEP-Conferência Episcopal Portuguesa acaba de escolher o Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, como o seu novo presidente. Há um “senão” nesta eleição. O eleito (aceitou, de pronto!) conta já 75 anos, a idade em que tem de apresentar a sua resignação ao Papa de Roma, que manda nele e em todos os Bispos residenciais do Mundo católico. O acto tem, então, o seu quê de “desafio” a Roma. Mas só aparentemente. Em boa verdade, só revela que a CEP já sabe, de antemão, que o Papa de Roma está pelos ajustes e, em lugar de aceitar o pedido de resignação do Cardeal Patriarca, vai pedir-lhe que faça o “sacrifício” de prolongar o seu mandato à frente do Patriarcado de Lisboa, por mais 2 ou 3 anos. Caso a saúde do Cardeal não lhe “pregue” nenhuma partida. Entretanto, a CEP, controladíssima pelo Núncio Apostólico em Lisboa, pelo sim, pelo não, escolheu, por isso, para seu vice-presidente, o Bispo do Porto, Manuel Clemente que, provavelmente, também será o “sucessor” de José Policarpo no Patriarcado de Lisboa, até porque, antes de vir dar o seu contributo à Diocese do Porto, já foi Bispo Auxiliar do Patriarca. E o ambicionado título honorífico de Cardeal assenta-lhe como uma luva, na sua aparente simplicidade e humildade. O tempo dirá. Mas não deverá dizer outra coisa. Apesar de serem sete Bispos ao mesmo osso, ou cargo de Patriarca de Lisboa, logo depois, Cardeal e, quem sabe, futuro Papa de Roma, o preferido de Roma deverá ser o actual Bispo do Porto.
O Arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, sai, assim, de cena. Manifestamente, não tem craveira para o lugar de presidente da CEP. Mas os seus pares escolheram-no e confirmaram-no e ele não se fez rogado, que isto do Poder, quando bate à porta de um clérigo, dificilmente, encontra resistência da parte do indigitado. É o Tentador n.º 1 dos Seres Humanos. E quase sempre sai vencedor. O que se lhe rende, sempre encontra razões altamente “nobres”, para se justificar perante os demais. A revelar que está de má consciência, quando aceita. Sabe bem que, na peugada de Jesus, de quem, por vezes, ainda se lembra, deveria dizer, “Não te servirei!”. Mas o Poder é demasiado sedutor e o indigitado não tem como resistir-lhe. Renuncia à sua condição de Ser Humano, mas sobe à condição de divino, de cúpula, de vértice da Pirâmide. E, lá do alto da sua esterilidade, vê os Súbditos a seus pés e dá-se por satisfeito. Feliz, nunca é. Mas satisfeito. Para sua desgraça e de quantos o reconhecerem nessa função. E quase todos o reconhecem. A começar pelos próximos de sangue e de amizade. Falsa amizade, diga-se. Porque o verdadeiro amigo nunca engana. E dar os parabéns a quem desiste de ser Ser Humano, para se tornar Poder, é o que há de mais bajulador. Uma postura que o verdadeiro Amigo nunca assume. Pague o preço que tiver de pagar por isso.
Esta mudança na cúpula da CEP ocorre na mesma semana em que a troika europeia e mundial, em Lisboa (não em Fátima, como a CEP, que os que compõem a troika não vão, nunca foram, nunca irão, em Avé-s, Avé-s, Maria, só no Dinheiro, sempre em cifras de milhares e milhares de milhões) dita a sua Sentença. E, tal como se previa, condena o Povo português ao Cadafalso. A CEP, com seus bispos residenciais e eméritos, promete rezar pelo Povo português e convida-o a rezar, também, para que o Cadafalso lhe seja leve e a morte seja rápida, sem prolongar o seu sofrimento. O Cadafalso é para o Povo português, não é para a CEP, já que o Poder Religioso é um dos assessores do Poder Financeiro. Existe para cooperar religiosamente com ele e sempre sai recompensado. Por isso, os Bispos não anunciam, em sinal de solidariedade com o Povo condenado ao Cadafalso e em Protesto contra a troika, que deixam, a partir de agora, os seus Palácios, as suas cátedras e as catedrais, os báculos, as mitras, a cruz peitoral, o fausto das liturgias, a corte de acólitos e de diáconos. Nada disso. Puxam ainda mais pelos “galões”, diante do Povo Massacrado, Rastejante, Pagador de Promessas. Esperem para ver. Já no próximo 13 de Maio, em Fátima S.A.
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Edição n.º 37
Quinta-feira, 5 de Maio 2011
SALMO 66
(Pequenino extracto de Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, a apresentar sábado, 7 de Maio 2011, no CONTAGIARTE, R. Álvares Cabral, 372, Porto)
1 Cuidai da Terra, do Planeta Terra, ó seres humanos! Não cuideis de Deus! Um Deus que exige que cuidemos dele, só pode ser obra dos nossos medos e das nossas inúmeras limitações. Infeliz aquela, aquele, que passa a vida nos santuários, em redor de altares. Ou nos grandes e sumptuosos palácios do Poder Político e do Poder Económico-Financeiro, em redor do seu Ídolo.
2 Dizei aos seres humanos que cuidam do Planeta Terra, e promovem a Paz desarmada entre os Povos, São admiráveis as vossas obras! Essa vossa entrega maiêutica aos demais e ao Planeta Terra é a maior manifestação de Sabedoria; nessas vossas práticas maiêuticas e gratuitas, Deus Criador, nosso Abbá-Mãe, que nunca ninguém viu, é plenamente glorificado.
3 O Deus-Ídolo e os seus Sacerdotes religiosos e laicos (ateus e agnósticos) não gostarão de vós e hão-de fazer do vosso viver um inferno. Já gostariam muito de vós, se em vez dessas práticas maiêuticas, vós enveredásseis por práticas de Caridadezinha, com eles por trás, como os principais padrinhos / benfeitores.
4 Vinde, Povos da Terra, fazei também vossas, as obras daqueles seres humanos que, na maior das gratuidades, se entregam à Missão de abrir os olhos da mente aos Empobrecidos e aos Excluídos. É esta mesma Missão que Jesus assume por inteiro contra o Deus-Ídolo e a Idolatria e depressa acaba condenado pelos Sacerdotes e executado na Cruz do Império de turno.
Ao todo, são 19, os versículos deste Salmo 66. Ficam aqui partilhados os 4 primeiros. Como uma pequenina amostra. Tal como os dois anteriores Livros da trilogia, também este Livro é dedicado a todos os Bispos e a todos os Presbíteros da Igreja. Com esta particularidade:
E todos nós, Presbíteros e Bispos, indistintamente,
uma vez convertidos à mesma Fé de Jesus,
à mesma Sabedoria de Jesus
e à mesma Ruah / Espiritualidade de Jesus,
confirmemos, nessa mesma Fé, nessa mesma
Sabedoria e nessa mesma Ruah / Espiritualidade, todas
as outras nossas irmãs, todos os outros nossos irmãos
(cf. Lucas 22, 32)
O Livro, que pretende tornar-se no Livro de mesinha de cabeceira de cada uma, cada um de nós, inclusive daqueles Ateus que, todos os dias, no mais fundo de si, se experimentam a viver perante o Mistério, é, todo ele, denso e interpelador, da primeira à última página. Por vezes, profundamente perturbador. À medida que progredimos na sua Escuta, percebemo-lo como um Livro que nos abre para um tipo de Espiritualidade, a de Jesus, em total dessintonia com espiritualidade do Mercado Global e das suas Religiões / Igrejas cristãs, católica romana incluída.
Uma razão acrescida, para não faltarmos a esta Sessão de Apresentação e ouvirmos o que a Poeta portuense, MARIA MAMEDE, e o próprio Autor têm para nos dizer sobre o Livro. No final, aproveitemos e levemos connosco para casa, pelo menos, um exemplar. Como o Outro Pão-Nosso de cada dia!
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Fátima é indiscutivelmente a sede da Idolatria mais Absurda e mais Lucrativa em Portugal. Mas, especialmente em Maio, a Deusa ataca também as Populações mais Oprimidas das aldeias do País, com a conivência e o lucro financeiro dos Sacerdotes-Párocos e a cooperação de algumas devotas de tradição que não sabem nem o que fazem nem o que dizem
Também aqui, em Macieira da Lixa, onde vivo, desde 15 de Fevereiro de 2004, uma aldeia do Concelho de Felgueiras, a imagem da Deusa Virgem-e-Mãe dos mais primitivos cultos religiosos do tempo do Matriarcado (milhares de anos antes de Jesus nascer de Maria de Nazaré!), ataca todos os anos, especialmente em Maio. Logo no dia 1 de Maio, à noite, a imagem da Deusa andou por aí a aterrorizar as Populações que, a toda a pressa, saíram à estrada com sacos e sacos de plástico cheios de verdes e de flores cortadas dos jardins e dos beirais e espalharam tudo pelas bermas da estrada, antes que ela passasse. As casas que o não fizessem, poderiam vir a conhecer, no dizer das zelosas devotas, as represálias da Deusa, apesar da Deusa ser apenas uma imagem cega, surda e muda, confeccionada, a partir de um molde desenhado e fabricado por um artesão. Se cair ao chão, parte-se toda em cacos, se for de barro ou de louça. E, se for ao forno de lenha, fica em cinzas, se for de madeira. Mesmo assim as Populações vivem aterrorizadas com ela, nomeadamente, neste mês de Maio, quando ela mais ataca.
Exige delas a reza de Terços ou de Rosários (três terços de cada vez!), velinhas compradas no mercado para colocar no chão das bermas da estrada, ou nos beirais das janelas das casas, por onde a sua imagem vai passar. Não que a imagem da Deusa caminhe pelas estradas. Quem caminha são as Populações. A imagem da Deusa não caminha. Para além de cega, surda e muda, também não anda. Para poder atacar as Populações, é preciso que algumas pessoas das Populações se disponham a pegar nela em braços e a colocá-la num andor e, depois, ainda, a carregar o andor pelas estradas, enquanto as Populações rezam Ave-Maria cheia de graça, ou cantam, Ave, Ave Maria! Já foi assim em Maio do ano anterior e em Maio dos anos anteriores ao ano anterior.
Desde os primórdios da Humanidade, quando ainda o Matriarcado é que dirigia as tribos e as aldeias. Veio depois o patriarcado – o Poder nos três Poderes! – mas o culto da Deusa Virgem-e-Mãe está aí de pedra e cal, pelo menos, enquanto houver Populações Oprimidas e Tolhidas de Medo dela e de outras deusas e deuses, de santas e de santos, de diabos e de diabas, de almas penadas e de bruxas. E, é claro, também dos Sacerdotes-Párocos que a tudo presidem e levam para casa o dinheiro que os cultos da imagem da Deusa faz juntar e não costuma ser pouco. Que os Sacerdotes-Párocos têm cá um faro danado para o dinheiro, como o diabo por almas. O diabo leva as almas. Os Sacerdotes-Párocos arrecadam o dinheiro. Mesmo o dinheiro das Missas pelas almas, o diabo leva as almas e os Sacerdotes-Párocos que a elas presidem levam o dinheirinho, pois então. O povo que não seja parvo, dizem os Sacerdotes-Párocos uns para os outros, nos banquetes que fazem de vez em quando. Às Populações nunca dizem estas coisas, a não ser a alguns ajudantes leigos de confiança, que também metem a mão na bolsa do dinheiro arrecadado e desviam algum em seu próprio proveito!
Estragos. Muitos.
Especialmente em Maio, a Deusa ataca. E faz estragos. Muitos. De ano para ano, as Populações estão cada vez mais tolhidas, cada vez mais empobrecidas, cada vez mais infantilizadas, cada vez mais oprimidas. É de meter dó. Eu, que vivo aqui em Macieira da Lixa, nesta casinha arrendada e, felizmente, não tenho nada de Sacerdote, nem de Pároco, ainda que tenha tudo de Presbítero Ordenado da Igreja do Porto, não posso deixar de testemunhar o que me é dado ver. De ano para ano, as Populações estão cada vez mais tolhidas, cada vez mais empobrecidas, cada vez mais infantilizadas, cada vez mais oprimidas, em consequência de todas as iniciativas do Sacerdote-pároco residente. É uma dor de alma.
As Populações bem vêem que eu não vou nada nessas coisas; que me refiro à imagem da Deusa como “a boneca”, que se cair do andor fica toda em cacos. São, até, capazes de rir comigo, na ocasião em que eu mantenho com elas esta minha singela fala teológica (sim, chamar boneca à imagem da Deusa é uma humorística, mas também profunda afirmação teológica, na linha da Teologia de Jesus e, antes dele, dos profetas bíblicos), mas, depois, em Maio, quando a Deusa especialmente ataca, as Populações aí vão a correr enfeitar as bermas das estradas por onde a imagem dela vai passar. E, se não é propriamente da imagem da Deusa que têm medo, então é do Sacerdote-Pároco que, no infantil entender das Populações, tem poderes especiais, vive à parte e nunca se sabe se tem pactos com Deus e com o diabo, mas lá que tem poderes especiais tem. Basta ver que, quando, pela primeira vez, ele chega aqui à aldeia, ainda ninguém o conhece de lado nenhum e, logo nesse dia, já manda em tudo e faz tudo o que lhe apetece, pelo menos, no universo do Religioso e do Eclesiástico. E, como no infantil e assustado pensar das Populações mais oprimidas, é melhor estar sempre de bem com a Deusa e com o diabo e, sobretudo, com o Sacerdote que, ao que parece, tem poderes sobre a Deusa e sobre o diabo, as Populações tolhidas e teologicamente impreparadas, chegado o mês de Maio, lá multiplicam as ave-marias e os padres-nossos e as glórias-ao-pai-e-ao-filho-e-ao-espírito-santo e os ó-meu-jesus-perdoai-me-e-livai-me-do-fogo-do-inferno-e-levai-para-o-céu-as-alminhas-todas-do-purgatório-especialmente-as-mais-abandonadas!!!
Na década de setenta
Nos 3 primeiros anos da década de setenta, do Século XX, fui, por nomeação episcopal, o pároco de Macieira da Lixa. Já então o Pároco que eu institucionalmente era, teve de ceder o lugar ao Presbítero ordenado que eu sou, desde 5 de Agosto de 1962. O mesmo aconteceu com o Sacerdote que também teve de ceder o lugar ao Presbítero. E porquê? Porque em Igreja, a de Jesus, não há Sacerdotes. Nem Párocos! Evangelizar os Pobres e os Povos é a minha Missão em Igreja. E dela não abdico, mesmo quando o Institucional Eclesiástico, nesse então, me nomeia pároco de Macieira da Lixa. O pároco desaparece, quando o Presbítero entra em acção. O Templo paroquial deixa de ser casa de Deus, para ser a casa do Povo de Deus. O altar passa a ser mesa trazida da casa paroquial. As missas passam a ser todas de graça. As velas dão lugar à luz eléctrica. Os altares laterais deixam de existir, ainda que continuem lá, encostados às paredes. Mas sem toalhas, sem jarras de flores, sem caixas-de-esmolas, sem zeladoras-de-altar.Tudo passa a ser feito de graça. E o padre-presbítero é o companheiro das Populações, a começar pelas mais oprimidas e excluídas. Seis meses depois da minha presença em Macieira, chega o mês de Maio e, com ele, o ataque da Deusa. Naquele ano de 1970, enfrento a Deusa, como um menino. E, em vez do Terço, feito de cinco dezenas, fica apenas uma dezena. E todo o resto do tempo que dura o encontro com as Populações, é gasto a Evangelizar. Cada dia um tema, sempre a partir de Maria, a mãe carnal de Jesus, vista e reflectida como a ti Maria de Nazaré, em tudo semelhante à minha Mãe, jornaleira de profissão. No final do mês, os temas tratados cada dia dão um livro que vem a ser editado pela Afrontamento, com o título, Maria de Nazaré. Um pequeno Povo de Pobres reconhece-a como a sua Companheira de vida.
É Maria, a mãe de Jesus, contra a Deusa! A Pide começa, então, a frequentar estes encontros. Afinal, a Deusa já não conseguia atacar. As Populações começam a perceber, graças ao Evangelho anunciado, que o que então mais as ataca, é a Guerra Colonial em África, de onde eu, meses antes, tinha sido expulso como capelão militar, por a ter lá denunciado como um Crime. A Guerra Colonial e a Emigração, provocada pela Miséria Imerecida. Até aí, as Populações viviam cheias de medo da Guerra Colonial, concretamente, que os seus filhos morressem por lá. Confundiam esse seu medo com o medo da Deusa que as ataca especialmente em Maio. Felizmente, o Evangelho abre-lhes os olhos das suas mentes, e as Populações começam a entender que a Deusa é uma boneca de caco que fica em cacos, se cair nas pedras, e que a Guerra Colonial é que estava a atacar a sua casa e a casa dos demais, no país. Assim como a Emigração forçada e a salto.
A Pide é alertada e passa a frequentar os encontros de Maio, realizados ao final do dia, na casa do Povo de Deus. Dois meses depois, o padre-presbítero que anuncia o Evangelho, é preso pela Pide, em Caxias. Sem admissão de caução. Durante sete meses. Para ver se ele passa a ter medo da Deusa que ataca especialmente em Maio. Mas quem é que, já então, consegue que eu assimile semelhante mentira e a ensine às Populações, como Presbítero da Igreja do Porto, na função institucional-canónica de Pároco-Sacerdote, que eu nunca chego a assumir verdadeiramente?! Como comportar-me eu, como pároco-sacerdote, se sou simplesmente Presbítero Ordenado da Igreja do Porto, com a Missão de anunciar o Evangelho e não de alimentar o Medo da Deusa que ataca especialmente em Maio?
S. Roque, ou o Cão?
Na aldeia, havia também a festa do S. Roque. No verão, era o s. roque que atacava as Populações cheias de medo. Cotizavam-se todas para a festa da sua própria Opressão! Um Horror. Quando sou abordado por alguns, da anterior comissão de festas, peço-lhes que me digam quem é esse s. roque, que eu desconhecia de todo. Eles falam-me do que sempre ouviam o pregador contratado para pregar na missa da festa. Do relato que me fazem, eu tiro uma hilariante conclusão: pelo que me dizem – sublinho – só posso concluir que, a haver festa, ela tem de ser ao cão de s. roque e não ao s. roque, porque o cão é que cuidou de s. roque, não s. roque que cuidou do cão, muito menos das Populações. Todos rimos a bom rir e nunca mais se falou da festa!
Com a minha segunda prisão pela Pide, em 21 de Março de 1973, o Bispo aproveita o vazio criado na freguesia e retira-me, pela calada e sem qualquer decreto episcopal, a paróquia. Afinal, eu não era pároco-sacerdote. Apenas Presbítero da Igreja. E, desde então, é essa a minha condição, exactamente igual à que sou, desde o dia 5 de Agosto de 1962. Nem pároco, nem sacerdote. Presbítero, simplesmente, que é outra forma de dizer um ser humano a quem cabe a missão de ser o mais Maiêutico entre os Humanos! O que perfaz uma Missão eclesial de altíssimo risco, quando assumida a sério e com Alegria.
Nunca mais voltei a ser pároco. E, como Presbítero simplesmente, descubro que sou demasiado incómodo para o Poder Eclesiástico que me quer apenas funcionário eclesiástico. E demasiado incómodo, também, para as Populações oprimidas e empobrecidas, teologicamente impreparadas. Sem Liberdade e sem Autonomia, as Populações não dispensam poderosos Tutores que cuidem delas. Exigem Párocos-Sacerdotes. Como exigem Governos. Nascem no Medo, crescem no Medo e morrem no Medo. Um ser humano livre e autónomo, como eu, Presbítero da Igreja do Porto, despojado de todo o Poder, dá-lhes insegurança. E fogem para a Deusa que ataca especialmente em Maio.
O Sacerdote-Pároco que desiste de ser Presbítero e se torna comerciante do Religioso e do Deus do Religioso, tem de novo as Populações sob o seu domínio. Pode fazer delas gato-sapato, que elas tudo suportam. Refilam, nas costas dele, mas, na hora da verdade, chegam-se sempre à frente e abrem os cordões à bolsa, para que ele viva à grande e à abade. Aparentemente, ao serviço da Deusa que ataca especialmente em Maio. Na verdade, a servir-se da Deusa que ataca especialmente em Maio.
As Populações oprimidas e cheias de medo podem não ver a Mentira e a Marosca. Mas eu, Presbítero da Igreja do Porto, vejo. E sou, sem que o procure, entre as Populações e com elas, um pequenino Sinal de Contradição, na peugada de Jesus, o filho de Maria (a Deusa que ataca especialmente em Maio, é uma boneca de caco ou de madeira e não tem filhos, obviamente!), o Sinal de Contradição, por antonomásia, a quem os Sacerdotes da Idolatria, em Abril do ano 30, matam, na Cruz do Império e, com esse género de Morte, fazem dele o Maldito para sempre. Desde então, dão às Populações, para além da Deusa que ataca especialmente em Maio, um mítico Cristo davídico, o Poder dos Poderes! E com esta Deusa e este Deus, têm as Populações Subjugadas e Tolhidas, cheias de Medo da Liberdade e da Autonomia!
Macieira da Lixa, Lugar Teológico
Sem quaisquer encargos institucionais, fiz-me jornalista profissional, em Janeiro de 1975, até para poder continuar a ser Presbítero de graça. O jornalista está, desde o início da minha profissão, ao serviço do Presbítero que sou. É toda uma intervenção secular, como, de resto, é da natureza do próprio ministério presbiteral: “Dai de graça, o que de graça recebestes”, ordena Jesus. Não sugere ou aconselha. Ordena!
Depois de 1973, Macieira da Lixa conheceu um novo Pároco que, durante 10 anos, conseguiu prosseguir, ainda que de forma mais moderada, a pequena Revolução Teológica e Eclesial que aqui havia sido protagonizada por mim e que foi abruptamente interrompida pelo Bispo da Diocese. Mas acabou por pedir a sua resignação, depois de muita incompreensão sofrida. E Macieira da Lixa lá voltou de novo à Idolatria. E é nela que ainda hoje se encontra, como, de resto, praticamente, todas as aldeias e cidades do país, com párocos e bispos residenciais à frente da Igreja católica romana, ela própria fomentadora da Idolatria! É o que diz-revela um pequeno Canto-Poema, intitulado Macieira da Lixa, Lugar Teológico, que escutei-escrevi e que até canto no youtube. Deixo aqui o Texto, seguido do link de acesso ao vídeo. Eis:
1 Anos setenta, nas Terras da Lixa
O Deus de Jesus PASSA por Macieira
O Escândalo é tão grande
Como pela vez primeira
(E porquê, o Escândalo, perante a Boa Notícia que é o Deus de Jesus?! Porque Ele)
2 É o Deus dos Pobres contra a Pobreza
O Deus-Verdade contra a Idolatria
Não suporta a Mentira
Nem nenhuma Hierarquia
3 É o Deus-Vida contra o Sofrimento
O Deus-Justiça contra a Exploração
Não quer cultos, não quer missas
Quer Comidas-Comunhão
4 É o Deus-dos-Povos contra os Poderes
O Deus-Amor contra os Benfeitores
Não tem Templos, Sacerdotes
Quer-nos todos Criadores
5 É o Deus-do-Reino contra os Impérios
O Deus-da-Paz contra o Deus-dos-Senhores
Quer-nos todos Desarmados
Todas, todos Servidores
6 é o Deus-Abba contraa todas as Máfias
O Deus-Ternura contra os Tiranos
Quer-nos todos Companheiros
Bem Adultos, bem Humnanos
7 É o Deus-que-vive em cada um de nós
P’ra que cresçamos em Ser-Liberdade
Sem Messias, nem Tutores
Todos de Maioridade
(Porém,)
8 Os Sacerdotes da Religião
Cedo se uniram contra o Mensageiro
Mensageiro que com todos
É Menino, Companheiro
9 E Macieira, Lugar Teológico
Deste Deus-Outro, o Deus-de-Jesus
Lá voltou à Idolatria
Come a Treva, em vez da Luz!
10 Já o Mensageiro do Deus de Jesus
Prossegue a Luta contra a Idolatria
Denegrido p’los Poderes
Só irradia Alegria
Link: http://www.youtube.com/watch?v=RvLLvMsFBdk
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Edição n.º 36
Segunda-feira, 2 de Maio 2011
Império USA Mata, de forma premeditada e violenta, Bin Laden. Americanos dançam frente à Casa Branca. E os chefes da Europa, Papa incluído, acham bem e enviam felicitações. Viva o Cristianismo europeu e ocidental! Viva!
“Estímulo moral”, diz o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. “Avanço histórico”, diz, por sua vez, o ministro português da Defesa, Santos Silva. “Foi feita justiça”, diz o Prémio Nobel da Paz 2010 e presidente do Império USA, Obama. Ao mesmo tempo que garante: "Não nos deteremos na defesa dos nossos cidadãos e dos nossos aliados. Seremos fiéis aos nossos valores que fazem de nós o que somos. E é, em noite como esta, que podemos dizer às famílias que perderam entes queridos por causa do terrorismo da Al-Qaeda, que foi feita justiça". “Morreu um difusor do ódio”, sintetiza, em título, a Agência Ecclesia, a reacção oficial do Vaticano, em nome do Papa Bento XVI.
Leio e fico estarrecido. Porque a Morte premeditada e violenta de um ser humano é sempre a Morte premeditada e violenta de um ser humano. Seja, Bin Laden, o chefe da Al Qaeda, seja João Paulo I, Papa de Roma, seja Kennedy, presidente do Império USA, seja um vizinho nosso de ao pé da porta, que fora da sua Rua ou da sua aldeia, mais ninguém conhece. Um ser humano é sempre um ser humano. E, se é Crime matar ou mandar matar milhares de seres humanos, como faz Bin Laden com a sua organização Al Qaeda, como havemos de classificar a Morte premeditada e violenta do próprio Bin Laden?!
Para as mentes ilustradas do Ocidente e do Império USA, Bin Laden é um chefe terrorista que, em múltiplos atentados, mata milhares de seres humanos. Por isso, o seu assassínio, consumado na noite de 1 para 2 de Maio 2011 (fixemos esta data, porque ela pode muito bem ser o Começo de novas e planetárias Dores!), por tropas especiais de elite do Império USA, é um “estímulo moral”, um “avanço histórico”, um modo de “fazer justiça”, a morte de “um difusor do ódio”. São as mentes ilustradas do Ocidente que dizem assim. Ocidente, que, como é sabido, está formado / formatado pela Ideologia e pela Idolatria do Cristianismo davídico e romano, em nome do qual, também Jesus, o filho de Maria, é Morto na Cruz do Império Romano. Numa estranha e obscena maneira de dar glória a Deus, o do Judaísmo davídico e dos Sumos-Sacerdotes do Templo de Jerusalém. Mas tudo feito, conforme as regras litúrgicas e a Lei de Moisés. E tudo – são palavras do próprio sumo-sacerdote Caifás – para, com essa premeditada e violenta Morte, evitar que morra todo o Povo, no caso, o Povo Judeu!!!
Entretanto, o que dizem, por estes Conturbados dias, as mentes e as bocas dos Muçulmanos, seguidores de Alá e de Maomé, cujos mandam os seus súbditos e fiéis fazerem a guerra santa contra os infiéis – matarem de forma premeditada e com violência os não-muçulmanos – à cabeça dos quais está o próprio Império USA e o Ocidente, juntamente com os seus Povos que os aceitam e louvam os seus mais Horrendos Crimes?
Mas há mais pertinentes perguntas que não vejo ninguém formular, nesta Hora de Treva da Humanidade. Eis algumas. O que dizem os descendentes dos Povos africanos e latino-americanos que, há mais de 500 anos, foram invadidos pelos Europeus, numa mão, a Cruz, noutra mão, a Espada, e logo Massacrados, Roubados, Destruídos assim como todos os seus monumentos, todos os seus Valores Culturais, todos os seus Deuses, todos os seus Santuários; e, os sobreviventes, depois quase todos vendidos como Escravos? Esquecemos que o próprio Cristianismo é, hoje, a religião dominante na América Latina, e muito significativa nos Países de África, em consequência dos Genocídios que são as chamadas Descobertas e Conquistas de Quinhentos? O próprio Cristianismo, ao longo dos séculos, não mata milhares, milhões de seres humanos, nas Cruzadas? Não queima nas Fogueiras da Inquisição e nas Torturas milhares, milhões de seres humanos, e tudo para maior glória de Deus?
A Morte premeditada e violenta de Bin Laden, numa rápida operação surpresa da tropa de elite do Império USA, não se insere nestes genocídios cristãos, cometidos, através dos séculos? O Cristianismo não é, ele próprio, a religião que se impõe aos Povos do Mundo, mediante a Cruz e a Espada? Ainda hoje, não é assim que fazem os Missionários ocidentais, cristãos católicos e cristãos protestantes, quando são enviados pelas respectivas empresas missionárias? Escandalizo-Vos com estas palavras? Mas porque teimamos em não ver o que está aí bem à frente dos olhos?
Sim, eu sei. Agora, já não é de costume enviar os missionários europeus e ocidentais com a Cruz, numa mão e a metralhadora, na outra. Vai a Cruz, numa mão e a Bíblia, na outra mão. E vão também os dólares ou os euros para erguer escolas, igrejas, centros sanitários, farmácias, hospitais, centros de atendimento e de ajuda. As armas não vão junto. Nem é preciso. Basta dizer, à chegada, Sou missionário português, francês, italiano, alemão, espanhol, norte-americano, numa palavra, Sou europeu, ocidental, para que os Povos de destino pensem de imediato: Ah, sim, são os donos das Multinacionais, são os das fábricas de armas, são os ricos e os poderosos do Mundo, são os que têm as bombas nucleares, a mais sofisticada tecnologia, os maiores porta-aviões, os temíveis submarinos, os assassinos aviões da Nato e do Império USA. E isto basta. Produz ainda mais efeito demolidor e aterrador na consciência desses Povos, do que as próprias armas e as bombas.
Pois bem. A partir de agora, os missionários europeus e ocidentais, quando chegarem ao país de destino e se apresentarem, os Povos empobrecidos e espoliados pelo Ocidente pensarão também, Ah sim, são os que mataram Bin Laden, porque dispõem de tropas de elite, de forças militares especiais, de meios tecnológicos muito avançados que mais nenhum país do Mundo tem. Ao mesmo tempo, entre o assustado e o capacho, começam logo a olhar para as mãos dos missionários, para ver se, para lá da Cruz e da Bíblia, elas também levam euros ou dólares, escolas para as crianças, medicamentos, hospitais, centros sanitários, igrejas, centros sociais, ong’s.
Se levam, é garantido que, meia dúzia de anos depois, já uma grande percentagem desses Povos são cristãos e aprendem na catequese que matar de forma premeditada e violenta todos os que não são por nós, mas são contra nós, não só não é um Crime, como é, até, uma maneira de dar glória a Deus, esse Deus dos cristãos que, pelos vistos, nem o seu próprio filho poupa, só para, com a sua Morte Crucificada, poder satisfazer toda a sua sede de vingança, em consequência dos nossos pecados, não os pecados dos Europeus e dos Ocidentais, que os não têm, mas os pecados dos demais Povos do Mundo, mormente, enquanto eles se não fizerem cristãos como os do Ocidente e da Europa. Num viver de perene e “jubilosa” submissão ao Papa, que, já em vida, é Sua Santidade e, poucos meses ou poucos anos depois de morrer de velhice, já é Beato e Santo de altar! Como acaba de suceder com o Papa João Paulo II.
É preciso não ter vergonha na cara. E o Ocidente não tem vergonha na cara, porque o Cristianismo que o forma / formata, até a cara nos rouba. Faz dos Povos, lacaios, capachos de papas e de bispos residenciais, de párocos celibatários à força e de Pastores de igreja, amantes do Dinheiro ou autoritários, de missionários e de donos de multinacionais, todos armados até aos dentes.
Choremos. Porque, afinal, na noite de 1 para 2 de Maio 2011, na sequência de séculos e séculos de Terror(ismo) Institucional, conseguimos mostrar ao resto do Mundo que somos muito pior do que Bin Laden. Com a sua premeditada e violenta Morte, preparada ao milímetro pelo Império USA, mostramos ao resto do Mundo todo o Ódio que nos devora as entranhas. Porque só temos olhos e barriga para o Senhor Dinheiro, para os Privilégios, para o Poder Financeiro Global. Por isso, existimos só para Roubar, Matar e Destruir os Povos, mesmo quando, lhes enviamos madres teresas de calcutá. Sim, mesmo aí. E fazemo-lo, não ao calha, mas de forma premeditada. Violenta! E cada vez mais Científica! Choremos. Pelo Ocidente, que somos!
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Papa João Paulo II, já nos altares de Roma e da Polónia. E também nos altares dos demais países, onde os bispos residenciais assim o entenderem. O Hediondo Crime de Manipular e Enganar um milhão de pessoas e muitos outros milhões, via tvs de todo o Mundo, acaba de ser Consumado!
Tudo está Consumado. O Papa Bento XVI – nem toda a sua Teologia e muitos anos já vividos lhe valeram! – acaba de Consumar o Crime. O seu imediato predecessor na Cátedra infalível do Cristianismo de Pedro-e-Paulo, de Constantino e agora dele próprio, Papa Bento XVI, acaba de ser convertido por ele em um Ícone religioso, cientificamente programado para vir a render muitos milhares de milhões de euros, nos próximos anos. As tvs de todo o Mundo mostraram o Hediondo Crime de Manipulação das Multidões, em que o Vaticano acaba de dar provas de ser o perito dos peritos.
Tudo, nesta beatificação, é Inominável. Só mesmo um Deus, como o do Cristianismo, pode entrar nesta Manipulação e dar-lhe cobertura teológica. O Deus Criador de filhas, filhos em estado de Liberdade e de Autonomia, cuja glória é que vivamos na História como se Ele não existisse, não tem nada, absolutamente nada, a ver com esta Manipulação de Multidões.
Ao contrário do Deus do Cristianismo, Deus Criador, Abba-Mãe dos Povos, quer mulheres, homens crescidos de dentro para fora, cheios de Sabedoria e de Graça, dotados de consciência crítica, de olhos da mente bem abertos, activamente resistentes a todo o tipo de culto – todos os cultos são Idolatria! – Dádivas uns com os outros e uns para os outros, numa palavra, outros, Jesus.
O que este domingo, 1 de Maio, nos foi dado ver e ouvir, via tvs de todo o Mundo, a partir de Roma, é o Absurdo dos Absurdos, a Ignomínia das Ignomínias. E a Ignomínia maior, o Absurdo maior, ainda será o de toda a Comunicação Social, propriedade dos grandes Financeiros do Mundo, que passou todo o tempo a Intoxicar as Populações e os Povos, numa agressão à Inteligência Humana e ao Bom senso, que não há paralelo na História. Sem nenhum contraditório!
Até o olhar do retrato oficial do agora Ícone religioso, chamado beato papa joão paulo segundo, não consegue esconder, pelo contrário, revela como nenhum outro, tudo o que há, historicamente, de Cinismo e de rufia no papa que veio da Polónia, o país cristão católico da Europa mais Tenebroso, mais Clerical, mais Beato, mais de joelhos, mais Idólatra.
Atentem bem naquele olhar de maroto, de gozão, de adolescente crescido que acaba de pregar a maior partida ao Mundo, e o Mundo, em lugar de se ver ludibriado por ele, ainda sai a premiá-lo com pompa e circunstância. E premeia-o, obviamente, com o que tem de mais Perverso e de mais Obsceno, que é transformar o ser humano Wojtyla, manifestamente subdesenvolvido em consciência crítica, num Ícone religioso, com que, a partir de agora, ao ser adorado / idolatrado pelas Multidões manipuladas pelas Religiões e pelos Sacerdotes, vai ajudar a produzir milhões e milhões de outros subdesenvolvidos em consciência crítica!
Tudo está Consumado. Mais um pouco de tempo, e o Cristianismo polaco e romano do papa João Paulo II, todo anti-Concílio Vaticano II e todo anti-Jesus, o Caminho, a Verdade, a Vida, a Luz que brilha na Treva do Mundo, será o Cristianismo de toda a Igreja católica romana. Sem nada, literalmente nada, de Jesus. E tudo, mas mesmo tudo, de Idolatria. A dos Ícones religiosos, que, bem vistas as coisas, rima com a Idolatria do Dinheiro ou do Poder Financeiro. Choremos. Inconsoláveis!
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Edição n.º 35
Domingo, 1 de Maio 2011
Queremos resolver de vez o problema da dívida de Portugal? Invistamos todas as nossas capacidades e as nossas forças no Crescimento de dentro para fora do Povo Português, em Liberdade e em Autonomia, e o Estado Português auto-dissolve-se, por totalmente desnecessário
A troika europeia e mundial continua a dar cabo do Povo Português, para tentar salvar o Estado Português. Sempre o Institucional acima do Povo, dos Seres Humanos. Sempre o Povo para a instituição sagrada do Sábado Hebraico. Em lugar da instituição sagrada do Sábado para o Povo. Sempre os Seres Humanos para o Sábado. Em lugar do Sábado para os Seres Humanos. É de Jesus, que, até, a instituição sagrada do Sábado é para os Seres Humanos, não os Seres Humanos para a instituição sagrada do Sábado. Pois é, mas a verdade é que, pouco tempo depois de Jesus ter desassombradamente formulado este Imperativo Ético para todos os Povos do Mundo, é Morto na Cruz do Império, como o Maldito. A confirmar, de forma absoluta, que o Ser Humano que pronuncia semelhante Imperativo Ético não pode viver, nem sequer ver o seu Nome e a sua Memória presentes na História. Muito menos, pode o seu Actuar-Pensar-Falar ser Prosseguido na História. Os Sumos-Sacerdotes do Templo, seus concidadãos, são os primeiros a ditar a sentença, É réu de morte! E, em menos de três tempos, Jesus é Morto na Cruz do Império e o seu Nome e a sua Memória são apagados e rapidamente substituídos por um mítico Cristo davídico. Vai daí, em lugar do Institucional ser para os Seres Humanos e os Povos, ainda, hoje, Século XXI, os Seres Humanos e os Povos são para o Institucional. E como a presença, estes dias, em Lisboa, da troika europeia e mundial vem revelar, à saciedade, o Institucional do terceiro milénio é mais Armado do que nunca. Mais poderoso do que nunca. Mais omnipresente do que nunca. Mais omnisciente do que nunca. Perante semelhante Institucional nacional, europeu, mundial, não há lugar nem vez para os Seres Humanos e os Povos das nações. Só para o Institucional, em três Institucionais concretos e distintos, mas um só verdadeiro.
Jesus, o Crucificado em Abril do ano 30, em Jerusalém, continua aí substituído pelo mítico Cristo davídico. Tudo é do Institucional. Nada é dos Seres Humanos e dos Povos. Os Seres Humanos e os Povos, somos sistematicamente Roubados, Assassinados, Destruídos. Só o Institucional tem voz e vez. Dita as Leis. Decide quem tem direito a existir. E as suas Decisões são inapeláveis. Os Seres Humanos e os Povos têm de diminuir, de dia para dia, de ano para ano, por dentro, para que o Institucional cresça sobre eles. A influência de Jesus, do seu Actuar-Pensar-Falar, é hoje nenhuma. Só o Institucional é o Senhor. O mítico Cristo do Cristianismo dá-lhe toda a cobertura e toda a legitimidade. É o Mito dos mitos. Mas, à sua beira, os Seres Humanos e os Povos, somos menos do que zero! O Institucional cresce e nós, Seres Humanos e Povos, diminuímos. Neste Século XXI, somos menos do que zero. Porque o Institucional nunca foi tão omnipotente, omnipresente, omnisciente como Hoje. E tão Armado, nas suas omnipotência, omnipresença e omnisciência.
A prosseguir este caminho, os Seres Humanos e os Povos, somos uma espécie em vias de extinção. O planeta Terra pode continuar, mas sem nós. Somos ainda recentes. E já podemos desaparecer dele. Assassinados pelo Institucional. A troika europeia e mundial, por estes dias, em Lisboa, não deixa margens para dúvidas. Nenhuma preocupação pelos Seres Humanos e os Povos. Toda a preocupação pelo Institucional. No caso, o Estado Português, um dos múltiplos Estados da Europa, todos Unidos em torno do Euro, e um dos múltiplos Estados do resto do Mundo, todos Unidos em torno do Senhor Dinheiro, o Poder Financeiro Global.
Escolher é preciso. Mas só em Liberdade há capacidade de Escolher. Ou o Institucional, ou os Seres Humanos e os Povos. Ou o Poder Financeiro Global, ou os Seres Humanos e os Povos. O Imperativo Ético de Jesus é inequívoco: O Institucional para os Seres Humanos e os Povos. O Poder Financeiro para os Seres Humanos e os Povos. Todas as nossas capacidades, todas forças hão-se ser para fazer Crescer de dentro para fora os Seres Humanos e os Povos, em Liberdade e em Autonomia. De dia para dia. De ano para ano. Até que o Institucional, do qual faz parte o Estado de cada país, se auto-extinga, por totalmente desnecessário. A troika europeia e mundial está em Lisboa para impor o Obsceno, o Imoral, o Hediondo. Concretamente, fazer crescer o Institucional e sacrificar de vez os Seres Humanos e os Povos. E tudo isto, com a bênção do mítico Cristo davídico do Cristianismo e suas Igrejas cristãs todas! Que vai cada uma, cada um de nós fazer? Quem de nós está disposto a viver todos os dias em Deserto, apenas com o Essencial, sem nada de nada de Supérfluo, sem nada de nada do Mercado?!
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Beatificação é hoje, em Roma, com um milhão de fãs e muitos milhares de milhões de euros de lucro O polaco Wojtyla perde para sempre a sua condição de ser humano, para passar a ser apenas um Ícone religioso, representado numa imagem cega, surda, muda que faz tais as suas adoradoras, os seus adoradores. Um Assassínio de bradar à Terra!
Ninguém do Institucional Religioso católico no-lo diz. Nenhuma televisão e nenhuma rádio no-lo dizem. Simplesmente, porque nenhum deles existe para nos dizer a Verdade. Todos existem para nos Mentir, com o cândido ar de que nos estão a dizer-nos a Verdade. Nenhum Institucional diz a Verdade. Menos ainda, pratica a Verdade. Deixa de ser Institucional. Implode. Todo o Institucional existe para Mentir. E Roubar. E Matar. E Destruir. Para isso é projectado, concebido e instituído. O Institucional é o Senhor. Mas a verdade é que, 48 horas depois de umas 10 horas de emissão televisiva, em inúmeros canais, a levar ao Mundo o casamento da Plebeia com o Príncipe, realizado em Londres (o que de Hediondo e de Perverso Encobre toda esta Encenação Ideológica-Idolátrica da chamada família real inglesa?!), está aí agora, em todo o seu esplendor de Treva, outra Encenação Ideológica-Idolátrica, com várias horas de emissão, em múltiplos canais do Mundo, que dá pelo nome de Beatificação do Papa João Paulo II. O que de Hediondo e de Perverso também esta Encenação católica, da responsabilidade da Cúria Romana, com o Papa Bento XVI à cabeça, Encobre, nunca nos será dito, a nós, os Seres Humanos e Povos do Mundo. A começar pelos muitos milhares de milhões de euros de lucro que a Encenação garante ao Vaticano e à Igreja católica da Polónia.
Todos os Pecados por Omissão e por Acção do Papa João Paulo II, e todos os Crimes que os seus múltiplos anos de pontificado, grande parte dos quais passados a viajar pelos diversos Estados do Mundo, ficam para sempre “lavados” com esta Beatificação. Mas será que um milhão de pessoas, oriundas de todo o Mundo, também de Portugal, não vê nenhum desses Pecados, nem nenhum desses Crimes papais? Não! Não vê.
As massas humanas são cegas, como os seus Ídolos. São surdas, como os seus Ídolos. São mudas, como os seus Ídolos. São mortas, como os seus Ídolos. São coisas, como os seus Ídolos. As massas humanas não falam. Gritam o que o Institucional as faz gritar. “Santo, súbito”, por exemplo! Não ouvem. Ouvem o que o Institucional as faz ouvir. Não vêem. Vêem o que o Institucional as faz ver. As massas humanas são coisas. Não se movem a partir de dentro delas próprias. São simplesmente movidas pelo Institucional. O Institucional é o Senhor das massas humanas. As massas humanas, as vítimas do Institucional! Choram, quando o Institucional as põe a chorar. E mostram-se eufóricas, quando o Institucional as manda pôr-se eufóricas. As massas humanas não têm vida própria. São massas humanas, e está tudo dito. São uma criação do Institucional. A mais Hedionda criação do Institucional. Zero de olhos da mente abertos. Zero de consciência crítica. Zero de Liberdade. Zero de Autonomia. Zero de Presença Maiêutica.
Todos os audiovisuais e toda a tecnologia de comunicação-informação estão aí para transformar os Seres Humanos e os Povos em massas humanas. E para manter massas humanas. Todas as Religiões e Igrejas cristãs-com-o-seu-mítico-Cristo-davídico estão aí para transformar os Seres Humanos e os Povos, criação, na Evolução, de Deus Criador Abba-Mãe, em massas humanas. E para manter, através de overdoses de alienação – o casamento da Plebeia com o Príncipe e a Beatificação do Papa João Paulo II, em Roma fazem parte destas overdoses – massas humanas, cada vez em maior número e cada vez mais massas sem um pingo de consciência própria.
Em verdade, em verdade lhes digo: A partir de hoje, nada mais resta do ser humano polaco Wojtyla. A Beatificação e a próxima canonização – já há um novo “milagre” a provar a sua santidade! – matam definitivamente o ser humano polaco wojtyla, pelo menos, perante as massas humanas, sedentas e famintas de Ídolos que lhes Roubem Tudo, sobretudo, a Liberdade e a Autonomia, dimensões próprias de Seres Humanos e Povos, e absolutamente insuportáveis nas massas humanas. A prova é que reduzem o ser humano polaco Wojtyla a um Ícone religioso, um Fetiche, uma Coisa, com que o Institucional bem se governa, até financeiramente. Sem que, alguma vez, venham a ficar a descoberto, os muitos Pecados de Omissão e de Acção e os muitos Crimes do seu Pontificado. Choremos!
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“Páscoa: Cumpriu-se mais uma vez a tradição ancestral”, escreve na sua edição de 29 de Abril 2011, o Semanário de Felgueiras. Pena que o Semanário não revele quantos milhares de euros rendeu o Compasso a cada pároco, dono e senhor de várias paróquias do Concelho
O Semanário de Felgueiras nem se terá dado ao trabalho de investigar quantos milhares de euros rendeu o Compasso da Páscoa de calendário 2011, a cada pároco, nas diversas paróquias onde cada um deles é dono e senhor. Fazê-lo e divulgá-lo nas suas páginas, cria inevitáveis dificuldades e constrangimentos à empresa, sua proprietária. De resto, nem as populações sugadas pelos párocos católicos e pelos pastores de Igrejas ditas evangélicas valorizariam esse tipo de investigação e de denúncia. Por isso, o próprio Semanário de Felgueiras limita-se a cumprir, ele também, a tradição ancestral e dá a notícia sem notícia, rotineiramente ilustrada pela foto de uma das múltiplas cruzes que alguma leiga, algum leigo sem um pingo de consciência crítica, orgulhosamente carrega e leva, nesse dia, de porta em porta, e dá a beijar em cada casa. Em lugar das Populações das freguesias se juntarem todas para destruírem, por uma vez, toda a espécie de Cruzes, as religiosas e as laicas, nas quais o Institucional nos Crucifica e nos mantém Crucificados todos os dias de cada ano e por toda a vida, fazem questão de abrir a porta da sua casa à Cruz e ainda se ajoelham para a beijar, ao mesmo tempo, que vêem o envelope sobre a mesa desaparecer para a bolsa ou pasta de uma outra leiga, ou outro leigo, também sem um pingo de consciência crítica. Ao final do dia, ao jantar, é só despejar a saca ou a pasta e conferir quantos milhares de euros vão parar, no dia seguinte, à conta bancária do respectivo pároco.
Diz bem o Semanário de Felgueiras, “Cumpriu-se mais uma vez a tradição ancestral”. Só não se cumpre, ano após ano, o Evangelho de Jesus. Pior. Só não se cumpre historicamente Jesus. Muito menos a sua Revolução Antropológica-Teológica. Deste modo, a Tradição ancestral acaba Alta Traição Ancestral ao Evangelho, a Jesus, ao seu Projecto Político Maiêutico. Muita Páscoa de calendário. Muito compasso, porta a porta. Muitas cruzes a dar a beijar. E zero Evangelho. Zero Jesus. Pior. Em vez de Jesus, apenas o mítico Cristo davídico dos Cristianismo, também do Cristianismo católico romano. Um Pecado e um Crime sem perdão! Um ano após outro. Uma geração após outra. Sem que as Populações digam, Basta! Choremos.
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Padre Virgílio do Nascimento Antunes tem apenas 49 anos de idade. De reitor do Santuário de Fátima, directamente, a Bispo de Coimbra. Uma eleição, para tentar “ganhar” os jovens universitários que todos os anos invadem a cidade e já não querem saber da Igreja cristã para nada
O Núncio Apostólico, os olhos e os ouvidos do Papa Bento XVI, em Portugal, deve ter soprado ao seu patrão-chefe de Estado do Vaticano (não confundir com Bispo da Igreja de Roma!) o nome do até agora Reitor do Santuário de Fátima, sucessor do enigmático Padre Luciano Guerra, e manifestamente desajeitado na função de beatice a jorros, para a qual não tem pachorra, nem jeito. E o papa, que já o conhece pessoalmente (quando em Maio de 2010 vem a Fátima, já é ele o Reitor de serviço!), acolhe a sugestão e acaba de escolher o Padre Virgílio Antunes para Bispo de Coimbra. Quando este conta apenas 49 anos de idade.
É preciso reconquistar os milhares de jovens que, de todo o país, invadem, cada ano, a cidade de Coimbra, para frequentarem a Universidade. E nada melhor, terá pensado o Núncio, do que um Padre ainda na força dos anos. O eleito rejubila de prazer e de bajulação ao seu patrão, o infalível Papa Bento XVI. Di-lo, logo a abrir a mensagem que, desde o santuário de Fátima S. A., envia à sua Diocese de Coimbra (sublinhados JF): “Santo Padre Bento XVI acaba de me nomear bispo de Coimbra [não escreve, Igreja de Coimbra). A Sua Santidade o Papa asseguro a comunhão no ministério e a cooperação fiel em ordem à construção da Igreja de Jesus Cristo, de cuja unidade é o sinal visível, e peço que me confirme na fé católica e apostólica.” [não na mesma Fé de Jesus]
Como se vê, as palavras vão embrulhadas de bajulação. São de saudação e já destacam, mais abaixo, os jovens, como prioridade na sua acção episcopal. Mas, se continuar assim vestido de tanta bajulação ao seu patrão infalível, bem pode tirar o cavalinho da chuva, que os jovens universitários passam muito bem sem ele.
Em toda a mensagem, Jesus e a sua Missão de altíssimo risco ao serviço do Projecto Político Maiêutico de Deus Criador Abba-Mãe em prol da Humanidade, Concebido desde antes da Criação do Mundo, nunca são referidos. Tudo se reduz, como o esperado por Roma, ao mítico Jesus-Cristo davídico, primeiro, do Judaísmo, e, desde há dois mil anos, também do Cristianismo, o de Pedro-e-Tiago-e-Paulo. E do seu patrão, o Papa-Chefe-de-Estado-do-Vaticano. Ora, para esse “peditório”, os jovens universitários, há muito que já não dão nada. À excepção de uns quantos que, de tão beatos, nem lá vou nem faço minga. E, até, desmotivam por completo os seus companheiros, elas e eles, nos quais já mexe a Consciência crítica.
Padre Virgílio Antunes, meu irmão: Se queres ajudar a despertar a mesma Fé de Jesus, na Mente cordial dos jovens universitários, elas e eles, despe-te de toda esta bajulação idolátrica que atravessa esta tua primeira mensagem, como novo Bispo da Igreja de Coimbra. Sê de Jesus e da Igreja de Coimbra, antes de seres do Papa-chefe de estado do Vaticano e da Diocese de Leiria. Desiste dessa parva decisão, já anunciada por ti, de seres ordenado em Fátima S. A. Porque, de contrário, todo o teu Ministério de Bispo andará inquinado pelo Pecado da Idolatria fatimista. E tu serás a antítese de Jesus, em Coimbra! Perdoa-me esta ousadia de Presbítero-menino da Igreja do Porto.
Terça-feira, 28 de Junho 2011
O Silêncio é a alma do Negócio da troika Quem deve estar à beira de rebentar, por não poder falar, é o PauloPortasPP
Depois dos 11 ministros + 1, tomam hoje posse, os 35 – trinta-e-cinco, uma fartura! – secretários de Estado do Governo de maioria de direita, presidido por PauloPortas e PassosCoelho. Tudo com a bênção e a intromissão do Chefe do Estado português, AníbalCavaco, o mesmo que, nos anos em que é o primeiro-ministro do Governo do Estado português, contribui decisivamente para arrastar o Estado português à falência em que hoje se encontra, agora, com ex-primeiro-ministro a presidente, e já em segundo mandato. Somos mesmo masoquistas! Escolhemos sempre os que nos mentem e nos hipotecam ao Grande Capital. Só que, naquele então, os muitos milhões que entram todos os meses e durante muitos anos, são “oferecidos”, não emprestados como agora, e emprestados com juros elevadíssimos.
Tudo se passa, neste início de nova-velha governação, no maior dos secretismos. Pelo que os grandes meios de comunicação social, à falta dos mexericos do Poder Político, em que JoséSócrates e os seus ministros são, sem dúvida, o mais conseguido exemplo, com direito a figurarem no Livro dos recordes, andam manifestamente aos papéis. Não sabem como encher, todos os dias, folhas e folhas de papel, horas e horas de notícias. E têm de se virar para outros mexericos, mas esses não vendem nem fidelizam audiências. O mesmo se passa com os comentadores e cronistas de serviço.
Está visto que este Governo da troika europeia e mundial tem juramento de fidelidade e só faz o que os seus destacados fiscais troikianos disserem para fazer. Se eles lhe impõem silêncio, como, de resto, eles próprios praticam, aquando das negociações com o anterior GovernoPS, PauloPortas e PassosCoelho cumprem e entram mudos e saem calados. E, quando, de todo em todo, tiverem de abrir a boca, ou não dizem nada, ou dizem tão-somente o que a troika lhes diz para dizerem. Por isso, falam a ler um texto, previamente escrito e aprovado, ou dizem-no sem ler, mas depois de o terem decorado, como faz qualquer actor de teatro ou de novela que se preze. Porque é o que PauloPortas e PassosCoelho são, tal como, o presidente AníbalCavaco. Actores. Com perdão para os Actores de profissão, que não merecem tão rasteira concorrência, por parte do Poder Político de turno. Mas é o que a troika mais precisa: actores rasteiros que executem o que está escrito no programa.
Quem deve estar à beira de rebentar por não poder falar, é PauloPortas. Porque o forte dele é falar, falar, falar. Se não fala, rebenta. E, se rebenta, rebenta também com a maioria de Governo e, consequentemente, com o Governo. Só não rebenta com a troika. Porque a troika não rebenta com discursos, nem os metodicamente estudados do PauloPortas, nem sequer com os do JerónimoPCP e os do LouçãBE, ambos à beira de terem de entregar o leme partidário a outros, que são já muitos os candidatos ao mesmo ossoPoder Político.
A presente situação faz lembrar a do desgraçado tempo de Salazar, quando falar é proibido pela Censura e pela Pide. Nem o próprio Salazar escapa à regra, porque é ele a Censura e a Pide. E os exemplos mafiosos sempre começam pelos respectivos Padrinhos. A actual postura dos chefes máximos do Governo deixa no ar a ideia de que os ministros e secretários de Estado trabalham tanto, que nem têm tempo para falar. Poucas são as pessoas que concluem que os ministros e os secretários de Estado não falam, porque os fiscais da troika lhes proíbem falar. E eles são os reconhecidos e ungidos por ela, para realizarem o seu programa contra as Populações portuguesas e contra o País. Têm de tirar o Estado da falência, nem que seja à custa das Populações e do País.
Cabe, pois, às Populações decidir do seu próprio futuro. Mas como podem as Populações decidir o seu próprio futuro, se continuam a recusar Crescer de dentro para fora, em Liberdade e em Autonomia? Se preferem continuar a ler e a discutir acaloradamente algum dos três diários desportivos, ou os três ao mesmo tempo, ou a ver as novelas todas que as tvs lhes vendem como narcótico, e, nos intervalos, a peregrinar para os santuários com fama de milagreiros, como Fátima SA, Santa Rita de Cássia, SA, em Ermesinde, ou S. Bento da Porta-Aberta SA?
Desde a fundação da nacionalidade, que somos o “Portugal-dos-pequeninos”. Depois de quase mil anos, como Clero-Nobreza-e-Povo, será que ainda há em nós, Povo português, capacidade de Crescermos de dentro para fora? Esta é a Hora. Quando a troika pensa que tem o Povo e o País na mão, o Povo e o País que não são o Estado português, nem o Governo do Estado português têm, pois, nesta Hora, a sua Hora.
Não percamos a Oportunidade. Para tanto, temos de resistir, até, aos estafados apelos da CGTP e dos Partidos Políticos de Esquerda, a enchermos avenidas e praças com protestos, que só beneficiam os respectivos chefes sindicais e partidários. Em vez disso, mais do que estéril, ousemos apelar à nossa própria Inteligência cordial e à nossa Dignidade de Pessoas Humanas. E com uma e com outra, metamo-nos, esforçadamente, a Crescer de dentro para fora em Criatividade, em Cultura, em Práticas Económicas e Políticas outras, realizadas em Reciprocidade Maiêutica, até nos tornarmos Sujeitos dos nossos destinos e os verdadeiros Protagonistas da História. Então, até o Estado português Implodirá, por absolutamente desnecessário!
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Agora, já está decidido O Tribunal Penal Internacional (TPI) avança com um mandado de captura contra o presidente da Líbia, Muammar Kadafi, por crimes contra a Humanidade
Kadafi, o ditador da Líbia, já pode ser capturado a qualquer momento, por sentença do TPI. Com Kadafi, também o filho, Saif al-Islam, e o chefe dos serviços secretos líbios, Abdullah al-Senussi. O TPI decidiu, está decidido. Execute-se. Porém, a sentença do TPI é vesga. Só vê os crimes contra a Humanidade, cometidos por Kadafi, por um dos filhos e pelo chefe dos serviços secretos da Líbia. Não vê os crimes contra a Humanidade cometidos pelos exércitos da Nato que, há 4 meses, despejam milhares, milhões de bombas sobre território líbio, certamente, para, com eles, melhor garantir chorudos lucros às fábricas de produção de bombas que, sem guerras como esta, efectuadas em nome da Democracia, teriam de fechar portas e conceber projectos que promovam a vida e vida em abundância e de qualidade dos Povos, a começar pelos Povos Empobrecidos do Mundo. Tão pouco, o TPI vê os crimes contra a Humanidade dos comandos da Nato, nem do chefe dos serviços secretos do Império USA.
Tudo no Ocidente cristão é Hipocrisia, Mentira, Assassínio, Idolatria. Nem o TPI escapa ao controlo ideológico do Poder Financeiro Global. De acordo com essa Ideologia, os crimes cometidos por ordens do ditador Kadafi são crimes contra a Humanidade. Mas os crimes contra a Humanidade, cometidos por ordem das cúpulas da Nato e do Império USA, são meritórias acções em defesa da Democracia. Contra Kadafi, o TPI emite um mandado de captura. E contra a Nato? Silencia a Nato e os seus crimes. E, se, um dia, tiver de se pronunciar, dirá que, pelos seus objectivos crimes praticados em defesa da Democracia, a Nato merece o Nobel da Paz 2011. E, se a sua candidatura for apresentada, verão que a Academia Sueca assina por baixo. Ou assim, ou vê o seu monopólio ir pelos ares, em consequência de um ataque da Nato, realizado por engano. Como sucede com frequência na Líbia, no decurso destes quatro meses de sucessivos bombardeamentos.
Depois de Assan Hussein, no Iraque, segue-se agora, Kadafi, da Líbia. O Império USA com a sua Nato, nunca esteve tão perverso e tão assassino, tão genocida. Mas continua a ter as bênçãos e as orações do Papa de Roma e dos Bispos das dioceses. Porque os seus chefes máximos são ocidentais e têm raízes cristãs, como todo o Ocidente diz que tem. Não são muçulmanos, nem invocam Alá. Contudo, é por estas e por muitas outras como estas e, até, piores do que estas, que o Cristianismo do Século XXI está a mostrar a sua verdadeira face. E olhem que é Hedionda! Porventura, o que há de mais Hediondo à face da Terra.
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Jovem Cantor e Actor entre a vida e a morte. Como se explica que um carro que deveria estar no Stand de vendas, corra a alta velocidade na auto-estrada, conduzido por Angélico-sem-cinto-de-segurança?
Angélico é um jovem cantor e actor. Ainda a despontar. Desde o passado sábado, está entre a vida e a morte, ligado às máquinas, no Hospital de Santo António. O Hospital tem nome do santo com fama de milagreiro, mas é tudo mentira. Porque os milagres, se não forem os médicos e o pessoal da Saúde a realizá-los, quem está entre a vida e a morte, como Angélico, bem fica a ver navios. Um deus milagreiro é um deus imaginado e projectado pelas nossas carências e impotências, e rapidamente servido por um exército de sacerdotes e de pastores de Igreja, mercenários do Religioso, numa actividade com tudo de crime contra a Humanidade. Mas que não só fica impune, como ainda merece destacado lugar na Sociedade, com direito a tratamento de reverência, Vossa Reverência, Senhor Abade, Senhor Prior, Reverendo Pastor.
O carro em que Angélico viaja, na auto-estrada em direcção ao Porto, e que o próprio conduz, certamente, a alta velocidade, é novo e deveria estar no Stand de venda de automóveis. Não está. Vem a voar na auto-estrada, conduzido por Angélico, cantor e actor ainda a despontar, mas já com elevado número de fãs que, como rezam as crónicas diárias, também as tvs, não arredam pé das proximidades do Hospital. Como é que um carro novo, ainda por vender, que deveria estar no Stand de venda de carros, vem a voar na auto-estrada, sob a condução de Angélico, é assunto que ninguém parece querer abordar, pelo menos, por agora. E, no entanto, pode residir aí a causa principal do acidente que, se não tirar a vida a Angélico, deixará sem dúvida incuráveis lesões no seu ser mais profundo de jovem Cantor e Actor. Por isso, deveria ser trazido ao de cima, também por respeito à Verdade e por respeito ao próprio Angélico.
Para cúmulo, Angélico vem a conduzir sem o obrigatório cinto de segurança. Assim como outros dois dos três jovens que viajam-voam com ele na auto-estrada, num carro novo que deveria estar no Stand de vendas de carros.
Todos estes pormenores tecem uma Tragédia que um falso Pudor está a fazer tudo para tentar esconder, quando deveria revelar e proclamar sobre os telhados. Porque ninguém pode ficar impune, quando leva um jovem Cantor e Actor, mais outros três jovens a viajar num carro novo que, se teve de sair do Stand de vendas, só podia ser conduzido por alguém do Stand, devidamente credenciado para o fazer. Se tudo fosse feito como deveria, provavelmente, Angélico não estaria, desde sábado passado, entre a vida e a morte, no Hospital de Santo António, no Porto.
Pensemos todas, todos, nisto. Porque a vida de um ser humano é por demais preciosa, para ser tratada como a de Angélico e seus três companheiros de viagem o está a ser, por parte da comunicação social. Que é da Deontologia profissional dos Jornalistas? O Acidente vem pôr a nu toda esta Tragédia. E a Tragédia será ainda maior, se os responsáveis não responderem perante a Humanidade. Só por serem quem são.
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Edição n.º 52
Sexta-feira, 24 de Junho 2011
“Corpo de Deus” Um feriado nacional, sempre numa quinta-feira móvel de cada ano, que a Igreja católica continua a impor ao Estado laico e que o Estado laico infantilmente acata e executa contra a sua própria Constituição!
“A Deus, nunca ninguém o viu”, diz, logo, no Prólogo, o Evangelho das Comunidades (Clandestinas) de João. E “quem diz que ama a Deus, a quem não vê, e não ama o seu irmão, a quem vê, é mentiroso”, acrescentam as mesmas Comunidades de João, numa das suas Cartas Teológicas que, indevidamente, integram o chamado Novo Testamento da Bíblia Judeo-cristã. E, no entanto, a Igreja cristã católica romana, que, como institucional religioso-eclesiástico que é, não segue, muito menos, prossegue Jesus e a sua Revelação/Revolução Antropológica-Teológica, insiste em manter uma festa litúrgica anual, chamada “Corpo de Deus”, sempre a uma quinta-feira, móvel, fixada, ano a ano, em função da data em que “cai” a festa da Páscoa, que tão pouco tem alguma coisa a ver com Jesus, o filho de Maria, ainda que tenha tudo a ver com o Cristo ou Jesus-Cristo do Cristianismo. Para cúmulo, em Portugal, e por força da Concordata de 1940 (!!!), que, numa escandalosa incoerência de parte a parte, por parte da Igreja Católica Romana e por parte do Estado português, esta festa móvel é feriado nacional, por imposição do Estado, constitucionalmente, Laico. Tudo o que não deveria ser. Para dignidade do Estado Laico e da Igreja cristã católica romana que, entretanto, insiste em fazer memória de Jesus, quando, efectivamente, ela própria é a sua Negação e Traição, porque, na verdade só está interessada no mítico Cristo, ou Jesus-Cristo.
Depois, como se vê cada ano, a Festa do Corpo de Deus acaba reduzida a uma Missa, em tudo semelhante às outras inúmeras missas rezadas todos os dias do ano, e, ainda em maior número, todos os domingos do ano, à qual se acrescentam, nalgumas igrejas paroquiais, umas quantas horas de adoração da hóstia consagrada, e uma procissão pelas ruas, com destaque, para algumas ruas das cidades de Lisboa e do Porto, presididas, respectivamente, pelo cardeal patriarca e pelo Bispo portuense. O mais escandaloso é que a Procissão do Corpo de Deus redunda numa Ostentação de alfaias litúrgicas bordadas a ouro, de outros tempos que foram de Cristandade e que não há maneira de morrerem de vez, como deveria ter acontecido há muito, pelo menos, desde o encerramento do Concílio Vaticano II, em 1965. Dessa Ostentação, faz parte também Custódias de ouro e de pedras preciosas, dentre da quais é colocada uma pequena hóstia de farinha de trigo sem fermento, praticamente invisível aos olhos das Populações que ainda se juntam nas margens das ruas a ver aquele espectáculo etnográfico religioso-católico de mau gosto, certamente, atraídas pelo que ele tem de exótico e de esotérico. Algumas das pessoas são ainda capazes de se ajoelhar, à passagem do pálio, sob o qual vai o Bispo com a Custódia de ouro e a pequena hóstia de farinha de trigo sem fermento dentro, completamente “comida” pela Custódia de ouro. Pelo que o gesto de adoração das crédulas Populações, que significa o acto de ajoelhar, tanto pode ser ao ouro da Custódia, como ao Bispo que a carrega das suas mãos, como à hóstia de farinha de trigo sem fermento.
Pode parecer ironia teológica, isto que acaba de ser escrito, mas não é. É a realidade dos factos. Porque estas coisas acontecem no Século XXI, concretamente, em 2011, quando, o País está beira do colapso devido à situação institucional de falência do Estado que, para se levantar, tem as Populações cada vez mais cravadas na Cruz dos Impostos, a Cruz do Império Financeiro Global, materializado pela troika europeia e mundial, e cujo Governo recém-empossado, ontem, à mesma hora das procissões, está em Bruxelas a garantir ao Império Financeiro Global que crucificará na Cruz dele, as Populações, com a Crueldade que venha a ser necessária.
Num contexto sócio-político assim, que Impacto Subversivo e Conspirativo pode ter uma Festa do Corpo de Deus, com tais ingredientes? Para que Deus nos remete? De que Deus é esse Corpo? Quem disser que nos remete para Deus Criador que nunca ninguém viu, é mentiroso. Como é mentiroso quem sai para as ruas das cidades com esta Ostentação toda, e diz que a hóstia de farinha de trigo sem fermento, prisioneira no interior duma Custódia de ouro, transportada pelo Bispo duma Igreja todo-poderosa, é o Corpo de Deus. Porque quem diz que ama a Deus a quem não vê e não ama os irmãos crucificados pelo Poder Financeiro Global, a quem vê, é mentiroso.
A esta luz, percebe-se bem melhor porque é que o Estado português, apesar de constitucionalmente Laico, está tão empenhado em manter esta festa litúrgica da Igreja cristã católica romana, feriado nacional. Duma só cajadada, mata dois coelhos: Crucifica as Populações na Cruz dos Impostos e do Desemprego e da Miséria Imerecida, e ainda tem do seu lado a hierarquia mais graúda da Igreja Católica no País, sempre disponível para anestesiar e desmobilizar politicamente as Populações Crucificadas. Decididamente, para a hierarquia mais graúda e mais miúda, da Igreja cristã católica romana, o Corpo de Deus, de Deus Criador que nunca ninguém viu, não são os corpos das Populações Crucificadas pelo Poder Financeiro Global, mas as hóstias de farinha de trigo sem fermento, vendidas em cada missa, e toda aquela Ostentação que as Procissões do Corpo de Deus trazem para as ruas das principais cidades do País. Um despudor com dimensões de Crime sem perdão!
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O convite chega-me, quase sobre a data, proveniente de Amarante, aqui tão perto de Macieira da Lixa, e eu acabo por aceitar e avanço, disposto a participar na anunciada Tertúlia anti-Sexismo E a imprevisível e completamente anarca Carla que está à frente do Evento, consegue proporcionar-me um pedaço de noite, dentro de um pequeno Bar, que é um Sacramento de Deus Criador, único e irrepetível, de todo inesquecível!
É véspera do feriado do Corpo de Deus. Depois do jantar. Pela noite dentro. Tem hora de começar. Não de acabar. Hesito entre ir, ou ficar. Um Impulso que vem de dentro de mim, levanta-me eu avanço para Amarante, à procura do Bar, onde o Convite enviado pela Carla, ainda jovem, mas já sem nada desses jovens-adolescentes, garante que, depois da música de quase rebentar os tímpanos a qualquer pessoa, há uma Tertúlia, com a participação de vários convidados, um dos quais sou eu. E, pouco depois das 9h30 lá apareço eu, saco a tiracolo, calça de ganga, sapatilhas e boné na cabeça, com que habitualmente me saio à rua. O vestir deve revelar a alma / Identidade da pessoa, nunca escondê-la ou disfarçá-la de outra coisa. O Poder que tem Horror às pessoas, simplesmente pessoas, àquelas pessoas que, demencialmente, aceitam servi-lo e dar-lhe visibilidade e eficácia na História (são todas criminosas, que não se reconhecem, mas criminosas todas!) impõe-lhes vestes que as matam como pessoas e as apresentam como Poder. Por isso, temidas, reverenciadas, adoradas pelas Populações Subjugadas, Oprimidas, Sugadas por ele, mediante essas pessoas que deixam de o ser, quando se fazem agentes históricos dele.
O Bar, que àquela hora, conto encontrar cheio a abarrotar, tem lá dentro música altíssima e cheia de ritmo acelerado e ruidoso, vozes roucas e gritadas, que saem dumas colunas de um leitor de CDs. Carla, de costas para a porta de entrada e de frente para o aparelho que nos grita toda aquela música, tem uns auriculares que a impedem de ouvir a chegada de alguém. Berro-lhe e toco-lhe no ombro, para que dê pela minha chegada. Ela arranca os auriculares e lança-se ao meu pescoço num abraço do tamanho do Universo ainda em expansão. Toda ela é Dança, Ritmo, Vibração, Fogo, Luz, Estrelas. Atira-me uma folha A4 cheia de umas quantas razões impressas num computador, a justificar o facto dela ser, ter de ser, Feminista militante. De seguida, apresenta-me, aos gritos, para se fazer ouvir sobre a música que continua a sua Dança, à gerente do Bar e à sua colega de balcão e a um único homem que se encontra sentado ao fundo do pequeno Bar, É o Padre Mário da Lixa que vem participar na Tertúlia. E volta a colocar os auriculares e prossegue, imparável, como o Cosmos, a sua Dança, noite dentro.
Num primeiro momento, fico quase paralisado com o Inesperado da situação. Coisa de segundos. E logo me solto e coloco, inteiro, à Escuta do que me está a ser dito / gritado neste Bar, situado em lugar escuso, de acesso um pouco difícil e, pelos vistos, muito pouco frequentado. Fico a saber, ali, que correm bocas em Amarante que o Bar, em risco de ter de fechar portas, é de Lésbicas e outras coisas politicamente feias, por isso, a olhos como os meus, todas saudáveis, pela que têm de Sinal de Contradição, tão necessário nestes tempos de Cinzentismo Social. E, estranhamente, começo a sentir-me em casa. Afinal, o Cosmos que somos em nível pensante e dizente, infelizmente, ainda mais Animais Racionais do que Seres Humanos, ao jeito e à medida de Jesus, o filho de Maria, é assim como este Bar onde acabo de ser Acolhido pela Carla que, sempre a dançar, se dependura no meu pescoço, num abraço de boas-vindas, olhos de Fogo nos meus, corpo franzino e sem quaisquer disfarces.
Vou para uma Tertúlia e encontro esta Realidade que ultrapassa de longe tudo o que a Tertúlia poderia dizer sobre posturas existenciais e sociais ainda com muito de Discriminação Sexual, depois de tantos Séculos de Machismo Patriarcal, os piores dos quais são precisamente estes últimos 20 Séculos de Cristianismo / Constantinismo. Acabo, depois de uma breve conversa com a gerente do Bar e sua companheira de Balcão, por ir sentar-me na mesa onde já se encontra um Homem, como o único Utente. A Música, nas alturas, impede praticamente qualquer conversa que, para acontecer, teria de ser gritada. Convida por isso à Escuta, à Interioridade. E é à Escuta, no meu mais íntimo, que me sento junto a uma mesinha baixa do Bar. Como um menino surpreso, que vê o Cosmos pela primeira vez, dentro daquele Bar, com a Carla, ela só, a fazer a Festa. Melhor, a ser Festa Viva, Corpo que mais parece Imaterial, de tão Movimento dançante que é. Carla é Palavra. É Mulher. É Feminilidade. A Visibilidade da Realidade mais real que nunca ninguém viu. A Visibilidade da Ruah de Deus Criador Abba-Mãe.
Bastante depois de mim, entra um casal. Pelo aspecto jovem, certamente, Casal de Namorados. Noivos, confessam, depois, quando a Conversa, a custo, acontece entre nós. Em curtos momentos que a gerente do Bar consegue que Carla diminua um pouco mais os decibéis que até um surdo teria de ouvir, de tão altos e agudos. Mas mais do Conversar, concluo que o importante mesmo, é Escutar. E Escutar é possível porque, estranhamente, estes Ruídos que Carla compartilha no Bar, não são do Mercado. Não são do Poder. Não são do Machismo. São uma das múltiplas Expressões sensoriais do Cosmos, do Universo ainda em Expansão. São o Planeta Terra a dançar-rodopiar sobre si próprio e à volta do Sol, ininterruptamente, sem que demos por nada, distraídos e alienados que vivemos, por força dos Ruídos do Mercado que nos quer reduzidos a meros Consumidores, pior, a meras Mercadorias.
Concluo, por fim, que a Tertúlia já está acabada, depois que o Casal de Noivos paga a reduzida despesa que faz e sai, seguido pouco depois, do Homem que encontro à chegada. Resto eu e a Carla, sempre Dança e Movimento, grito Musical em uníssono com os diversos vocalistas de cada Banda. Preparo-me para me despedir da Gerente e sua Colega de Balcão e, finalmente, da Carla. E eis que chega, atrasadíssimo, horas, um dos Convidados para a Tertúlia, quando, afinal, já está tudo a terminar. Mas já não termina. Carla, sempre em Dança, vem fazer as apresentações e estabelece-se ali ao Balcão uma pequena mas fecunda Tertúlia, agora feita também de Palavras. Carla lá consegue pôr a música um bocadinho mais baixa e associa-se à Conversa.
Fico a saber que o Convidado é gestor de Sex-Shop e, para espanto dele, logo lhe dou o meu abraço, ao mesmo tempo, que confesso que nunca entrei num espaço desses, mas que sei bem do que se trata. Rio-me a bom rir com ele, para surpresa dele e da Gerente do Bar, porque não esperam tais palavras de bênção de um Presbítero da Igreja, deformados que andam pelo Cristianismo que transmuta os Presbíteros em Sacerdotes, seres amorfos e assexuados, nem frios nem quentes, funcionários de altar, sem Afectos e sem Projectos que valham a Entrega Alegre e Incondicional de alguém, à sua Realização, não como auto-castração-imolação, mas como Plenitude de Realização Pessoal.
É então que tenho oportunidade de dizer à Carla: o teu Feminismo, minha querida Amiga, pode tornar-se anti-Feminino. E, quando tu vais aos arames, como acabas de confessar, quando certos homens te dirigem piropos na rua, isso só se explica por te assumires como Feminista, quando todos nós, Seres Humanos, Mulheres e homens por igual, devemos ser inteiramente Femininos. Nem Feministas, nem Machistas. Femininos, simplesmente e cada vez mais e mais. Porque só o Feminino nos faz Humanos! Carla Acolhe-me, inteira, e pondera nas Palavras que acaba de Escutar pela primeira vez. De Feminista, passará a Feminina, capaz, por isso, de Conversar com dignidade, até com Homens que, inconvenientemente, lhe dirijam piropos escusados e lesivos, na rua. E essa Conversa irá mudá-los de Machistas em Femininos.
Ao gerente de Sex Shop, digo que aprecio a sua actividade, embora, pessoalmente, não entre nunca por aí. Mas que, nem por isso, deixo de reconhecer que o Viver Humano tem sempre a componente do Prazer, como um das suas traves-mestras e que tudo o que ajude nesse sentido é, por isso, bem-vindo. Abraço-o, de novo, agora, com mais intensidade. Abraço também a gerente do Bar e sua Companheira de Balcão. E à Carla digo-lhe a concluir, na língua que ela melhor entende a mensagem Boa Notícia que, como Presbítero da Igreja do Porto me cabe anunciar, Gosto ainda mais de ti, depois desta Noite. Fico teu fã. Acabo de descobrir que tu, sozinha, enches um Bar. És Dança. És Música. És Festa. És Universo-em-movimento. És Mulher. Por isso, as, os jovens e adultos que não dispensam o Mercado, como tu, felizmente, já o dispensas e, até, combates politicamente, não fazem caso dos teus Convites nem das tuas Iniciativas. Tão pouco enchem os espaços onde tu te dás gratuitamente. Banais que ainda são. E Bendita que já és, Carla, minha irmã!
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Um feriado todo feito Missão. O Convite vem de um Casal já conhecido e amigo de Braga, e eu vou com ele até às redondezas de Viana do Castelo a casa de uma Família que só conheço à chegada. Maria Laura, também convidada, segue comigo no Renault-clio, de 850 euros, todo ao serviço da Missão
Para Maria Laura, é um daqueles dias que ela nunca mais esquece. Ela tem um jeito de praticar a Missão presbiteral, apesar de não ser Presbítera ordenada, que encanta o mais indiferente e insensível. Lá onde chega, a Missão sempre chega com ela. E só não Acontece de forma visível e frutuosa, se as pessoas a não Acolhem por inteiro. O que chega a ser frequente, sobretudo, entre pessoas que a conhecem há anos e nunca tomam a sério o seu Carisma de Mulher-Presbítera chamada à Missão. Posso ir junto, como acontece desta vez, mas a Missão que ela maieuticamente realiza, mesmo com a minha presença no meo ambiente, leva sempre a sua indelével marca pessoal, particularmente em momentos que se proporcionam só com ela e uma parte das pessoas que a procuram, atraídas pelo seu Olhar e o seu Estar Maiêuticos. O que muito me alegra e deixa em Eucaristia.
O Casal de Viana vive numa casa lá num alto, rodeada de montes e de árvores, com características de Campo de Campismo que, pelos vistos, já lá tem sucedido muitas vezes e com muitas pessoas, com destaque para jovens, elas e eles. Nas proximidades do Casal, vivem, independentes, as suas duas filhas, já casadas e com uma filhinha cada uma. Com o Casal, e sempre no mesmo terreno densamente arborizado e povoado, vive um Amigo de longa data do Homem do Casal e, hoje, Amigo do Casal que come com ele à mesma Mesa e assume, por livre iniciativa, algumas tarefas comuns. Junto da Casa, há um forno de cozer Pão, aquecido a lenha. E, para este nosso primeiro Encontro, a Mulher do Casal amassa o Pão que vai ao forno e é acompanhado pelo Amigo do Casal. No mesmo terreno e em redor da casa, vivem também alguns cães instalados em esmeradas condições de dignidade canina. E há também um pequeno redil de cabras, com saída para o monte, aonde elas, sempre que o instinto lhes diz para irem, vão pastar, sozinhas, e depois regressam. Tudo muito limpo e esmerado, como a Vida requer, em todas as suas manifestações. O Cuidar da Terra, das árvores, dos animais é a nós, Seres Humanos, que está confiado. E quanto mais Cuidamos da vida em todas as suas manifestações, melhor é qualidade da nossa própria.
O meu Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, já me precede nesta deslocação. O Casal de Braga, em tempo oportuno, fá-lo chegar lá. E o facto terá contribuído para apressar este nosso encontro ao vivo. A marcar o dia, o Almoço Compartilhado, presidido pelo Casal, com tudo de Eucaristia, nos antípodas das missas dos templos e dos santuários, puro ritual que não alimenta a vida, pelo contrário, nos rouba a vida e a dignidade. E que deixa cada vez mais distantes uns dos outros, os seres humanos que ainda frequentam esse ritual sem sentido. É uma Comida Substantiva que alimenta todas as nossas dimensões do Ser. Também o Corpo. E nos faz Corpos que vivem a realizar na História o Projecto de Deus Criador Abba-Mãe, que nunca ninguém viu e que é Concebido por Ele ainda antes da Criação do Mundo. Diz, por isso, inteiramente com o dia feriado, em que está a decorrer, mas já na fecunda e maiêutica dimensão de Jesus, não ainda na estéril e alienadora dimensão do mítico Cristo davídico das Igrejas cristãs.
A Comida Compartilhada prolonga-se pela tarde adiante, já fora da Mesa, mas dentro do espaço densamente arborizado que circunda a casa. E é então que me é dado Escutar, pela primeira vez, e a Maria Laura, o Nascimento deste Casal Incomum e tão espantosamente Acolhedor e Doado. Tudo começa, há já quase 40 anos, com um Rapto planeado entre ela e ele (ele, uns 4 ou 5 anos mais velho que ela). A Fuga previamente combinada, deixa inconformados os Pais dela, ainda menor, porque, nesse então, a maioridade só se dá aos 21 anos. Acabam encontrados mais tarde e levados para as respectivas casas, mas, tempos depois, voltam ambos a fugir e, desta vez, só são encontrados, quando já casados, se deixam encontrar, sem que nenhum Poder os possa separar mais.
É belo de mais todo este Romance-Evangelho ainda por escrever, que ultrapassa tudo o que a Literatura possa dizer. A Emoção, no Relatar do Homem do Casal e logo corroborado pela Mulher do mesmo Casal, é ainda como no primeiro dia em que está a acontecer ao vivo. O Amor, assim puro e genuíno, sem nada de seu, nem sequer a presença dos pais dela e dele, no Instante de ser Registado e Assinado, é a grande expressão de Deus Criador, o Amor-gerador-de-Amor. É o Grande Sacramento que o Rito Matrimonial das Igrejas cristãs apunhala, quando, institucionalmente, pretende significar. E apunhala, porque é tudo faz-de-conta. É tudo Vaidade e Ostentação, uma Afronta aos Empobrecidos da Terra e à própria Terra, Oprimida que ela se encontra pelo Poder Financeiro Global, seu dono e senhor absoluto e tirânico.
Tudo é Eloquente nesta Casa-Sacramento do Amor Criador. Até a Mãe da mulher do Casal, já à beira dos 90 anos, acamada, corpo leve, de já tão reduzido ao Essencial, é, em todo este Espaço de Vida, a Grande Presença do Invisível. Na sua aparente Inactividade, ela é o Coração da Casa. Por isso, tudo nesta Casa e no chão envolvente, é Justo, tudo é belo, tudo é Vida, tudo é Reciprocidade Maiêutica, tudo é permanente Dar-e-Receber. De graça.
À despedida, já fora do portão de entrada, a Emoção sobe ao rubro. Às lágrimas. Maria Laura lá se atrasa propositadamente, para um rápido encontro a sós com uma das filhas do Casal. Um encontro em que ela, jovem mulher casada e mãe, se abre a Maria Laura, mãe de três filhos já casados, sem saber como nem porquê. O que dizem, de profundidade e de intimidade, só elas conhecem. Eu apenas constato o brilho nos olhos da filha do Casal, no momento do Abraço de despedida que reciprocamente nos damos. Entretanto, estou eu, juntamente com o Homem do Casal de Braga, também à conversa com o Homem da Casa. O Gato Artur Salomão & Enfim, Episcopus que, em nome do Barracão de Cultura, ofereço ao Casal, é tema de Conversa de final. Brilham os olhos do meu novo Amigo e Irmão. E, no embargo lacrimijante, dizem, uma e outra vez, Vem de novo. Esta é também a tua Casa. O mesmo repete a Maria Laura, quando a abraça, como se a conhecesse desde sempre. Voltarei. E Maria Laura, também.
Sair em Missão de Evangelizar é, como se vê, sobretudo ser continuamente Evangelizado. É, pois, assim, ainda mais Evangelizado que regresso a Braga, onde o Renault-clio está à minha espera. Abraço, Emocionado, o Casal de Braga que me proporciona e a Maria Laura, e Compartilha semelhante Beleza, e regresso a Macieira da Lixa, com Maria Laura, Emocionada até à ponta dos cabelos. Podem imaginar quanto é bom e fecundo ser Presbítero assim, longe dos templos e dos altares, e próximo até à Intimidade das Consciências, das pessoas que, como eu e como Maria Laura, também já não percorrem mais os caminhos da casa para o templo e do templo para casa? Não, não podem. É preciso protagonizar o Acontecimento enquanto tal. Fazê-lo acontecer, sem medo, nas próprias vidas. Como meninas, meninos. Tudo o mais vem por acréscimo. Experimentem!
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Edição n.º 51
Terça-feira, 21 de Junho 2011
Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2 acaba de conhecer uma nova impressão / edição e já é com ela que a Editora se apresenta na Sessão, do passado dia 18, em Lisboa Se pensam que, por ostentar este título, se trata de um Livro com uma Espiritualidade beata, destinada a pessoas cheias de Fé Religiosa-cristã-idolátrica, desenganem-se. Nestes Salmos, nem sequer o Deus de certos Salmos da Bíblia escapa à acusação de Idolatria!
No final da Sessão de apresentação de Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, em Lisboa, e já comigo de novo na Rua, dirige-se-me o Homem de um Casal que, durante todo evento, numa das salas de um Hotel, cedido para o efeito à Edium Editores, não desprega os olhos de mim e bebe, inteiras, as Palavras que me saem da boca, algumas delas, com espanto até para mim próprio. E diz-me, como um menino recém-nascido, Agora que acabo de o escutar, pela primeira vez em directo e olhos nos olhos, já nem sei o que sou. Até o escutar, sempre me vi como ateu. Mas agora já não sei mais o que sou.
Rimo-nos, felizes, os dois, como dois meninos. E perante toda a minha Alegria e Liberdade, ele partilha comigo, em poucos minutos, o Relato do seu ser-viver na História, onde não faltam escândalos com comportamentos de clérigos e do próprio Cristianismo, enquanto tal. O seu Relato é, assim, o início de uma Relação feita Reciprocidade Maiêutica, a única que nos faz Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia, por isso, também em Sororidade / Fraternidade cada vez mais universal, católica, à escala planetária e cósmica. E com que Evangelho ou Boa Notícia é que eu, então, me apresento, nesta sessão do dia 18 de Junho de 2011, em Lisboa?
Se pensam que sou daqueles que vou a uma sessão repetir o que já disse numa outra com o mesmo Livro, enganam-se. Cada sessão, para mim, é única e irrepetível. Como é único e irrepetível cada dia que vivo, cada instante que respiro. Eu próprio me experimento único e irrepetível, em cada Instante de cada dia. Quer dizer que cada instante de cada dia que vivo na História, nunca é mais do mesmo. Não me repito nunca. O EU-SOU, único e irrepetível, que sou, entre todos os outros EU-SOU, cada qual, único e irrepetível, também, é igualmente único e irrepetível em cada instante que vivo na História. Eis, pois, o Evangelho que partilho, nesta sessão em Lisboa e que Escuto-anoto, em tópicos, numa folha de papel, minutos antes da sessão ter início. Depois de ter feito toda a viagem até Lisboa à Escuta.
Neste dia único e irrepetível Esta sessão – começo por dizer, depois de cantar a primeira estrofe e a última, do Canto-Poema, As Duas Meninas – decorre no dia 18 de Junho de 2011, o último dia da semana em que o nosso País acaba de conhecer os 11 ministros + 1, do Governo do Estado português que vai executar o Cruel Programa da Troika europeia e mundial. Conhecemos os nomes, dez homens, duas mulheres. Ainda não conhecemos as práticas de cada qual. Mas, como têm de ser práticas que realizem todo o programa da Troika, o benefício da dúvida vai só para o grau de Crueldade que este Governo do Estado vai cometer, como Carrasco político, contra as Populações. Porque Crueldade será sempre, enquanto este Governo se mantiver em funções. Esta sessão decorre, quando o Poder Eclesiástico católico romano (não confundir com Igreja, a de Jesus!) se encontra cada vez mais sozinho, mai-lo seu Papa Bento XVI, Joseph Ratzinger de seu nome real. Se um homem – as mulheres ainda estão livres de semelhante Aberração Eclesiástica – ao tornar-se Bispo de Roma e Papa, tem, até, de mudar de nome, dá, com isso, um inequívoco sinal de que, pelo menos, a partir desse instante, morre como Ser Humano, e ganha corpo, no corpo dele, o Poder monárquico absoluto. Como tal, infalível. O Humano, todo o Humano, é Fragilidade e Relação em reciprocidade Maiêutica. Só o Poder, assassino do Humano, é que é infalível, porque, intrinsecamente, Cruel. Mesmo que se faça chamar, Sua Santidade, o Papa. Esta Sessão decorre, no Planeta Terra que continua a girar sobre si mesma e em volta do Sol, 1 milhão de vezes maior do que ela; a mesma Terra que integra uma galáxia com 300 mil milhões de estrelas. E que, para dar uma volta sobre si mesma, precisa de 24 horas: Mas para dar a volta completa ao Sol, ao mesmo tempo que continua a girar sobre si mesma, já precisa de 365 dias + 6 horas. Esta Sessão decorre também no mesmo dia em que se completa o ano 1, sobre a derradeira Páscoa de José Saramago, o ateu mais conhecido do mundo, no Século XX-XXI, porque ateu militante e Nobel da Literatura, cujos romances sempre se metem com Deus, num estranho afã de decretar que ele não existe, ou que, se existe, é demasiado Cruel para um qualquer ser humano pensante se fiar nele e lhe poder guardar respeito.
Antítese de Saramago É neste dia assim, único e irrepetível, que Vos apresento, aqui, em Lisboa, e, a partir de Lisboa, ao Mundo, Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, Edium Editores, já em nova Impressão /edição. As pessoas que me acompanham, com Afecto ou com Ódio, devem ter dado conta de que sou uma antítese de Saramago. Ele ataca a Bíblia e o Deus da Bíblia, enquanto eu procuro reescrever a Bíblia para o Século XXI e vivo permanente aberto a Deus Criador que nunca ninguém viu, muito menos, pôde, alguma vez, tomar um café com Ele, como ironicamente diz Saramago, a propósito do seu último Romance, Caim. Tenho, como Saramago, todos os motivos e mais um, para ser ateu como ele é, durante a sua visibilidade comunicativa na História. E porque não sou ateu como Saramago? E porque também não sou religioso? E porque já nem sequer consigo dizer que sou cristão, só católico não romano? Pode-se não ser religioso, nem cristão, nem romano e Crer Deus Criador que nunca ninguém viu? Este Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2, o último duma trilogia (os outros dois são Novo Livro do Apocalipse ou da Revelação e O Livro da Sabedoria) tenta responder a esta questão. É preciso lê-lo-escutá-lo-mastigá-lo-digeri-lo, para se poder tirar uma conclusão. Lá, onde Saramago pára, perante um Muro que tem como intransponível, eu Abro-me como um menino e experimento-me conscientemente – não sem uma pontinha de Mistério-que-se-me-revela-em-cada-instante do meu ser-viver-actuar-pensar-falar na História – e ininterruptamente Habitado. Por isso, nunca só! Por mais Ostracizado que me veja, cada dia que passa. E porquê, assim comigo, de forma consciente, e não assim, pelo menos, de forma consciente, com Saramago? Porque, antes de mim, há Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria. Há Jesus, com todas aquelas Práticas Económicas e Políticas Maiêuticas e com todos aqueles Duelos Teológicos Desarmados que, historicamente, lhe valem a Morte violenta na Cruz do Império, por exigência dos Sacerdotes e do Deus dos Sacerdotes, o mesmo, de certos Salmos da Bíblia e de outros Livros bíblicos ditos Sagrados, por parte do Cristianismo vitorioso. Essas Práticas e esses Duelos Desarmados não lhe valem o Prémio Nobel da Literatura, nem da Economia, nem da Paz. Mas a Cruz do Império Romano. É certo que também há Jesus para Saramago. Só que Saramago, apesar de viver obcecado com Deus e contra Deus, nunca dá por Jesus, o camponês-artesão de Nazaré, o filho de Maria. Sempre o confunde com Cristo ou Jesus-Cristo. Até escreve o romance Evangelho Segundo Jesus-Cristo. Desconhece, como praticamente todos os crentes cristãos e todos os ateus também desconhecem, Jesus e o seu Projecto Político, a sua Revelação/Revolução Antropológica-Teológica. Concretamente, o Jesus Humano, todo Fragilidade, nenhum Poder, que leva o Humano ao Limite e, no Limite da Humilhação e da Maldição, faz Implodir o Deus dos Sacerdotes, os de então e os de hoje, e da Bíblia, lida e interpretada pelos Sacerdotes e seus Teólogos de serviço, através dos tempos, desde que sobre a Terra há Animais Racionais. O Momento Maior desta Revelação/Revolução Antropológica-Teológica é quando Jesus, já Crucificado na Cruz do Império e com os Sacerdotes a fazer troça dele, formula a grande Pergunta que atravessa a História e os Espaços siderais, Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? E nenhum Deus lhe responde. Perante tão Gritante Silêncio, Jesus percebe, por fim, e faz-nos perceber, se ousarmos ser, também, outros, Jesus, que o Deus das Religiões, dos Sacerdotes e da Bíblia lida e interpretada pelos Sacerdotes e seus Teólogos de cátedra e de Privilégios, é um Ídolo, um falso deus, um deus-Mentira que tem de Implodir, para que os Seres Humanos e os Povos Sejam e Cresçam, de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia e em Reciprocidade Maiêutica. Porque, enquanto esse deus das Religiões e dos Sacerdotes estiver aí, sempre impedirá os seres humanos e os Povos de se experimentarem, misteriosa e fecundamente, Habitados por Deus Criador, Abba-Mãe de todos os Povos, mais íntimo a nós que nós próprios. E que leva Jesus, o do Evangelho de João, a dizer, Eu e o Abba-Mãe somos um; Ele, como Abba-Mãe, eu, como seu Filho muito Amado. Nunca antes, a História dos Animais Racionais havia chegado aqui. E, depois de Jesus, também ainda não. Pelo menos, na mesma Plenitude. Por isso, Jesus é o Alfa e o Ómega. O Humano por antonomásia. E, enquanto não formos outros Jesus, continuamos Animais Racionais, com tanto de Religioso, como de Mentiroso e de Assassino. Este Salmos Versão Século XXI, LIVRO 2 é para estas Profundidades do Ser que nos abre. E fá-lo na maior das simplicidades. Por isso, encontramos nas suas páginas Deus Criador Abba-Mãe que nunca ninguém viu contra Deus, o das Religiões e dos Sacerdotes que toda a gente vê e escreve tratados e mais tratados sobre ele, tudo Idolatria. Felizes, pois, aquelas, aqueles de nós que renunciamos ao Deus das Religiões e dos Sacerdotes e Cremos Deus Criador que nunca ninguém viu, e que é mais íntimo a nós que nós próprias, nós próprios. Eis.
N.D. Se Você quiser adquirir o Livro sem ter de sair de casa à sua procura, recorra a um de três meios. Ou, envia um email com o seu endereço postal, para mim, padremario@sapo.pt (é o modo que mais beneficia o Barracão de Cultura, em fase de conclusão das obras). Ou abre o site da Editora Edium e faz a encomenda directa. Ou abre o site wook.pt, da Porto Editora e, em pesquisar, escreve: Salmos Versão Século XXI - Volume 2, e clica. Uma coisa lhe garanto: Não se arrependerá!
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Novo Governo à medida dos gostos da Troika e do CDS-PP que, com o seu voto no novo Parlamento, já obrigou Fernando Nobre a desistir de ser o n.º 2 do Estado. Mas à Cultura, Senhores do Poder Político e do Poder Financeiro, por que a reduzis a simples Secretaria de Estado?!
Mulheres ministro, no Governo de Maioria CDS-PSD, são apenas duas, em 11 ministros + 1. As Mulheres são muito menos dadas a agentes históricos do Poder Político, que os homens. O Poder, todo o Poder, sempre tem sido, depois de um período inicial de Matriarcado, depressa engolido pelo Patriarcado, coisa de homens. Coisa de Espinheiros. Coisa de Estéreis. Coisa de Machos. De resto, o Poder só se mantém, enquanto a maioria de nós, formos Animais Racionais, ainda não Seres Humanos. Quando PASSARMOS de Animais Racionais a Seres Humanos, não haverá Poder. Porque não haverá ninguém disponível para ser seu agente histórico.
Apenas duas Mulheres ministro, em 11 ministros + 1, é, só por si, um tremendo Desastre. Porque, assim, o Poder torna-se ainda mais Cruel. CDS-PP e troika impõem um Governo assim, ainda que, para disfarçar, PauloPortas tenha indicado uma Mulher CDS para ministra. E ela lá está. Superministro. Mas Mulheres CDS, não são Mulheres; são, sobretudo, senhoras donas Fulanas de tal. Senhoras. Donas. De Fulano de tal. E o tal das senhoras donas do CDS é o presidente do CDS e o Poder Financeiro, que não gostam nada de Mulheres-que-dêm-à-luz-filhas-e-filhos, apenas de mulheres-senhoras-donas-de-fulano-de-tal.
Para reduzir custos, o Governo reduz ministérios. E a Cultura lá apanha um pontapé no dito cujo e tem de contentar-se com uma simples Secretaria de Estado. O Poder Financeiro e o CDS não gostam de Cultura. Só do Saber que é também Poder. E do Saber, reservado a uma elite privilegiada, escolhida por deus, o das Religiões e dos Sacerdotes, para dirigirem as Multidões que nunca por nunca podem Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia, sob pena de o Poder, todo o Poder, Implodir. As Multidões só podem crescer em Religião e em Subalternidade. O próprio Saber, nas Multidões, tem de ser apenas o mínimo indispensável para mulheres-a-dias Século XXI. Nada mais.
O PSD, do PassosCoelho, manifestamente aos papéis, escora-se no PauloPortas. A sua Social-democracia redunda em social-subalternidade. Para gáudio da troika. E do PS, derrotado nas últimas eleições, mas já à espreita, logo que tenha novo patrão secretário-geral, uma espécie de papa infalível, rodeado de uma Cúria de notáveis em Subserviência ao chefe, e em gozo de Privilégios. Esperem para ver um PassosCoelho, uma espécie de beato papa João Paulo II, servido por um cardeal laico e português, todo-poderoso, a dirigir o Aparelho Estado-de Portugal, S. A., chamado PauloPortas. Esperem para ver. E não têm de esperar muito tempo.
Para já, FernandoNobre, que queria ser o n.º 1 do Estado Português, S. A., como é o n.º 1 da AMI, e não conseguiu, já se dava por satisfeito em ser, ao menos, o n.º 2. Porém, nem a Coligação de Governo lhe valeu, porque PauloPortas ordena que o CDS vote em branco. E o CDS obedece e vota em branco. Fernando Nobre ainda conta, até ao fim, com o voto favorável dos Socialistas, da Maçonaria, como ele próprio também é. Mas nem eles o apoiam. Nem à primeira votação, nem à segunda. PauloPortas está ao leme, como Ratzinger esteve sempre ao leme, enquanto o beato papa João Paulo II viajava pelo Mundo a ler os discursos que o próprio Ratzinger escrevia para ele dizer. E, mal o apanha morto, proclama-o beato e santo, para, desse modo, lhe suceder no lugar que, em boa verdade, sempre exerceu, nos longos anos de pontificado de João Paulo II.
A troika que não tira um segundo os olhos do Estado português, rejubila com esta derrota do PassosCoelho e do PSD e com a correspondente vitória do PauloPortas, o seu cardeal Ratzinger no Governo do Estado português. E rejubila, também, porque os 11 ministros + 1 são, na sua maioria, jovens e técnicos altamente especializados. Peritos, por isso, em assassinar a Política Praticada e a pôr todo o Poder Político ao serviço do Poder Financeiro Global que a troika integra. O calendário bem diz que começa hoje, 21 de Junho, o Verão. A verdade é que no nosso País (e na União Europeia) é rigoroso Inverno Político. Sem Primavera à vista, tão cedo. Ousemos Crescer, de dentro para fora. Ou acabamos Engolidos, inteiros, pela Serpente Poder Financeiro Global.
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Pela primeira vez na sua história. ONU aprova resolução sobre direito à diversidade sexual
"Hoje (17) é um dia que ficará registado na história dos movimentos de minorias sexuais, pois a ONU deu seu sinal mais potente contra a homofobia e a transfobia”, comemora o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (Movilh), do Chile. O Movimento festeja a aprovação da primeira resolução das Nações Unidas (ONU), através do Conselho de Direitos Humanos, sobre os direitos à diversidade sexual.
Intitulada "Direitos Humanos, Orientação Sexual e Identidade de Género”, a resolução foi aprovada durante a 17ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos, em Genebra (Suíça), com uma votação acirrada de 23 votos a favor, 19 contra e 3 abstenções. No documento, apresentado pela África do Sul, recordou-se "a universalidade, interdependência, indivisibilidade e inter-relação dos direitos humanos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
O resultado da votação foi recebido com aclamação por parte dos representantes de organizações pelo direito à diversidade sexual que estavam presentes. "Em ocasiões anteriores, muitos países tinham unido declarações em favor dos nossos direitos, as quais foram somente lidas diante da ONU, sem votação. Agora estamos, pela primeira vez, diante de uma resolução”, explicou a ativista transexual do Movilh, Paula Dinamarca, no site do Movimento.
A resolução afirma que "todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito a sua dignidade e seus direitos e que cada um pode se beneficiar do conjunto de direitos e liberdades (...) sem nenhuma distinção". O documento expressa também preocupação com os atos de violência e discriminação em razão da orientação sexual ou identidade de género.
O Conselho pactuou, ainda, uma solicitação ao Alto Comissionado de Direitos Humanos da ONU para que realize um estudo mundial sobre a legislação e as práticas homofóbicas, além de identificar de que forma a legislação internacional pode atuar no combate a esse problema. Tal pesquisa, de acordo com a resolução, deve estar pronta até o final do ano, em dezembro. Também foi acordada a realização de painéis para discussão sobre o tema.
Segundo a organização Anistia Internacional, a resolução é coerente com a jurisprudência de outros organismos regionais e nacionais. Nesta semana, a Organização dos Estados Americanos (OEA), por exemplo, aprovou por consenso uma resolução que condena a violência e a discriminação por motivos de orientação sexual e identidade de género.
Antecedentes da votação. Durante anos, a oposição dos países da Organização da Conferência Islâmica freou qualquer avanço para aprovação de uma resolução como essa. Por outro lado, a aprovação de um documento sobre os direitos homossexuais e transexuais era promovida por vários estados ocidentais e apoiado por países da América Latina. Foi o respaldo dos países africanos que tornou a aprovação possível desta vez, ainda que por estreita margem de diferença.
A votação provocou um intenso debate entre o grupo de países africanos, presidido pela Nigéria, o qual era contrário ao documento. Um dos principais rechaços à aprovação veio do Paquistão que, seguido por outros países contrários, alegou que a orientação sexual e identidade de género se tratam de algo fora dos direitos humanos, o que foi refutado afirmando-se que a discriminação é um valor absoluto.
Na América Latina, Chile, Argentina, Brasil, Equador, Guatemala e México foram a favor da resolução. Além destes, membros da União Europeia e Estados Unidos. (Camila Maciel, Jornalista da Adital In Adital)
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O Poder dos Milhões reduz os melhores cérebros a Escroques aclamados por Multidões possessas de Vazio de Ideais e de Valores Éticos Villas-Boas troca a SAD do FCPorto pela SAD do Chelsea, numa inequívoca prova de que o Poder Financeiro só conhece um tipo de Fidelidade: a fidelidade ao Poder Financeiro. Quando é que abrimos os olhos da nossa mente e mudamos de ser-viver?
Todos os grandes media o dizem. O treinador da SAD do FCPorto que havia jurado fidelidade ao Clube e aos jogadores, acaba de se vender ao todo-poderoso Chelsea, que paga, a pronto (de onde lhe vem tanto dinheiro?!) a cláusula de rescisão de 15 milhões de euros à SAD portista e garante cinco milhões de euros /ano, a Villas-Boas, por um período de cinco épocas, 25r milhões de euros, no total. É o Poder Financeiro Global contra os Seres Humanos. O Tentador contra os Seres Humanos.
Com Jesus, o filho de Maria, o mesmo Tentador não consegue nada. Bem tenta e de todas as maneiras. Naquele contexto cultural do início do ano 28, na Palestina, até recorre a citações da Bíblia hebraica para tentar Jesus. Mas Jesus, o filho de Maria, o último dos últimos dos Seres Humanos, não se deixa deslumbrar e, reiteradamente, diz, Não te servirei! E não serve. A sua, é Fidelidade ao Humano, não ao Dinheiro, o Poder Financeiro, e os outros dois Poderes, o Político e o Religioso, os três um só.
Entre Villas-Boas e Jesus, como entre Mourinho e Jesus, como entre CR7 e Jesus, há um Abismo. Intransponível. Ai dos que juram Fidelidade ao Dinheiro. Ai dos que se vendem ao Dinheiro. Ai dos filhos dos que servem o Poder Financeiro, no Futebol dos Milhões – o anti-Desporto por antonomásia! – ou no Poder Político, ou no Poder Religioso-Eclesiástico. Ou renegam dos seus próprios pais, ou acabarão ainda piores do que eles, definitivamente Descriados, Monstros, iguais ao Poder Financeiro, o que há de mais Cruel à face da Terra.
Casos como o de Villas-Boas, deveriam abrir os olhos das mentes das Multidões que continuam a encher Estádios de Futebol e a gastar horas e horas a ver Futebol o dos Milhões nas tvs. Como deveriam abrir os olhos das mentes das Multidões que continuam a peregrinar para os santuários de santas e de santos, de nossas senhoras e de nossos senhores, todos Covis de Ladrões, geridos por Sacerdotes que são, no Religioso, o que Pinto da Costa e outros como ele são, no Futebol dos Milhões. Deveriam. Mas diz a Vida que não será assim. Um caso ou outro ainda pode acontecer. Mas as Multidões, não. O Aclamado de ontem passa a vilão, hoje. Mas, hoje mesmo, quando o Padrinho da SAD lhes anunciar qual o treinador que se segue, lá estão elas a correr e a aclamar o novo candidato a Vencedor.
Quando é que mudamos de ser? Quando é que deixamos de ser carne-para-canhão e carne-para-sacrificar-nos-altares-dos-estádios-de-futebol-dos-milhões, e nos altares-dos-santuários-dos-milhões? Quando nos decidimos a ser Seres Humanos, em reciprocidade maiêutica uns com os outros?! Quando é que mandamos o Poder Financeiro e os outros dois Poderes para a Puta – entendam a designação em sentido Teológico, não sexual – que os pariu aos três? Quando? Ainda vamos deixar para amanhã? A Cultura espera-nos. Porque lhe fugimos?!
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Edição n.º 50
Sexta-feira, 17 de Junho 2011
Os 10 Objectivos do Acordo para a Mudança, do CDS-PSD, fazem lembrar os 10 Mandamentos atribuídos a Moisés. Em nenhum se diz, Não matarás, Não roubarás, Não cobiçarás os bens do teu próximo. E, embora lá não venha escrito, o primeiro é, Adorarás o Senhor teu Deus-Dinheiro e farás tudo o que a sua troika europeia e mundial mandar
PassosCoelho já é o novo primeiro-ministro. Tão novinho, e já primeiro-ministro. O seu padrinho, CavacoSilva, chefe do Estado Português e comandante das Forças Armadas, fez o que tinha de ser feito. O que lhe disse em audiência privada, só os dois sabem. Nem o PSD sabe. Com PassosCoelho, está, como sua sombra e como seu mestre e mentor, PauloPortas, do CDS-PP. A sombra, neste caso, não anda atrás do primeiro-ministro. Anda à frente. Sempre à frente. PassosCoelho, tão novinho e tão ar de seminarista, é o primeiro-ministro no falar oficial, mas PauloPortas é quem mais ordena-governa. O seu olhar e a sua pose não enganam. PauloPortas é o Maquiavel. PassosCoelho, o Príncipe. Para cúmulo, ainda em fase de estudante, de seminarista. Quem a sabe toda, é PauloPortas. Na prática, o País saído das eleições de 5 de Junho de 2011, é (des)governado, a partir de agora, por PauloPortas. As próximas semanas confirmarão o que as poucas imagens das tvs nos têm mostrado. Poucas e todas muito contidas. Como manda o Maquiavel Paulo Portas ao seu Príncipe Passos Coelho.
O novo Acordo para a Mudança define 10 Objectivos. Dez Mandamentos? Pelo menos, o número 10 é o dos Mandamentos do Moisés bíblico. O Programa de Governo é o da troika. Como tal, os 10 Objectivos para a Mudança são a embalagem sob a qual se esconde o programa da troika. Ninguém se iluda. Em nenhum dos 10 Objectivos se diz, Não Matarás, Não Roubarás, Não cobiçarás as coisas alheias. E o primeiro Objectivo dos 10, também não diz, Adorarás o Senhor teu Deus-Dinheiro e amá-lo-às sobre todas as coisas. Mas é o que manda o programa da troika. Porque o Acordo CDS-PSD é para a Mudança, mas não diz de que Mudança se trata. Diz apenas, Mudança. Maquiavel, que o escreve para o seu Príncipe executar, sabe que a palavra Mudança soa bem aos ouvidos das Populações Deprimidas. Por isso, a escreve logo em título do Acordo. Mas esconde de que Mudança se trata. E se as Populações pensam que tanto Secretismo e tanto ar de coisa séria, cerebral, fria, contida, sem ponta de emoção e de sorriso, significam que se trata duma Mudança para amarrar o Grande Capital e fazê-lo morrer por falta de Vítimas humanas, com que ele se alimenta, é porque se querem enganar a elas mesmas.
O Grande Capital é o Senhor Deus do PauloPortas, Maquiavel, e do PassosCoelho, seu Príncipe. A troika europeia e mundial acaba de perder JoséSócrates, Maquiavel e Príncipe, ao mesmo tempo. Tem agora um em dois, PauloPortas, Maquiavel, e PassosCoelho, Príncipe. E com um em dois, será ainda mais fácil alcançar os seus Objectivos que não são nenhum dos Dez Objectivos do Acordo para a Mudança. Ninguém se iluda. No dia 5 de Junho, o Estado Português bateu no fundo. O Grande Capital não dá ponto sem nó. Tem toda a comunicação social nas mãos e conseguiu que as Populações fossem às urnas votar e escolher o seu novo Carrasco. Ele aí está, dois em um.
PauloPortas é o Maquiavel. PassosCoelho é o Príncipe que executa. O mestre mostra-se contido e recatado. E, de olhos no chão, para tvs mostrarem, diz ao seu Príncipe: “Vamos governar, sob a sua liderança”. O Príncipe acredita e vai viver todo este tempo de Coligação – um ano? Menos? Mais? – a pensar que assim é. E é. Simplesmente, como Príncipe, tem de executar o que lhe manda o mestre Maquiavel, PauloPortas. Tal como PauloPortas, Maquiavel, tem de mandar ao seu Príncipe o que o Grande Capital manda. Porque Maquiavel é uma criação do Grande Capital, o único Senhor Deus que, em 2011, domina o Mundo e os Povos das nações.
Os Povos das nações, ou abrem os olhos das suas mentes, e decidem-se Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia, ou nunca mais saem do Abismo, do Inferno. O Estado Português já bateu no fundo. As Populações ainda não totalmente. Mas, agora, com o programa da troika, vão ser tosquiadas, trituradas, mastigadas, sacrificadas ao Grande Capital. Podem estrebuchar muito. Mas quanto mais estrebucharem, mais sacrificadas e trituradas são. A única Saída é usar a Inteligência e os Afectos. E decidirem-se Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia. Sem ruídos. Sem espalhafatos. Com determinação. Como quem vê o Invisível que as Habita, nos Habita, precisamente para Sermos Livres e Autónomos. Ousemos ir por esta via!
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Greves Gerais como a da Grécia e acampamentos de muitos milhares de jovens nas grandes cidades, como o de Barcelona, estes dias, dão que fazer à Polícia e podem contribuir para a queda de Governos, mas as Mudanças Estruturais por que tanto aspiramos e lutamos, nós, os Povos, jamais acontecerão com iniciativas desta natureza. Fim do Grande Capital, sem um único tiro, por não haver quem o dispare, ou Morte!
Desenganemo-nos. As Mudanças Estruturais por que tanto aspiramos e lutamos, nós, os Povos das nações, jamais acontecerão em resultado de Greves Gerais como a da Grécia, e de Acampamentos de muitos milhares, milhões de jovens, nas grandes cidades, como o de Barcelona, nestes dias meados de Junho. Nunca aconteceram. Nunca acontecerão. Os dirigentes dos Grandes Sindicatos e militantes de partidos políticos de esquerda disfarçados de anónimos cidadãos, insistem nesta forma de intervenção. Em vão. Vê-se que não aprendem nada com a História. E passam a vida a repetir as velhas receitas. Com isso, dão ainda mais força ao Grande Capital Global.
Como se pode falar em Greve Geral, se os Polícias pagos pelo Grande Capital para atacarem manifestantes e grevistas em multidão, estão de serviço? Greve geral teria de ser Greve total. Uma espécie de Greve de Fome total. Até dos Animais. Os próprios governantes seriam obrigados a parar, por não terem a quem dar ordens. Fim do Grande Capital, e sem um único tiro, por não haver quem o dispare, ou Morte. Eis a grande palavra de ordem, Hoje.
Porém, como chegarmos a este ponto? Fazemos ideia do trabalho que há a desenvolver? E que tipo de trabalho? Acham que há militantes políticos dispostos a trabalhar nesta direcção?! Onde estão? Nos Partidos Políticos, a sonhar com o Poder, nem pensar. Nos actuais sindicatos, a pensar em receber mais Capital, nem pensar. Nos actuais intelectuais, instalados nos seus Privilégios de casta, nem pensar. As nossas mentes continuam ainda hoje formatadas pelo Sistema que concebeu e deu à luz o Grande Capital. Não queremos o fim do Grande Capital. Reivindicamos uma parte do Grande Capital. E nem sequer vemos que estamos a querer o impossível. De que adianta querermos ter um Círculo quadrado? Por mais greves gerais e acampamentos de jovens que promovamos em todas as nações, alguma vez, chegamos a ter um círculo quadrado? Tão pouco, alguma vez teremos o Grande Capital a repartir uma parte substancial dele pelos Povos das nações. A impossibilidade é igualmente absoluta.
Enquanto houver Grande Capital, não haverá Povos das nações estabelecidos na Justiça. O Grande Capital existe para Roubar, Matar e Destruir. É da sua natureza. Nunca é de mais dizê-lo. Por isso, pretender Mudanças Estruturais, com o Grande Capital ao leme do Mundo, é como querer que um círculo seja quadrado. Podemos correr e saltar. É tudo em vão. Nós, os Povos, temos de Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia. Até sermos capazes de deixar o Grande Capital a falar sozinho. A dar ordens que ninguém ouve, muito menos executa.
Os Tempos que vivemos estão maduros, ou em vias de estar maduros, para metermos mãos a esta Militância Política Outra. Trata-se de Crescermos de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia, de maneira que nenhuma, nenhum de nós obedeça mais às ordens do Grande Capital e dos seus agentes históricos. Desobedecer em massa, na totalidade dos Povos, é preciso. O Grande Capital não pode continuar a ter quem lhe obedeça e o sirva. Os Povos das nações têm de perceber que o Grande Capital é o Perverso Estrutural. Obedecer-lhe é tornarmo-nos perversos também. Não se trata de voltar ao princípio da Humanidade, como se fosse verdade que houve um tempo histórico em que não houve o Grande Capital. Não é verdade. Só mesmo nos mitos das origens, inclusive nos mitos das origens da Bíblia Judeo-cristã.
Não se trata de voltar ao princípio. Trata-se de avançar para diante, para o Amanhã. Mas só avançamos para diante, para o Amanhã, se, como seres humanos e Povos das nações, Crescermos de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia. Realizar greves gerais e Acampamentos de jovens nas grandes cidades do Mundo, para tentarmos obter uma parte do Grande Capital é dar cada vez mais força ao Grande Capital. Porque ele, para dar 1, tem de Acumular 100. A desproporção é ainda mais do que geométrica. Tem sido sempre assim. E é por isso que o Grande Capital nunca o foi tanto como Hoje.
Ou desistimos dele, e metemo-nos a Crescer de dentro para fora em Liberdade e em Autonomia, ou o Grande Capital é cada vez maior. Ele cresce e nós, os seres humanos e os Povos das nações, diminuímos. Não só no Ter. Também e sobretudo no Ser. Este começa, por isso, a ser o Tempo de cada uma, cada um de nós Agir, sobretudo de dentro para fora. O Grande Capital está à beira de Implodir, de tão Acumulado e Concentrado que Hoje já é. Não podemos pretender ter uma parte dele. Temos de Crescer de dentro para fora, de modo a podermos viver, finalmente, sem ele. Porque ele é Veneno que mata, não podemos querer ter uma parte dele. Do Veneno que mata, não podemos querer ter uma parte. Será o nosso fim como espécie humana.
Temos de viver sem nenhum Capital. Ou a Morte do Grande Capital e viveremos em Liberdade e em Autonomia, ou a Morte para a espécie humana. Esta é a Hora. A Grande Oportunidade do Ser Humano se afirmar. E só se afirma, numa Terra totalmente Expropriada. Totalmente Eucarística. Temos, pois, de Nascer de Novo. Mudar de Ser e, até, de Deus. Fazermos o Êxodo da Idolatria e da Submissão, para a Liberdade e a Autonomia! Leve o Tempo que levar. Avancemos já para o Deserto, não o deserto físico, mas o outro, que é igual a vivermos, um dia após outro, completamente fora do Grande Capital e do seu Mercado.
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Comunicado dos Bispos portugueses sobre o Momento do País Doutrina Social da Igreja e Bem Comum, para a frente, Doutrina Social da Igreja e Bem Comum, para trás. Nada de novo e de mobilizador. Só Esterilidade
Agora que as eleições intercalares já são coisa do passado, os Bispos portugueses vêm a terreiro com um Comunicado do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa, a propósito do momento presente da Sociedade Portuguesa. Podia e deveria ser uma Palavra carregada de Oportunidade e de Substância. É mais do mesmo. Refere-se por várias vezes à Doutrina Social da Igreja e ao Bem Comum que deve ser almejado pela Sociedade e pelos que têm cargos de governação. Mas, depois de tudo espremido, nada há a reter. E é pena. Pior, dramático.
Os Bispos portugueses são mesmo assim. Os mais incompetentes da Igreja e da Sociedade. Percebem de ritos e de rezas, sempre os mesmos, sempre as mesmas. Da Sociedade real e do dia-a-dia das Populações, não percebem nada. Os palácios episcopais são as suas casas. As catedrais, são os seus púlpitos. As Missas solenes de pontifical, são a sua especialidade. Os Crismas, nas paróquias são a sua actividade pastoral em exclusivo, assim como a ordenação ritual de diáconos casados e de presbíteros celibatários à força. A vida real das Populações, passa-lhes ao lado, já que têm quem lhes ponha a comida na mesa a horas certas, e muitos deles nem fazem ideia do custo dos alimentos. São privilegiados, com secretário particular, acólitos, clérigos ao serviço, senhores absolutos no seu território, desde que não conflituem com o Bispo de Roma, tratado sempre como Papa infalível, nunca como o Bispo de Roma, tão falível quanto os mais seres humanos, porventura, até mais, porque com mais responsabilidades que nunca deveria assumir sozinho, mas que assume, porque apenas ele é infalível, enquanto Papa!
Neste Comunicado, os Bispos enleiam-se, mais uma vez, na confusão entre Política e Poder Político. E, porque se enleiam, acabam por não mexer uma palha. Não querem imiscuir-se no terreno, segundo eles, exclusivo dos Partidos Políticos e acabam por não Praticar a Política, quando esta é a mais sublime e mais fecunda forma de amarmos o Próximo. Mesmo em matéria de tanta monta, os Bispos portugueses não são capazes de distinguir entre Poder Político, sempre perverso, e Política Praticada, sempre bem-vinda e imprescindível, no exercício do ministério episcopal como no exercício do ministério presbiteral.
Como confundem estas duas realidades, estes dois campos, o seu ministério episcopal não o chega sequer a ser. Acabam reduzidos a presidentes de ritos e de rezas, sempre as mesmas, sempre os mesmos. Coisas sem nenhum sentido, sobretudo hoje, nesta nossa Sociedade cada vez mais saudavelmente secular e laica. E que são coisas exclusivas dos Sacerdotes que os Bispos, incapazes de se assumirem na História, ao jeito de Jesus – é missão de altíssimo risco – também fazem, na sua qualidade de sumos-sacerdotes do Cristianismo-sem-Jesus e contra-Jesus.
O Comunicado limita-se a uns vagos apelos ao Bem Comum, que nem os Bispos portugueses sabem o que seja em concreto, para lá de um certo bem-fazer, protagonizado pelas Caritas de cada diocese, pelas Misericórdias, pelas IPSSs, quase todas nas mãos do clero paroquial e, mais recentemente, pelo Banco Alimentar Contra Fome, também ele gerido por gente da confiança hierárquica.
Desta vez – pasme-se! – os Bispos conseguem escrever um Comunicado sem nunca fazerem uma citação do Papa de turno, nem de nenhum outro. Mas não se pasme tanto assim, porque, afinal, a Doutrina Social da Igreja, varias vezes referida, é só a Doutrina Social dos Papas, particularmente, desde o século XIX para cá. Porque, bem vistas as coisas, à luz do Código de Direito Canónico, a Igreja é só mesmo o Papa. Todos, os mais, bispos incluídos, são-no apenas por delegação do Papa! E os não ordenados, apenas baptizados e crismados, nem por delegação. Apenas são objecto da acção pastoral dos clérigos. Há lá Institucional mais anti-Jesus, o filho de Maria, do que este?
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Um email, de todos os emails que a minha presença no programa Controversos da TVI24 fez chegar ao meu correio electrónico Questiono-me muitas vezes se as pessoas querem mesmo a Verdade?
A minha presença, dia 12 de Junho, no programa Controversos, da TVI24, fez chegar ao meu correio electrónico vários emails, todos de satisfação e de alegria. Partilho um deles, aqui, seguido da minha reacção. Eis.
Caro Padre Mário Oliveira. Permita-me este tratamento próximo! Depois de o ouvir foi o que eu senti com os seus dizeres. Esta identificação intelectual, na análise da evolução do que foi e do que é a Igreja Católica Apostólica Romana e de quem foi a pessoa Jesus ao longo dos tempos, foi por de mais intimista para mim. Eu que desde os meus nove anos já questionava a santíssima trindade e o esclarecimento teológico de que era um dogma e que portanto não tem explicação e que apenas se aceita. Por isso, fiquei surpreendido por finalmente e inesperadamente encontrar alguém que assume a maior mentira da humanidade com uma simplicidade própria dos homens verdadeiramente livres; como disse, só possível aqueles que encontram o verdadeiro Jesus dentro de si.
Já me tinha questionado diversas vezes como é que se tem conseguido manter calados todos os grandes intelectuais da cúria Romana, profundos conhecedores da teologia e da história da Igreja Católica Apostólica Romana, e porque acredito que muitos eram e são verdadeiros crentes de Jesus, nunca tivessem essa graça, força, ou o que lhe quiserem chamar, que tem o Presbítero de Macieira da Lixa. Não tenho dúvidas que aquilo que ouvi foi apenas o aperitivo e que muito mais há para dizer e para fazer.
Perderam-se muitos anos e muitas vidas com esta mentira socialmente aceite. Lembrar-me que há quatrocentos e tal anos, amanhã, o Padre teria a sentença lida pelo tribunal do santo ofício, depois de devidamente seviciado pela inquisição. Acredito mesmo que, pela força da sua convicção, só mesmo o fogo poderia limpar as “blasfémias” que, no entender deles, proferiu em nome de Jesus.
Efectivamente, questiono-me muitas vezes se as pessoas querem mesmo a verdade? Para mim, tem a ver com o facto de ela ser tão singela que contraria, como bem disse, os pilares da nossa cultura milenar, arriscando-se a ser um verdadeiro terramoto. O que dirão as pessoas, quando alguém disser que Jesus foi um dos maiores Gurus da Humanidade?
Não tenho dúvidas que Jesus é o verdadeiro caminho. Talvez agora esteja a chegar o seu tempo, mas para isso temos de nos libertar daquela parafernália romana, católica apostólica, de deuses, santos e de todo aquele folclore inerente. Quem vive a experiência de Jesus no interior de si mesmo basta-se a si próprio, como e muito bem o disse. Só assim a cúria romana não mais vai poder calar os meios de informação como o fez com a morte de João Paulo I. Nunca mais será admissível envenenar-se ou mandar-se matar papas, que queiram falar verdade ou viver a sua verdadeira crença como foi o caso de Celestino V.
Ao vê-lo na televisão, reconheci aquele brilho nos olhos do verdadeiro apóstolo de Jesus, que tem por missão combater a mentira com a palavra do mestre.
Termino, pedindo para partilhar comigo essa palavra, pão e vinho e agradecendo o exemplo de coragem e a esperança que nos dá de finalmente podermos encontrar a verdadeira teologia de Jesus e o seu contributo para a construção de um mundo melhor para o ser humano. Pela verdade, com a verdade e só a verdade! Um abraço fraterno.
Carlos, meu Amigo
São Pão outro, estas suas Palavras. Muito raramente, alguém, mesmo entre as pessoas que me conhecem e lidam comigo há muitos anos, me diz Palavras como estas suas. Vejo que me comunga, porque também comunga Jesus, o filho de Maria. E a sua Revolução Antropológica-Teológica.
O Caminho é Jesus. Procuro percorrê-lo, desde os tempos de estudante no Seminário. No Seminário, mas sem ser do Seminário. É por isso que o Institucional Eclesiástico nunca me seduz. E nunca me amarra. Sou Dissidente na Igreja. Ou deixo de Ser. Como sou Dissidente na Sociedade, ou deixo de Ser.
Por muito tempo, identifiquei Jesus e Cristo, Cristo e Jesus. Hoje, não identifico mais. Não são dois nomes para dizer o mesmo Jesus. São dois nomes para dizer duas Realidades antónimas. É por isso que o último capítulo de O LIVRO DA SABEDORIA, Edium Editores, ostenta este título: CRISTO E CRISTIANISMO NUNCA MAIS! JESUS SEMPRE! O preço a pagar é elevado. Mas só com Jesus, Eu-Sou!
Havemos de prosseguir a Conversa inacabada (os 50 minutos passaram num ápice!) na TVI24. Depois de a mastigarmos bem e com tempo. Ainda esta semana, o vídeo com a Conversa fica disponível no site da TVI24. O meu abraço companheiro. Mário
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Edição n.º 49
Terça-feira, 14 de Junho 2011
Presidente CavacoSilva afunda-se no mar e enlameia-se nos campos Mas então a União Europeia não continua a pagar para que os agricultores portugueses não produzam, ou produzam para engordar o Capital?
Primeiro, é com o Mar que o Presidente CavacoSilva se afunda. Aqui d’el-rei (salvo seja!) que o País tem de regressar ao Mar. Este mês, por ocasião do Dia de Portugal, é com os campos que o presidente se enlameia. Aqui d’el-rei (salvo seja!) que o País tem de regressar aos campos. Como se o Mar e os campos não tenham estado sempre aí, desde antes da fundação da nacionalidade. Nunca aqueles que, ao longo dos séculos, se têm sucessivamente apresentado como messias ou os salvadores da pátria, alguma vez se mostram preocupados com o Mar e com os campos. Muito menos, o próprio CavacoSilva, nos anos em que é o primeiro-ministro do Governo de Portugal. Nesse então, quando chovem todos os meses do céu europeu milhões e milhões de euros sobre o nosso País, o alcatrão é a grande paixão de CavacoSilva primeiro-ministro. O Mar e os campos podem esperar, que os milhões e milhões de euros europeus são poucos para o alcatrão com que é preciso pintar de negro o chão do País, de norte a sul, da fronteira com Espanha ao Mar. E, agora, que não tem quaisquer responsabilidades governativas e não passa de uma espécie de estéril monarca sem trono, coloca-se em bicos de pés, para que as Populações dêem por ele. E debita ocos discursos e infantis apelos que soam a falso e a ópio. Para cúmulo, carregados de Hipocrisia.
Na sua esterilidade política de pensamento e de acção, CavacoSilva esquece-se de dizer às Populações do País que o Mar só tem sido atracção para o cruzarmos em demanda de outras terras e das riquezas naturais nelas existentes, lá nesse fim-do-mundo. Trabalhar aqui e produzir riqueza aqui, para ela ser, depois, equitativamente distribuída por todos, segundo as necessidades de cada qual, faz calos e praticamente ninguém está para aí virado, muito menos o presidente CavacoSilva, economista de formação, mas daquele tipo de economia que enriquece ainda mais os ricos e empobrece ainda mais os pobres. Que se saiba, não se conhece de CavacoSilva qualquer prática económica pensada e partilhada por ele, digna de ser acolhida e realizada pelas Populações do País, rumo a Cuidarmos do Mar e da Terra, para que um e outra nos forneçam os seus frutos, não apenas os que cada qual produz sem o nosso trabalho, mas também e sobretudo, os frutos que resultam da inteligente e fecunda cooperação da nossa Acção-Intervenção com o Mar e com a Terra.
Nem o economista professor, nem as sucessivas alunas, os sucessivos alunos do economista professor CavacoSilva se têm revelado até agora capazes de Cuidar com fecunda inteligência do Mar e da Terra. São apenas capazes de Explorar mais e mais o Mar e a Terra, a favor do Grande Capital Financeiro que lhes paga, para que o façam crescer a ele, e diminuir cada vez mais as capacidades criadoras das Populações. O Mar está aí, desde antes da fundação da nacionalidade de Portugal. Os campos, também. E, até agora, só fomos capazes de cruzar o Mar para irmos roubar as riquezas naturais de Povos distantes que conquistamos, exploramos, colonizamos e escravizamos. E que ainda hoje, mais de 500 anos depois, continuam a ser olhados e tratados pelos que se têm como messias e salvadores do nosso País e dos outros países da Europa, como Povos do Terceiro Mundo, Povos subdesenvolvidos. Só não dizemos que eles são assim, porque nós, criminosamente, os fazemos ser assim.
Haja quem diga ao presidente CavacoSilva que se deixe de Demagogia e, se for capaz, faça um derradeiro esforço para ajudar o País e a Europa a abrir caminhos económicos ainda por abrir e andar. Esses caminhos outros, que travem e amarrem os desenfreados e devoradores apetites do Grande Capital Financeiro Global e façam Crescer de dentro para fora as Populações de Portugal, em Capacidade Criadora que nos faça ser, finalmente, um País sem quaisquer Bancos Alimentares Contra a Fome e sem Escabrosa Riqueza Acumulada e Concentrada. Para cúmulo, Acumulada e Concentrada nas mãos de cada vez menos pessoas.
O Mar chama-nos, desde sempre, a mantermos com ele uma permanente relação maiêutica e criadora, não uma relação de Poluição, de Exploração e de assassínio, cada vez mais cientificamente praticados. E a Terra, nos campos, nas florestas e no ar, exige-nos Cuidados feitos de Inteligência Afectiva que serão compensados na volta, por colheitas abundantes destinadas, não a criar grandes Latifundiários, mas a satisfazer as reais necessidades de cada uma, cada um de nós. Sem deixarmos ninguém de fora.
Porque, até agora, com o tipo de Economia do economista CavacoSilva, professor da universidade, primeiro-ministro e presidente da República, o que Portugal e a Europa mais conseguem, é criar Latifúndios e Mercados, cujos Latifundiários e Financeiros andam, desde há anos, a pagar a 220.000 lavradores de Portugal, para deixarem os campos a monte. O mesmo se diga do sector das pescas que, em lugar de nos estimularem a Cuidarmos do Mar, para que ele nos alimente de forma equitativa e saudável, limitam-se a Explorá-lo, até fazerem dele uma gigantesca Cloaca de Morte de Peixes e da Terra banhada / batida pelas suas ondas e marés. E que é cada vez mais engolida por ele, porque o Mar não suporta que se abuse dele como sempre faz o tipo de Economia praticada e ensinada por CavacoSilva professor, primeiro-ministro e, agora, presidente do Estado português. Um aborto de Presidente do Estado português, ele próprio, outro aborto institucional.
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Troika impõe um Governo a todo o vapor e PSD / CDS-PP não se fazem rogados. O País acaba de bater no fundo e as Populações festejam, à semelhança da tripulação do Titanic
O segredo é alma do negócio. O negócio é da troika europeia e mundial. Os muitos milhares de milhões de euros emprestados ao Estado português exigem um novo Governo a todo o vapor. Para que comece, já, a concretizar as suas drásticas medidas contra as Populações portuguesas. As mesmas Populações, que, no passado dia 5 de Junho, escolhem o Carrasco e os ajudantes do Carrasco da troika europeia e mundial. Agora, esperemos-lhe pela volta. Ninguém tivesse votado, ou todos tivéssemos votado com Protesto Político escrito no boletim de voto, e, hoje, não haveria Carrasco da troika para nos despedaçar e matar aos bocados. Assim, há. Há Carrasco e ajudantes de Carrasco. Os Partidos Políticos que não integram o Governo são os ajudantes de Carrasco. Todos. Com o PS à cabeça, como o chefe dos ajudantes de Carrasco.
Não deixa de ser sintomático que, inclusive, um dos candidatos a secretário-geral do PS, verdadeira máquina falante que não diz nada que se aproveite, já apareça a dizer nas tvs e nos jornais, ser desejável que o Governo PSD / CDS-PP, saído destas eleições, leve até ao fim os quatro anos de mandato, sufragado nas urnas desta Democracia da cruzinha. O contrário desta postura institucional partidária é que seria notícia, e boa notícia. Assim, a notícia, e má notícia é o escandaloso facto de o PS pós-JoséSócrates, seja qual for o novo secretário-geral, é simplesmente mais do mesmo. O PS de JoséSócrates é o primeiro a assinar o programa de Governo, imposto pela troika; e o PS pós-JoséSócrates, seja qual for o novo secretário-geral, já anda por aí a garantir, pela boca de um dos candidatos ao lugar, que, se for eleito pela Democracia partidária da cruzinha, ajudará, durante os próximos quatro anos, a executar o Assassínio das Populações do nosso País.
Descarados que são. Cruéis que são. Já que não podem ser eles o Carrasco da troika, anunciam, desde já, que de bom grado e até com “honra”, cumprirão o papel de ajudantes de Carrasco. Para que o Grande Capital Financeiro Global não se assuste, nem desconfie (na verdade, o Grande Capital Financeiro não se assusta nem desconfia. Porque, como todos os Ídolos, também ele não vê, não ouve, não fala, não anda, não se assusta, nem desconfia. Os seus agentes históricos, sim. Por isso, são ainda mais Cruéis que o Ídolo. Porque deveriam comportar-se como humanos entre as Populações e comportam-se como Sacerdotes laicos do Ídolo Poder Financeiro. Têm aspecto de Humano e são Monstros. Têm-se como deuses infalíveis, e são Criminosos contra a Humanidade. São todos assim, os humanos que aceitam tornar-se agentes históricos do Poder Financeiro, ou do Poder Político Armado, ou do Poder Religioso. Criminosos contra a Humanidade. Ainda que se façam tratar por Vossa Excelência, por Senhor Doutor, por Senhor Economista, por Senhor Financeiro).
O mais espantoso é que as Populações, ingénuas, ainda conseguem sair à rua, para os festejos dos santos populares. Ainda conseguem ensaiar marchas antonianas ou sanjoaninas e exibi-las nas avenidas. Deveriam, por estes mesmos dias, encher as Avenidas, mas com Insurreições Desarmadas. A revelar que não se revêem nos agentes históricos do Poder Financeiro. Deveriam cultivar a Desobediência Cívica e a Dissidência Política. Em vez disso, prosseguem na Rotina dos demais anos, típicas domês de Junho. E metem-se ingenuamente a festejar os santos populares, deuses religiosos que as anestesiam e desmobilizam politicamente.
PauloPortas e PassosCoelho estão, pela calada, a tramar-nos e ao nosso próximo Futuro. E as Populações que os escolheram a ambos como o Carrasco com dois rostos da troika, ainda nem sequer dão sinais de já terem percebido que, no passado dia 5 de Junho, assinaram a sua capitulação política que pode agora custar-nos a vida. Em vez de correrem a emendar a mão, deixam para lá e vão encher as avenidas e as praças com os festejos dos santos populares. São Populações que já ascem anestesiadas. Vivem anestesiadas. E morrem anestesiadas. Mais parecem Populações, não da Europa Século XXI, mas da Nínive bíblica, do tempo do Profeta Jonas, que nem sequer sabem distinguir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda. Agora, já saberão. Mas continuam a não saber distinguir entre Carrasco e ajudantes de Carrasco, e Política Praticada.
Carrasco e ajudantes de Carrasco são os agentes históricos do Poder Político ao serviço do Grande Poder Financeiro. E Política Praticada têm de ser as próprias Populações desenvolvidas de dentro para fora, livres e autónomas, e maieuticamente relacionadas entre si, a gerirem os seus próprios destinos e os destinos do Planeta Terra e do Universo que também somos. Quantas gerações mais terão ainda de continuar a ser roubadas, torturadas e assassinadas, para nós, como Populações, abrirmos os olhos da mente e sermos todos os dias Política Praticada que não dá quaisquer tréguas ao Poder Político, Carrasco e ajudante de Carrasco do Poder Financeiro, ou o Grande Capital?! Quantas?!
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Jornadas Pastorais em Fátima dedicadas à Nova Evangelização 45 Bispos, num total de 80 participantes, que não sabem nem o que dizer nem o que fazer. Para mais, reunidos no mais envenenado antro religioso da Europa!
São 80 pessoas de diversos países. Um pouco mais de metade, são bispos. Os mais estéreis dos seres humanos. E os mais estéreis, precisamente por serem bispos de empresas católicas, sucursais da grande multinacional religiosa que dá pelo nome de Igreja católica romana, sedeada em Roma, a do Império Romano, cujo imperador em 2011 dá pelo título de Bento XVI. Escrevi “dá pelo título” e escrevi bem. Porque Bento XVI não é nome de ser humano. É um título. Título de Poder. Mas os mais estéreis, também, por serem bispos celibatários à força, funcionários de topo dum Institucional com tudo de Escabroso e de Perverso, nos antípodas do Ser Humano por antonomásia, Jesus, o filho de Maria, que eles nem sequer conhecem, porque o substituíram por um mítico Jesus-Cristo.
A Nova Evangelização, de que se fala, há já bastantes anos, sem nunca a vermos Acontecer nos países que constituem a Europa, é uma designação sonante, com tudo de produto de Mercado. Uma marca que pretende mobilizar as Populações, mas sem quaisquer resultados. Multiplicam-se os encontros nacionais e internacionais. Ouvem-se conferências onde a expressão Nova Evangelização é repetida até ao fastio. Mas chega a parecer que nenhum dos que se têm como responsáveis da Igreja sabe sequer do que está a falar. Há um Papa de Roma que, há anos, lança esta consigna e ela soou bem ao ouvido do clero e rapidamente se converteu em slogan. Mas ninguém sabe o que ela quer dizer. Apenas, que soa bem e, por isso, continua a ser repetida. E, de quando em vez, até organiza congressos, ou jornadas, como a que esta semana decorre em Fátima, a cidade da macroIdolatria, por isso, da macroEsterilidade.
No final das Jornadas – é garantido – será aprovado um documento e divulgado. Mas – é também garantido – nada mais do que isso. Cada qual leva consigo uma cópia do documento para o seu local de residência e de intervenção, e volta rapidamente às suas Rotinas eclesiásticas de todos os dias, interrompidas por uns dias, os da Jornadas. Todos são funcionários eclesiásticos e as Rotinas do culto e das ninharias eclesiásticas, feitas de ritos de baptismo, de comunhões rituais de crianças, de crismas, de casamentos e de funerais, de missas e de confissões periódicas, enchem de vazio os seus dias. E a Nova Evangelização de que tanto se fala nos ambientes eclesiásticos fica-se por aí.
Sabem uma coisa? Evangelizar é preciso. Falar em Nova Evangelização, não é preciso. Só atrapalha e não deixa Evangelizar. É um desvio. Uma alienação. Uma fuga. Um ritual mais. Evangelizar é preciso. Mas, para isso, é preciso, primeiro, deixar-se Evangelizar por Jesus e pela sua mesma Ruah, ou Espírito Maiêutico. Só que a Ruah de Jesus, onde PASSAR, deita por terra as Rotinas eclesiásticas, e até Jornadas como esta que esta semana decorrem em Fátima. Porque onde Ela Acontecer faz novas todas as coisas. Como tal, sempre começa por destronar a Religião dos seus altares e por mudar o Ser de quem se deixa Evangelizar. Para que nunca mais quem se deixa Evangelizar volte a ser Religioso, Idólatra, mulher, homem de ritos e de templos, mas mulher, homem, outro Jesus, hoje e aqui.
Mas quem, destas 80 pessoas, 45 das quais, bispos, que esta semana andam por Fátima, nestas Jornadas, está verdadeiramente disposto a Nascer de Novo, a MUDAR de Ser e tornar-se outro Jesus, lá onde quer que viva?! Eis a questão que as Jornadas Pastorais sobre a Nova Evangelização não são sequer incapazes de colocar. Por isso, melhor fora que não se realizassem!
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Edição n.º 48
Sexta-feira, 10 de Junho 2011
Hoje, é Dia de Camões, com feriado nacional e tudo! E porque não é, antes, pelo menos, este ano, o Dia do Poeta Manuel António Pina, o mais recente Prémio Camões?!
O calendário civil tem destas coisas. Chova ou faça sol, vivamos eufóricos ou deprimidos, como País, cujo Estado acaba de bater no fundo, no dia 5 de Junho 2011, sempre que chega o dia 10 de Junho de cada ano, é certo e garantido que há feriado nacional. E ai de quem se atreva a pôr em causa esta Rotina institucional. Cai-lhe em cima o País inteiro. Mesmo assim, aqui estou a questionar esta Rotina institucional. Desde logo, por ser Rotina. E, depois, por ser Institucional. A Rotina, toda a Rotina, traz sempre com ela um quê de Perverso. Não damos por ele, mas, com o passar do tempo, os efeitos são mais do que manifestos. E, então, se a Rotina é institucional, muito mais traz um quê de Perverso.
A República, apesar de ter rompido, na letra da Lei, com a união-de-facto, de quase 800 anos, entre a Igreja Católica Romana e o Estado português, não se tem revelado capaz de ser consequente, na prática. Pelo contrário. Cem anos depois, está manifestamente a regressar cada vez mais à multissecular situação de união-de-facto com a Igreja Católica Romana. Inclusive, com os representantes do Estado, constitucionalmente, Laico, a acompanharem, ao mais alto nível, ou ao nível autárquico, os Bispos residenciais, nas Procissões do Corpo-de-Deus que estes, depois de anos e anos de interregno, estão de novo a promover nas avenidas das principais cidades (a deste ano, já está à porta e, já se sabe, é também feriado nacional garantido!).
Já que a República não pode decretar dias-santos-de-guarda, como faz a Igreja Cristandade, decreta feriados nacionais. Também não tem santos nem santas de altar. Nem clérigos sacros que cuidem dos seus cultos. Mas tem “armas e varões assinalados, que da ocidental praia Lusitana (assim, com maiúscula e tudo!), passaram ainda além da Taprobana, em perigos e guerras esforçados, mais do que permitia a força humana, e entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram. E também as memórias gloriosas daqueles Reis, que foram dilatando a Fé, o Império, e as terras viciosas de África e de Ásia andaram devastando; e aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando.”
Por mim, ainda não consigo entender porque tem de haver um dia, no ano, chamado Dia de Camões, e de duas outras coisitas mais, atreladas ao nome Camões. Sim, eu sei (infelizmente, nem toda a gente em Portugal, entre aquela que beneficia do feriado nacional, saberá) que Luís de Camões é o Autor de Os Lusíadas. Um poema épico inspirado noutros poemas épicos, muito anteriores a ele, no tempo. Mas este facto é motivo para, estes séculos depois, continuarmos a dedicar um dia por ano ao Autor em questão e, sobretudo, para que este Dia seja feriado nacional obrigatório? Ainda se fosse para as Populações, dos mais velhos aos mais novos, ocuparem grande parte do dia a ler-escutar Os Lusíadas e outros Poemas do grande Poeta, poderia compreender-se, se bem que, ao fim de vários anos, acabaríamos saturados com tanto ler-escutar Os Lusíadas.
Não teria, porém, ainda mais sentido, a manter-se o Dia de Camões, dedicarmos o Dia a ler-escutar-Conversar-Debater a obra do Autor de língua portuguesa que, em cada ano, é galardoado com o Prémio Camões? Este ano de 2011, não deveríamos ocupar grande parte do Dia de Camões, a ler-escutar, conversar-debater a obra do Poeta Manuel António Pina, o mais recente Prémio Camões? Afinal, promulgamos o dia 10 de Junho de cada ano, como o Dia de Camões e impomos por lei que este Dia seja feriado nacional e, depois, não queremos saber para nada, nem da obra de Camões, nem da obra do mais recente Prémio Camões? Cínicos, mas nem tanto! Hipócritas, mas nem tanto! Oportunistas, mas nem tanto.
Por outro lado, o poema épico, Os Lusíadas, canta que País? Que gente valerosa? Conquistadores e tiranos? Fidalgos e clérigos,, fabricadores de servos da gleba? Reis e guerreiros? Violadores e Assassinos? É este País que pretendemos ser, Século XXI adiante? Lá, porque, em quinhentos, as caravelas atravessaram com risco os mares e depararam-se com Terras e Povos que desconheciam, e que acabaram por dominar e colonizar com facilidade, isso são feitos a exaltar, ainda hoje, ou, pelo contrário, feitos que hoje nos envergonham? E, se exaltamos os antepassados conquistadores e guerreiros, colonizadores e exploradores de outros Povos, violadores e assassinos, que tipo de mensagem é que, com essa exaltação serôdia, estamos a dar às novas gerações?
Não é tempo de escrevermos outros Poemas épicos, que Cantem Mulheres e Homens outros, praticantes de Justiça Social e Equitativa, Respeitadores da diversidade de Povos, sem nunca se apropriarem dos seus bens pela violência, ou pela mentira e pela habilidade? O que pretendemos ser? Outros, Afonso Henriques? Ou outros, Jesus? Conquistadores de Povos, ou Presenças Maiêuticas entre os Povos? Quem queremos como Paradigma para as novas gerações? Os que construíram novos reinos, à custa de rios de sangue derramado? Os que, ainda hoje, sob a capa do Evangelho, andam a impor a Cruz do Cristianismo e os cultos de deusas e de deuses, os mais absurdos, mas que ninguém toma por tais, só porque são realizados a coberto das Igrejas cristãs e respectivas empresas missionárias?!
Já que o 10 de Junho de cada ano é feriado nacional, porque não aproveitar o dia para debatermos quem somos e quem havemos de ser? Se assim fosse, já este ano, o Poeta Manuel António Pina, Prémio Camões, felizmente, entre nós e connosco, bem poderia dar um grande contributo neste debate. Mas quantas, quantos dos que não dispensamos o feriado de hoje, estamos verdadeiramente interessados em conhecer o Pensamento e a Obra do Poeta Manuel António Pina? E a relacionarmo-nos com ele, em profundidade?!
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No PS do ex-JoséSócrates já abriu a luta pela conquista do lugar de secretário-geral. Entretanto, a dupla PauloPortas-PassosCoelho, sob pressão da troika europeia e mundial, lubrifica o garrote com que terá de asfixiar as Populações do País
Secretário-geral renuncia, secretário-geral vem substituí-lo. É assim no PS. É assim em qualquer outro Partido Político, de esquerda ou de direita. Todos os Partidos Políticos desconhecem e até odeiam a Política Praticada. Apenas conhecem o Poder Político e lutam pela sua conquista. Nos próximos 2-3 meses, o PS vive centrado na sua luta interna. Um dos candidatos em luta pelo lugar (para já, dois já estão na corrida), será o novo secretário-geral. Mais do mesmo, na alinha de JoséSócrates ou de MárioSoares, embora cada qual no seu estilo. Porque o secretário-geral ou o presidente de um Partido Político é apenas o rosto do Partido. O Poder é do Partido. Não é do rosto do Partido, ainda que pareça.
A dupla Paulo-Portas-PassosCoelho fica, por isso, ainda mais à vontade para, nos próximos 2-3 meses, apertar o garrote à volta do pescoço das Populações. O garrote tem a marca da troika europeia e mundial. Em palavras ainda mais simplificadas e menos eufemistas, o garrote tem a marca do Poder Financeiro Global. PauloPortas e PassosCoelho não são nada, ainda que pareçam ser tudo. O Poder Financeiro Global é que é tudo. E cada um dos dois faz o que pode e o que não pode para cair nas boas graças do Poder Financeiro, cujo rosto em Portugal, dá pelo nome de troika europeia e mundial. São designações diversas, mas sempre a mesma realidade, o Poder Financeiro Global.
Os outros Partidos Políticos no Parlamento, PS incluído, são jarrões decorativos. Nem Paulo-Portas, do CDS-PP, nem PassosCoelho, do PSD, juntos, são nada. Menos que nada são por isso os líderes PCP e do BE, juntos, que não assinaram o programa de Governo da troika. Tão pouco tiveram a audácia de ir dizer aos senhores da troika que eles são assassinos de colarinho branco, e apontar-lhes a via por onde devem seguir os Povos, se quisermos ter futuro. Como já escrevi, aqui, logo a seguir ao dia 5 de Junho, os dois Partidos – com o PS já não há nada a fazer! – davam uma valente lição política à União Europeia e ao FMI, se, pura e simplesmente, desistissem dos lugares no Parlamento. E viessem habitar entre as Populações e com elas. Numa relação orgânica e maiêutica. O Poder Financeiro Global não caía, é certo, mas estremecia. E ressentia-se. O feito valeria como Sinal. E, à distância, poderia fazê-lo cair. Porque ele, embora não pareça, tem pés de barro. Por isso é que se arma até aos dentes. Cada vez mais!
Toda a Oposição que o queira ser, tem de ser Praticada fora do universo do Poder Político e do Poder Financeiro. Tudo o que não for assim, é sempre a favor do Poder. Não se constitui verdadeira Oposição. Ao Poder de turno, apenas querem ganhá-lo para os do seu Partido Político, para que o seu Partido Político seja o Poder. Esta é uma falsa Oposição. Enquanto a Esquerda não entender esta verdade de La Palisse, não entende mais nada. E será sempre a grande aliada do Poder Financeiro, sob a capa ou o disfarce de Oposição.
Aperta-se o cerco da troika aos vencedores das eleições do dia 5 de Junho. E eles nem que não durmam, querem cumprir com todos os prazos impostos. Dos dois, PauloPortas é o mais veloz. Está já muito tarimbado, do tempo em que se destaca como jornalista-director do semanário INDEPENDENTE. CavocoSilva, presidente da República não esquece os ataques de que foi alvo. E sabe disso melhor do que ninguém. Toda a sua numerosa corte de assessores e afins trabalha para ver como há-de estatelar PauloPortas. PauloPortas sabe que é assim. E tenta antecipar-se e atirar ao chão CavacoSilva e o seu PSD, agora, presidido por PassosCoelho. O inexperiente PassosCoelho pode muito bem ser a arma que PauloPortas manipula para atingir, desta vez, mortalmente, CavacoSilva. O duelo está em curso. Oficialmente, parecem cooperar. Na verdade cada um tenta atirar o outro ao tapete e não só. Conseguir o KO.
É previsível que, neste duelo, PauloPortas derrube CavacoSilva, via PassosCoelho. O País não conta para nada para estes senhores. Os seus esgares não enganam. Só o Poder conta para eles. As Populações do País não contam para nada. Só o Poder conta. PauloPortas quer o Poder todo. Tem de derrubar CavacoSilva, via PassosCoelho. O Duelo Político em presença é este. O vencedor recebe a medalha da troika que, por sua vez, é a medalha do Poder Financeiro. O garrote já está à volta do pescoço das Populações. A dupla PauloPortas-PassosCoelho faz tudo para o manter bem lubrificado. Ambos querem mostrar serviço à troika europeia e mundial. Asfixiarão as Populações, se o Poder Financeiro lho exigir. E exige. De um momento para o outro, ambos levam de bandeja à troika a cabeça das Populações. Para isso são chefes do Governo que CavacoSilva quer empossar quanto antes.
O que faz correr cada um dos três é o KO que cada um quer dar ao rival PassosCoelho é apenas a via para cada um dos dois Inimigos lá chegar. O País pode esperar. As Populações podem esperar. Nunca o Poder Político se preocupa com o País. Nem com as Populações do País. O Poder Político só se preocupa com o Poder Financeiro. Para isso existe. E para isso inventou a Democracia da cruzinha nos boletins de voto. Dá às Populações a oportunidade de dizerem, entre os muitos candidatos a carrasco das Populações, qual o preferido delas. E o Carrasco, uma vez encontrado, passa a trabalhar dia e noite para agradar ao Poder Financeiro. No PS, foi-se o carrasco JoséSócrates. Já se prepara outro para ascender ao lugar deixado vago pela renúncia do anterior. No PSD e no CDS-PP, já se conhece qual o carrasco deles. São dois, mas têm de ser um só. PauloPortas parte em vantagem sobre PassosCoelho. É só esperar para ver. O duelo é entre Paulo-Portas e CavacoSilva. PassosCoelho é apenas a arma de arremesso de cada um dos contendores.
Ai Populações do meu País! Cegam-vos a toda a hora e vós deixais-vos cegar. Quando abris os olhos da mente e da consciência, e, na vossa Fragilidade Humana Desarmada, assumis, em reciprocidade maiêutica, os vossos destinos e os do País nas vossas próprias mãos?!
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JN avança com rescisão com conhecidos Colunistas, através do envio pelo correio de uma Carta-tipo. Continuem ainda a dizer por aí, à boca cheia, que há liberdade de expressão e de opinião no nosso País
O Director do JN, Manuel Tavares, está a enviar cartas de rescisão a um conjunto de Colaboradores-colunistas, alguns já com muitos anos de lugar cativo, nas páginas do conhecido matutino portuense, e com leitoras, leitores fiéis. O motivo explicitamente invocado é mais um daqueles argumentos sem pés nem cabeça, próprio de Directores de Jornais, paus-mandados do Grande Poder Financeiro, afinal, o verdadeiro dono e patrão dos principais órgãos de informação no nosso País.
Para cúmulo, a carta de rescisão é exactamente a mesma para cada colaborador, apenas muda o nome e a morada da vítima. Entre os vários colaboradores que já receberam a carta-tipo, JF conhece, pelo menos, três, bem conhecidos das leitoras, dos leitores do JN: Óscar Mascarenhas, de Lisboa, a Escritora Alice Vieira, também de Lisboa, já com 15 anos de colaboração, e o Dr. Paulo Morais, do Porto.
O facto, no mínimo, insólito, vem dizer a quantas, quantos teimam em afirmar que há liberdade de expressão e de opinião em Portugal, quanto vivem equivocados. Pois bem. Para que as pessoas possam ajuizar melhor o fenómeno, JF toma a liberdade de divulgar, aqui, uma das duas cartas a que teve acesso, exactamente iguais uma à outra, apenas com o nome e o endereço dos destinatários diferentes. Eis o texto integral da carta, apenas sem o nome e o endereço da destinatária, do destinatário.
O “Jornal de Notícias” inicia uma nova etapa da sua longa e memorável existência com novos objectivos e novas âncoras conforme “o nosso compromisso”, publicado no dia do 123º aniversário do nosso jornal.
O JN necessita de voltar a ter um grande foco nas razões de proximidade que fizeram dele mais que um jornal, o sítio onde as pessoas encontravam refúgio e ganhavam voz para os grandes desafios e trabalheiras do quotidiano.
Uma das tarefas que a Direcção editorial, e eu próprio, temos, desde já, pela frente é a de aconchegar a opinião que é publicada pelo JN a estas razões de proximidade, pelo que vamos reduzir drasticamente as colunas de opinião produzidas no exterior do ambiente das nossas Redacções do Porto e Lisboa e em contrapartida fazer crescer as análises dos nossos jornalistas a propósito dos temas e assuntos noticiados.
Reconheço que perder a opinião do meu Caro [aqui, vem o nome próprio de cada vítima] é seguramente um risco inerente à qualidade do pensamento e da escrita que assina e muito tem honrado o JN, mas há uma nova aposta que vale a pena ser vivida em nome de um jornalismo e de um jornal mais próximo das nossas gentes sem deixar de olhar todos os horizontes.
Caro [outra vez o nome próprio de cada vítima], a interrupção da nossa parceria não significa que o JN deixe de ouvir as suas opiniões a propósito dos vários temas e assuntos da vida real que continuaremos a noticiar e a tentar aprofundar na busca de todas as explicações e também das boas causas.
E porque esta não é uma despedida, gostaria que continuasse a considerar o JN como a sua casa e que sempre que lhe aprouvesse abrisse a porta e me viesse visitar. Sem ter de se anunciar, que é o modo de receber os amigos. O Director, Manuel Tavares
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Igreja dos Congregados no Porto. Reitor morto, reitor posto. E tudo é dito e anunciado numa linguagem, por de mais obscena, de tão beata
O Mesário da Venerável Irmandade de Santo António dos Congregados – atentem só neste tipo de linguagem, acaba de usar estes dias do Século XXI! – que dispõe da Igreja dos Congregados, junto à Estação de S. Bento, na baixa do Porto, anuncia, em Comunicado, divulgado na íntegra na VP, semanário da Diocese de Porto (é a manchete principal da sua edição de 8 de Junho de 2011), que “será acolhido solenemente pela Irmandade, o novo Reitor, o Padre José Alberto Vieira de Magalhães, que sucede nesse lugar ao Monsenhor Cónego António dos Santos, recentemente falecido, o qual, ao longo de décadas, aqui exerceu frutuosamente o seu múnus pastoral, sempre com grande dedicação e zelo.”
Não é o facto, em si, que faz notícia no JF. O que faz notícia no JF é este tipo de linguagem, reveladora de uma Igreja católica romana que, embora do Século XXI, continua a apresentar-se como se ainda vivêssemos na baixa Idade Média, de má memória. Em plena baixa do Porto, ali junto à Estação de São Bento, há uma igreja, chamada dos Congregados, que tem Santo António, falecido, há que séculos, como seu titular, e tem uma “Venerável Irmandade”, presidida por um Mesário que, pelos vistos, é, simultaneamente, Catedrático jubilado da Universidade do Porto, e que é capaz de redigir, assinar e fazer divulgar um Comunicado destes, com este tipo de linguagem e com este tipo de conteúdos. Isto sim, é notícia no JF. Para ver se, ao menos, os cinco Bispos que, neste momento, estão à frente da Diocese, acordam e dão conta de que já entramos na segunda década do Século XXI. Ao que parece, eles já não acordam mais. Só com a Morte, quando ela chegar. E não acordam, porque não querem acordar. Preferem continuar a viver na baixa Idade Média, na vã tentativa de arrastarem com eles, para esse tenebroso então, as Populações de hoje, inclusive, as que vivem e transitam todos os dias na cidade do Porto. Ingénuos que são!
O Comunicado, assinado pelo tal Catedrático jubilado da Universidade do Porto informa mais, e nestes precisos termos: “A recepção oficial ao novo Reitor terá início com a solene celebração da Santa Missa às 11 h, que será presidida pelo senhor Bispo Auxiliar do Porto, D. João Miranda Teixeira, e terá a sua conclusão com o Canto Solene da Hora de Vésperas às 16 h, onde participarão o Coral Convivim Cantorum da Capela das Almas e o Coral da Igreja dos Congregados.”
Digam lá: Vale a pena haver Igreja no Porto e noutras partes do Mundo, para se ocupar com coisas destas? As pessoas da cidade e que por ela transitam diariamente, fazem ideia do que é isto de “Bispo Auxiliar do Porto”, “Santa Missa”, “Canto Solene da Hora de Vésperas”, “Coral Convivium Cantorum”, “Capela das Almas”? E estão, neste momento, 5 Bispos – cinco! – à frente da Diocese do Porto, para presidirem a coisas destas? E há um Catedrático jubilado da Universidade do Porto que apadrinha toda esta beatice de mau gosto?! E ainda nos querem convencer que esta, é a Igreja de Jesus? De que Jesus? Só mesmo do mítico Jesus-Cristo, do Cristianismo. Nunca de Jesus, o filho de Maria, o do chicote no Templo de Jerusalém.
Mas como é que ainda há pessoas, tão subdesenvolvidas em consciência crítica, inclusive, entre Catedráticos da Universidade do Porto, que têm o mau gosto de continuar a frequentar e a alimentar ambientes destes e actividades destas?!
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Edição n.º 47
Terça-feira, 7 de Junho 2011
José Sócrates, matreiro, passa batata quente da governação ao serviço da troika, ao seu principal Inimigo; e este e os seus apaniguados, festejam! É para esta Vergonha e para esta Humilhação das Populações, Senhoras, Senhores, que serve a Democracia da cruzinha. Gozados que somos!
“Nada pelo Poder Político! Tudo pelo Crescimento Político do Povo!”. Se, um dia, alguém lhes mostrar um boletim de voto com esta palavra de ordem escrita, na horizontal, saibam que é o boletim que eu próprio fiz entrar, dia 5, pela hora do almoço, nas urnas eleitorais colocadas nas Escolas novas de Macieira da Lixa, onde resido e estou, já, recenseado. Nada de cruzinha, a escolher um Partido Político, entre os 17 Partidos Políticos inscritos. Nada de abstenção. Nada de frases com palavrões de mau gosto, ou com insultos, sempre estéreis e escusados. O meu voto é um Acto Político que encaro sempre com a seriedade que todos os nossos Actos Políticos devem ter, apesar de ter plena consciência de que esta Democracia da cruzinha no boletim de voto, é como a Ditadura sem boletins de voto, porque também sem eleições. Com uma diferença, para pior, e no que diz respeito à Democracia da cruzinha.
Na Democracia da cruzinha, somos quase violentados a ir às urnas (desta vez, até o presidente Cavaco, na véspera à noite, vem com a sua ameaça televisiva, de resto, só com o intuito de favorecer o seu PSD!) indicar, com a tal cruzinha, qual o Partido Político que, no caso do acto eleitoral do dia 5 de Junho, deve fornecer o Carrasco que, durante quatro anos, nos vai impor o Programa de Governo da Troika europeia e do FMI. A diferença entre a Ditadura e a Democracia da cruzinha é uma diferença para pior. Porque a Democracia da cruzinha é ainda mais Humilhante e mais Degradante do que a não-existência de eleições deste tipo. Porque, assim, vamos votar, mas na falsa convicção de que somos livres de escolher, quando, afinal, só somos livres de escolher o Carrasco que nos há-de torturar até à próxima legislatura. Ao menos, na Ditadura, ninguém é enganado. O próprio regime diz o que é, Ditadura. E as Populações, pelo menos, as mais politicamente conscientes, já organizam as suas vidas, na Resistência e na criação de condições subjectivas e objectivas, favoráveis a sucessivas Insurreições para o derrubar. E se Insurreições Desarmadas, muito mais fecundas. Aliás, as únicas Insurreições, fecundas.
Como ser humano e cidadão, não suporto a Democracia da cruzinha. Durante os meus primeiros 37 anos de vida na História, conheço a Ditadura salazarista. Sofro-a na pele. Nomeadamente, na violência de, aos 30 anos de idade e 5 de Presbítero da Igreja do Porto, ter de interromper abruptamente a fecunda e maiêutica Actividade Pastoral com Jovens estudantes do Liceu, e embarcar para a Guerra Colonial, na antiga Colónia, Guiné-Bissau. De onde sou expulso, 4 meses depois! Vêm, uns dois anos mais tarde, as duas prisões políticas em Caxias e os respectivos Julgamentos no Plenário do Porto.
As pessoas que nunca viveram em Ditadura, nem calculam o Desafio que é viver num regime assim. Ou Crescemos, de dentro para fora, em Ser e em Dignidade, em Criatividade e Resistência, em Solidariedade e capacidade de assumir Riscos, ou somos reduzidos a minhocas, toda a vida, pisados por clérigos e laicos para-clérigos. Não estou, com estas palavras, a fazer o Elogio da Ditadura. Não sou estúpido. Estou a dizer é que a Democracia da cruzinha é tão perversa, ou, porventura, ainda mais perversa, que a Ditadura. E a prova histórica está aí bem à vista. Portanto, nem Ditadura. Nem Democracia da cruzinha. Os Povos, como senhores dos seus próprios destinos.
A troika acaba de perder o seu melhor aliado
Desde domingo, o País está livre de José Sócrates, primeiro-ministro. Pelo menos, d